Estatísticas dos navegadores, edição de julho: continua a ascensão do WebKit
Como temos feito com mais atenção nos meses recentes, a pedido dos leitores, analisamos em detalhes a série histórica mensal de participação percentual dos navegadores desktop no mercado mundial que o BR-Linux acompanha há anos: a NetMarketShare, anteriormente conhecida como Pesquisa NetApplications.
Naturalmente um grande foco de atenção são os números do navegador livre Firefox, que no mês passado esboçou uma breve recuperação após ter chegado, no mês anterior, ao seu ponto mínimo dos últimos 15 meses.
Desde então as comunidades da Mozilla se agitaram, saiu um Firefox 5 em um prazo surpreendentemente curto, com bastante divulgação, mas a direção do gráfico se inverteu de novo: pequena queda em junho, embora continue pouco acima do ponto mínimo, e se mantendo próximo ao patamar em que se manteve desde a queda súbita de fevereiro. (Ao interpretar o gráfico acima, atenção a um detalhe: o eixo vertical não começa em zero. O deslocamento permite perceber melhor a evolução mês a mês, mas arruina a proporção exibida.)
Mas o Firefox não foi o único a registrar queda no mês: o Internet Explorer manteve a sua queda contínua e assim chegou mais uma vez ao seu ponto mais baixo no ano, com 53,68% – uma queda de 0,59p.p.), enquanto o Opera (que também vem caindo de forma contínua) registou a sua maior queda dos últimos 15 meses, perdendo 0,30 p.p. e deixando pela primeira vez (no período) de estar abaixo dos 2%: agora a sua fatia é de 1,73%, perdendo para a categoria “Outros”.
Os navegadores baseados no engine livre WebKit tiveram seu desempenho crescente usual dos últimos 15 meses: boa notícia para seus desenvolvedores. Começando pelo Chrome, também disponível para Linux: após um ganho de 0,59 p.p. (ou 4,94% de sua fatia anterior), ele agora está com 13,11% do total.
Como curiosidade, no acumulado dos últimos 15 meses, o Chrome ganhou uma fatia de 6,38p.p., ligeiramente maior ao tamanho da fatia que o IE perdeu, que foi de -6,27p.p.
Já o Safari também cresceu (como em todos os demais 15 meses recentes) mas dessa vez o crescimento foi exatamente dentro de sua média mensal: 0,20p.p, levando-o a um total de 7,48%.
Está do que na hora desse IEca miserável morrer no mercado.
Não sei se confio nessas estatísticas desse site. Da última vez que olhei (agora está indisponível pra mim), eles não diziam como conseguiam os dados.
Eu costumo olhar o W3 counter: http://www.w3counter.com/globalstats.php
Segundo ele, no mês passado (junho):
IE: 36.3%
Firefox: 28.2%
Chrome: 18.7%
Safari: 6,3%
Opera: 2,4%
Uma diferença brutal, principalmente no IE.
Realmente não vejo o IE com essa bola toda, beleza que o Windows XP ta aí na maioria das partições, mas não dá nem pra instalar o IE9 nele, vejo muita gente usando o firefox, e na versão 3.6 ainda.
Bem, em relação à diferença entre a NetMarketShare e a Statcounter, por exemplo, existe a metodologia usada. Não me lembro onde, vi uma explicação do tipo, indicando a razão dessa disparidade. Por exemplo, a primeira usaria uma base de 40.000 sites, e cliques únicos. Já a segunda, usaria um método que calcula o tempo de permanência no site. Se isso for verdade, faz todo o sentido, ainda mais para o caso do Brasil. O brasileiro gasta em média mais tempo navegando em redes sociais que outros países (vide orkut e facebook). É fato que há uma campanha de marketing pesada, acontecendo neste exato momento, em cima do Chrome. Há anúncios em praticamente todo tipo de páginas, para todo tipo de usuários. As pessoas que ficam mais tempo online recebem muito, mas muito mais incentivos a usar o Chrome, e praticamente nenhum para usar o Firefox, se comparado. Essa situação explica porque o Chrome está mais acima em uma pesquisa (tempo de navegação em redes sociais), e também porque ainda vai crescer, e muito. Pra ser sincero, me surpreende que o Firefox esteja mantendo um certo patamar.
Por não lançar as versões mais novas do IE para o Windows XP, a própria Microsoft está ajudando a matar o IE.
E eu estou achando é bom.
Estatística não é matemática. Posso elaborar uma que coloca o Chrome em primeiro. Também não é pq eu VEJO mais gente usando Firefox q ele tá melhor.
Enfim não dá pra confiar em nenhuma.
Uma comparação do StatCounter:
Números mundiais: http://gs.statcounter.com/
Somente Brasil (onde o acesso às redes sociais costuma ser mais frequente): http://gs.statcounter.com/#browser-BR-monthly-201006-201106
Por essa perspectiva, faz sentido.
[]s,
Cada um pode escolher a fonte de dados que melhor lhe agradar, o que não fica legal é para ficar mudando de fonte ao longo do tempo para escolher a que retrata a realidade da forma como consideramos mais positiva, ou passar a relativizar ou questionar a metodologia da fonte historicamente adotada só depois que a realidade retratada muda em desfavor de nossa preferência.
Aqui no BR-Linux usamos a NetApplications (hoje com o nome de NetMarketShare) como fonte há muitos anos nas notícias sobre a evolução dos navegadores – desde aquela época em que o Firefox tinha crescimento todos os meses, lembram? – e acredito que ela era boa na época, e continua sendo boa agora. Hé posts bem mais antigos, mas vejam como amostra este post enviado pelo Denis em 2007, por exemplo
Ainda que os números dela (ou de qualquer outra pesquisa com base em amostragem) não possam jamais ser absolutos, me parece que ela sempre refletiu bem as tendências: o crescimento estrondoso do Firefox, o começo da queda do IE e sua continuidade, o atual crescimento dos 2 populares navegadores baseados no WebKit, etc.
A diferença entre as metodologias é mesmo uma boa razão de escolha, pois:
- A pesquisa NetApplications mede visitantes, a partir de uma base de 160 milhões de visitas por mês
- A pesquisa StatCounter mede pageviews em 3 milhões de sites, somando cerca de 16 bilhões de visualizações por mês
Nenhuma das duas mede pessoas individualmente (não acho que seria prático medir automaticamente uma amostra aleatória tão grande individualizando), mas entre medir por visitas e por pageviews, para indicar tendências sobre o tamanho da população eu prefiro a primeira, e para indicar sobre a intensidade do uso eu prefiro a segunda. E é natural que indiquem resultados diferentes, pois não estão medindo a mesma coisa.
Existe, também, a pesquisa do w3counter que, assim como a do StatCounter, é baseada em pageviews mas pega uma amostra bem pequena: os últimos 15.000 views a um conjunto de pouco menos de 50.000 sites, claramente contrastando com os 3 milhões de sites da StatCounter.
Detalhe que “IE” significa: IE6, IE7, IE8 e agora IE9, até. Até as 15 pessoas ao redor do mundo que usam IE5 estão na conta. Seria legal fatiar pelas versões, também, já que é sabido que cada IE é um navegador diferente (pelo menos o 6, o 8 e o 9).
E a partir dessa semana eu virei usuário de Opera. Nenhum navegador tem o direito de ficar 15 segundos usando 100% de CPU no netbook de uma pessoa (Chrome fazia isso)…
Cléber, mas este dado existe. Segue top 10 por versão, da mesma fonte, mesma amostra, mesmo período:
IE8.0: 30,07%
Firefox 4.0: 10,46%
IE6.0: 10,18%
Chrome 12.0: 7,32%
Firefox 3.6: 7,08%
IE7.0: 6,58%
IE9.0: 5,63%
Safari 5.0: 5,04%
Chrome 11.0: 3,93%
Outros: 13,71%
IE6 ainda GANHA do IE7.
Para quem não sabe, o IE7 é “o IE6 que suporta imagens com transparência”.
Desenvolvedor web ainda tem que fazer “xunxos” pra fazer transparência funcionar em IE6.
#todoschora
#morrelogoIE6!
O link da matéria dá numa página com erro no servidor, nesse momento (05/07/2011 11:50). Esse aqui abre certo (ao menos pra mim):
http://marketshare.hitslink.com/browser-market-share.aspx?qprid=0&qpcustomb=
(Interessante também para ver nomes de outros navegadores e testá-los) =)
Cleber, o IE6 nao aceita PNG com transparencia, mas aceita gifs.
Outra diferenca da versao 7, o suporte a mudar as bordas de um campo select, que no IE6 nao aceitava o css.
Em termos práticos: IE7 é o IE6 com suporte a transparência. GIF nem conta em termos práticos. Costuma ficar maior, tem o problema da paleta de cores limitada, etc. Todo mundo usa scripts pra fazer os xunxos de transparência.
Colega de trabalho deu uma explicação interessante do pq IE6 tem mais uso que IE7: a galera pega os WinXP pirateado, que vem com IE6. Aí, quando vai atualizar (quando o faz), vai logo pro 8. IE6 sempre tem “alimentação”. IE7 não.
@Cleber
Outro explicação para isso, é que o XP é muito massificado ainda nas empresa (três multinacionais em que presto serviços ainda usam o XP com IE6) e não podem atualizar imediatamente por que muitas aplicações web que rodam na intranet foram tão mal feitas que só rodam no ie6, inclusive módulos do Oracle(Hyperion e EBS)
É interessante que se fale de IE por aqui. Algumas vezes ficou fora de contexto, com atenções mais direcionadas à dupla Chrome x Firefox.
O Google Analytics dos sites que tenho monitorado, também apontam o crescimento da engine webkit com o navegador Chrome. O interessante é que juntando a porcentagem de uso do Chrome com Firefox, a média fica em 7% acima (e subindo) do uso do IE. Muito bom em termos gerais e especialment para mim (estou amando escrever/reescrer os sites em HTML5/CSS3).