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Aprovada em 13 de junho do ano passado, a lei que determina aos entes públicos do Rio Grande do Sul dar preferência aos formatos abertos de arquivos e a terem compatibilidade com o ODF foi saudada como um grande avanço na causa da liberdade tecnológica.

Após amplas comemorações, e 15 meses depois, o governo gaúcho informa estar "trabalhando para que a implentação da lei seja rápida".

Em evento no final da semana passada com blogueiros e jornalistas independentes, uma autoridade do executivo estadual contou como está indo a adoção. Cito a partir do site do PSL-Brasil, que compartilhou a informação: "Para o secretário-geral de Governo, as instituições públicas estão muito aquém dos desafios colocados aos políticos, no sentido de assegurar a sua soberania, independência tecnológica e reduzir a vulnerabilidade de informações. Entretanto, salienta que, apesar das limitações, o Rio Grande do Sul está fazendo esforços para colocar em prática a lei nº 14.009, que oficializa a preferência por padrões abertos em documentos do governo. "Os padrões proprietários colocam em risco a perenidade da segurança das informações e estamos trabalhando para que a implentação da lei seja rápida", afirmou."

Se o "implentação" significava implementação ou implantação eu não sei. Mas além dos esforços do Secretário-Geral para colocar em prática a lei que comemoramos no ano passado, o signatário dela e governador do estado também fez declarações sobre o software livre, igualmente no campo das intenções.

Segundo o PSL-BR, quando questionado sobre "os próximos passos do Estado na adoção de soluções abertas", o governador do RS respondeu: "Nossa orientação é maximizar o uso de softwares livres em todas as instâncias administrativas, políticas e de governo". (via softwarelivre.org - “Governador do RS reafirma prioridade a softwares livres - PSL Brasil - Software Livre Brasil”)

Game Dev Tycoon, o jogo que simula o funcionamento de uma empresa de desenvolvimento de jogos, ganhou a minha simpatia já na semana do seu lançamento, por ter feito uma jogada de divulgação bastante educativa ao lançar ela mesma um torrent aparentemente "crackeado" do seu jogo, exatamente igual ao original, exceto quanto a uma diferença essencial: após algum tempo de jogo, o usuário que recorreu a este "demo" achando que era um crack "legítimo" descobria que a sua empresa ia à falência porque seus usuários preferiam baixar cópias crackeadas do que pagar os US$ 8 dos jogos.

E quanto à versão real e completa do jogo? Ela foi desenvolvida para Windows, Mac e Linux, mas só os 2 primeiros chegaram à Steam, e os desenvolvedores não explicavam a razão. Mas no final de semana isso mudou, e em um post em seu blog a empresa revelou o que houve.

E a razão é um conflito de licenciamento, que culminou com a FSF revogando a licença do jogo usar a glibc, biblioteca essencial da maioria das distribuições desktop em que o jogo poderia rodar. Um pouco irônico para quem bricncou com desrespeito alheio às suas licenças, certo?

Mas o caso é mais complicado do que poderia parecer a princípio: os desenvolvedores do jogo não linkaram a glibc, e nem tinham conhecimento de que o componente node-webkit, que eles usaram, linkava a glibc quando em uso sobre o Linux, mas sem cumprir o requisito essencial da licença dela (a LGPL): mencionar o fato e incluir uma cópia da licença no pacote.

E a situação ganha ainda mais um complicador: ao enviar aos desenvolvedores a notificação que os fez suspender a atualização e publicação na Steam da versão do seu jogo para Linux, a FSF estava respondendo a uma denúncia formal de terceiros, que por alguma razão optaram por ir direto a essa via, aparentemente sem antes tentar informar ou notificar os desenvolvedores. Por que motivo, prefiro nem imaginar.

Mas os desenvolvedores buscaram (pelas custosas vias formais) uma solução para corrigir a situação, que a FSF já aprovou. Sua licença para uso da glibc já foi novamente concedida, e eles irão retomar as atualizações da versão para Linux e a publicação na Steam.

Fica a lição para os interessados em portar jogos proprietários para os desktops com Linux: estudem e acompanhem as licenças de toda a árvore de linkedição. (via www.greenheartgames.com - “To our Linux players: Game Dev Tycoon for Linux and glibc | Greenheart GamesGreenheart Games”)

Enviado por Tibeti Caviglioni (tibetiΘdextra-sw·com):

Enviado por Alex Vitola (alex·vitolaΘgmail·com):

Lembra de quando boa parte das distribuições para o desktop vinha com o Sun/Oracle Java como uma opção disponível durante a instalação? Os usuários queriam, e a licença da empresa permitia essa redistribuição.

O tempo foi passando e hoje tanto a demanda quanto a oferta nessa equação estão diferentes: faz um bom tempo que a Oracle revogou a licença que permitia a redistribuição do Java empacotado pelas distribuições em geral, por exemplo.

Faz tempo que eu não tento mas, se acreditarmos no link abaixo, hoje nem mesmo é mais possível fazer download direto do Oracle Java por uma URL específica de seu pacote.

Também faz tempo que eu não leio os termos da licença, mas imagino que a dica do artigo em questão, que explica como fazer o download do Oracle Java pelo wget mesmo assim, por meio de parâmetros que informam um cookie que indicam que o usuário visualizou e concordou com as condições exibidas pela empresa em seu site antes de fazer o download, sejam uma violação dela. Mas quem tiver demanda por fazer download de pacotes do Oracle Java diretamente da linha de comando de algum servidor remoto pode ler e verificar por si mesmo. (via www.nextstep4it.com - “Download Oracle Java JRE / JDK in linux using wget by bypassing license”)

Enviado por macxi (emebipeΘhaoo·com·br):

Enviado por Cristine Corrêa (cristineΘdialetto·com·br):

Enviado por Auder Faleiro (auder_2Θhotmail·com):

Enviado por Luiz Gustavo Costa (luizgustavoΘluizgustavo·pro·br):

A Mozilla deu início à fase 2 do seu programa de oferecer aparelhos com o Firefox OS para desenvolvedores interessados na plataforma.

Agora o alvo são os desenvolvedores que já têm um app em HTML5 publicado e estão disponíveis *agora* (o grifo é do original) para portá-lo para a plataforma móvel reptiliana.

O link abaixo tem o link para o formulário em que você pode se inscrever para ter o seu app avaliado pela Mozilla e, caso seja aprovado, você receberá um Geeksphone Keon e o contato contínuo de um evangelista até que você complete e publique o port. (via mozhacks.wufoo.com - “Phones for App Ports”)

Não basta ter servidores no país: para satisfazer a nova regra do Vietnã, os cidadãos também não podem mais blogar ou twitar sobre notícias, só sobre informações pessoais.

Sem prejuízo à análise sobre a importância geopolítica de um governo assumindo que espiona as comunicações de governantes e cidadãos de outros países, minha opinião é de que por anos sentiremos as consequências disso na forma de justificativas para medidas que restrinjam, controlem e vigiem as comunicações e manifestações on-line em vários países.

Não é o caso da lei vietnamita recém-aprovada, porque o governo de lá não precisa desse tipo de justificativa, mas a medida em si inclui elementos similares ao que se tenta em outros países com governos tendendo ao autoritário, e lembra o que outro governo praticava contra o vietnamita da capa de revista acima, em 1965: colocar vendas nos olhos e uma mordaça.

A medida inclui uma velha delimitação conveniente a quem proíbe, por ser ampla demais e sujeita a interpretação subjetiva, para o que não pode ser publicado (além da difusão ou comentário sobre notícias pelos cidadãos): informações que "violem a segurança nacional". (via www.bbc.co.uk - “BBC News - Vietnam internet restrictions come into effect”)

Talvez você nunca tenha ouvido falar na GOG (Good Old Games), e é fácil de entender: ela tem zero presença no desktop Linux. Mas os mais de 500 jogos de décadas passadas que ela traz, licenciados e sem DRM, geralmente acompanhados de algum emulador de plataforma¹ já me divertiram bastante em outra plataforma, e eu estava acompanhando com atenção a expectativa de eles passarem a ser suportados também no Linux.

Mas eles responderam a consulta dos vizinhos do Gaming on Linux, confirmando que
não há planos de passar a suportar o Linux.

A razão é uma da qual não sei bem se concordo, mas certamente entendo: eles dão garantia de devolver o dinheiro se o suporte individualizado deles não conseguir ajudar o usuário a instalar e fazer o jogo funcionar. Isso já deve ser um desafio suficiente em plataformas semi-monolíticas e, como consta na declaração da empresa, fica grande demais ao multiplicar pelo número de distribuições de Linux e versões das mesmas em que os usuários esperariam suporte – tanto para testar quanto para prestar suporte.

Ele não mencionou a Valve, mas acrescentou que simplesmente lançar uma versão unificada e deixar os usuários se virarem não é uma opção que eles considerem viável. (via www.gamingonlinux.com - “GamingOnLinux - GOG.com Don't Plan On Introducing Linux Support In The Foreseeable Future”)

Começar uma companhia com um nome que lembra o da ex e quer replicar os bons tempos com ela me parece mais próximo da categoria obsessão do que da categoria empreendedorismo.

Thomas Zilliacus é um sujeito persistente, a ponto de aparentemente ter tomado uma decisão na qual ainda não tenho certeza se acredito ou atribuo a excesso de credibilidade da ZDNet: após tentar e não conseguir reunir fundos para comprar a Nokia em 2012, fundou na semana passada uma nova empresa chamada Newkia – bem no dia em que o acordo de compra de grande parte da Nokia "original" pela MS foi anunciado.

Thomas, que já foi o CEO do braço asiático da Nokia por 7 anos, tem um plano que lembra o da Jolla: atrair os cérebros que trabalharam para a Nokia e sabem imaginar, projetar, fabricar e distribuir smartphones, e empregá-los produzindo algo que não sejam aparelhos com o Windows. (via www.zdnet.com - “Nokia is dead, Newkia rises from its ashes | ZDNet”)

Segundo o novo relato snowdeniano, a atual iniciativa foi criada "após o fracasso da NSA em garantir que todas as tecnologias de criptografia tivessem uma 'porta dos fundos' para o uso da agência."

Via g1.globo.com:

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) e o GCHQ, o serviço de inteligência britânico, teriam capacidade para quebrar a segurança de boa parte das comunicações transmitidas pela internet. A informação está em documentos vazados ao jornal "The Guardian" por Edward Snowden , ex-colaborador terceirizado da NSA.

Além do "The Guardian", o jornal "New York Times" e o site "ProPublica" também publicaram artigos sobre as revelações contidas nos documentos. De acordo com o "The Guardian", oficiais de inteligência pediram aos jornais que o artigo não fosse publicado. Em resposta, alguns trechos teriam sido removidos das reportagens.

O programa teria sido criado após o fracasso da NSA em garantir que todas as tecnologias de criptografia tivessem uma "porta dos fundos" para o uso da agência.

O programa é composto por iniciativas de quebra dos algoritmos de segurança com o uso de supercomputadores. É uma área conhecida como "criptoanálise".

Além disso, a NSA também conta com a cooperação de empresas, que forneceriam as chaves de segurança após pedidos judiciais para que as comunicações interceptadas possam ser lidas. Outra medida seria a invasão dos sistemas de empresas de internet para o roubo dos certificados de segurança para esse mesmo fim.

Enviado por Ivan Brasil Fuzzer (ubunteroΘubuntero·com·br):

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Neste episódio do Opencast Ivan, Aprígio Simões, Diego, Og Maciel e Guilherme Razgriz falam sobre acontecimentos importantes do mundo do software livre. Nosso papo começa com uma boa discussão sobre o fracasso ou não fracasso do Ubuntu Edge e o que isso significou para a Canonical. Falamos sobre a mudança do google para o duckduckgo como motor de busca padrão no projeto Gnome. O envelhecimento dos desenvolvedores do Kernel e como atrair novas pessoas para este e outros projetos de software livre. Disponibilização da SDK do Ubuntu para outras plataformas e o anúncio da Caixa de que o software livre não foi satisfatório também foram motivo de discussão.” [referência: ubuntero.com.br]