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Comunicado da FSF - recentes declarações sobre a GPLv3


“A Free Software Foundation, entidade que está conduzindo o processo de criação da GPLv3, divulgou hoje um comunicado sobre recentes declarações divulgadas a respeito da nova licença - provavelmente eles estão falando do documento conjunto sobre a GPLv3 assinado por um conjunto de desenvolvedores do Linux.

O comunicado da FSF se divide em 3 argumentos principais: (I) A FSF não tem o poder de forçar ninguém a mudar da GPLv2 para a GPLv3 no licenciamento de seus próprios softwares; (II) As cláusulas sobre DRM não impõem nenhuma restrição ao uso de softwares, apenas à sua distribuição; e (III) A GPLv3 não fará nenhuma empresa perder todo o seu portfólio de patentes.

Nenhuma palavra sobre a questão da compatibilidade (ou não) de código sob a GPLv2 com código sobre a GPLv3 - que na minha opinião é algo mais crucial do que o primeiro ponto mencionado pela instituição, foi apresentado a ela de forma clara e direta, e merece uma resposta pública.

Quanto aos pontos sobre os quais a FSF topou divulgar um posicionamento, de fato é uma leitura interessante, e leva a esperar pela próxima salva.”


Enviado por André Cruz - referência.

Comentários dos leitores

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Comentário de leonardo_lopes
- Nenhuma palavra sobre a: - Nenhuma palavra sobre a questão da compatibilidade (ou não) de código sob a GPLv2 com código sobre a GPLv3 - que na minha opinião é algo mais crucial do que o primeiro ponto mencionado pela instituição, foi apresentado a ela de forma clara e direta, e merece uma resposta pública.

A FSF não tem muito o que falar, um programa GPLv3 não poderá se linkar a uma lib GPLv2, nem o oposto. Quanto a inclusão de código de um programa em outro, é possível que seja possível incluir código GPLv2 num programa GPLv3, não o oposto.

Agora tem um problema, não adianta a FSF se pronunciar agora e amanhã a GPLv3 modificar-se. A FSF deve se preoculpar com como vai ficar a GPLv3, e não com o que ela vai ou não ser compatível.

"Be realistic, ask for the impossible."
Leonardo Lopes Pereira
Comentário de Grobsch
Restrição DRM: Essa restrição DRM é um dos piores problemas... acho que essa confusão de lincenças inda vai prejudicar muito a todos.
GoblinX, um livecd nacional baseado no Slackware
Comentário de leonardo_lopes
Não vai, releia o: Não vai, releia o pronunciamento da FSF sobre o tema.

"Be realistic, ask for the impossible."
Leonardo Lopes Pereira
Comentário de vmedina
Vai ser mesmo um problema para aqueles...: que quiserem usar DRM para restringir a liberdade de execução de software dos usuários.

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de Copernico Vespucio
ironia: Me parece que a mais importante licença livre da comunidade está ficando cada vez mais restrita, não?

Com a atual disponibilidade de licenças abertas, receio que a nova licença da FSF torne-se cada vez menos usada.

Parafraseando Jigoro Kano, a árvore mais rígida quebra na tempestade. O bambu que se verga sobrevive.
Comentário de leonardo_lopes
Não é o que o Furacão: Não é o que o Furacão katrina mostrou-nos... O bambu (casas de madeira) foi totalmente destruido, já as árvores rigidas (prédios de concreto armado) permaneceram lá. ;)

"Be realistic, ask for the impossible."
Leonardo Lopes Pereira
Comentário de vmedina
Como estamos "zens"! :P: Fala Copérnico! Tá tudo beleza com vc? Tempão que não aparece por aqui! :)

Porém não podemos no vergar a tudo, pois nem o bambu resiste se for se deixando vergar indefinidamente.

A v3 é mais restrita no que diz respeito a DRM e a patentes, porém é mais compatível entre licenças, pois permite adicionar algumas exigências comuns em outras licenças.

Ela, como o bambu, se curva para poder melhor servir os programadores, que você pode imaginar como artesões, e se mantem firme contra a força das tormentas. ;)

Tudo é uma forma de ver as coisas.

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de Copernico Vespucio
Não sou judoca, mas sei cair...: Salve!

Estou meio ocupado ultimamente. Antes, vc. me viu contribuir para a comunidade falando... Agora minha contribuição é fazendo, só que isso leva tempo e tenho que conciliar isso com o trampo. Tá difícil...

Com é eterna nossa discordância a respeito dessa licença, hein...

Eu gosto de pensar na GPL (a v2) como sendo a licença mais radical possível no sentido de garantias ao usuário (e não aos desenvolvedores). Quando uso essa licença, tenho justamente isso em mente. Código GPLv2 é código doado à comunidade, sem direito a reclamações com os forks da vida. Finito.

A GPLv2 é a licença livre no sentido mais puro da palavra.

Se eu precisar de uma licença aberta que me dê garantias como desenvolvedor, já existem muitas por aí que podem me servir com excelência. GPL é para outros usos.

A GPLv3 trata de patentes e DRM em um lugar em que esse assunto não deveria ser tratado (ou melhor, combatido).

Entenda, concordo com vc. no sentido de que a DRM, veiculada com as intenções para a qual foi criada, deve ser combatida ao menos 98% das vezes (veja bem, a diferença entre nós dois aqui é de só 2%... :P).

Só não concordo é que esse assunto seja tratado em uma licença de uso ou de distribuição.

É uma luta no lugar errado, que pode dificultar o futuro de sistemas livres ameaçando a sua integração com sistemas proprietários que sim, a despeito da filosofia social do RMS vão continuar a existir e a ter seus clientes. Ela tira do usuário final a liberdade de integrar esses sistemas caso ele deseje.

O futuro do código aberto e/ou livre depende da integração, não do isolamento.

Para quem está interessado apenas no "free beer", isso não importa, pq se não encontra o conteúdo desejado de forma livre, ele rouba, de qualquer forma.

RMS não assiste filmes CSS, parabéns pra ele. Mas a maioria das suas "tietes" que conheço compra DVDs e jogos no pirata da esquina e tem mais de 100 mp3 ilegais "Kaazalizados" no seu micro (ops... Eu devia falar dessas coisas aqui? Agora já era).

Se os garotos da escola proprietária querem colocar restrições em seus produtos, deixem-nos fazer a corda para sua própria execução. Nesse meio tempo, estaremos conscientizando as pessoas para boicotarem seus produtos, ao invés de as forçarmos a isso.
Comentário de vmedina
É uma luta no lugar CERTO.:
É uma luta no lugar errado, que pode dificultar o futuro de sistemas livres ameaçando a sua integração com sistemas proprietários que sim, a despeito da filosofia social do RMS vão continuar a existir e a ter seus clientes.


Isso é com eles. O papel do Software Livre é a liberade. Discutir mais que isso é besteira. Se o software proprietário que se integrar ao livre, ele que siga as nossas regras!

Essa é uma luta que deve ser travada aonde afeta o usuário, ou seja, na sua distribuição.

Mas até onde eu lí, isso não afetaria nada alguém rodar um antivírus proprietário em cima de um kernel v3. O lance muda se tentar usar o código dentro. Ou me engano?

Pra tornar as coisas mais claras: http://www.fsf.org/news/gplv3-clarification

Ela tira do usuário final a liberdade de integrar esses sistemas caso ele deseje.


Não, ela protege TODOS os usuários que não desejam ser restringidos por patentes de software ou por DRM.

Para quem está interessado apenas no "free beer", isso não importa, pq se não encontra o conteúdo desejado de forma livre, ele rouba, de qualquer forma.


Isso é com eles, novamente, não com quem quer usar um sistema livre. Quem sempre roubou não vai parar de fazer isso só porquê pode rodar o seu joguinho proprietário no Linux. Oras, quem rouba assim não instala Linux, ele instala o Windows XPirata mesmo.

Se os garotos da escola proprietária querem colocar restrições em seus produtos, deixem-nos fazer a corda para sua própria execução. Nesse meio tempo, estaremos conscientizando as pessoas para boicotarem seus produtos, ao invés de as forçarmos a isso.


Enquanto isso nós fornecemos uma garantia de que:

  • Não tem controles ridículos

  • Não tem patentes idiotas



Tenha visto que os ataques de patentes seria uma arma muito eficaz para o pessoal da MS disseminar o seu FUD. Isso quem diz não sou eu, são dois pesquisadores de Harvard. Para mais detalhes: http://vmedina.multiply.com/

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de
As posições do observador e do lutador são diferentes...: Isso é com eles. O papel do Software Livre é a liberade. Discutir mais que isso é besteira. Se o software proprietário que se integrar ao livre, ele que siga as nossas regras!

Essa é uma luta que deve ser travada aonde afeta o usuário, ou seja, na sua distribuição.


Acho natural que comentaristas como vc, que eu creio que não trabalham fornecendo software, ponham a filosofia acima das necessidades do usuário.

Nós, que ganhamos nosso pão trazendo soluções a eles (e não somos pagos em caso de não conseguir), colocamos o cliente acima disso. Damos aos clientes aquilo que eles precisam e não vamos boicotá-los.

Sim, eles precisam saber as desvantagens do modelo proprietário e as vantagens do modelo livre. E nós os aconselhamos de acordo. Mas não pretendo (e muitos outros técnicos no mundo inteiro não pretendem) prejudicar nossos usuários para satisfazer à FSF.

O usuário não deve ficar e morrer no meio desse tiroteio.

Por isso, a luta está no lugar errado e mirando no inocente. É como uma luta entre lobos e leões em que cada um, para vencer, ataca as zebras para que o outro morra de fome.

Pra tornar as coisas mais claras...

Ainda que esclarecedor, este texto não está no corpo da licença. É baseado nesse corpo que a licença deverá ser aceita ou rejeitada pelo usuário imediato.

Não, ela protege TODOS os usuários que não desejam ser restringidos por patentes de software ou por DRM.

Ela cria problemas para usuários que gostariam de ter o direito de aceitar essa política em determinados casos específicos.

Isso é com eles, novamente, não com quem quer usar um sistema livre

Vc. não entendeu... O tipo de usuários que citei são usuários do Linux e defensores do soft livre. Instalam jogos proprietários piratas no sistema via cedega e possuem repositórios de música piratas. Isso é realidade. Uma realidade triste, que depõe contra nosso modo de ver as coisas e não é normal em usuários do Linux, mas isso existe e eu já vi. Gente que grita na rede pela "ética do SL", mas pratica o mesmo desrespeito de outras formas.


Enquanto isso nós fornecemos uma garantia de que:

* Não tem controles ridículos
* Não tem patentes idiotas


Quem deve definir se o controle é ridículo ou não, se a patente é idiota ou não, é o usuário (que já tem feito isso e fará cada vez mais) e não os técnicos.

Nós podemos e precisamos aconselhá-los, mas é anti-ético tirar a liberdade de escolha deles.
Comentário de vmedina
Analogia Errada!:
Acho natural que comentaristas como vc, que eu creio que não trabalham fornecendo software, ponham a filosofia acima das necessidades do usuário.

Nós, que ganhamos nosso pão trazendo soluções a eles (e não somos pagos em caso de não conseguir), colocamos o cliente acima disso. Damos aos clientes aquilo que eles precisam e não vamos boicotá-los.


O que você acha que eu faço? Trabalho com isso direto. Não sou articulista, não vivo de blog ou de falar para as paredes neste blog que não é meu.

Você é pago para prover a melhor solução não é? Deve fazer isso da melhor forma, correto? Logo você dá o que ele precisa, uma boa solução. Se a solução for baseada em DRM ou Patentes, você não trabalha com SL. Você tem que ter bem claro se você gera QUALQUER solução ou se gera soluções LIVRES. Tem diferença.

Se o seu contexto não suporta a liberdade, sinto muito.

Por isso, a luta está no lugar errado e mirando no inocente. É como uma luta entre lobos e leões em que cada um, para vencer, ataca as zebras para que o outro morra de fome.


Não, essa luta está mais para o fazendeiro que melhora a cerca do sítio para proteger os bichos dos ataques dos predadores.

As novas características são feitas para proteger melhor o usuário, no que a GPL sempre agiu, a liberdade de rodar os programas e, adicionando, nos garantindo que não teremos ataques de patentes quando usarmos um software GPL v3. O fazendeiro está zelando pelos bichos.

Ela cria problemas para usuários que gostariam de ter o direito de aceitar essa política em determinados casos específicos.


Para tanto eles devem usar uma licença compatível, como a GPL v2, ou usar um software proprietário.

Uma realidade triste, que depõe contra nosso modo de ver as coisas e não é normal em usuários do Linux, mas isso existe e eu já vi. Gente que grita na rede pela "ética do SL", mas pratica o mesmo desrespeito de outras formas.


Isso é com eles. Não é todo mundo que tem a força de caráter de um RMS, por exemplo.

Mas não são pessoas que querem o SL. Querem é usar o Linux como base. Usuários de Linux != Usuários de SL. Isso é uma distorção que todo esse lance de esquecer a filosofia cria.

Quem deve definir se o controle é ridículo ou não, se a patente é idiota ou não, é o usuário (que já tem feito isso e fará cada vez mais) e não os técnicos.

Nós podemos e precisamos aconselhá-los, mas é anti-ético tirar a liberdade de escolha deles.


Quem define é o desenvolvedor quando escolhe como quere desenvolver. É toda uma coisa de contrato. O desenvolvedor começa a criar algo bom e Livre, o usuário gosta por que é bom e livre e a GPL v3 é o contrato que preserva as liberdades para que o desenvolvedor mude para proprietário de uma hora pra outra.

[]S!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de Copernico Vespucio
Você tem que ter bem claro: Você tem que ter bem claro se você gera QUALQUER solução ou se gera soluções LIVRES. Tem diferença.

Se o seu contexto não suporta a liberdade, sinto muito.


Não gero qualquer solução. Gero a melhor solução possível para o contexto.

Essa solução vai ser sempre a mais livre possível (em prol de vantagens palpáveis para o usuário e não para satisfazer os filósofos), independentemente do que os comentaristas pensam ou não a respeito e vai levar em conta as necessidades do usuário que podem ou não ser atendidas de forma livre.

Meu contexto suporta a liberdade. Apenas a define pelo que o usuário pensa, ao invés de deixar que entidades externas ensinem isso a ele.

Embora alguns tecnicistas discordem e piadas a parte, acredito que há vida inteligente entre os usuários finais.

Como usuário do sistema Linux eu discordo que ele deva ser distribuído sob a licença v3 como está (até hoje, o Linus tb pensa assim). Se por acaso o fosse (duvido), outro SO teria então que se tornar padrão da indústria e o mais largamente usado em servidores. O OpenSolaris é uma opção...

Acredito que para cada sistema GPLv3 haverá um equivalente menos restrito (sim, menos restrito, que não chama os usuários de idiotas que precisam de babás). Quem perderá serão apenas os eremitas. Deixei de me preocupar.

Não, essa luta está mais para o fazendeiro que melhora a cerca do sítio para proteger os bichos dos ataques dos predadores.

Não acho a corriqueira comparação dos usuários a "gado" dentro de uma cerca, mas vamos lá...

Vc. fala de um fazendeiro que chega em uma parte da floresta selvagem e monta uma cerca para proteger animais que até hoje sempre puderam se defender. Do ponto de vista dos animais, eles estão sendo presos, não "protegidos".

Para tanto eles devem usar uma licença compatível, como a GPL v2

Agora vc. chegou ao ponto. A GPLv3 pode até existir, desde que ninguém seja pressionado a usá-la. Nem precisariam consultar ninguém, poderiam liberá-la agora mesmo. Faz pouca diferença para quem pretende ignorá-la.

Isso é com eles. Não é todo mundo que tem a força de caráter de um RMS, por exemplo.

Isso não é "força de caráter". É apenas honestidade e coerência. Não é preciso ser um "ícone imortal" para ter isso.

Mas não são pessoas que querem o SL. Querem é usar o Linux como base. Usuários de Linux != Usuários de SL. Isso é uma distorção que todo esse lance de esquecer a filosofia cria.

Quem apenas quer "usar o Linux como base" não faz exortações ao SL na rede. Pessoas assim lembram da filosofia e falam dela. Não estou falando de apenas usuários de Linux.

Bem, por incrível que pareça, essa discussão se tornará vã em pouco tempo, quando a computação soberana fizer coisas como a DRM obsoletas, assim como a maior parte das mazelas de que sofremos. E, mais uma vez, a liberdade conquistada será um advento dos técnicos e não dos filósofos.

[]s!
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