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“O Contiki não é um projeto relativamente novo. Na verdade já conta com mais de uma década de existência, e as suas origens recuam ainda mais no tempo. Numa altura em que a chamada “Internet of Things” vai colocando cada vez mais equipamentos inteligentes ligados à internet; começam a estudar-se as formas mais eficientes e econômicas de o fazer. É certo que temos sistemas como o Raspberry Pi, e outros micro-computadores ARM de baixo custo que nos permitem usar Linux e ter um dispositivo ligado à Internet. Mas, e se quisermos fazer isso a custo ainda mais reduzido?

O projeto nasceu como um sistema concebido para recolher dados de sensores distribuídos, e desde logo que a sua preocupação foi ser o mais contido possível de forma a poder ser implementado no hardware mais modesto. Mesmo existindo versões hiper-reduzidas do GNU/Linux, que muitas vezes são utilizadas em projetos deste tipo, o Contiki faz com que até o GNU/Linux mais levezinho pareça um monstro quanto a tamanho, já que em vez de 256, 512 ou 1024MB, o Contiki precisa apenas de alguns KB(!) para rodar.

No Contiki, todo o sistema operacional, com suporte para redes, interface gráfica e até um browser; ocupam apenas uns inacreditáveis 30KB! (Sim, teoricamente poderia ter-se tudo isto a funcionar num velhinho ZX Spectrum – e há mesmo quem o tenha feito em máquinas como o Commodore 64 e o Apple IIe).

O Contiki é open-source, seu código está no Github e atualmente já é usado em inúmeros projetos e produtos, como por exemplo, as lâmpadas inteligentes LIFX.” [referência: revista.espiritolivre.org]