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Reviravolta: segundo a Folha, Lula já decidiu cancelar o pregão do laptop educacional

Da matéria da Folha deste sábado:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar o pregão para a compra de 150 mil laptops para distribuição em escolas públicas e abrir uma nova concorrência, uma vez que não conseguiu que o menor preço apresentado –US$ 360, pelo grupo Positivo Informática– fosse reduzido (…) Segundo a reportagem, o edital da nova concorrência poderá trazer como alterações a redução no número de máquinas a serem adquiridas, ou diminuição do número de exigências (a garantia de três anos, por exemplo, poderia ser reduzida para dois) ou ainda o aumento na previsão orçamentária do projeto (o montante atual não foi divulgado). No mês passado, a Positivo Informática informou que a fabricação de um computador portátil por US$ 100 “não é realidade”. (…)

A expectativa do governo, pouco antes da abertura do pregão em vias de ser cancelado, era de que as máquinas estivessem “disponíveis para as crianças entre março e abril de 2008″, em 300 escolas. Será que vai ficar só pro ano que vem? Ou existirá uma estratégia para implantá-las no meio do ano letivo?

Recentemente, na notícia “Um mês passou, e nada do laptop educacional que seria adotado no início de 2008“, tive oportunidade de manifestar uma opinião sobre o que poderia acontecer com esta licitação, e reproduzo:

Fazer uma nova licitação para a mesma intenção não é uma solução limpa. A não ser que de fato mudem o objeto profundamente e sem excluir quem pôde concorrer no atual processo (representantes da OLPC, Intel e Encore) – por exemplo, abrindo mão do requisito de 3 anos de garantia, do compromisso de o vencedor entregar os equipamentos diretamente em cada uma das escolas, ou de realizar a instalação e configuração dos servidores. Isto baixaria o custo e de fato seria um novo objeto. Mas se a intenção for fazer isso, a forma ideal também não é se fechando em copas, sem dar notícias a ninguém. Nem aproveitar a oportunidade para marcar cartas que não tenham sido marcadas em uma oportunidade anterior.

A dica sobre a matéria da Folha de hoje foi enviada pelo leitor Renato S. Yamane, cuja manifestação (incluindo sua opinião sobre os laptops educacionais e a forma como estão sendo trazidos ao Brasil) reproduzo abaixo.

Leia também:

Segue o texto de Renato S. Yamane.

“Eu creio que alguns ainda acreditam em duendes, e talvez por esse motivo, ainda acreditam na possibilidade de existir algum laptop de verdade por US$100 no Brasil.

O presidente da república acabou de cancelar o pregão vencido pela Positivo Informática, que ofereceu o preço mínimo de US$360 (R$435) por cada um dos 150.000 laptops entregues em lotes para cada escola indicada pelo Governo, além de serem configurados no local juntamente com um servidor, 3 anos de garantia e pagamento único somente ao final da entrega/instalação/configuração (que poderá durar 4 meses).

No EUA é possível comprar um LAPTOP DE VERDADE, como por exemplo um Dell Vostro 1000, com processador AMD 3600+, Wireless 802.11g, monitor LCD de 15,4″, 512Mb de RAM, 80Gb de HDD (5400RPM), leitor de DVD com gravador de CD, placa de vídeo ATI xpress 1150, bateria de 4 células e 1 ano de garantia on-site, por US$399… Ou seja, US$39 a mais do que o Classmate. E só pesa 2,5Kg. E detalhe, nesse preço da Dell está incluido uma licença do Windows Vista! Portanto se retirarmos esse sistema operacional, teríamos um preço próximo de US$310. A tela de 7″ do Classmate/OLPC dificulta o seu uso, pois após alguns minutos você já sente um desconforto visual. O teclado de dimensões reduzidas dificulta o seu uso. Não é nada fácil ficar digitando em um teclado que não cabe os seus dedos (e olha que tem muita criança de 12 anos maior que eu!). O tempo de uso utilizando somente a bateria é próximo de 4 horas. Apenas 1 hora a mais do que a maioria dos novos laptops, e em todos os casos essa bateria é insuficiente para um período de aula, que é das 7:30h às 12:30h.

Alguém ainda acha que os professores irão desenvolver materiais didáticos digitias para as aulas? Vamos ser realistas, pois eles não possuem conhecimento para isso. Estão querendo comprar 150.000 laptops sem saber o que fazer com eles após a sua chegada nas escolas! Primeiro temos que investir no básico: As crianças das escolas públicas primeiramente precisam saber LER/ESCREVER e principalmente ENTENDER o que estão lendo e escrevendo. Não adianta absolutamente NADA dar um computador para um analfabeto funcional! Essa é a opinião de quem conhece MUITO BEM uma escola pública e seus alunos!”

Enviado por Renato S. Yamane (renatoyamaneΘgmail·com) – referência (folha.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-02

Comentários dos leitores

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    Ainda bem que o governo agiu com lucidez e cancelou antes de fechar o negócio. Pelo menos nosso rico dinheirinho foi poupado. Aliás, não havia outra saída mesmo, já que a empresa que ganhou a concorrência não conseguiu baixar o preço. Com novo pregão é muito provável que as exigências sejam mais realistas. Deve ficar pro ano que vem.

    Os responsáveis deviam aproveitar essa janela forçada e preparar os professores.

    João Marcelo (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 4:02 pm

    Gostaria que o governo acordasse e investisse este orçamento de uma maneira mais proveitosa para o país. Enquanto acredito que existam escolas que sejam capazes de tirar proveito de um aparelho como o Laptop OLPC, longe do litoral ainda temos escolas públicas em situações vergonhosas. Será que este dinheiro não seria mais bem aplicado no FUNDEB? Será que não é mais importante tentar uniformizar a qualidade da educação pública no Brasil do que investir em um aparelho não essencial? Sei que todo o projeto OLPC é bem intencionado, mas acho que o primeiro mundo não entende que não é isto que precisamos neste momento, temos vários problemas “mais embaixos” que precisam ser resolvidos.

    Querem ver como daqui a pouco vai aparecer um lambe-botas da esquerda
    dizendo que isso aconteceu “por causa da direita elitista e dos ricos sonegadores que conspiraram nos bastidores para o fim da CPMF, imposto que beneficiava a população mais carente” e portanto não existem mais verbas sufucientes para a aquisição dos portáteis? No governo de mentira e desinformação do Sr. Lulla tudo é possível…

    Querem ver também como esse comentário será moderado fora do tema ou negativamente? Ouvir a verdade dói pessoal, mas ela é necessária.

    Freedom, na minha opinião seria perfeitamente possível fazer a mesma crítica que você fez, mas sem recorrer a termos ofensivos, como “lambe-botas”.

    A moderação existe justamente para esse tipo de situação, e eu não me surpreenderei se o seu comentário for moderado negativamente pelos leitores.

    Discutir o assunto é positivo, mas ninguém precisa lançar ofensas e generalizações negativas a quem pensa diferente de si.

    Não disse que moderariam negativamente? Ganhei a aposta! :D

    Augusto é verdade, eu peguei pesado mesmo com o “lambe-botas”,
    mas é que fico indignado com o festival de mentiras, pilantragens, roubos e desinformação pelo qual passa o Brasil.

    Se nesse país existissem políticos honestos, comprometidos com
    a verdade e o desenvolvimento, e se o povo ignorante quer seja
    idiotizado pela mídia ou mesmo por opção própria tratasse
    de fazer sua parte, dando um basta nisso
    com certeza
    estaríamos numa situação muito melhor hoje. (e quem me moderou
    negativamente não venha dizer que a situação atual é culpa dos EUA
    ou do capitalismo).

    Temos que tomar uma atitude o mais rápido possível, e se a administração deste país continuar nas mãos da esquerda e baseando-se na atual situação, em breve poderemos dar adeus
    ao Brasil como conhecemos. Definitivamente.

    Sei que irão moderar negativamente de novo esse comentário mas não me importo, estou expressando minha opinião me utilizando do pouco de liberdade que ainda nos resta. Ainda.

    [ ]‘s

    Freedom

    Acho que a espectativa de todos ficou meio frustrada, pois esperamos o laptop de US$ 100,00, prometido no início.

    Freedom, o que você fez está longe de esgotar o “pouco de liberdade que ainda nos resta”. Uma forma parecida, que permite ir bem além, é você divulgar a sua opinião em algum grupo de discussão sobre política, ou mesmo em um site ou blog pessoal seu.

    Lá você certamente terá oportunidade de escrever irrestritamente sobre suas opiniões político-partidárias, sociológicas, ou o que for.

    Por aqui, embora você tenha a liberdade de enviar seu comentário, a intenção é que os comentários sejam sempre sobre o tema da notícia em si, e de forma direta. Em especial no caso dos comentários político-partidários, o que eu observo é que freqüentemente eles desviam totalmente do ponto da notícia, e viram manifestos de opinião sobre outras coisas, como no seu caso. E, o que é pior, acabam recebendo respostas fora do tema da notícia também, como é o caso deste meu comentário.

    os mussarelas (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 10:38 pm

    Essa idéia isolada de computador educacional é o mesmo que comprar um piano para colocar numa casa cheia de goteiras.
    Temos nas escolas públicas crianças desnutridas, com doenças (e não são tratadas); com o tempo, se tornam analfabetos funcionais, não conhecem um mínimo dos clássicos da literatura portuguesa, ficam com o vocabulário entupido de coisas absurdas como “tipo! tipo assim! tá ligado ? Sóóó…!”, não sabem as quatro operações, não sabem interpretar um texto simples, não sabem escrever, etc,etc,etc…
    Esse computador só teria sentido junto com um sistema educacional de verdade, e não o casebre de pau-a-pique que é a educação brasileira.
    No final, vai ser maciçamente usado para se bater papo via msn e postarem no Yourkute.

    Barna Nabex (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 11:53 pm

    É verdade que existem muitas escolas públicas no Brasil em condições precárias. Por outro lado pesquisa recente publicada pela Folha mostrou que, pelo menos do ponto de vista dos salários dos professores, a diferença entre a rede pública e a particular não é tão gritante como se apresentam nas caricaturas. Na verdade, no nível fundamental, ela até favorece a rede pública. No superior também, como bem sabe e usufruem nossas classes média e alta.

    Quanto a necessidade da inclusão digital dos alunos da rede pública, assim com da rede particular, no mundo globalizado de hoje não há o que discutir, que me desculpem os neo-ludditas: ela é mandatória. Os governantes brasileiros tiveram anos e anos para cuidar da nutrição e da saúde das crianças mais humildes e não o fizeram por razões nem sempre louváveis. A responsabilidade por esta situação é deles mas não se trata agora de ficar botando culpa e apontando o dedo para ninguém. O que nos resta é tapar as goteiras das escolas, alimentar nossas crianças, curar suas doenças, dando-lhes tratamento médico e odontológico adequado a elas, etc.. Os jesuítas, nas Missões, nos mostraram como fazer isto séculoas atrás. Porém, mais do que eles, teremos também de cuidarmos da inclusão digital da gurizada. Seria muito irresponsável se nossa geração negasse a eles este direito. O futuro do Brasil que está em jogo.

    O governo tem todo direito de não levar a licitação em frente. A realização da licitação não gera uma obrigação de compras. Ainda mais se o preço não chegou ao valor esperado. Agora o negócio é reavaliar as expectativas e elaborar outro edital. Pode se adotar outras modalidades de licitação, algo na linha de registro de preços, pois permite ajustar o quantitativo a ser adquirido conforme a disponibilidade orçamentária. Também é possível até mesmo alterar o objeto de modo a optar por outros paradigmas tecnológicos; quem sabe até mesmo evoluindo para algo na linha verde e ecológica do Koolu do Maddog?

    sem@email.org (usuário não registrado) em 2/02/2008 às 11:55 pm

    Discordo, discordo, discordo!

    Com todo o respeito, educadores brasileiros entendem muito pouco de como pensa o aluno! Principalmente o mal pago professor de escola publica! Existe uma magoa muito grande do professor, um ressentimento naturalmente desenvolvido que nunca eh resolvido: os professores nao fazem qualquer tipo de “analise” ou similar, o governo nao paga por saude mental! Professores estressados que invariavelmente descontam nos alunos seus problemas. So como exemplo: moro numa cidade media, onde ate pouco tempo atras, quase nao havia violencia notavel dentro das escolas; hoje ha relatos diarios de agressividade e violencia entre professores, alunos e pais de alunos! Isto nao começou ontem, ou ante-ontem. Se voce viu “Cidade de Deus”, o filme, voce viu que a violencia eh muito antiga e fruto de desprezo pelo pobre por parte das “autoridades”! No filme, a primeira geraçao de criminosos era formada por adolecentes, pensando e agindo como adolecentes. No filme, voce ve que o “Cabeleira” e seus amigos sao quase que “Robin-Hoods” esfarrapados. Todos eles, aparentemente so queriam uma coisa; uma oportunidade de ter uma oportunidade e viverem em paz. Nao obstante, dois deles sao exterminados! A geraçao seguinte de criminosos aprendeu com a anterior: ja que vao ser mortos sem piedade, matam a revelia. Ai nasce o “Ze Pequeno”, que alem da violencia aprende a mais valiosa das liçoes: aprende a lidar com os policiais (politicos?) corruptos que o cercam.

    Como voce ve, a violencia nao nasce de uma hora para outra,ela eh cultivada, ela eh maturada, ela eh seletivisada (se eh que existe esta palavra)!

    O quase fracasso da escola publica no Brasil tem um longo historico que vem muitos anos de total irresponsabilidade pelos seus mantenedores. Era (eh!) uma escola publica constituida para produzir mao de obra barata, que soubesse ler e escrever o minimo para saber ler uma receita num livro de receitas culinarias, ou para ler o bloqueto de notas fiscais de venda no balcao de uma loja…etc. E PONTO FINAL!

    Mas dah para concorrer comercialmente/industrialmente com outros paises globalmente com uma escola assim?

    Da para sair do terceiro mundo com uma escola assim?

    O circulo tem que ser quebrado antes de imprementar uma nova escola publica.

    Este “NoteBook” como explicado pela OLPC sairia muito mais barato que implementar uma politica de fornecer livros escolares de qualidade que permaneceriam com os estudantes mesmo depois do fim do periodo (como em MG). Antigamente o aluno comprava uma gramatica do “Celso Cunha” na quinta serie e a levava ate a formatura na faculdade!!!! Ja entrei em escritorios de advocacia onde alem dos livros de direito com lombadas douradinhas havia tambem a gramatica do Celso Cunha que o agora advogado tinha comprado/ganhado na pre-adolencencia. E, comforme o dono do escritorio me disse, aquela gramatica nao estava ali so por razoes sentimentais! Era consultada com todo o respeito que era dedicado aos livros de leis que ali existiam!!!!

    No Brasil, por razoes economicas e porque a maioria dos alunos nem se importa, o livros sao tomados no final do periodo!!! Tomados!!!
    Livros, tomados!!!!!

    E o “Tijolao” na matematica, alquem se lembra? Nao eh da minha epoca, mas ja ouvi bem falar deles.

    E as bibliotecas? Quanto custa uma biblioteca util, que funcione, que seja util e que nao seja so para “ingles ver” e para mostrar para tele-reporter com pressa para encerrar a pauta?

    Com um OLPC uma biblioteca de verdade nao custaria mais que o preço de um servidor com um hd de 120 gigas mais uma hub sem fio. Quanto custaria? 3000 R$? Quanto custaria uma biblioteca de verdade? Eu quero dizer DE VERDADE!!!!? Nao menos que uns 12000, 15000 R$ (se o livreiros derem desconto).

    Sem chance. A primeira geraçao de professores vai amargar para aprender a usar o computador como a primeira geraçao de jornalistas amargou para aprender a usar o computador. Mas,logo depois, a segunda geraçao nao eh capaz de viver sem ele. Alguem se lembra, ate ha alguns anos atras todo jornal tinha o seu Caderno de Informatica!

    O mesmo vale para os professores. Os primeiros vao penar. Mas quando aprenderem vao substituir aquelas fichinhas de cartolina pautada por
    apresentaçoes visuais.

    Aqui entre nos, eh mais facil aprender geometria assim:

    http://www.emachineshop.com/audio/17-tangent/video.swf
    (apesar de criticas varias negativas por ai, eu gosto deste software e o uso)

    ou tendo de lembrar uma aula dada no mes passado, que voce perdeu porque estava gripado. (eu so fui aprender acentuaçao na quarta serie porque perdi a aula na segunda serie – porque esta com sarampo).

    Sem me extender mais: o circulo tem que ser quebrado!!! Estudar e aprender tem que ser recompensador! Ir a escola tem que VALER A PENA! Nao por que um demagogo esta dizendo, mas porque sera verdade!!!!!

    PS: Eu sou capaz de desenvolver aulas de geometria como as do link. Para mim nao custaria nada gastar uma meia hora de trabalho para criar uma aula destas e disponibilizar gratuitamente para a comunidade educacional usar livremente. eh so pedir!

    @sem@email.org
    Só uma curiosidade, de onde tirou os textos citados acima?

    sem@email.org (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 11:00 am

    Mil descupas. Fui brincar com as tags e baguncei tudo. Cade o botao de previsualizar :)?

    Vamos ver se funciona agora.

    Não adianta absolutamente NADA dar um computador para um analfabeto funcional! Essa é a opinião de quem conhece MUITO BEM uma escola pública e seus alunos!

    ”Discordo, discordo, discordo!

    Com todo o respeito, educadores brasileiros entendem muito pouco de como pensa o aluno! Principalmente o mal pago professor de escola publica! Existe uma magoa muito grande do professor, um ressentimento naturalmente desenvolvido que nunca eh resolvido: os professores nao fazem qualquer tipo de “analise” ou similar, o governo nao paga por saude mental! Professores estressados que invariavelmente descontam nos alunos seus problemas. So como exemplo: moro numa cidade media, onde ate pouco tempo atras, quase nao havia violencia notavel dentro das escolas; hoje ha relatos diarios de agressividade e violencia entre professores, alunos e pais de alunos! Isto nao começou ontem, ou ante-ontem. Se voce viu “Cidade de Deus”, o filme, voce viu que a violencia eh muito antiga e fruto de desprezo pelo pobre por parte das “autoridades”! No filme, a primeira geraçao de criminosos era formada por adolecentes, pensando e agindo como adolecentes. No filme, voce ve que o “Cabeleira” e seus amigos sao quase que “Robin-Hoods” esfarrapados. Todos eles, aparentemente so queriam uma coisa; uma oportunidade de ter uma oportunidade e viverem em paz. Nao obstante, dois deles sao exterminados! A geraçao seguinte de criminosos aprendeu com a anterior: ja que vao ser mortos sem piedade, matam a revelia. Ai nasce o “Ze Pequeno”, que alem da violencia aprende a mais valiosa das liçoes: aprende a lidar com os policiais (politicos?) corruptos que o cercam.

    Como voce ve, a violencia nao nasce de uma hora para outra,ela eh cultivada, ela eh maturada, ela eh seletivisada (se eh que existe esta palavra)!

    O quase fracasso da escola publica no Brasil tem um longo historico que vem muitos anos de total irresponsabilidade pelos seus mantenedores. Era (eh!) uma escola publica constituida para produzir mao de obra barata, que soubesse ler e escrever o minimo para saber ler uma receita num livro de receitas culinarias, ou para ler o bloqueto de notas fiscais de venda no balcao de uma loja…etc. E PONTO FINAL!

    Mas dah para concorrer comercialmente/industrialmente com outros paises globalmente com uma escola assim?

    Da para sair do terceiro mundo com uma escola assim?

    O circulo tem que ser quebrado antes de imprementar uma nova escola publica.

    Este “NoteBook” como explicado pela OLPC sairia muito mais barato que implementar uma politica de fornecer livros escolares de qualidade que permaneceriam com os estudantes mesmo depois do fim do periodo (como em MG). Antigamente o aluno comprava uma gramatica do “Celso Cunha” na quinta serie e a levava ate a formatura na faculdade!!!! Ja entrei em escritorios de advocacia onde alem dos livros de direito com lombadas douradinhas havia tambem a gramatica do Celso Cunha que o agora advogado tinha comprado/ganhado na pre-adolencencia. E, comforme o dono do escritorio me disse, aquela gramatica nao estava ali so por razoes sentimentais! Era consultada com todo o respeito que era dedicado aos livros de leis que ali existiam!!!!

    No Brasil, por razoes economicas e porque a maioria dos alunos nem se importa, o livros sao tomados no final do periodo!!! Tomados!!!
    Livros, tomados!!!!!

    E o “Tijolao” na matematica, alquem se lembra? Nao eh da minha epoca, mas ja ouvi bem falar deles.

    E as bibliotecas? Quanto custa uma biblioteca util, que funcione, que seja util e que nao seja so para “ingles ver” e para mostrar para tele-reporter com pressa para encerrar a pauta?

    Com um OLPC uma biblioteca de verdade nao custaria mais que o preço de um servidor com um hd de 120 gigas mais uma hub sem fio. Quanto custaria? 3000 R$? Quanto custaria uma biblioteca de verdade? Eu quero dizer DE VERDADE!!!!? Nao menos que uns 12000, 15000 R$ (se o livreiros derem desconto).

    Alguém ainda acha que os professores irão desenvolver materiais didáticos digitias para as aulas?

    Sem chance. A primeira geraçao de professores vai amargar para aprender a usar o computador como a primeira geraçao de jornalistas amargou para aprender a usar o computador. Mas,logo depois, a segunda geraçao nao eh capaz de viver sem ele. Alguem se lembra, ate ha alguns anos atras todo jornal tinha o seu Caderno de Informatica!

    O mesmo vale para os professores. Os primeiros vao penar. Mas quando aprenderem vao substituir aquelas fichinhas de cartolina pautada por
    apresentaçoes visuais.

    Aqui entre nos, eh mais facil aprender geometria assim:

    http://www.emachineshop.com/audio/17-tangent/video.swf

    (apesar de criticas varias negativas por ai, eu gosto deste software e o uso)

    ou tendo de lembrar uma aula dada no mes passado, que voce perdeu porque estava gripado. (eu so fui aprender acentuaçao na quarta serie porque perdi a aula na segunda serie – porque esta com sarampo).

    Sem me extender mais: o circulo tem que ser quebrado!!! Estudar e aprender tem que ser recompensador! Ir a escola tem que VALER A PENA! Nao por que um demagogo esta dizendo, mas porque sera verdade!!!!!

    PS: Eu sou capaz de desenvolver aulas de geometria como as do link. Para mim nao custaria nada gastar uma meia hora de trabalho para criar uma aula destas e disponibilizar gratuitamente para a comunidade educacional usar livremente. Eh so pedir.

    sem@email.org (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 11:17 am

    Ops! Quase funcionou. Preciso de um tutorial :).

    Gilson Braz (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 12:07 pm

    Concordo com grande parte dos comentários dos colegas no que diz respeito ao lado “educacional” da matéria, mas acho que a verdade por trás desta notícia é que o governo federal está dando um jeito de arrumar a sua licitação para a tal “empresa nacional” ganhar com o mesmo valor (ou próximo) da atual licitação…

    Adam Astor (usuário não registrado) em 3/02/2008 às 7:20 pm

    O cancelamento do pregão, me faz lembrar o “causo” de um governador que mandou seu assessor convocar uma reunião do secretariado para 6ª feira. O assessor perguntou: — Excelência, 6ª feira se escreve com a letra “s” ou com a letra “c”? O governador respondeu: humm… marca para 4ª feira.

    O devaneio do edital, o conjunto de exigências, muitas das vezes fora da realidade e fora do contexto onde serão aplicados os objetos da licitação, é que provocam estes cancelamentos.

    Relançar o edital alterando-se algumas das exigências pode parecer aos olhos dos gestores, ser a solução para se concretizar a compra, e não é muito diferente de marcar a reunião para 4ª feira, assim como sugeriu o governador.

    Outro dia, comentei sobre o post aqui publicado, o qual dizia sobre o preço proposto pela empresa vencedor POSITIVO, e comparando-se com processo de compra feito pelo Uruguai. Um leitor questionou dizendo que eu deveria fazer parte da folha de pagamento da empresa POSITIVO. Preferi não responder por acreditar que o leitor não entendeu o conteúdo do assunto colocado em discussão.

    Pelo contrário, já me deparei com a POSITIVO em outros processos licitatórios, e posso dizer, trata-se de uma grande empresa.

    Mesmo assim, não poderia deixar de registrar minha indignação pelo cancelamento do certame considerando as questões levantadas, o preço final proposto.

    Adam Astor

    Infelizmente ….

    …não tiro a razão desses “subnotebooks” serem super faturados e quem já prestou serviço para o Governo que o diga.

    Primeiro é dificil entrar sem algum “esquema”. E se você conseguir entrar sem ter participado de um “esquema”, o “esquema” vai atrás de você, aí se você não for uma pessoa íntegra e honesta, você acaba sucumbindo ao modelo secular do famoso “sou brasileiro e quero levar vantagem em tudo”.

    Depois tem o fato de que o Governo acaba liberando o dinheiro do serviço, apenas 6, 7 meses, 1 ano (ou mais), após o término do serviço (um ótimo motivo para o super faturamento, pois U$100 hoje, certamente não é U$100 daqui 1 ou 2 anos).

    Existe também o fator “Shit Happens”, ou seja, cancelamento de verbas e outras maracutaias que fazem com que o dinheiro empenhado para a sua obra, seja remanejado para outro lugar e aí vai mais um motivo para demorar 1, 2 anos para liberar o dinheiro para o vencedor do “tiro no pé” que é prestar serviço para o Governo.

    É claro….esquemas acontecem……se for um bom “esquema”…porque não esperar ??

    Afinal, “Sou brasileiro não desisto nunca….de levar vantagem em tudo ” :.P

    Mas isso não é de hoje, isso sempre aconteceu como “nunca na história desse País”……e pelo visto está longe de mudar.

    PopolonY2k
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