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Desinstalar o Linux? A alternativa: usuário propõe campanha por instalação de distribuições de boa qualidade nos PCs populares

Leia também: Editorial: Computador para Todos – o que houve com essa criança sem pai?

“Esta é uma modesta campanha que lancei em meu blog inspirada nos usuários que estão se aproveitando dos preços praticados em computadores com Linux para adquiri-los a baixo custo, formatá-los e instalar o Windows! É fácil percerber navegando pelos fóruns especialisados na internet que é cada vez mais frequente aqui no brasil aquelas pessoas que compram computadores de mesa ou notebooks com sistema operacional Linux (GNU/Linux) instalado de fábrica. Esta comprovação seria o suficiente para deixar os membros de qualquer comunidade de usuários Linux felizes. Contudo não é de fato isso que acontece na prática. Mas por que então há um certo pesar nos entusiastas de Linux brasucas?”

Enviado por CGaldino (conrado·ubuntuΘyahoo·com·br) – referência (infosucata.blogspot.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-02-16

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    O grande problema é a falta de suporte. De nada adianta instalar a melhor distribuição do mundo se o usuário não conseguir obter respostas para as suas dúvidas.

    O Windows está “massificado”. O tio da bicicletaria usa Windows, o tio da padaria usa Windows, o tio do posto de combustível usa Windows.

    Quando o usuário tiver algum problema, qualquer “tio” acima citado poderá solucionar os problemas dele.

    O perfil de usuários de Linux é outro. Geeks usam Linux (generalizando) e a Elite usa MacOS (generalizando).

    Quando um usuário de Linux encontra problemas, ele recorre a listas de discussão, fóruns, “bugzillas”, IRC, etc.

    Quando um usuário de Windows encontra problemas, ele recorre a qualquer um que esteja mais próximo a ele (seja o filho, o padeiro ou a mulher dele).

    Att,
    Renato

    O grande problema é a falta de suporte. De nada adianta instalar a melhor distribuição do mundo se o usuário não conseguir obter respostas para as suas dúvidas.

    Falar que não adianta nada é exagero despropositado. Adianta um pouco sim, e na verdade é o passo inicial e necessário; tendo uma distribuição boa, é mais fácil um suporte de qualidade.

    Marcelo Vilar (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 6:07 pm

    Discordo também da yamane, uma amiga da irmã da minha namorada comprou um destes computadores, e veio a distribuição de uma ave que renasce das cinzas, ela é até a melhor de todas as outras que eu vi, porém ela comete um erro que uma vez vi alguém comentar, que é de tentar ser parecido com o windows.

    Bem enfim, eu instalei o Ubuntu para ela, e ela está até gostando :D

    Fabio Prudente (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 6:24 pm

    Antes do problema do suporte, acho que o principal fator que leva um usuário a formatar seu micro recém-comprado com o Linux, e instalar o Windows, é a falta de funcionalidades pré-instaladas.

    Conheço algumas pessoas que, por influência minha, estavam dispostas a encarar o Linux. Até estavam dispostas a aceitar as pequenas incompatibilidades entre o BrOffice e o MSOffice, e os poucos sites que não funcionam corretamente no Firefox, mas desistiram, por não conseguirem assistir a um DVD (ou qualquer tipo de vídeo), ou mesmo conectar-se através do modem. Muitas distribuições Linux precisam de “procedimentos de magia negra” para habilitar essas funcionalidades. Mesmo que eu me prontificasse a orientá-los a fazer tais configurações, eles não conseguiam entender por que um sistema que eu dizia ser tão bom vinha sem essas funcionalidades “básicas”.

    O fato é que os vendedores de hardware não se preocupam em instalar e confgurar corretamente o SO, e muitas distribuições ainda necessitam de intervenções via linha de comando para algumas coisas. Eu mesmo comprei meu computador com o Mandriva pré-instalado, mas nem reconhecia a placa de rede!!! – instalei o Ubuntu, mas ainda assim passei uns 15 dias até deixá-lo “redondo”, pronto para rodar jogos e multimídia.

    Acredito que, se um usuário receber seu computador com um Linux bem instalado, com todos os seus componentes de hardware reconhecidos e configurados, e pronto para multimídia, ele não vai se dar o trabalho de instalar o Windows. Caso contrário, se ele não conseguir usar funcionalidades básicas, não adianta apelar, nem tentar convencê-lo – ele vai procurar um sistema “que funcione”.

    Na verdade, distribuições de melhor qualidade não ajudariam na situação dos computadores populares. Acredito que o principal problema do equipamento é que, os usuários simplesmente não querem usar Linux. Eles estão satisfeitos com o MS Windows, e empurrar Linux à força para eles – independente da distribuição – não vai gerar um resultado positivo. Seja Metasys, Insigne ou Ubuntu.

    Se realmente o governo quisesse incentivar uma migração pra Linux utilizando os computadores populares, haveria uma campanha publicitária maior em cima dos computadores, explicando as reais vantagens de se utilizar uma distribuição ao invés do MS Windows. Sem falar que, eu não acho (opinião pessoal) que o Linux esteja realmente pronto pra qualquer usuário final. Sou usuário final com Linux, mas ciente que abro mão de algumas coisas (jogos não-wináveis, por exemplo).

    Agora, como explicar pra dona de casa que o CD que veio junto com a revista Ponto Cruz só funciona no Windows, e o computador dela é Linux? Ou pro Joãozinho, que comprou um scanner (desses GoTec) que não é suportado pelo Sane, e que se fosse, ainda seria um saco pra instalar? Não adianta falar de superioridade tecnologica ou apelar para a “beleza do software livre”, o usuário simplesmente não tá interessado nisso… As coisas serão assim enquanto o Windows for unanimidade, e (outra opinião pessoal), isso acontecerá ainda por um bom tempo – pra não dizer “pra sempre”.

    Então, a tática é: O governo “incentiva” a indústria nacional colocando Linux nos computadores, com empresas daqui vendendo suporte e dando garantia ao hardware do produto. Não precisa de contratos milionários com a Microsoft e ela também não pode processar o governo, que por sua vez, “incentivou” a indústria nacional mas o problema é com o consumidor. Do Linux? Quem gostar, gostou. Quem não gostar (ou nem usar), paga 10 reais e põe Windows genérico no computador, simples assim, e sai todo mundo feliz.

    Bem,
    Eu adquiri no início do ano um Notebook da Positivo (o V53) e que veio com o Mandriva 2007. Estava tudo perfeito se não fosse por um problema eu não gosto desta distribuição por conta dos sofrimentos passados nos primórdios da minha carreira com Conectiva, Mandrake e Red Hat; sem contar que ele é muito mais pesado do que o Ubuntu.

    Eu tentei migrar para o Ubuntu 7.10 (o último até o momento) e não consegui – vários posts em fórums de Ubuntu possuem relatos similares por conta da incompatibilidade desta versão do X.org com a sua placa de video.

    Naqueles mesmos posts a sugestão dada é usar a versão 7.04 e ao fazer isso tudo funciona e agora ele está redondo.

    Um colega adquiriu um Amazon PC que (que é exatamente a mesma máquina – só muda o logotipo do boot e da carcaça) e que veio com o Kubuntu 7.04, entusiasmado pelo meu incentivo ele disse que manteria o Kubuntu.

    Mas não passou mais do que uma semana para ele desistir por conta dele ter feito uma mudança de resolução e o sistema não iniciar mais o X. Pelo menos neste caso ele comprou o Vista original, mas não é o que ocorre normalmente.

    Concluíndo: É preciso muito mais do que uma campanha para instalar boas distros, é preciso suporte de verdade não só do da montadora, mas da própria distribuição. Em ambos os casos que relatei – por exemplo – se fosse no Windows o usuário nunca ficaria sem ambiente gráfico!

    Em todo caso a campanha tem seus méritos e apóio. Onde pego um logotipo para por no meu blog apontando para uma página explicando-a?

    O usuário welrbraga tocou num ponto interessante: O gosto.

    Por exemplo, se eu fosse comprar um computador popular e tivesse que escolher entre o Mandriva e o Insigne, eu certamente escolheria o Mandriva. Mas agora, ele mesmo, citou que não gosta do Mandriva (e pelo que deixou vago nem tentou usar direito, mas tudo bem).

    Já meu caso, eu não gosto do Ubuntu, prefiro distribuições RedHat ou outras como o Slackware, Arch e Gentoo. Ou seja, que distribuição ao certo deveríamos colocar nos computadores para a campanha do rapaz funcionar? Tenho amigos que só gostam do SuSE, que só gostam do Slackware e etc. Quem garante que o usuário final gostará dessas distribuições?

    Olhemos bem que, o welrbraga também exemplificou muito bem o que eu citei no primeiro post, com a resolução da tela no Kubuntu. Por exemplo, já aconteceu comigo em outras distribuições do refresh não ficar certo e o X não subir mais. Eu tenho vivência, conheço os sistemas que uso, abro o xorg.conf e edito na unha até acertar o erro e ele voltar, normal. Agora, como *ensinar* isso pro usuário final?

    Por coisas assim, acho que a situação é meio complexa, e não depende da distribuição adotada no projeto…

    Alexandre R. Vianna (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 7:24 pm

    Colegas,

    No último trimestre de 2007, meu K6II com Windows 98, que já tinha bons anos e bem me servia deu pau.

    Estava obsoleto e, como há muito acalantava o sonho de usar LINUX, comprei uma maquininha HP a6010br. Paguei R$699,00.

    Veio com Mandriva – salvo melhor juízo, boa distribuição.

    Apanhei. Primeiro para entender o discador, depois para configurar a máquina para assistir DVD’s, depois para configurar a EPSON C92 e ainda apanho em alguns “sites” – não consigo ter acesso a PODCASTS, tenho dificuldade para navegar em páginas que com o outro sistema eu navegaria de forma mais simples.

    Ainda assim, sei que tudo tem solução – é questão de pesquisar, estudar, testar, errar até acertar. Coisa que consome horas. Tive uma certa facilidade ao acessar “sites” em inglês, até em francês (idioma que definitivamente não domino). De qualquer forma, os “sites” estrangeiros apresentavam dicas que não encontrei nos nacionais. Claro que encontrei muita besteira também – a maior delas, foi no “site” do próprio Mandriva, um cara que “não recomendava” a impressora EPSON, em resposta ao forista que perguntava como configurá-la. Este é o tipo de coisa que acaba com o LINUX.

    Também tenho colegas que compraram NOTEBOOKS com LINUX e mudaram rapidinho. Eles simplesmente não querem perder horas e horas para aprender, em prol de uma suposta economia com o não pagamento do “software”. Ou julgam-se limitados, consideram que suas necessidades imediatas não podem esperar.

    Um outro problema – e espero que meu comentário não seja censurado por abordá-lo – é a turminha que tenta GANHAR DINHEIRO com cursos de LINUX. Creio que é um contra-senso a pessoa ter de graça o sistema, os pacotes / distribuições, mas ter de pagar pelos cursos básicos. Verdade que há boas apostilas à disposição por aí – FOCA LINUX, por exemplo – mas creio que deveríamos ter, em vários pontos da cidade, voluntários ministrando cursos básicos de LINUX gratutamente – sem vínculo com nenhum outro interesse.

    Do contrário, vamos ficar por um bom tempo onde estamos, como bem disse o outro comentarista. O uso do LINUX feito de forma indireta por todos (já que o sistema é implantado nas empresas públicas, privadas, nos celulares e em outros equipamentos), mas com penetração popular muito pequena, pois as pessoas continuarão comprando ou usando WINDOWS, o que corresponde a um ralo para o dinheiro do brasileiro, um embotamento da mente de nosso povo, etc.

    Como último comentário, saliento que nas escolas públicas muita coisa em LINUX tem sido distribuída, mas mesmo no ambiente escolar professores, de forma geral, não tem sido preparados. Um amigo, que trabalha na direção de uma escola me disse que mandaram prá lá máquinas com LINUX – só não disseram como fazer para usar todo o material que tinham, do WINDOWS (filmes, programas, etc) no novo sistema. Comentei que há os emuladores – tipo WINE. Ele gostou da idéia, mas ficou por isso mesmo.

    Os empresários também não tem feito seu papel. Dia destes, mandei um “e mail” pro pessoal que publica o dicinário HOUAISS, pedindo versão eletrônica para o LINUX. Jacaré respondeu? Nem eles…

    Outro amigo disse que não usa LINUX porque não roda o AUTOCAD. Vc entra no “site” da AUTODESK – foruns – e percebe ali só arrogância. Um chegou a dizer que você não deve esperar que a máquina ou o aplicativo se adaptem ao sistema operacional, mas escolher máquina e sistema operacional de acordo com o aplicativo. Vem de novo a questão da grana. Qual o desenvolvedor de sistema CAD minimamente compatível com o AUTOCAD se propõe a oferecer sistema eficaz e viável para LINUX (preferencialmente gratuito)? Não tem! Ai não tem jeito, meu amigo ficará com o Windows mesmo…

    “Na verdade, distribuições de melhor qualidade não ajudariam na situação dos computadores populares. Acredito que o principal problema do equipamento é que, os usuários simplesmente não querem usar Linux.”

    Concordo com o timm. Por esses dias peguei um note compaq presario C710BR com o Mandriva 2007 e nunca tinha visto uma distro tão completa em uma instalação “default”. Funcionava exatamente tudo, tinha OpenOffice, executava MP3, DVD’s, embora eu utilize o OpenSuSE nem ele em uma instalação padrão consegue tão exito.

    Tentei por divina força faze-lo usar Linux mas por motivo algum preferiu usar windows, pirata pra variar. Depois eu que me ferrei pra baixar os drivers pra ele, pq ele instalou xp e não tinha drivers pro famigerado.
    E tem tambem outro agravante. o usuario no windows consegue facilmente “rodar’ um cd e instalar todos os drivers de uma MB, enquanto nós que temos vivência como foi dito acima “…abro o xorg.conf e edito na unha até acertar o erro e ele voltar, normal. Agora, como *ensinar* isso pro usuário final?” , realmente o usuario final não tem essa predisposição, não por falta de inteligencia (as vezes sim) mas por saber (como ja ouvi varias) que “no windows não é assim!!”

    claito (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 8:24 pm

    Eu sempre usei windows (ainda uso), mas sempre tive vontade de conhecer linux, estou hoje com o ubuntu em meu notebook, estou satisfeito, estou apanhando bastante para aprender a usar os programas diferentes mas não é nenhuma missão impossível. Na minha opinião o linux esta muito bom mas ainda precisa melhorar para que os usuários mais leigos tenham facilidades.

    OBS: Um detalhe muito importante (na minha opinião) se a fiscalização realmente trabalhasse pra combater a pirataria, teríamos muitos usuários querendo linux, uma pequena parte compraria uma licença MS, mas não a maioria, outro detalhe é que as pessoas tem preguiça de aprender coisas novas, principalmente os adolescentes de hoje que só sabem usar msn,orkut e celular.

    Claito,
    Simplesmente, falou tudo.

    Miranda,
    E o pior é que eu gosto de configurar o sistema no Linux. Entendo melhor arquivos de configurações que o regedit, além do que, acho mais prático você poder deixar no .conf os seus comentários de linhas que funcionam em dadas situações, exemplos, data de alteração e etc. Não gosto de configurar as coisas “clicando” no Windows, mas reconheço que ele também é um bom SO, relativamente estável e fácil pros usuários finais. Eu tenho várias máquinas virtuais com Windows em diferentes versões, que utilizarei pro meu TCC e pra rodar programas que não gostei no Linux.

    sergio (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 9:28 pm

    Interessante… eu ainda acho que a propria M$$$ vai resolver o problema…
    Tenho cada vez mais instalado ou Linux UBUNTO (que é facil…) ou FreeBSD.. e alguns solaris (sim solaris com gnome2.20…) nos notebooks baratos..
    COMO ASSIM????
    Simples… o cara compra um notebook port 1200 ou 1500 reais.. vem com linux.. ai ele tenta instalar um ruindows pirata XP… nao consegue claro… mas …. FORMATOU O MICRO!!!! bom agora ele nao consegue instalar o Linux de volta… ele entao paga uns 150 reais para o “TÉNICO” instalar o XP… o cara instala.. mas com 256Mb de memoria, fica leeeeeennnnnnntoooooooo… sem falar que na primeira atualização trava….. ai. ele pede socorro.. e eu como bom rapaz que sou instalo de novo FreeBSD ou UBUNTU.. por apenas 100 reais..
    tudo funciona… e ele finalmente esqueceu do ruindows….

    A Micrsoft quer que ele instale o vista… que custa no mímino 440 reais… (sem nada…) e mesmo com 512Mb de memória fica impossivel de usar… O coitado compra mais 512mb de memoria… (150 reais).. e ainda fica nao usavel…(pois não é um core 2…).

    Aí ele aprende a usar o Linux… em uma semana ele esta contente…
    de novo com seu novo notebook funcionando… e gastou penas 500 reais a mais…

    É aquela historia de “Que carro v. vai comprar”… a pesquisa de mercado diz que eu compraria um vectra… mas que carro eu realmente compro mesmo??? UM CORSA!! por que??? por que cabe no meu orçamento…

    E assim, de notebook em notebook o Linux, o BSD, o Solaris, vai conquistar a turma….

    Sem falar no Leopard… que aqui na minha cidade estao instalando por 200 reais. nos notebooks que vem com reVISTA….

    Fabio (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 10:14 pm

    Opa!!! – é muito bom ver uma discussão quente, e com bons argumentos.

    Gente, o usuário final é exigente e leigo. Ele quer que as coisas funcionem, e não quer saber como. É claro que muitos de nós, frequentadores do br-linux, temos interesse especial pelas entranhas de nossos sistemas, mas não devemos imaginar que o usuário médio tenha (ou deva ter) esse mesmo interesse.

    Algumas pessoas gostam de “tunar” seus carros, mas a maioria só quer que o motor funcione quando vc vira a chave. A indústria de automóveis sabe disso, e todo o “modelo de negócios” funciona com essa visão.

    Para os computadores, é a mesma coisa, e nosso amigo Bill ficou rico, não por ter desenvolvido um SO tecnologicamente superior, mas por ter focado seu “modelo de negócios” na facilidade de operação e na onipresença de seu sistema (sim: a pirataria faz parte do modelo de negócios da M$, ajudando a mantê-lo onipresente).

    Para o sw livre (não apenas o linux) se desenvolver, e atingir a qualidade, maturidade e facilidade exigida pelo usuário final, é necessário encontrar modelos de negócios que sustentem seu desenvolvimento. O amor à causa do sw livre não é suficiente para desenvolver um produto final. Programadores competentes e vocacionados, por melhores que sejam suas intenções, podem não ser bons projetistas de interfaces (por exemplo)…

    É preciso deixar claro que não é pecado ganhar dinheiro com sw livre – seja com seu desenvolvimento, suporte, cursos, customização, ou qualquer outro serviço que lhe agregue valor. É muito bom ver tantas pessoas que amam a causa do sw livre, mas sua adoção em larga escala só será uma realidade quando houver empresas lucrativas, aplicando capital (não apenas dinheiro!) para desenvolver produtos com as características que o usuário médio deseja.

    As recentes aquisições (milionárias) de empresas de software livre dão ideia desse paradigma. As empresas brasileiras de TI precisam abrir os olhos para essa realidade.

    André Jaccon (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 11:40 pm

    A questão de usuários trocarem suas máquinas com Linux buitin por windows deve-se pelo fato de que a maioria dos usuários não experientes acham que windows é um sistema operacional mais prático e que o Gnu/Linux não possui softwares para todas as funções ( um conceito que hoje é totalmente errado em minha opinião ).

    Para o Gnu/Linux vingar nos Desktops assim como já vingou em ambiente corporativo e servidores, empresas como Red Hat, IBM, HP, Dell, Canonical, Novell entre outras que vivem do SL e Open Source deviam criar tais campanhas seja publicitárias ou mesmo de incentivo.

    Até

    Barna Nabex (usuário não registrado) em 16/02/2008 às 11:53 pm

    Uma premissa que pode levar a conclusões erradas é supor que estas pessoas que adquirem os computadores baseados em Linux formam um bloco homogêneo. De jeito nenhum, eles não são iguais, tem gente de todo tipo, gosto e preferências aqui. Com certeza muitos são curiosos e fuçadores, como a maioria da turma desse fórum, e muito se beneficiariam com uma distribuição Linux mais redondinha. Tendo menos frustrações sobraria mais energia para estas pessoas conhecerem melhor o Linux e adequá-lo cada vez mais às suas necessidades. Com certeza o Linux não roda o Autocad, que pouca gente demanda, como também não roda um monte de vírus, ônus ao qual estão sujeitos aqueles que se deixam iludir pela falsa segurança do espírito de manada.

    André Jacon, você leu os meus comentários anteriores nesse tópico? Falei justamente disso. Usar qualquer SO exige abrir mão de algumas coisas. Eu uso Linux em meu desktop há 4 anos (indo pra 5), mas abri mão de alguns jogos não wináveis, por exemplo.

    Se eu usasse Windows, abriria mão de rodar meu laboratório VMware (9 máquinas virtuais com variados SOs) satisfatoriamente e perderia programas que eu realmente gosto, como o AmaroK (o pra Windows ainda não tá 100%, e pelo jeito vai demorar), XChat e o próprio Gnome.

    Agora, para os usuários a quem se destinam os computadores populares, é quase inconcebível que o Pedrinho não possa jogar aquele CD com 239187 demos que ele comprou na banca de revista para estreiar em seu novo computador. Quer explicar pra ele como funcionam os jogos pra Linux? Ok, ele pode até jogar, mas garanto que vai ficar p*** da vida ao saber que o GTA San Andreas, The Sims 2 e outros games simplesmente não funcionam no SO e não tem “alternativa open source equivalente”.

    Aplicativos pra Linux, tem sim, e muitos. Mas você tem que concordar que nem todos atendem a necessidade de vários usuários. O Barna Nabex citou o AutoCAD, excelente exemplo. O QCad parece ser legal, mas não faz CAD em 3D! Ou o Gimp, que só trabalha com RGB, não com CYMK. E até o BrOffice, que por melhor que a comunidade ache, não me agrada ao usar no Linux (no Windows tanto faz) por ser pesado demais, e eu tenho o MS Office instalado como suíte de escritório principal.

    O Linux também não vingou da maneira que você disse no ambiente corporativo. É vantagem usar Linux em muitos casos, em outros não. Mas a coisa não está nessa maré toda, não. Em servidores sim, o Linux realmente tem importância realmente grande no mercado, mas nos desktops…

    sem@email.org (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 2:06 am

    a turminha que tenta GANHAR DINHEIRO com cursos de LINUX. Creio que é um contra-senso a pessoa ter de graça o sistema, os pacotes / distribuições, mas ter de pagar pelos cursos básicos

    Mas ha um engano aqui. Nao eh contra-senso. Pelo contrario, e desejavel! Seria, inclusive, um sinal de que o Linux esta sendo adotado. Espero ansiosamente ver nos jornais anuncios de cursos para ensinar Linux. Para o usuario noviço, tanto faz Linux ou Windows a dificuldade eh a mesma.E muitas vezes o profissional/estudante nao tem tempo para aprender sozinho.Foi assim com o DOS, foi assim com o Windows.

    bebeto-maya (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 2:06 am

    Acho que o problema, o grande problema do Linux no desktop,é a padronização. Ela não existe, praticamente.

    Mais o maior, sem dúvida, é a fragmentação. Milhões de distros e softwares redundantes, sem qualquer foco.

    Se o Linux não fosse livre não teria vingado, vide BeOS e OS/2. Sendo livre é fragmentado, gera confusão. A Microsoft e a política agressiva de Steve Ballmer deixaram bem claro que no mercado dela ninguém tem chance:É Windows e pronto!

    Acho que falta publicidade, design intuitivo, e padronização no Linux. ALém de claro, bons vendedores, gente agressiva que levante a bandeira do sistema e consiga vendê-lo para empresários, que acho que é o principal foco do Linux, e coincidentemente, Linux é mais usado no desktop de usuários Geeks.

    Vender Linux pra desktop doméstico é como vender picolé no deserto:É uma iguaria, mas você não vende porque não tem ninguém pra comprar.

    Barna Nabex (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 2:09 am

    O Linux está em menos de 1% dos desktops de acordo com os números do artigo http://en.wikipedia.org/wiki/Comparison_of_Windows_and_Linux. É pouco em termos percentuais mas representa algo em torno de seis milhões de usuários Linux no mundo todo (o firefox já deve estar em por perto dos 200 milhões). Nada ruim como embrião de uma boa e necessária massa crítica. Os computadores populares movidos a Linux com certeza estão ajudando a melhorar estes números, podem até dobrá-los. Note que o mesmo artigo cita que 75% dos supercomputadores no TOP 500 (http://www.top500.org/stats/28/osfam/) rodam Linux assim como 80% dos hosts mais confiáveis de sites webs. De todo modo não é razoável esperar que Linux e Windows sejam iguais. E vive la difference (http://apimente-br.tripod.com/LNW.htm)

    Dennis S. Faria (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 8:17 am

    Primeiro,

    A cultura do menor esforço gerou uma gama enorme de profissionais de informática medíocres em nosso país. Já quanto aos usuários finais, aqueles que querem “resultados”, tornaram-se também medíocres consumidores sem o mínimo senso crítico do que consumem. Alia-se isso a falta de ética nas escolas básicas, fundamentas, ensino médio, faculdades, e universidades onde seus professores estimulam a pirataria. Vocês querem o quê? Por isso o Windows se alastrou como se fosse d…

    Segundo

    Já existe sim, organizações para quem não sabe, o intuito de padronização do Linux. A tal da Linux Standard Base (LSB)…

    Mas também existe a liberdade do usuário final, o tal do consumidor… Alguns, usam, gostam Ubuntu, outros Debian, Fedora, OpenSuse, Mandriva, ou até PC-BSD/FreeBSD, ou ainda aqueles que utilizam MAC OS X, e estes ainda detestam Windows. Cada um na sua ! Não é assim, o tal do mercado de concorrência perfeita? Sem esta de monopólios, oligopólios ou “”Carteis”"…

    Não entendo a tentativa de alguns de insistirem que o Padrão do mercado é o Windows! Quem quiser que o utilizem este sistema operacional. Cadê a tal da Liberdade!

    Agora, agora…

    Temos que parar com esta de sermos chegados a pirataria, ao banditismo de software, etc ((((vamos reclamar de quê, como, dos nossos governantes, se somos um povo sem caráter, chegados a uma piratariazinha…!!))). E se hoje o windows está com preços baixos é graças a concorrência. Os preços caem, e sejam de que produto for, se existir consumo consciente, consumo sustentável. (pode-se dizer, consumo sustentável em software = ao LINUX). E se não temos poder aquisitivo para comprar Licenças Windows, MAS OS X, as várias distribuições Linux atualmente não ficam e não deixam a desejar em nada!

    Argumento técnico, tem aos montes para se usar o Linux em corporações, governos, etc. E que mais precisamos, no momento em nosso país é de educação de qualidade, do básico à universidade. Assim o Linux ou qualquer outro sistema operacional será mole para qualquer criancinha Brasileira!

    Comprem o micro, formatem e coloquem a distribuição que preferirem. Eu se tivesse que comprar um com uma distro nacional ou Ubuntu e Mandriva, escolheria a da distro nacional, depois iria formatar de qualquer maneira.

    GoblinX, um livecd brasileiro com base Slackware

    O Linux não tem condições de dar suporte a todo tipo de hardware possível, eles trazem excelente suporte genérico para os hardwares e padrões mais usados ou mais presentes nas melhores marcas

    Micro popular sempre vai inevitavelmente vir com harware fuleiro. Se der problema, vc vai ter que instalar o driver do próprio fabricante. Que, sendo fuleiro, só vai fazer versão para Windows. Ponto final.

    Quem quer rodar Linux com satisfação, sempre consulta sobre compatibilidade de hardware para com ele e compra as marcas compatíveis. Eu já tive problemas com câmera digital da Sony que não funcionou de forma alguma com o montador de USB do Linux. Vai entender o tipo de padrão proprietário que a Sony tá usando em seus aparelhos. Sei que câmeras deles eu não compro.

    Bruno (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 11:39 am

    Eu acho formidavel o povo falar mal do Windows porque tem em suas maquinas o linux “x”(distribuição qualquer).
    Somos dá área de informática , então eu instalar um windows , linux , Mac OS , FreeBSD ou qualquer SO é moleza.

    Agora usuário comum, não consegue nada e o windows com seus defeitos funciona perfeitamente para eles.
    Como um cara disse acima , a maioria dos softwares distribuidos em revistas seja de ponto cruz ou outra qualquer é para Windows.

    Eu sinceramente acho que um usuário seja ele um iniciante ou avançado como nós dá área de TI saber instalar um SO. Não sou contra quem ganha seu dinheiro honestamente fazendo instalações, ok?

    Mas acho isso sim , todo mundo que tem um pc em casa deveria ser obrigado a saber instalar o SO e seus perifericos.
    Agora em relação a instalar distribuições de ótima qualidade é pura balela.
    Perguntem aqui qual é a melhor distribuição Linux ou Unix e cada um aqui vai defender a sua distro.
    O povo que curte Red Hat vai defender o Red Hat como a distro perfeito e por ai vai.

    Nós usuários avançados gostando ou não, temos que entender que nós vamos sempre saber instalar e resolver nossos problemas seja nosso pc ou notes tendo um Linux, Unix , Mac OS ou Windows. Usuário leigo não.

    Eu conheço 15 pessoas que compraram um pc popular com Linux e advinha o que fizeram? Exatamente , instalaram o Windows.

    Mas muitos ai metem o pau no Windows com e sem razão, um linux mal configurado pode ser tão furado quanto um windows.
    Não vem dizer que to falando besteira , eu uso os 3 sistemas (Windows , Linux , Unix(Mac e FreeBSD)).
    Windows bem configurado , com suas politicas e outras coisas fica tão bem seguro quanto um Linux e Unix.

    Só que vejo que tem pessoas que são bitoladas pelo Linux e a torto e a direita metem o pau no Windows.
    Linux e Unix em pc antigos resolvem o problema sim ,claro que é porque a maioria dos drives já estão presentes nas distro. E o linux não usa tantos os recursos da maquina quanto um Windows.

    Mas acho que deveriam pensar nisso , nós somos da área e vamos ter sempre condições de resolver nossos problemas com Windows , linux ,unix e mac os e os usuários comuns não.

    Não adianta configurar um linux e deixar funcionando perfeitamente , mas na casa do usuario ter um impressora x ou uma multifuncional e o cara não conseguir fazer a instalação.

    Windows pode ser ruim para alguns , mas qualquer usuario mesmo sendo leigo instala uma mutifuncional ou scanner sem precisar de ajuda só colocando o cd.

    Eu não concordo com a forma tapada que uns enxergam as coisas , que só o linux ou unix é a solução.
    Cono profissionais da área de TI , deviam saber quais as qualidades e defeitos de cada SO , mas também saber que nós temos condições de resolver problemas sejam eles cabeludos ou não. MAs o usuário comun não tem essa condição.

    Eu veijo o povo bitolado dizendo que usuário do windows não curte le manuais , eu não curto ler manual também, e muitas vezes realmente ter lido ou não o manual não vez a menor diferença.

    Usuário comum quer praticidade e não dificuldades, então se ele pega um SO que tem que ler manual pra instalar uma simples plaquinha o cara vai realmente preferir um winows que é só colocar a placa e executar isso e aquilo e pronto ta funcionando.

    Eu na maioria das vezes em relação a instalar eu prefiro a praticidade.

    Ler eu gosto sim, maioria das ferramentas de desenvolvimento eu leio. Para mexer com Hibernate ou NHibernate li a documentação.
    Porque realmente tinha essa necessidade.

    Agora usuário leigo vai ter trabalho de ler manual pra instalar algo? Não vai mesmo.

    Então não adianta falar que o povo tem que mudar de SO porque o windows é uma droga. Agora se sentarem e pesquisar vão ver que podem fechar as portas e outras coisas de uma forma que o Winodws vai ser tão seguro quanto o linux.

    Outra coisa unix , linux , mac os e windows não são 100% seguros.
    O SO é seguro ou não dependendo do seu usuário, se ele deixar o sistema default sendo ele qualquer SO pode estar bem vuneralvel.

    Eu sei que vou ser moderado, mas dei minha opnião.

    Bem, quanto a instalação do Linux nos notebooks não vejo problema.

    Eu já citei no meu primeiro comentário que adquiri um “note” com Mandriva 2007 e o tirei por opção própria colocando o Ubuntu que é baseado no Debian.

    Mas o que isso tem a ver com facilidade de instalação? simplesmente, o Cd de instalação é QUASE perfeito pois ao dar boot com ele ele abre um assistente que faz apenas três perguntas:
    1 – Esse procedimento poderá destruir alguns dados do seu sistema. Continuar? (S/N)?
    2 – Você deseja limpar a sua pasta pessoal, ou preservar os dados pré-existentes?
    3 – Seu sistema está restaurado. Devo reiniciar o sistema agora (S/N)?

    Após estas três perguntas o mandriva esta reinstalado da mesma forma que num notebook mais caro que vem com o Cd de recuperação do Windows. com uma diferença: Eu nunca vi um CD de restauração do Windows preservar o C:Documents e Settings, este do Mandriva preserva o /home (outra partição)!

    Isso é ponto para o Linux. Dizer que ele após instalado não toca MP3 ou DivX é no mínimo ignorância. Eu lidei muitos anos com o Windows e nunca vi uma versão daquele sistema que não precisasse de plugins adicionais para isso.

    O problema é realmente a cultura do usuário e a ausencia de cursos decentes que ensinem Gnome ou KDE, ao invés de Windows; Bash ao invés de DOS. etc.

    Infelizmente esses cursinhos fuleiros como SOS, Microcamp, Microlins não se dão ao trabalho de pesquisar que esse nicho de mercado está carente de investimento.

    Tenho certeza que se uma dessas empresas oferecer cursos destes ambientes e no marketing disserem que dão os software para os usuários e/ou instalam e/ou dão suporte a instalação, antes de morrermos veriamos milhares de notebooks novos ficarem com Linux.

    É uma pena.

    ps.: Antes que digam que eu estou criticando os “cursinhos”. é bom ficar registrados que já trabalhei vários anos lecionando Windows em alguns deles e posso afirmar com 100% de certeza. Cursos de informática são todos iguais. Começam do mesmo jeito e terminam do mesmo jeito. O que muda de um para o outro é somente o nome e o dono.

    A verdade é que a esmagadora maioria dos usuários leigos ou semi-leigos (aqueles que no máximo sabem usar aplicativos mas não sabem instalar completamente ou dar manutenção ao sistema) também não são capazes de instalar um windows do zero e resolver todos os seus problemas e instalar os drivers adequados um a um. Por isso mesmo é que o windows vem pré-instalado ou algum “técnico” instala ou então há um CD/DVD de restauração completa do sistema.

    Infelizmente, é verdade, existem muito mais “técnicos” e sobrinhos/vizinhos/amigos que entendem de windows do que de linux. Por isso é muito mais fácil pagarem para instalar um windows pirata do que instalar um linux correta e completamente.

    Outro fator que ninguém pode negar é que usuário leigo compra hardware como se comprasse uma TV e pela situação atual do mercado todo hardware vem com CDs de drivers para windows mas quase nunca para linux e a grande maioria dos hardwares baratos de origem duvidosa também não são suportados pelo linux de maneira total ou parcial. Isso é inegável.

    Some-se o fato da pirataria fácil e não reprimida de softwares de uso profissional e carísimos exclusivos para windows e com grande popularidade no mercado e então o uso de linux ou mesmo de softwares livres alternativos fica inviabilizado para grande número de pessoas. O OpenOffice, Inkscape e outros que o digam.

    Mas no mundo Microsoft a coisa também não está nada rosada. O Vista é um tecnicamente um fracasso e tem sido rejeitado pela lentidão e também por ser diferente demais do que as pessoas leigas estão acostumadas, fora algumas incompatibilidades com hardwares antigos/baratos e determinados programas. Muita gente também está recorrendo aos “técnicos” e amigos para instalar cópias piratas de XP no lugar dos Vista que vêm sendo empurrados aos cnsumidores nos notebooks e micros de marca. E olha que é o Vista tem a indústria de hardware e software a favor dele, nem que seja de forma forçada por acordos de lealdade à M$.

    Quanto aos micros com o Mandriva que citaram eu não tenho nenhum mas tive conhecimento indireto ao ajudar pessoas em fóruns e listas de discussão. Claro que cada um tem o direito de preferir qualquer outra distribuição, mas do que eu vi os micros da HP com Mandriva 2007 foram os mais bem configurados. Se a pessoa não teve conhecimento para usar o mandriva ou foi preconceito ou a pessoa não sabe nada de linux, porque estou para ver distribuição linux mais amigável para desktops, ainda mais tendo vindo pré-instalada e pré-configurada.

    Mas a HP também deu um grande furo ao ter lançado upgrades de BIOS corretivos para esses notebooks que podiam ser instalados somente de uma máquina com windows. E os bugs da BIOS eram relacionados com ACPI, que impediam uma instalação com acpi ligada em versões mais recentes do próprio mandriva ou de outras distribuições.

    Também é no mínimo absurdo que os fabricantes incentivem a troca do sistema fornecendo, nos próprios CDs/DVDs que acompanham um computador com linux pré-instalado, drivers para windows. O mínimo que se esperaria seria um DVD de reinstalação do sistema com a imagem do hd e um DVD com a distribuição escolhida para instalação do zero.

    Também é ridículo e criminoso instalar porcamente um linux qualquer onde haja determinados componentes não suportados total ou parcialmente ou onde nem sequer se teve o trabalho de configurar todo o hardware. Computadores com bugs graves na implementação da ACPI ou outras coisas que dificultem a instalação de sistemas não windows também é absurdo.

    Manoel Pinho,

    Não sei você, mas vários CDs de hardware que eu já comprei, vinham com drivers pra Linux sim senhor. O da minha placa mãe, por exemplo. Nunca precisei usar. E os CDs de instalação que acompanham os computadores populares já são sob medida para instalar aquilo que o computador tem, inclusive driver de modem discado.

    A irmã de um amigo preferiu algum tempo atrás comprar um micro com aquele Windows que não vem com nada do que com Linux… quebrou a cara.. nada funcionava… Aliás trocar Linux por Windows não significa que vai funcionar, o suporte a hardware do Windows é pior…

    Onde está a diferença?

    As fabricantes de hardware fazem drivers para Windows… Sinceramente, não existe nem discussão a respeito disso… Todas as qualidades citadas do Windows são na verdade qualidade dos terceiros, da Adobe, Autodesk, HP, Canon, Epson, todos os fabricantes de hardware e empresas de software.
    Como sou engenheiro civil por formação conheço muitos arquitetos que usam Windows por causa da Autodesk…

    GoblinX, um livecd brasileiro com base Slackware

    Manuel Pinto, transformar o computador em um eletrodoméstico é o sonho de qualquer fabricante. Até agora dois tipos de computadores conseguiram esta façanha:
    - A Apple, que fez um computador do tipo: tire da caixa e plugue na tomada, como fazemos com uma televisão ou um vídeo-cassete.
    - O PC – com o auxílio dos fabricantes de hardware e a MS no software – que criaram um computador vendido como qualquer outro eletrodoméstico, sem que existam vendedores que saibam sobre o produto que estão vendendo – e nem precisam, já que é tudo computador, né? -, e herdaram da característica de ser tão complicado quanto programar um vídeo-cassete para gravar aquele filme que vai passar de madrugada.

    Infelizmente, como disse o Timm, o pessoal simplesmente não quer usar Linux. Obrigá-los só vai fazer a coisa piorar. Como já piora quando o cabra usa um Linux ruim destes que vem nos populares. Linux, por enquanto, é só para quem é da área de informática ou se interessa no assunto. Seja Ubuntu, seja Mandriva, seja Linux Xing-Ling. No Linux infelizmente você ainda deve fazer muitas coisas no terminal – para os usuários comuns, pois para mim resolver na linha-de-comando é quase sempre mais fácil que apertando botões.

    O problema é que atualmente o (GNU)/Linux e cia. não mostra vantagem alguma sobre o Windows, para os usuários comuns. Eles não querem um sistema super-seguro, ultra-personalizável, totalmente modular, de graça e de código-livre. Isto interessa só à nós que ficamos discutindo o assunto em fóruns na internet. Para eles, o computador deve funcionar do jeito que eles querem. Não importa se tem vírus, se é inseguro, nem nada. Porque se der vírus, é só formatar, é fácil! Eles querem entrar no site baixaki e baixar um monte de porcarias (cheias de vírus), e não ter limitação quanto à isso. Não querem ficar lembrando senhas (Unix é muito chato nisso), como temos que fazer quando usamos Linux. Enfim, Linux não é um sistema para as massas. Mas isto não significa que deva ser ignorado pelos fabricantes de hardware e software, porque, pelo que vejo, há muitos usuários de sistemas aternativos que certamente atenderiam à demanda necessária para que aqueles portem suas aplicações para estes sistemas (porque diabos um programa feito para Linux por um “programador furreba” normalmente roda no FreeBSD, OpenSolaris, Darwin, (…) e muitas vezes no próprio Windows, e uma grande empresa não consegue fazer um programa que funcione em diversas plataformas, mas só no Win?).

    PS: não li todos os comentários, por isso se falei alguma besteira, desconsiderem.

    Manuel Pinho, eu disse. Pinho!
    (Foi mal, erro de digitação ;-))

    é Manoel. Pinho. :)

    O colega Grobsch disse tudo, é esse o detalhe mais relevante e que quase nunca é levado em conta.

    Eh isso mesmo tenchi, o usuario comum quer atolar o pc de porcarias como virus e malware…….

    Muita discussão, pouca solução.

    Vamos por níveis:

    1. Empresas de hardware básico (Intel, nVidia, Creative, HP, 3com)
    2. Integradoras de hardware (Positivo, Amazon PC, Mirax)
    3. SOs livres/distros (Debian, Ubuntu, Mandriva, *BSD)
    4. Usuário final, caseiro, desktop multimidia.
    5. Governo Federal, Estados e Municípios.

    O que eles podem fazer ou o que deve ser feito por eles:

    1. Deveriam suprir drivers funcionais (com funções equivalentes às encontradas no Windows) para SOs livres, sejam esses drivers livres ou não.
    2. Deveriam montar PCs e notebooks somente com hardware com drivers do quesito acima.
    3. Deveriam ter mais presença nacional, ficar em cima de 1. e 2. para que eles façam o trabalho acima e fazer parcerias para obter esse resultado. Oferecer um ótimo suporte aos usuários em 4.
    4. Clamar por seus direitos como consumidores.
    5. Ajustar a lei do Computador para Todos para que a redução de impostos beneficie somente aqueles que seguirem os quesitos 1* e 2*. * significa que drivers livres são obrigatórios, ou seja, o hardware vendido deve suportar a instalação do Debian 4 inteiramente funcional.
    E o governo só deveria comprar somente hardware que também seguissem os quesitos 1* e 2*, salvo exceções em casos específicos devidamente justificados.

    bebeto-maya (usuário não registrado) em 17/02/2008 às 9:54 pm

    Por isso acho que o Linux deveria sim, ser usado por empresários, é para eles que interessa segurança, estabilidade,modularidade…Infelizmente não querem por isso e por aquilo…

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