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O OpenOffice está mesmo profundamente doente?

Continuando na trilha do debate sobre a saúde do desenvolvimento do projeto OpenOffice.org, mantido pela Sun, a partir da discussão iniciada no final de 2008 por um integrante do projeto e funcionário da Novell (saiba mais em “O OpenOffice está morrendo?“), Matt Asay dedicou seu espaço na CNet a aprsentar seu interessante ponto de vista, que afirma que o fenômeno foi percebido corretamente, mas as causas estão erradas.

Segundo ele, o problema não ocorre devido ao decréscimo de desenvolvedores ativos no projeto – se houvesse um pequeno núcleo de desenvolvedores ativos e comprometidos, grandes flutuações no número total poderiam ter impacto bem menor (e ele traz alguns dados e exemplos para suportar esta análise).

Para ele, a causa é mesmo a posição que a Sun toma: ao mesmo tempo em que se coloca como leão de chácara da inclusão de código e dos rumos de desenvolvimento, ela parece estar reduzindo sua própria participação no desenvolvimento em si – sem afrouxar os gargalos que permitiriam que essa redução fosse compensada pela agregação de novos interessados externos. O fato de o código ser inusualmente complexo complica ainda mais as coisas, porque até mesmo os desenvolvedores 100% capazes de desconsiderar o desestímulo existente têm dificuldade em se aproximar do projeto.

Para ele uma possível solução ganha-ganha seria a Sun sair do caminho, transformando o OpenOffice em uma fundação similar ao Eclipse, e assim evitando o ocaso do projeto, que não é de seu interesse.

Saiba mais (news.cnet.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-01-05

Comentários dos leitores

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    Avelino Bego (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 3:51 pm

    Se não me engano, já existe um fork do projeto.
    Porque não focar no mesmo?

    Abraços.

    David Dias (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 4:04 pm

    Vamos admitir que, do jeito que andam as coisas, está difícil de se ver um belo horizonte para o openoffice. Ele teve mudanças e melhorias tímidas e pouco expressivas nos ultimos anos.

    Praticamente hoje, o openoffice concorre com o Microsoft Works e não com o Microsoft Office que está sozinho na frente.

    Creio que o melhor seria concentrar os esforços em algo novo.. Koffice não deixa de ser uma boa idéia.

    Porque o fork é mal visto pela comunidade já que é foi iniciado por um funcionário da Novell, apesar de ter funcionários da Red Hat e do Debian(Ai no caso não sei se chamo de funcionário rs..).

    Entretanto o projeto é mais um resposta a a SUN que realmente um projeto concorrente, tanto que o SUSE usa o OpenOffice.org como suite de escritório padrão. (Idem para outras distros com participação no projeto)

    A ideia do Go-OO, ao que me parece é mais ao longo prazo, um tipo de “refugio” para os devs caso a Microsoft lançasse uma versão “killer” do Microsoft Office, fazendo assim decair a base de usuários do OpenOffice.org.

    Porém se analisarmos com cuidados os “últimos” movimentos da Microsoft, é bem provável que a próxima versão de sua suite de escritório realmente seja um “peso” muito maior para o OpenOffice.org que está sendo as versões 2003 e 2007 da suite (que são infinitamente superior), pois quando passar a suportar o ODF, e por já está sendo distribuída gratuitamente para muitos órgãos públicos, todo o “tesão” para se usar o OpenOffice.org vai sumir.

    Se a SUN não abrir as pernas um pouco, e “ajudar” dar um “plus” no OpenOffice.org ele não sobreviver por muito tempo não. E não vai ser por maldade da MS! O OpenOffice.org desde sua primeira versão não teve nenhuma mudança realmente significativa no visual e nas funcionalidades básicas. Ainda parece que estamos usando o MS-Office 97.

    Veja por exemplo o MS-Office 2007, foi uma “evolução” clara da versão 2003 que foi uma evolução clara da versão XP, etc… Se usarmos o OpenOffice 2 e o 3 é capaz de nem percebemos as diferenças, é a mesma interface ultrapassada e os mesmos recursos básicos com problemas!

    O Go-OO pode ser até uma “solução” até por ser “mais livre” que o OpenOffice.org, porém não possui “know how” e quantidade de desenvolvedores para se manter.

    jotaB (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 4:28 pm

    Creio que o melhor seria concentrar os esforços em algo novo.. Koffice não deixa de ser uma boa idéia.

    Bom, eu já mudei de malas & bagagens pro Lotus Symphony e estou supersatisfeito.

    pois quando passar a suportar o ODF, e por já está sendo distribuída gratuitamente para muitos órgãos públicos, todo o “tesão” para se usar o OpenOffice.org vai sumir.

    Ué, me diga por favor que órgãos públicos estão recebendo esses presentes (de grego) da Microsoft porque eu sou funcionário público e não ouvi falar nada sobre isso não.

    Há muita lenda e má informação, propositalmente ou não, sobre supostas doações de licenças de windows e de MS Office para órgãos públicos, escolas e universidades. Isso não existe ! O que existem são alguns contratos de licença acadêmicos ou corporativos onde se paga um montante anual baseado no número estimativo de licenças. Não é oba-oba nem muito menos gratuito.

    Mesmo que o MS Office 2007 suporte ODF plenamente e de forma plenamente compatível com as especificações e sem extensões ele vai continuar um software caro e exclusivo para windows (e mesmo assim somente versões mais recentes de windows). A mudança grande na interface também não agradou todo mundo, especialmente aqueles usuários que morrem de fome se pintarem o capim de outra cor.

    Acho que a Sun poderia sim ser mais aberta com a comunidade para permitir uma maior participação de usuários e de outras empresas no desenvolvimento. Não sei se é por medo da IBM ou pelo fato da Sun também aida ter o StarOffice (versão comercial do OpenOffice) mas esta preferiu fazer o seu Simphony do que participar do OpenOffice.org. Também não gosto da participação da Novell no go-OO porque ela parece estar mais preocupada em fazer o Openoffice suportar o OpenXML da MS e macros do MS Office do que contribuir com mudanças realmente mais profundas.

    O que eu fico mais triste pela atual situação do OpenOffice é que vocẽ não vê nenhum entusiasmo ou um artigozinho ou notícia sequer sobre ele fora dos sites relacionados com linux, como se o OpenOffice para windows não existisse e como se ele nem sequer fosse um software estável há anos e suficiente para a grande maioria das pessoas.

    Por mais que critiquem o OpenOffice, a versão 3.0 (e a 2.x também já era) é plenamente utilizável para a esmagadora maioria dos casos, é gratuito, tem uma interface muito mais parecida com as versões anteriores do MS Office que o próprio MS Office 2007, é bem estável e multiplataforma.

    Eu sou um usuário avançado do BrOffice, utilizo quase diariamente no trabalho e em casa há muito tempo e apesar de não ter que lidar normalmente com documento com macros legadas nem arquivos .docx não sinto nenhuma necessidade e nem mesmo saudade do MS Office. Aliás, já tive o desprazer de ter que redigitar mais de 150 equações em um trabalho que digitei na época do Word 97 porque sem mais nem menos todas as equações viraram um troço não visível e nem editável. Já consegui também recuperar com o BrOffice muitos arquivos .doc bichados que nenhuma versão do próprio MS Office abria.

    Guilherme (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 5:14 pm

    eu prefiro o ms office 2003 no wine que o openoffice,ele o openofficer, ou broffice, é muito bom, estavel e tem os recursos basicoas, mas tem ua pesima coreção ortografica, não possui grmatical descente igual ao MS Office, e pior, pesa muuuuito mais, mesmo o MS Office rodando no wine.. Estou com esperanlas de o koffice se sair bem na versão 2. Na ultima vez que testei o symphony ele era mais pesado q o OO.org, isso na ver~sao beta 4 dele , tenho q testar de novo =D, quando ao GO-OO, acho q se não “recilarem” todo o codigo não vale nada, pq esse é o problema do OO.org

    cardoso (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 5:36 pm

    O OpenOffice é usado por necessidade e não por prazer. Ele é FEIO. Lembra o Office 2000, se tanto. Não adianta ter funcionalidade se o troço parece algum feito em VB3.

    Marcelo Nascimento (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 5:37 pm

    Guilherme, do jeito que você escreve, precisa mesmo dos melhores corretores ortográfico e gramatical do mundo!!!

    Não sei onde você trabalha Manoel Pinho, porém aqui em Brasilia a maior parte dos órgãos voltaram para o MS-Office justamente porque a Microsoft “deu”.

    Foi assim na camara dos deputados, e em outros orgãos! Esqueci o nome da mulher (a representante da Microsoft em Brasília) porém me lembro muito bem dela dizendo que foi a unica alternativa já que existia uma lei mandando os órgãos publicos usarem as alternativas Livres.

    Olivier (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 5:51 pm

    Perguntinha: dado que foram 27 milhoes de downloads do OpenOffice (http://marketing.openoffice.org/marketing_bouncer.html) e > 1 Milhão só de BrOffice.org (medido no site e nos espelhos do Brasil)…

    Quantos downloads mesmo tem do go-OO?

    Seu Go-OO tem tudinho traduzido? Inclusive os gueri-gueris? Tem certeza que ele não capotou nem uma vezinha?

    Adoro software sem base instalada.

    @Guilherme: Acorda cara… dormiu no wine e não foi ver o que tem de novo. Ja to vendo gente baixar o BrOffice (até mesmo a contra-gosto) so pra ter o corretor ortográfico novo. Pra muitos mortais, esperar a MS não é opção. Querem marcar pontos já. Em tempo: segundo a MS, o compromisso é ter isso pra 2012.

    gerente de produtividade e colaboração da Microsoft Brasil, disse que “ainda não há data definida para a atualização estar disponível ao consumidor final”.

    “O compromisso da empresa é oferecer a atualização no corretor ortográfico, de forma gratuita, dentro do prazo estabelecido pelo governo, que termina em 2012”, diz o comunicado.

    http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012009/05012009-12.shl

    Trabalho com elaboração de projetos, muuuuuuuuuitas tabelas. O OpenOffice foi minha redenção. Li comentários sobre a “superioridade do MS Office”, pode ser, dependendo do ponto de vista. No meu caso a SUPERIORIDADE é a do OpenOffice, até as versões atuais é um martírio trabalhar com tabelas, sim, simples tabelas no Office da MS. Eye Candy? Ok, Use (se quiseres evidentemente) o Symphony, é bem bonitinho também, até gosto de utiliza-lo vez por outra, quem sabe se a IBM mudar a licença eu não o torne padrão…

    @Wallacy

    Não sei onde você trabalha Manoel Pinho, porém aqui em Brasilia a maior parte dos órgãos voltaram para o MS-Office justamente porque a Microsoft “deu”.

    Foi assim na camara dos deputados, e em outros orgãos! Esqueci o nome da mulher (a representante da Microsoft em Brasília) porém me lembro muito bem dela dizendo que foi a unica alternativa já que existia uma lei mandando os órgãos publicos usarem as alternativas Livres.

    Eu trabalho no Exército.

    Por acaso essa mulher que vc está falando é a dona da TBA informática, aquela empresa que tinha o monopólio de vendas da M$ em Brasília ?

    http://br-linux.org/noticias/001162.html
    http://br-linux.org/noticias/003221.html
    http://www.softwarelivre.org/news/1230
    http://www.softwarelivre.org/news/2961

    Se você tiver dados concretos diga aqui para que ela seja denunciada por dumping e por obstruir a política governamental para o uso preferencial de softwares livres.

    Olivier, me parece que a base instalada do go-OO é bem grandinha, em comparação às outras instalações de OOo em Linux. Especialmente quando consideramos que ele é a base dos pacotes do OpenOffice incluídos em uma série de distribuições populares, como Ubuntu, openSUSE, Debian e Mandriva (como visto em http://www.linux.com/feature/154364).

    tenchi (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 6:33 pm

    E me parece que o Go-OO acompanha as versões do OpenOffice: ou seja, ele é sempre baseado no código original do OpenOffice (era 2.4 e foi para 3.0). Logo, não há como falar se ele é traduzido ou não para tais idiomas ou tem tal documentação, já que é a mesma que do OpenOffice.

    eddie (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 6:41 pm

    Sinceramente tem pessoas falando que usam e preferem usar MS Office???
    Olha bom proveito, só para constar Software Office 2007 Standard Microsoft nas grandes empresas 999,00, olha aproveita e usa windows também.
    Eu comecei usando o StarOffice, vi na banca de jornal, comprei e quando cheguei em casa instalei, isso no tempo que eu usava windows a muito tempo, fiquei muito feliz, pois não tinha nada gratuito de qualidade que eu soubesse, e eu não queria muito não, usar tipo o básico mesmo, mas naquele tempo não tinha nada, isso para windows, fiquei muito contente com isso, não uso nem 3% das funções do programa, apenas quando preciso para alguma coisa, mas ter o programa é padrão, quando preciso uso, e se um dia não tivesse ia me fazer uma falta muito grande.
    Usei o StarOffice no windows ai mudei para o linux, e continuei usando o StarOffice, até eu conhecer o openoffice e a minha distribuição o colocasse, e uso esse até hoje.

    O governo vai aceitar o ms office porque a empresa esta dando ele, e os padrões do programa, vai se estar preso nisso, depois imagina um governo de qualquer tamanho, tem uma quantidade de informações muito grande, ai se um dia cobrar a licensa vai ser difícil não pagar, imagina converter todos os documentos, fora tem que ver se a conversão vai ser feita corretamente.
    Apenas um administrador com uma formação péssima aceita isso assim.
    Agora usar o openoffice desde hoje e ir abandonando o ms office aos poucos, e fazendo tudo hoje no possível com o openoffice etc… transição, ai sim concordo, algo muito vantajoso ao meu ver.

    Augusto vou fazer uma sugestão.
    O que acha de colocar o sistema de pontos, ja é comum em alguns blogs, onde tem o positivo e negativo, igual aqui, mas la se mostra o resultado no comentário do usuário, isso correspondendo cada clique um positivo ou negativo, podendo também continuar com o bloqueio do comentário como é aqui, depois de um numero de negativos e com um calculo no positivo também ele bloqueia.

    Guilherme (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 7:11 pm

    @Olivier: desculpa, esa eu não sabia, ja esta de acordo com os padrões? se for sou capaz de pasa e-mail pro meu professor de portugues, que disse q apartir desse ano ia cobrar norma nova se descobrise algum editor que ja a aceitase, ou se atualizase o dicionario do word, pelo visto vai ter o colegio inteiro usando x). Mas ainda prefiro que o openoffice tenha uma reformulação, enquanto ao trabalho do broffice, ele pode ser usado no symphony? digo os dicionarios que acabei de ver, parecem ser ótimos, falo issopois estou abixando o symphony, quero ver se é uma boa saida caso o OO.org acabe.

    Olivier (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 7:22 pm

    @Augusto
    Não nego, mas as coisas tem de ser factuais. Números?

    Ainda que muitos prefiram A, B ou C no seu linux, o verdadeiro estrago acontece na base instalada de office no windows. É ali que rola a peleja.

    Gostaria de saber qual é o posicionamento oficial da SUN em relação ao OpenOffice em relação ao fato e também ao MySQ.

    Por enquanto é uma pessoa falando a verdade dela. Enquanto as duas partes não confrontarem dados, não há como definir um nível aceitável de certeza.

    []
    Roger

    miranda (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 7:33 pm

    Sempre achei a Sun meio “chupinha” do projeto OO.org, não entendo muito de licença de software mas acredito que o projeto é meio “engessado” pela Sun (não sei se é a licença).
    Tambem não consegui entender o porque de não ter um fork exemplar, bom, temos agora o Symphony mas ele teve a incrivel proeza de ser mais pesado que o OO, meu micro é um tri-core com 3 GB de RAM, então não é meu micro, o camarada é pesado mesmo. Sem falar naquela interface tosca que lembra o StarOffice (antigo). Um dos grandes trunfos do OO (na epoca) foi exatamente aniquilar aquela interface tosca.

    Não gosto dos produtos da Microsoft e nem da forma suja que ela atua mas uma coisa é incontestavel: A unica ferramenta que realmente presta na Microsoft é o seu Office (minha opinião). E já fiz o teste instalado ele no Linux (via wine) e ele é infinitamente mais rapido que no proprio Windows, dando de sacolada no OO. Mas o OO tem melhorado muito nessa nova versão em relação a versão anterior, disso ninguem pode negar mas ainda ta longe de ser uma ferramenta agradavel de ser usada. Tem algumas coisas simples de serem feitas que no OO é um sacrilégio ex: numerar linhas é um pé no saco no OO, cola um texto vindo da web é praticamente “impraticavel”.
    Pela repercussão desse assunto tomara que a Sun mude sua posição em relação ao OO.org e deixe de ser impecilho para o projeto.

    Quando você falou “Adoro software sem base instalada”, se referindo ao go-oo, essa preocupação com os outros números ainda não havia surgido?

    Para mim parece claro que o número de instalações do Ubuntu, OpenSUSE, Debian e Mandriva que incluem o go-OO é bem mais do que o suficiente para dificultar chamá-lo de sem base instalada, ainda mais considerando os divulgados 8 milhões de usuários do Ubuntu (dados de setembro) ou os 9,5 milhões de usuários do Fedora (dados de novembro).

    Ademais, creio que para tratar de base instalada, é mais apropriado comparar número de usuários do que de número de downloads.

    Quanto ao Go-OO, que não passa de um fork das versões correntes do OO.org e se quer parece querer ser um concorrente, pois mesmo nas distros que oferecem os recursos do Go-OO para o usuário a suite de escritório continua sendo identificada como OpenOffice, acredito que foi só uma forma de implementar recursos sem esperar o build final da SUN.

    E falar em base de usuários, se comprarmos a base de usuário Window x Linux, ou MS-Office x OpenOffice a coisa fica complicada você não acha?

    Pessoalmente, apesar de usar o OpenOffice (não eu não uso o MS-Office), eu considero a suite da Microsoft muito superior, inclusive quanto as correções ortográficas. A “nova regra” que rege a ortografia da nossa língua, estando disponível a principio no OpenOffice.org, não é suficiente para “superar” a suite concorrente ao meu ver, pois até a analise semântica “da concorrente” é melhor! Porém quando falo da suite falo de tudo, o Powerpoint é bem melhor que o Impress, o Exel é bem melhor que o Calc… Etc. Porém é só mina opinião.

    -

    Manoel Pinho,

    Sim, era ela mesmo! Porém não cabe denuncia, já que a legislação está sendo mantida e todos os computadores por lá tem o OpenOffice instalado! E inclusive o Linux! O problema são os funcionários que teimam em usar o MS-Office! E também não da para acusar de Dumping, já que o OO.org também é gratuito!

    —-

    Mudando um pouco de assunto, eu torço muito, muito mesmo pelo OO.org! Porém entra versão e sai versão, mais e mais ele me decepciona! Continua um software muito pesado, feio e os recursos básicos continuam com o problema de “amigabilidade’.

    Poucos sabem porém o OpenOffice.org tem até um player de vídeo integrado! Recursos ele tem aos montes, o problema ao meu ver é que falta um pouco mais de interoperabilidade entre eles e falta uma boa repensada no design, além da simplificação dos recursos básicos de formatação.

    Digo isso não só por mim, já cansei de instalar o OpenOffice.org na casa de amigos e familiares e é sempre a mesma reclamação! E também não me venham falar de legado, muitos deles tinham a cabeça muito aberta para as mudanças e inclusive estavam “empolgados” por não precisar pagar uma fortuna pela suite de escritório.

    Acho que “doente”, como o título do post, define bem o estado atual do OO.org, toda doença tem uma cura! E caso seja curado, o OO.org tem tudo para bater de frente ao MS-office e até supera-lo! Porém se não ficarmos com olhos atentos poderemos até ver tal doença “matar” um projeto tão relevante quanto esse.

    Jack Ripoff (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 8:06 pm

    Encaremos os fatos: o OpenOffice.org é um projeto grande, mal-documentado e cheio de bugs, e isto repele qualquer desenvolvedor. Por isso nada surte efeito, nem sequer forks. A verdade é que não adianta “forkar”, é preciso reescrever.

    A realidade é que ninguém se sente empolgado em participar de um projeto em que a maior parte do trabalho vai ser desvendar o código e corrigir os problemas criados pelos desenvolvedores apressados da Sun. O OpenOffice.org não é realmente um projeto de software livre, e sim um produto de software livre…

    Wallacy,

    Eu fico triste em saber que eles estão colocando o OpenOffice e até o linux “para inglẽs ver” porque quem não consegue sequer sair do M$ Offie para o BrOffice no linux com certeza nunca vai conseguir mesmo migrar para o linux, que não tem o MS office.

    Para mim esse negócio de colocar os 2 programas na mesma máquina ou dual boot windows/linux é coisa de quem não quer migrar. O certo mesmo, no caso de ter algum legado que necessite de MS Office ou de windows é reservar alguma(s) máquina(s) ou dar uma outra solução (tipo usar um servidor windows com terminal services ou semelhante).

    E o BrOffice não faz dumping só porque é de graça. Ele é mais do que de graça, é um software livre e com outra filosofia. Não dá para comparar com uma empresa monopolista e uma revendedora já acusada de irregularidades ficar promovendo seu produto fazendo dumping só para que a concorrência não avance. Coisa muito feia essa aí em Brasília… Tem que dar a grita e denunciar isso nos jornais e meios de comunicação em geral.

    wallacy (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 9:13 pm

    Quanto ao dumping, comentei porque para haver o dumping é necessário uma empresa praticar um valor que a outra não pode arcar levando a outra a falência. No caso, acho que só seria dumping se a MS pagasse para alguem utilizar o software dela. Sei que além de tudo o OpenOffice é livre, e claro ele não pratica dumping, porém a Ms era a “unica” concorrente, e a que vendia. Ela só “igualou” as coisas….

    E bem, que é para inglês vê ninguém aqui teve “esperanças” de que seria difente, o marketshare do Linux retrata bem essa realidade. O lado bom é que apesar de tudo a “cada dia”, segundo relatos mais e mais funcionários dão uma “chance” ao Windows, principalmente quando da problema. Infelizmente essa “sobrevida” é temporária(quase sempre até o técnico chegar ou até eles terem algum problema no novo sistema).

    E aparentemente, são as próprias empresas que dão suporte que fazem questão de não deixar as maquinas com Linux funcionado corretamente (nem mesmo as Windows) para poder “lucrar” com isso. Dai no caso os usuários acabam usando mais mesmo o Windows por já terem uma base de conhecimento maior e conseguirem “se virar” nas adversidades.

    Em fim, todo mundo sabia que não adiantava colocar uma lei obrigando a todos usarem Linux + OpenOffice! Não da para mudar da “agua para o vinho” de uma hora para outra, porém pelo menos o Linux não é um desconhecido mais por essas bandas, e muitos usam de vez em quando (nem que seja para jogar tux race)! E felizmente (ou infelizmente) de vez em quando é melhor que nunca. Pelo menos por hora….

    Olivier (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 9:21 pm

    @Augusto
    Duplique, triplique os numeros que voce citou sobre Ubuntu e Fedora, ainda serao tracos em relacao a base instalada do windows. Mas eu nao desejo passar a ideia de que nao ha merito na base instalada do Linux. So quero colocar em perspectiva dos pesos relativos.

    “Adoro software sem base instalada” significa que entre um software genial e uma base instalada vai um abismo. Eu posso criar o “OlivOffice” ou AugustOffice”, muito melhor que qualquer outro, que mesmo assim sem ter uma poderosa industria de marketing por tras, nada vai acontecer. Isso inclui tamanho do patrocinador, tradicao e cultura corporativa, ou seja “placa lustrada”. Sao metricas que fogem do racional e estao no campo da psicologia.

    Vamos nos colocar na cabeca de um gestor de informatica, em que apostariamos, se nos malucos da Novell ou nos malucos da SUN? Vou mudar minha base instalada, enfrentar resistencias das mais absurdas e idiotas e um dos malucos acima sequer faz QA no software! E se essa !@##@!.. capotar na mao do diretor (=sorriso amarelo)? Muito pior: na mao da secretaria dele (=massacre)? Qual o pacote que vou escolher?

    A Novell, Red-Hat, Mandriva, Ubuntu e Debian nao podem abrir mao da SUN, simplesmente por que ninguem quer fazer o minimo de QA para se ter um produto estavel. Sendo uma tarefa percebida como de segunda classe e desprezada (documentacao e traducao idem) poucos programadores tem saco pra se dedicar a isso.

    Agora colocar novas funcoes e mandar os outros testarem e limparem os bugs e ficar cobrando pela lentidao… ahii…

    E por sinal estou escrevendo de um Ubuntu que nao acentua e cujo pacote seria o go-OO 2.4. Tudo bem… so nao gostei de ver que o solver da planilha veio todo em ingles. Ou seja tenho um software em pt-BR com partes em en-US. Isso chama-se QA (lack of).

    Forte abraco

    wallacy,

    Mas o problema é que a MS sabe que é sempre lucro dar o MS Office de graça porque vai impedindo a migração para o BrOffice e, conseqüentemente, para o linux. E como o windows também é dela, ela sempre ganhará de alguma forma. O dumping real está aí: empurra um produto de graça para poder lucrar na venda do outro.

    Eu trabalho no suporte e nós somos bem severos na política de uso do SL. Documentos internos editáveis só podem ser enviados em ODF e assim o usuário, mesmo que tenha windows e MS office, é obrigado a abrir com o Broffice instalado na máquina. E a maior parte das máquinas, inclusive administrativas, usam linux e broffice mesmo, sem nenhum tipo de dual boot ou outras enganações, até porque não há grande diferença em usar um windows+Broffice+firefox de um desktop linux comum.

    Nos casos de necessidade técnica real de windows ou de MS office, os funcionários usam máquinas separadas para isso. Se você ficar esperando que tudo seja migrado para poder ir colocando somente broffice ou linux isso nunca vai acontecer, pode apostar. Usuário é um bicho muito acomodado e sempre insiste que precisa de algum recurso quando na realidade ele nem sabe usá-lo ou não precisa.

    Olivier, espero ter esclarecido que há base instalada do Go-OO, e que os números delas não são pequenos, especialmente se comparados aos números que você mencionou inicialmente (como o número de downloads do BrOffice).

    Não fiz e nem pretendo fazer qualquer comparação entre a base instalada do OOo (incluindo seus derivados) e a do Windows, ou a do MS Office. Não creio que esteja perto o dia em que aqueles possam fazer um dente neste.

    Manoel só por nota, eles não pagaram pelas licenças do Windows. Foi “tudo” de grátis, os departamentos que já possuíam licença continuou usando as que possuía, e os novos departamentos que só possuíam Linux “ganhou” o Windows também. Na verdade, o que motivou o governo a aceitar tal “proposta” foi justamente os funcionários que não queriam o Linux lá de maneira alguma, a principio era só o “tal” Windows de grátis, porém percebendo que iam instalar o OpenOffice.org no Windows (e foram sim instalados) de quebra deram o pacote de escritório.

    A MS com certeza está lucrando pois manteve uma base de usuários importante, porém o governo (por conta da legislação vigente) não pagou nenhum centavo para a MS. Quem saiu ganhando mesmo foi as empresas que prestam suporte….

    Por sorte, tudo isso é muito mal visto por aqui (o que é raro acontecer, geralmente vai tudo para baixo dos panos), até onde eu sei parece que houve uma ampliação do treinamento basico dos funcionários desses órgãos para também abranger o Linux e assim melhorar essa realidade, pois acredite o governo mandou colocar Linux porém não ensinou ninguém a usar, o curso de treinamento era sobre BrOffice no Windows…

    Na verdade, como nosso ex ministro da cultura era metido a geek deixou um legado bem interessante nesse quesito, felizmente convenceu muita gente “com poder” de que software live era o caminho, etc e tal. E hoje, nos ministérios software livre é visto como “propaganda” para soberania nacional, discurso esse que estava limitado as propagandas da Petrobras sobre a costa Brasileira.

    Você que trabalha no exercito deve saber bem sobre essa “parte” da estoria, felizmente existe um “processo” em vigor sobre a implementação do Linux e demais softwares livres no governo, quase sempre com esse discurso. Porém o legado era muito maior que o imaginado, e tradicional falta de organização do nosso governo (além da tradicional burocracia) fez com que o projeto desse um passo para trás, porém continuam, tentando pelo menos, andar para a frente.

    Apesar disso tudo a TBA não trabalha mais para o governo (daqui pelo menos). Esse foi só um ultimo “serviço” prestado ao “imperio” ao qual ela era fiel.

    Bruno (usuário não registrado) em 5/01/2009 às 11:12 pm

    Uso OO.o e acho bom. Entretanto há recursos muito simples como poder girar um texto numa celula em 90° que o MSO97 faz e o OO.o só gira 270°, apesar no manual (ajudar) dizer o contrário. Por essa “besteirinha” preciso usar MSO.

    Koffice neles :-P
    Relaxem pessoal…

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 6/01/2009 às 12:01 am

    @miranda:
    “Tem algumas coisas simples de serem feitas que no OO é um sacrilégio ex: numerar linhas é um pé no saco no OO, cola um texto vindo da web é praticamente ‘impraticavel’”.

    Miranda, veja este texto aqui, que orienta sobre como colar textos de páginas Web no BrOffice:

    http://nerdson.com/blog/clippit/#comment-17100

    Uma coisa que sempre acontece comigo é problemas na formatação quando abro documentos no openoffice entre micros com mesma versão mas SO diferentes. Foi um martírio editar meu TCC no Openoffice 3.0 no Linux (Fedora 10) e no Windows XP. Outra: Várias vezes eu perdi figuras quando abria o documento em outra computador.

    O Symphony é interessante, mas ainda é baseado no OO 2.4, portanto bem mais defasado que o atual.
    Faltam sim muitos recursos ainda que o MS Office possui, alguns simples. E muitos avançados dão constantes crashes. Centenas de bugs estão documentados na própria list do OpenOffice pra quem ainda não acredita.
    Mesmo assim, ele continua sendo a suíte que chegou mais próxima do MS Office em muitos anos. Não sei se a grande culpada do desenvolvimento estar estagnado é a Sun, mesmo que ela seja mais rígida.
    Acredito que um caminho seja refazer muita coisa no OpenOffice que hoje está com um código complexo, fazer uma API mais simples, mais integrada.

    Ah, sobre o MS Office ser caro, usuários domésticos compram por 250 reais, podendo parcelar. Na empresa onde trabalho compramos da MS por 70 reais por máquina, um preço que não conseguimos convencer o diretor a recusar, visto que o treinamento e migração dos documentos antigos sairia mais caro.

    Darkstarfire (usuário não registrado) em 6/01/2009 às 12:55 pm

    Olá Tércio Martins, esse comentário que você sitou é foi feito por mim.
    Aqui onde trabalho, todos as maquinas rodam Windows XP inclusive a minha, mas qualquer texto que tenho que fazer aqui no trabalho, faço no BrOffice 3.0, como minha maquina é meio antiga ele vai que nem uma carroça mais dá para usar.
    Em casa também uso ele no Linux, minha irmã usa para fazer seus trabalhos da faculdade e dificilmente ela me pedi ajuda, apenas no começo ela teve alguns problemas na hora de salvar, pois, por padrão ele salva em ODF e ela as vezes precisa levar o trabalho para faculdade e lá não tem Open/Broffice, então expliquei pra elaque bastava alterar o tipo de arquivo na hora de salvar, do mas ela está se saindo bem.

    Bruno Fabricio (usuário não registrado) em 6/01/2009 às 10:32 pm

    Eu uso o Lotus Symphony e não acho tão pesado como dizem.
    E não concordo no que diz respeito a sua interface ser tosca.

    Eu poderia ter comprado o Office 2007 , mas não fiz isso.
    Já tinha que pagar pelos softwares com os quais trabalho que é Visual Studio 2008 e Project e mais o Win.

    Lotus Symphony me atende bem tanto no Win quanto em maquinas com linux.

    Outra coisa que eu vi aqui e não concordo é que o OpenOffice.org concorre com o MS Works ai invês de ser com o MS Office.
    A base de maquinas com o MS Works deve ser bem pequena , chutando uns 0,5% de maquinas com o WIn.
    O MS Works para quem só mexe com editor de textos e faz algumas planilhas pra controlar algo ou simplismente pra trabalhar pode até dar conta do recado.Mas é extremamente simples e sem recursos.
    Meu notes veio com ele, achei que poderia até me ser util mas no final vi que não prestaria pra nada.

    O openOfice.org ainda pode se tornar uma grande suite se a SUN acordar.
    Esse fork ai da Novell não experimentei , se um dia o Symphony me deixar na mão ai quem sabe eu faço um teste com esse fork.

    Ainda temos tempo , tanto a SUN quanto a IBM podem melhorar suas suites e quem sabe aumente ainda mais o número de usuários delas.

    Uma coisa eu espero que aconteça, que o ODF continue evoluindo.
    Que mais suites apareçam implementando o ODF e que elas tenham um número grande de recursos.

    Em falar em suite que implemente ODF, parece que até o IWorks da Apple implementa o ODF.

    Pelo visto o ODF vai se popularizando cada vez mais , não acho que o medo de muitos em relação ao Office 2007 ter a possibilidade de implementar ODF seja tão certo.

    O OpenOffice.org pode morrer , mas o ODF vai continuar vivo por muitos anos até vir outro padrão melhor e mais evoluido.
    Mas até lá é ODF na cabeça.

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