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Canonical X comunidade open source, uma retrospectiva

Não compartilho do mesmo sentimento negativo contra a Canonical que percebo em muitos leitores; eu gostava do Ubuntu e da forma como era construído mas, logo que o Unity foi lançado, percebi a mudança de foco que estava em andamento e notei que eu não era mais o público-alvo que interessava à empresa.

Nada contra eles optarem por outros públicos. Mudei de ares antes mesmo do encerramento arbitrário do bug #1 e da consolidação da sua posição atual em relação à distribuição para desktops, que uma simples olhada na nova organização da capa do site oficial revela claramente.

Mas o sentimento negativo existe em uma parcela bem visível do público, e a Datamation publicou um longo artigo tratando das causas, incluindo uma detalhada retrospectiva e uma análise.

São mencionados os interesses e motivos de ações da Canonical e de alguns dos seus detratores, as razões para desapontamento para quem viveu de perto a expansão dos primeiros anos do Ubuntu, os vários elementos populares da pilha open source que a Canonical resolveu reimplementar ou criar sua própria alternativa (Unity e Mir são apenas 2 dos exemplos), e mais.

A personalidade do fundador do projeto também entra na análise, incluindo ocasiões em que aparentemente ele tentou agir como o líder de uma comunidade muito mais ampla do que o seu sistema: quando desafiou a comunidade a superar a Apple em design, ou quando tentou unificar os ciclos de desenvolvimento dos projetos upstream.

A conclusão do autor é bem menos interessante do que a narrativa em si. Para ele, o saldo geral é que a relação entre a Canonical e o restante da comunidade é severamente disfuncional, e nenhum dos lados parece ter vontade de resolver isso. (via www.datamation.com - “Ubuntu and the Unspoken Rules - Datamation”)

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