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Ministro defende ponto internacional de tráfego de internet no Brasil para reduzir preços do acesso

Via computerworld.uol.com.br:

O Brasil quer instalar um ponto internacional de troca de tráfego na internet para de reduzir os gastos das operadoras e o custo para o consumidor final. O ministro das Comunicações revelou que as operadoras gastam por ano cerca de 500 milhões de dólares para fazer as conexões internacionais de internet, que têm de ser feitas via Estados Unidos. 

"Com o ponto de troca de tráfego no Brasil e a construção de cabos submarinos nós diminuímos essa conta", reforçou, na abertura do Congresso Brasileiro de Internet, em Brasília.

Atualmente, os acessos de usuários brasileiros a sites de internet que têm provedores em outros países passam pelos Estados Unidos. Existem pontos de troca de tráfego internacional somente nos Estados Unidos, Europa e Japão. No Brasil, existem apenas pontos de troca de tráfego nacional. 

"Quando você se conecta ao Facebook, por exemplo, você está fazendo uma conexão internacional para os Estados Unidos. Temos uma desvantagem enorme do ponto de vista de balanço de pagamentos em transações", destacou.

O ministro disse que já discute a possibilidade de instalar um ponto de tráfego internacional com a ICANN - entidade norte-americana que tem a gestão da Internet. Além disso, já houve conversas com o Departamento de Comércio Norte-Americano, que marcou uma reunião técnica sobre o assunto com o governo brasileiro.

Outro ponto que o ministro destacou foi a diferença de preço da internet no atacado nos EUA e no Brasil. "A internet em Miami vendida no atacado custa 3 dólares o Megabit. Aqui, em São Paulo, é em torno de 50 reais a 53 reais. Umas nove vezes a mais", apontou o ministro. Para ele, a construção de mais cabos submarinos ajudaria a reduzir esse custo.

Ele também ressaltou a importância de investir na construção dos cabos interacionais para suprir a grande demanda pela internet. O Brasil projeta a construção de três cabos ópticos submarinos para Estados Unidos, África e Europa. 

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