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Em artigo, presidente do ITI responde a críticas sobre o UCA e o uso de computadores na educação

Renato Martini, o presidente do ITI, escreveu em conjunto com Marcelo Zuffo (Poli/USP) uma resposta detalhada a recentes críticas ao projeto Um Computador por Aluno.

Lembra do professor do IME que criticou na SBPC o projeto pedagógico do laptop de US$ 100, afirmando que “os computadores são máquinas que executam tarefas matemáticas e, por isso, forçam o usuário a ter pensamentos restritos às funções que o software executa, inibindo o poder da imaginação e da criatividade e também contribuindo para intelectualizar as crianças de maneira precoce”?

Os acadêmicos podem e devem pensar, e é positivo que se manifestem eventualmente contra o que a maioria dos seus pares pensa, mas é bom que haja o contraponto. Selecionei um trecho:

Mas, conclui corretamente Scolnik: “hay que salir a la cancha" (é necessário sair para o jogo), - o pior a se fazer é nada fazer. Não se pode em absoluto paralisar quando nos deparamos com um conjunto de questões, - pois os questionamentos são um combustível para projetos desta natureza. Até porque se trata de um desafio para o qual há muitas perguntas e poucas respostas, ressalta ainda o pesquisador argentino.

Não obstante, perdidos numa floresta de perguntas, algumas certezas iniciais podem consideradas. Primeiro, qualquer investigação sobre o computador, a tecnologia da informação, estará perdido se a tecnologia de nossos dias é considerada como um mera ferramenta ou utensílio. Definitivamente não o é. A concepção tradicional da técnica considera esta como presa na dicotomia sujeito-objeto, poderia chamá-la também de uma concepção instrumental da tecnologia.


Saiba mais (computerworld.uol.com.br).

Comentários dos leitores

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Comentário de cwars
A matemática pode até ter: A matemática pode até ter suas bases nos livros, mas nem todas as respostas estão nesses livros, ou melhor perguntas, um computador nunca foi um livro e muito menos foi um sábio que pode responder todas as questões, é uma ferramenta, e suas facilidades são apenas para evoluir a concepção e absorção de conhecimento.

Na minha contra partida, eu nunca aprendir nada quando estava no colégio (com excessão de algumas coisas como descobrir que já sabia de tudo aquilo), muito de meu conhecimento foi mais devido a eu ter assistido muita TV Cultura antes mesmo de está no colégio e a querer sempre me informar, mas o aprendizado que tive sempre foi irrelevante as minhas decisões, e creio que esse quadro de que temos que sermos os senhores da sabedoria não deveria partir de um computador resolvendo questões e muito menos de um professor vomitando informação e sim que o educador ensinasse mais lógica, leitura dinâmica, linguagem (uma lingua latina, uma lingua anglo-saxonica e uma lingua oriental), filosofia e pesquisa. O resto viria com o próprio aluno, pois o aluno já saberia pensar e o seu pc de mochila apenas iria ser usado como apenas uma ferramenta como sempre foi.

O melhor sistema operacional do mundo é aquele que lhe agrada usar e não o que todos usam...
Comentário de Marcos J.T
Eu acho que a leitura: Eu acho que a leitura dinâmica vem com o tempo, pelo método que vi (não sei se existem outros), o cara tem de ser bem culto pra fazer uso.
Neste método, as pessoas somente batem o olho em algumas letras, e deduzem a palavra.
Comentário de fabiorecife
Lembrem-se da França: No século passado a França fez um grande trabalho no intuito de disseminar ferramentas computacionais no sistema educacional. O resultado não foi muito bom. No entanto suscitou as mesmas dúvidas que hoje existem (ver o livro "As tecnologias da Inteligência" de Pierre Lévy).

As preocupações do Prof. Valdemar Setze são válidas, no entanto extremamente questionáveis. Na concepção dele o computador é uma restrição tecnológica mas pensando desta forma o livro também é um restrição ao pensamento. Ele esquece que o computador não é apenas uma ferramenta matemática mais também uma ferramenta de comunicação. Citando Eduardo Chaves:

"Na verdade uma das formas em que a gente aprende a usar a nossa capacidade cognitiva é interagindo com o meio ambiente e esse meio ambiente hoje é repleto de tecnologia. Nós encontramos tecnologia em qualquer lugar que a gente vai. Tentar fazer com que a educação abstraia desse universo tecnológico em que a criança vive, para que depois, lá pelos 14 anos, ela subitamente comece a interagir com esse ambiente todo, me parece irrealista no mundo em que nós vivemos hoje."

Ocorreram diversos tentativas de informatização(!) da educação como a francesa e muitas foram um fracasso mas serão elas um fracasso por causa da tecnologia ou por causa de adequação da tecnologia ao ambiente dos alunos. Talvez quem possa responder isso seja os educadores de Estremadura .

Em resumo a humanidade evoluiu da oralidade para escrita e hoje evolui da escrita para o hipertexto. É natural que alguns escribas(!) vejam o uso das tábuas de argila apenas como uma forma de contabilizar cabras e não um meio da expressão e imaginação, se o pensamento deles fosse válido jamais teríamos um poema escrito. O que o "Prof. Valdemar Setzer" tem que ver é que hoje o computador deixou de ser apenas uma ferramenta para matemáticos.

links:
http://edutec.net/Noticias%20e%20Eventos/Apoio/edsetze1.htm
meu blog:http://fabioalmeida.net/blog
meu site:http://fabioalmeida.net

para ler:
Um bom contraponto das ideias do Prof. Valdemar Setzer estão no livro "As tecnologias da Inteligência" de Pierre Lévy .
Comentário de cwars
Na realidade não, só para: Na realidade não, só para ter uma idéia desde o inicio de nosso aprendizado utilizamos a leitura dinâmica, quer dizer quando você está aprendendo a ler as letras, no caso soletrar tipo "c-a-s-a" e depois passamos a ler pelas sílabas como no caso "ca-sa" e finalmente lemos a palavra "casa", contudo esse processo para por aí, o que acaba gerando um vício falta de evolução, pois o certo seria ler duas palavras seguidas no caso "casa caíu" sem ouvir aquela voz chata de sua mente que sempre irrita e sempre está progredindo para o aumento da leitura, mas como esse processo para na alfabetização então ficamos apena com a leitura da palavra e olhe lá.

O melhor sistema operacional do mundo é aquele que lhe agrada usar e não o que todos usam...
Comentário de cwars
Verdade, mas para se ter uma: Verdade, mas para se ter uma idéia tudo que aprendemos hoje em dia vai de acordo com a necessidade e não com o fator precisamos saber disso e ponto final, por exemplo muitos que sabem inglês não foi por causa de cursinho mas por querer tentar a todo custo ler artigos e how-tos que estão em inglês, na informática visa isso, a necessidade, o motivo da falha da tentativa da integração do computador com o método de ensino foi justamente isso, pois eles queriam porque queriam jogar o computador pra cima do aluno enquanto dava aula do mesmo jeito sempre foi, vomitando informação, utilizando ainda de métodos arcaícos para aprendizado.

Atualmente o importante não é mais vomitar informação, pois temos informação em todo lugar, mas sim ensinar aos futuros informatas como absorver e utilizar melhor essas informações e para isso temos que ensinar não geografia, história, biológia... temos que ensinar como se questionar e como conseguir tal informação, seja ela na memoria (memoriazação) ou com a base basica, na realidade temos que evoluir os talentos basicos que são herdados por todas as formas de telentos intermediários que possuimos.

Tem que se pensar que o importante é iniciativa e boa mentalidade e não que você precisa fazer uma formula absurda para atravessar a rua.

O melhor sistema operacional do mundo é aquele que lhe agrada usar e não o que todos usam...
Comentário de Roberto
Erro grave no artigo: Só um pequeno erro, ou do Renato ou do jornalista:

"
Devemos dizer que, a priori, consideramos a tese que este projeto, o OLPC (ou UCA – “Um Computador por Aluno”, na forma abrasileirada)(...)
"

A OLPC é uma instituição internacional, sem fins lucrativos, desenvolvendo um projeto do laptop de 100 dólares, como é conhecido, e um conjunto de software para apoio educacional. Já a UCA é o projeto para implementação de um computador por aluno (notem que é diferente de um por criança, um aluno pode ser mais de uma criança), e que por enquanto nem a OLPC escolheu ainda.
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