Ubuntu Edge: Shuttleworth diz que o fracasso no crowdfunding não é o fim do sonho
Mark Shuttleworth, fundador da Canonical, concedeu uma entrevista ao Guardian que deu origem a um longo artigo contando o que ele pensa sobre o presente e o futuro do Ubuntu Mobile – segundo ele, operadoras dos EUA e Ásia estão interessadas em fazer telefones com ele para capturar 25% do mercado.
O ditador benevolente perpétuo do projeto Ubuntu foi franco: a campanha de arrecadação de fundos via Indiegogo quebrou o recorde de fundos prometidos pelos usuários (US$ 12,6 milhões, que pelo insucesso da campanha não chegarão a sair dos bolsos deles), mas também o recorde de quantia que ficou faltando ao final de uma campanha: quase 20 milhões de dólares.
Ele também esclareceu que há operadoras e fabricantes interessados em usar o Ubuntu Mobile – mas não serão superfones como o planejado Edge, que seria capaz de funcionar também como um PC: nas novas condições, agora o posicionamento shuttleworthiano é de que aparelhos com o Ubuntu Mobile seriam ideais para a parcela de 25% dos usuários, que compram smartphones e os usam como meros telefones.
Segundo ele, esses 25% de usuários são caros para as operadoras, porque eles compram smartphones "de marca" com Android ou iOS, mas não fazem downloads de apps ou de conteúdos, deixando de gerar o faturamento com tráfego de dados que as operadoras consideram na hora de definir seus preços e promoções.
Shuttleworth diz que o Ubuntu seria uma opção melhor que o Android, Firefox OS ou o Tizen, por não ter a fragmentação do Android, e por incluir um navegador baseado no WebKit, ao contrário do Firefox OS.
O artigo é longo, tem bem mais informações e opiniões do que eu reproduzi na breve síntese acima, e merece sua leitura. (via theguardian.com - “Ubuntu Edge: founder says failure isn't the end of the dream | Technology | theguardian.com”)
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