Chromecast: dispositivo do Google transforma o Chrome em ponto de convergência da sala de TV, e exclui o Linux
No evento do Google de ontem, em que foram anunciados um novo dispositivo Nexus e a nova versão do Android, a maior novidade foi o Chromecast, dispositivo que, ao preço de um Raspberry Pi1, conecta-se à porta HDMI da sua TV2 e transmite a ela imagens enviadas a partir do navegador Chrome no desktop, e de apps no Android e no iOS.
As semelhanças (e as importantes diferenças) em relação a dispositivos como a Apple TV3 são evidentes, e o conceito me agradou bastante, ao mesmo tempo em que me chamou a atenção a crescente importância estratégica do Chrome para o Google – é uma convergência que dispensa controlar qual o sistema operacional fornecido por terceiros que o usuário vai escolher.
Dois aspectos me chamaram a atenção no que diz respeito ao desktop open source, entretanto: o anúncio oficial é explícito ao mencionar suporte ao Chrome para o Mac e Windows, mas não menciona o Linux4, e a licença de uso do SDK para quem quer desenvolver aplicativos com suporte ao novo acessório tem exigências que a tornam claramente incompatível na prática com requisitos comuns em licenças de software livre ou open source5. (via google.com - “Chromecast”)
- modelo B (US$ 35) ↩
- E a uma porta USB para alimentação elétrica ↩
- especialmente no modo Airplay ↩
- Não que seja grande surpresa, afinal o suporte oficial a desktops "genéricos" com Linux em vários outros elementos importantes do "desktop Google" também inexiste ou é precário – aparentemente o Google gosta bem mais do kernel Linux do que dos desktops rodando o Linux. ↩
- em especial as licenças recíprocas ↩
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