Acesso a livro didático digital deve aumentar no Brasil, mas preços não devem cair

Via info.abril.com.br:

Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. "Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz.

(...) De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica, no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".

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Comentários arquivados

Comentário de Clésio Luiz em 01/03/2013 às 08:46:22

Boa sorte cobrando preços exorbitantes por conteudo digital. E não se preocupe, depois que você falir, aparecerão outros para tomar o seu lugar.

Comentário de Rodrigo em 01/03/2013 às 08:59:47

Mas por quê hospedar o livro em algum servidor? Não se pode baixar a obra em seu aparelho?

Comentário de Edson em 01/03/2013 às 11:25:03

@Rodrigo A exigência foi feita pelo governo, que vai comprar livros digitais, para os alunos poderem baixar no seu computador ou tablet. Mas o livro não vai pertencer ao aluno, depois ele vai ficar inacessível. Acho isso um desperdício de dinheiro. Se fizessem como na universidade RICE, de houston, que botou os professores a fazer livros digitais para os alunos, que estão disponíveis na internet, seria MUITO melhor. http://openstaxcollege.org/

Comentário de alves em 01/03/2013 às 11:53:31

Isto é uma piada. As editoras no Brasil possuem total isenção de impostos em toda a cadeia produtiva de seus livros. Do papel, cola, tinta, grampos, ... tudo... e ainda assim conseguem vender livros 3 a 5 vezes mais caros que nos Estados Unidos, onde se paga impostos normalmente para esta atividade. Definitivamente, não existe desculpas para termos livros mais caros, e agora esta de custo de hospedagem, onde sabemos que o custo é medíocre.

Comentário de Rafael em 01/03/2013 às 12:05:26

4x277,00? Para material didático, está muito caro, parece até mesmo, despesa para faculdade. Imaginemos o quanto será esssa conta, se for juntado todos os alunos que pagaram por esse material, uma boa soma. Pelo que entendi, é o governo que está fornecendo esse material para as particulares. E posteriormente, para o ensino público. Creio que essa soma, será revertida para o custeio dos tablets ou netbooks que foram especificados para o ensino público. Ou seja, os professores e alunos receberão e trabalharão com esse material atualizado, e de qualidade. Os servidores, o MEC tem seu próprio servidor, pois, o mesmo mantêm uma distribuição Linux (Linux Educacional), além de um portal com obras de domínio público. Enfim, caso não uma empresa privada, fornecendo esse material didático, com tal preço de acesso, nos moldes de "licença de software", é absurdo. O nosso sistema precisa ter uma mecânica de transparência, para que seja justo com a população e consumidor.

Comentário de Duda Nogueira em 01/03/2013 às 14:28:04

Se o governo realmente quiser economizar e fazer uma diferença pra Educação, ele exigiria no edital que a licença de uso do conteúdo comprado (saiba: governo que compra cerca de 67% dos livros didáticos... poder de compra) deverá ser Creative Commons, e usa o meu projeto (ok, puxando sardinha pro meu lado) o Duda Library (http://github.com/dudanogueira/dudalibrary/, online aqui: http://dudalibrary.org) pra distribuir o conteúdo educacional pra um servidor dentro da escola, pela Internet ou HD externo: neste caso, nem precisaria de Internet. Se quiserem ajudar a desenvolver o Duda Library (Python e Django), façam 1 fork no GITHUB! ;) Se quiserem aprender mais sobre o meu projeto, Duda Library: http://rea.net.br/site/duda-nogueira/ Se quiserem conhecer a comunidade REA Brasil (Recurso Educacional Aberto): http://rea.net.br Abraços!

Comentário de José Maria em 01/03/2013 às 14:32:15

Livro digital é uma piada de mal gosto. Alguem já tentou ler por muito tempo um livro num tablet? Ainda mais adolescente que vai ter tanta distração que a leitura do livro em si vai ser um acontecimento inédito. Alé do que, livro de papel tem um outro grande ponto positivo, vc pode foleá-lo e ver duas páginas ao mesmo tempo, sem esforço visual e físico, Afinal, localizar uma determinada página num livro digital é um esforço ingrato.

Comentário de anderson freitas em 01/03/2013 às 17:13:09

Simplesmente não gosto de ler livros em telas e já tentei várias vezes!!!!para mim é um desconforto total!!!!

Comentário de Léo Haddad em 01/03/2013 às 18:06:44

O ideal é trabalhar com ebook reader com tela e-ink. São leves, bem mais baratos que tablets (um decente ne) e são excelentes para leitura. Eu sempre achei esse materia didático extremamente caro e o governo não tem feito nada afim de minimizar esse custo. @Edson, valeu pela dica, vou dar uma olhada mais afundo, a ideia parece muito boa!

Comentário de André Caldas em 03/03/2013 às 12:55:52

Faria sentido o governo fazer licitações para a "produção" de livros. Coloquei "produção" entre aspas porque os livros não precisariam ser "produzidos" do zero. Bastaria que detentores de direitos autorais de livros já existentes os licenciassem sob a CC-BY-SA. É só pagar bem. Se não aparecer ninguém... aí é só financiar a produção. Eu vejo um futuro onde os jovens poderão PARTICIPAR do desenvolvimento de seus próprios livros.

Comentário de HeDC em 03/03/2013 às 15:06:38

Essa lógica do "direito" (um privilégio criminoso) autoral é perversa e anticonsumidor. Uns fundamentos: Ausência de lei de direitos autorais era o motivo da expansão industrial na Alemanha - BOL Notícias http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/08/19/ausencia-de-lei-de-direitos-autorais-era-o-motivo-da-expansao-industrial-na-alemanha.jhtm Pablo Ortellado » Compartilhar livro é direito http://www.gpopai.org/ortellado/2012/06/compartilhar-livro-e-direito/

Comentário de Stauffen em 03/03/2013 às 20:52:07

@HeDC, muito bem lembrado "Isto é uma piada. As editoras no Brasil possuem total isenção de impostos em toda a cadeia produtiva de seus livros. Do papel, cola, tinta, grampos, … tudo… e ainda assim conseguem vender livros 3 a 5 vezes mais caros que nos Estados Unidos, onde se paga impostos normalmente para esta atividade. Definitivamente, não existe desculpas para termos livros mais caros, e agora esta de custo de hospedagem, onde sabemos que o custo é medíocre." @alves, concordo com você mas, ao meu ver, o governo, como um todo, não tem grande interesse na educação e eu já houvia isso quando estudava o ensino fundamental, décadas atrás. O que ele faz é apenas manter as aparências assim como é comum nos cidadões que sabem o que é correto, diz o que é correto mas faz exatamente o contrário. Esse e todos os outros governos brasileiros, de um modo geral, querem que o povo fique ignorânte e prefiram assistir o lixo do Big Brother e não tarem nei ai para mais nada do que terem uma atitude de cidadão conciênte o que resultaria no fim desta corrupção generalizada que faz o Brasil o Brasil que conhecemos (aliás, pensamos conhecer mas que é muito pior do que supomos).

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