Sob o título de "
First steps in the patent protection racket", o IT Wire comenta as notícias de que
a Microsoft agora diz que o Linux viola 42 patentes, mas continua não dizendo quais são.
O artigo coloca a questão em perspectiva junto com várias circunstâncias: o Vista vendendo menos do que o previsto, as insinuações anteriores sobre a questão das patentes no Linux não serviu para ampliar consideravelmente as vendas do Linux Enterprise da Novell (o único que conta com a promessa de salvo-conduto da Microsoft), e a nova versão da GPL pode atrapalhar os planos da empresa.
Segundo a IT Wire, estes fatores teriam levado a MS a dar um passo a mais em seu caminho, cuidadosamente evitando afirmar diretamente que quer processar algum usuário - o que ela deseja, segundo a análise, é levar as maiores empresas para um canto sossegado, e cochichar para elas que se elas pagarem agora, estarão livres da ameaça de cobranças futuras. O autor chega a comparar a proposição objetivamente a um esquema de extorsão.
Já a ZDNet dedica espaço em destaque em sua
análise para nos lembrar que se a Microsoft quisesse mesmo processar alguém, ela não ficaria neste joguinho de provocações sempre crescentes. O articulista da ZDnet também acredita que a meta da Microsoft é pressionar clientes a pagar pela proteção contra processos futuros relacionados a alegadas patentes dela no Linux.
A InfoWorld, por sua vez, dedicou um longo artigo a
analisar o recente discurso de Bill Hilf, conhecido como o responsável pelo laboratório de interoperabilidade de código aberto na Microsoft. Bill Hilf fez uma série de afirmações que não lhe caíram bem, especialmente as que versam sobre o software livre estar morto porque boa parte do seu desenvolvimento ocorre hoje por pessoas e empresas motivadas comercialmente, como se as duas atitudes fossem excludentes entre si. Bill Hilf sabe que isso não é verdade, afirma o articulista da InfoWorld, o que torna a situação ainda mais desagradável, e reveladora dos humores da companhia como um todo. O artigo termina de forma bastante interessante, comparando a situação de Bill Hilf à de alguém que recebesse a missão de lutar contra a lei da gravidade, criticando-a.
Para completar a série de análises, o
OpenOffice.org classifica atitude da Microsoft como ato de desespero.
Saiba mais (itwire.com.au).
... o GPLv3, a 3° versão da Fundação de Licenças Públicas para Softwares Gratuitos.