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"O sucesso do Firefox OS vai depender do sucesso dos apps para ele" - será?

A frase entre aspas do título acima vem do artigo no OStatic e, embora expresse uma aparente verdade para as plataformas móveis dominantes, e ajude a explicar a sinuca em que o Windows RT se encontra, eu tenho dúvidas sobre o quanto ela se aplica ao sistema operacional móvel da Mozilla planejado para chegar ao Brasil no começo do ano no primeiro trimestre no final de 2013.

Explico: enquanto iOS, Android, Windows RT e até a plataforma Blackberry têm como alvo uma fatia bem ampla do mercado, a Mozilla optou a princípio por um segmento específico, que demanda smartphones de baixo custo, aceita um nível de desempenho computacional não muito avançado, e vai usá-lo possivelmente como substituto para um feature phone.

Essa fatia não é aquela que está primariamente em busca de grande variedade de apps. É claro que ela vai demandar o que os seus vizinhos usam – e que hoje seria definido por nomes como Facebook, Whatsapp, YouTube, Gmail e mais meia dúzia –, mas não acho que o contingente de usuários no qual a Mozilla está mirando anseie por uma App Store suprida por dezenas de milhares de opções.

Assim acredito que a disponibilidade e capacidade de executar com qualidade1 a meia dúzia de apps que eu mencionei acima é um fator bem mais importante para o público-alvo inicial do Firefox OS do que a ampla disponibilidade de milhares de apps "nativos"2 frequentemente renovados, que é um fator importantíssimo para os sistemas operacionais concorrentes.

O autor do artigo do OStatic pensa diferente de mim, e se baseia em uma pesquisa/previsão sobre como estarão as lojas de aplicativos em 2017. Bom pra ele. Aparentemente ele pensa também em um modelo de cobrança por aplicativos, e tenho a impressão de que o faturamento a partir de um produto como o Firefox OS tem bem mais chance de vir por meio de promoção e anúncios.

De qualquer forma, interessar os desenvolvedores é bom para o Firefox OS, disso não há dúvida. Talvez seja bom para a Web Aberta como um todo, até. E a observação do OStatic sobre a Mozilla ter parceria com uma empresa especializada em pagamentos via conta telefônica, para poder vender itens a usuários que não têm cartão de crédito, certamente é um ponto a favor.

A conferir. (via ostatic.com - “The Success of Firefox OS Will Depend on the Success of Apps for It”)

 
  1.  Talvez um desafio grande neste ponto seja a conectividade, inclusive a permitida pelo plano de dados típico dos usuários...

  2.  Conceito que no sistema operacional da Open Web é algo um pouco diferente do usual.

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