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Alexandra, a hacker de 9 anos que criou um app para fazer os pais levarem os filhos para brincar com os colegas

Hoje é o Dia Internacional da Menina1 e, após anos ouvindo falar da inclusão das mulheres e das crianças no cenário tecnológico, quero dedicar o topo da página do BR-Linux a um caso inspirador: Alexandra Jordan, a menina de 9 anos que, para resolver um problema típico das crianças da idade dela, resolveu criar um webapp, e se encarregou de defini-lo, coordenar o design (executado por um profissional), e até de divulgá-lo. O app, chamado SuperFunKidTime, deve ser lançado em novembro, e serve para que os pais sincronizem as datas de disponibilidade para organizar e fazer acontecer as visitas de colegas de aula (da mesma escola e turma) para brincar durante as férias. Nas palavras da própria Alex, "eu fiz porque os pais SEMPRE esquecem de trocar informações de contato antes das férias começarem".

 

No vídeo acima você vê a própria Alex apresentando, durante o minuto a que tem direito numa hackathon, o que é e para que serve o seu app 😃

O espírito hacker, que faz a pessoa "coçar sua própria coceira", na definição original, fica bem demonstrado pelo que a Alexandra já fez. Mas ela foi além: a experiência a fez se interessar pela programação propriamente dita, e desde então ela aprendeu Ruby (e HTML) com a ajuda do seu pai e do Codecademy. Ela mesma conta a sua história, e vale a leitura.

A Alex conta que gosta de programar, mas também de ler, escrever, desenhar, matemática, TV e jogos de palavras. Me agrada que na sua lista de motivações, as questões do gênero estão presentes, mas só em 4º lugar na fila, atrás de outros itens como ser uma boa pessoa, ajudar o mundo e fazer descobertas. Ela também tem um Raspberry Pi, e quer aprender a programar também no ambiente dele.

O app dela ainda nem está lançado (mas já tem 5.000 inscritos), mas ela já tem ideia para o próximo: SafeTube, um app de vídeos com filtros bem afinados, que atendam às demandas do irmão dela, que é autista e às vezes chega a vídeos inapropriados ao pesquisar no Youtube.

Curiosamente, ela também tem interesse em ajudar mais meninas a aprenderem a programar. E ela não pensa em fazer isso criando um grupo para debater a questão do gênero na Computação (até porque já existem boas opções e ela deve ter ouvido falar de quase todas), mas sim fazendo reuniões de 1 hora por semana depois das aulas da sua escola, nas quais ela mesma vai ensinar o que aprendeu.

Feliz dia da menina, Alexandra! (via techcrunch.com - “My Experience As A Fourth Grade Hacker | TechCrunch”)

 
  1.  Declarado pela Resolução n. 66/170 da ONU

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