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Editorial: Computador para Todos - o que houve com essa criança sem pai?

Criança sem pai, cachorro sem dono, cebola em salada de frutas... Qual a imagem que melhor descreve a situação atual do programa governamental Computador para Todos? Hoje completa a terceira semana desde que foi exposto ao público em geral pela primeira vez o resultado de uma pesquisa patrocinada pela ABES (que naturalmente tem interesses conflitantes com o avanço dos sistemas operacionais livres) que, mesmo com todos os descontos e correções de possíveis desvios nos seus métodos, ainda assim parece apontar claramente em uma direção desagradável: um número extremamente elevado dos usuários que compram barato e com financiamento atrativo o Computador para Todos não mantêm instalado nele os softwares livres incluídos pelos fabricantes. Pior: a maior parte deles instala software proprietário obtido ilegalmente.

Como quando uma criança sem pais é acusada de alguma coisa, entretanto, não surgiu uma autoridade ou órgão responsável pelo programa para refutar claramente as conclusões, ou para aceitá-las (ainda que parcialmente) e detalhar as formas como o programa seria reavaliado e eventualmente ajustado. Mais uma vez o problema fica exposto ao público durante longos períodos, associado ao conceito de Software Livre tanto na mídia quanto na opinião do público em geral, sem a resposta clara e enérgica que mereceria. Pelo contrário, aparecem pessoas para pregar para os convertidos, jogando para a torcida e atacando os métodos e motivações (que provavelmente são questionáveis mesmo) da pesquisa, como se fosse suficiente desqualificá-la e seguir em frente, sem avaliação e ajuste, e até mesmo com ampliação no escopo do programa. Será que os pais saíram de férias, ou são tímidos?



Logo do Computador para Todos


Não me entendam mal, eu sou do time dos que defendem a disseminação do software livre inclusive como resultado de políticas públicas. Mas limitar-se a forçar os fabricantes a colocar o Linux e os 28 aplicativos nos computadores baratinhos se quiserem ter incentivos fiscais e financiamento, sem dar atenção a tudo o mais (capacitação, disponibilidade de conteúdo, suporte, qualidade da configuração default, etc.) que está envolvido na decisão do usuário de manter ou não o sistema instalado, não me parece um plano muito completo.


Mas estas estatísticas estão certas ou erradas?

Segundo os dados apresentados, a amostra se restringiu a 2 estados (São Paulo e Paraná), e o tamanho da amostra aponta uma margem de erro de pouco menos de 5 pontos. É difícil saber se estas estatísticas estão certas ou erradas sem fazer outra pesquisa complementar (desde que não seja uma pesquisa com resultado previamente definido, como esta que o Convergência Digital relatou ter ouvido de um assessor do chefe do executivo federal.

Mas certamente os dados apontados não são discrepantes de observações anteriores. Veja este artigo de agosto e a discussão dos leitores para um exemplo.

Para procurar obter dados adicionais, no domingo da semana passada (26/11), publiquei na capa do BR-Linux um chamado para que usuários satisfeitos do Linux no Computador para Todos entrassem em contato para que pudéssemos ter idéia da sua quantidade e das razões de suas histórias de sucesso. Renovei o chamado na sexta-feira, pedi que as pessoas repassassem a mensagem a conhecidos seus que usassem o programa, e enviei e-mail para todos os assinantes da newsletter do BR-Linux.

Os números envolvidos não servem como grandezas estatísticas, mas podem ajudar a dar uma idéia geral: a notícia de 26/11 esteve na capa do site enquanto um total de 37.427 leitores nos visitavam. A de sexta-feira, por 34.747 leitores. E ao longo dos 8 dias dados como prazo, eu recebi um total de 5 (cinco!) e-mails de usuários satisfeitos de Linux no Computador para Todos.

O que há em comum entre eles? Foram mal atendidos pelo suporte e pela configuração default de seus computadores, mas tiveram condições técnicas de instalar sozinhos outras distribuições no lugar delas, e são felizes usuários delas.

Veja o relato de um deles, um Engenheiro de Produção que trabalha em uma universidade federal. O relato é representativo dos demais, e os grifos são meus:


Ele veio com o Linux instalado, na caixa vieram dois CDs, um com uma cópia do sistema operacional e dos drivers para Linux e outro com os drivers para Windows. Em papel a única coisa que veio foi o manual da placa mãe e um folheto ensinando a montar o pc (ligar os cabos no lugar certo). A venda na loja ocorreu por preço eu escolhi o mais barato pois, queria um computador para navegar na internet e trabalhar com office. Eu paguei R$899,00 parcelado em 12 x sem juros.

Quando eu liguei o computador tudo estava funcionando, quando eu comecei a usar começaram os problemas. As portas USB não estavam instaladas. O modem não estava instalado. Tinha uma gravadora de CD mas nenhum programa para gravar CD.

Primeira coisa que eu fiz foi tentar rodar o cd do linux que veio na caixa pra tentar arrumar, pedi para reinstalar o Linux, tudo ocorreu automaticamente e a única coisa que eu precisei informar foi o meu nome e uma chave de serial (parecida com a do Windows, e que veio impressa na caixa do cd). Ao terminar a reinstalação o modem e as portas USB começaram a funcionar e apareceu um programa para gravar CD.

Usei o computador assim por duas semanas, depois disso lendo em sites da internet eu fiquei sabendo do linux Kurumim que tinha um ambiente gráfico mais fácil de usar com os ícones mágicos que é só clicar que ele instala alguns programas (similar ao windows). Então eu formatei o computador e comecei a rodar o linux Kurumin e é o que eu utilizo hoje em casa.


Os outros relatos variam quanto à distribuição substituta adotada, mas todos têm pontos fundamentais em comum. Obrigado aos 4 usuários satisfeitos do Linux no Computador para Todos!


A importância crucial do suporte ao usuário

Suporte ao usuário é um trabalho muitas vezes ingrato, e geralmente caro. Mas precisa ser feito, especialmente no caso de um programa de computadores populares, muitas vezes vendidos a quem tem pouca ou nenhuma experiência prévia com a instalação e ativação de um computador. Instalar programas, conectar à Internet, imprimir um documento... nada disso é óbvio, e as pessoas precisam ter a quem perguntar.

Em janeiro deste ano eu copiei um trecho que estava disponível no site oficial do Computador para Todos, e que julguei ser relevante guardar para no final do ano avaliar os avanços. Ele dizia:


O Projeto prevê ainda que todo cidadão, que adquirir o Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico (problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos aplicativos.

A principal premissa do Projeto Computador para Todos é a de que o cidadão disponha de uma solução informática, em sua residência, que lhe permita, de modo simples e rápido, conectar os fios dos periféricos, ligar o equipamento à tomada e, imediatamente, acessar às facilidades disponibilizadas.


E esta premissa aparentemente falhou na prática. Em quase todos os relatos de usuários em primeira mão do Computador para todos que eu pude encontrar, o suporte do fabricante atendeu mal, não foi localizado ou não resolveu.

Um exemplo emblemático é o de um usuário de um Computador para Todos de marca de primeira linha, com 128MB de RAM e modem Motorola SM56, cujo modem simplesmente não funcionava - "travava" o computador ao conectar. Ao ligar para o suporte, ele relata ter recebido duas orientações que o deixaram perplexo: 1 - fazer o download de um novo driver do modem (como, se ele precisaria do modem funcionando para fazer o download?), ou 2 - ampliar a memória para 256MB, pois isto tinha resolvido o problema de outros usuários em situação semelhante. Então por que o computador é vendido com 128, ele se perguntou - e a razão da pergunta ecoa até a conclusão de seu artigo.

Iniciativas da comunidade, como o SuporteLivre, procuraram de alguma forma complementar o suporte oficial do programa, mas os obstáculos são grandes, a começar da própria dificuldade de os usuários interessados ficarem sabendo que dispõem desta opção.


Racionalidade econômica HOW-TO: mecanismos de incentivo

Minha formação é de Administrador de Empresas, mas aprendi Economia suficiente para entender o funcionamento básico dos mecanismos de incentivo em um mercado racional. Basicamente, você cria mecanismos (geralmente financeiros) que recompensam as organizações e indivíduos que se comportam da forma que se quer estimular, e que desmotivam o comportamento oposto.

Infelizmente, entretanto, ao analisar a implementação do Computador para Todos, me parece que não existe um incentivo forte para que os fabricantes realmente se esforcem para manter os usuários usando o software originalmente instalado.

Na ponta do lápis: o fabricante do hardware normalmente não tem uma distribuição própria de Linux, e nem está interessado em prestar o suporte ao software (obrigatório nos termos do programa Computador para Todos). O que ele naturalmente fará? Isso mesmo, contratará outra empresa que irá se comprometer a fornecer o software configurado, e a prestar suporte aos usuários dele, cobrando um preço pré-determinado entre eles. Um arranjo simples, correto e tradicional.

Entretanto, os mecanismos de incentivo do Computador para Todos têm como seu principal gatilho o fator custo: computadores abaixo de um determinado valor têm direito ao financiamento e vantagens fiscais, e acima daquele valor não. Assim, exceto quando motivado por forças externas (como a concorrência com outros fabricantes que não estejam fazendo o mesmo) o fornecedor racional buscará reduzir seu custo ao máximo, de modo a continuar vendendo o computador perto do preço-limite do governo e ter assim a maior fatia de lucro, dado pela diferença entre o custo e o preço máximo de venda. Como há demanda suficiente por estes produtos, vários fabricantes (mesmo sem combinar entre si) podem oferecer seus computadores perto do preço máximo do programa governamental, e assim todos maximizam seus lucros.

Até aí, trata-se apenas de mecanismos econômicos comuns em mercados rigidamente regulados. Mas a perversidade do modelo ataca a partir daqui: como não há um incentivo específico para a qualidade do suporte prestado ou da configuração default dos equipamentos, a tendência automática é cada fabricante simplesmente contentar-se em escolher o mais barato entre os fornecedores de sistema operacional e suporte que sejam capazes de cumprir de forma crível os requisitos técnicos mínimos do programa (é a mesma razão porque eles tendem a incluir apenas 128MB de RAM, placas de vídeo com memória compartilhada e modems de segunda linha - não ganham nada a mais se oferecerem algo melhor, ainda que fique dentro do limite de custo...)

Conseqüência prática: incentivo perverso ao suporte de R$ 30 por ano

E o que toda essa conjugação econômica gera na prática? Muito simples: Semp-Toshiba, CCE, Novadata, Aiko (Evadin), Kellow, Gradiente e Positivo já usaram ou estão prestes a adotar uma distribuição que consegue cobrar apenas R$ 30,00 por ano para prestar suporte a cada usuário - e inclui neste preço também o custo de preparar a configuração básica do computador, incluindo os drivers dos periféricos.

Ela vai ganhar R$ 30,00 de uma forma ou de outra, mas só vai ter o custo de suporte se os usuários de fato continuarem usando o software que veio instalado. De que forma você vê o incentivo econômico agindo aqui?

Claro que não posso afirmar que a empresa DESEJA que os usuários desinstalem o software original. Mas ela certamente não tem incentivo econômico para desejar que eles usem, e outras empresas que desejem prestar outro nível de suporte a um custo mais elevado batem em um muro intransponível quando percebem que as indústrias de hardware não têm incentivo para trocar.

E o que fazer agora?

De minha parte, torço para que mais dados surjam e removam dúvidas sobre a situação real do projeto. Torço também para que surja um pai orgulhoso da criança, pronto para reconhecer o quadro da forma como ele se apresenta, e tomar as atitudes enérgicas que julgar necessárias para corrigi-lo, se for o caso.

Além disso, embora certamente todos os órgãos envolvidos contem com uma visão muito mais avançada, profissional e completa sobre o programa, deixo registrada minha humilde sugestão de que o programa seja revisto para incluir incentivo a que as indústrias atendam a padrões e requisitos mínimos de qualidade da configuração default e do suporte prestado, e que as iniciativas de suporte complementar prestado pela comunidade sejam fomentadas adequadamente.

Caso contrário, talvez seja melhor assumir que não há preocupação com o nível do suporte e a configuração default dos micros populares. Mas não acredito que seja o caso, portanto tenho a mesma inabalável expectativa de sempre, de que haverá uma resposta oficial em breve, analisando claramente a situação e definindo um plano de ação concreto e imediato.

E, principalmente, assumindo o papel de pai da criança, responsável pela situação e por sua solução.

Comentários dos leitores

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Comentário de bebeto_maya
De quem eh a culpa: Do Linux ou do Programa?: __Brain, voce apontou tudo. O que me deixa realmente entristecido eh que o mal suporte, a ma configuracao, a irresponsabilidade de empresas e montadoras...Tudo cai na conta do Linux...Como na materia sobre o Laptop Cowboy, onde disseram que o Linux nao era bom para o usuario, quando na verdade, houve um pessimo suporte e a utilizacao de versoes, digo distribuicoes Linux, nebulosas e desconhecidas no faigerado programa federal...Nessa ocasiao o proprio pessoal do sitio ja queimou o linux e todos os bons profissionais que temos e trabalham com usabilidade.

__A culpa eh sempre do Pinguim, nao importa se a empresa deu um computador com modem mal configurado, um HD mal formatado, uma distro desatualizada, desconhecida e sombria...Tudo cai na conta do SO! Mesmo os profissionais da area de TI, nem pensam duas vezes: Eh o Linux que nao presta, e nao a empresa empacotadora! Nessa pespectiva, eu me ponho a pensar se ha retorno, se eh possivel remediar esta catastrofe, se essas empresas caca-niqueis nao deveriam sumir do mapa, e as exigencias com relacao e a esse computador nao deveriam ser mais severas, com relacao ao suporte e boa funcionalidade e interacao entre softwares, hardware e usuario.

__Me pergunto se nao seria melhor voltarmos ao bom e velho, capital de mercado, onde uma selvageria dita as regras do mercado.

__Como dizer que Ubuntu nao eh bom? Ou OpenSUSE? Ou Mandriva? Ou Kurumin? Ou Fedora? Menpis. Qual a percentagem de uso dessas distros no PC Conectado. Muito pouca ou nenhuma.E sao elas que definiram, comjuntamente com o Debian, Red Hat e Conectiva, todos os conceitos de que temos de linuxs voltados para o usuario final...Por que entao nao foram utilizadas no programa governamental na medida correta? Por que temos de suportar a ignorancia e estupidez de pessoas, muitas delas professores e graduados, que jogam na Tabela do Linux todos os erros e estrategias mal feitas de empresas fundo de quintal, outras sedentas por lucro facil, e Governo Federal?

__Agora a culpa eh do Linux, porque todo mundo usa Windows, e por isso temos que sugerir Windows...Como se o Linus Torvalds conhecesse as " "distros" usadas nos PCs brasileiros...

__A prova cabal de que a culpa do fracasso do tal PC para Todos, nao eh do Linux e sim dos envolvidos no projeto, reside no fato de que ate os usuarios de Linux o trocaram por outras versoes mais acabadas.
________________________________
Arte com Linux e Software Livre:
http://inteligencianatural.sites.uol.com.br
Comentário de boi
Mas alguém se interessa pelo Linux?: Precisamos começar a ver as coisas como elas são, e não como gostaríamos que fossem. O Linux no Computador para Todos é pura enganação. É só uma maneira de diminuir custos, sem que o governo ou as empresas que vendem esses computadores possam ser acusadas de incentivar a pirataria. Da parte dos compradores também praticamente ninguém tem interesse no Linux. E essa falta de interesse me parece que continuará enquanto for possível obter o Windows e qualquer software comercial de graça. É muito mais cômodo usar Windows do que Linux, por uma série de razões que já estamos todos cansados de discutir aqui. Se não for por motivos econômicos, acho que dificilmente as pessoas vão largar aquilo que elas já estão acostumadas a usar, ou que todo mundo usa.
Por isso, acho que nem adianta ficar perdendo tempo com o Computador para Todos. É tudo uma farsa.
Comentário de Noel G. Cerqueira Jr
Sem pudor devemos dizer o nome do pai da criança: Parabéns pela análise! Devemos sempre lembrar quem é o pai da criança para que possamos cobrar a utilização efetiva de dinheiro público. O pai da criança é o Governo Lula. Só nos resta chamar a atenção do pai desnaturado através do site http://www.computadorparatodos.gov.br e http://www.brasil.gov.br sobre os equívocos e falhas do projeto implementado. Parece que o modo mais efetivo de disseminar o linux continua sendo utilizá-lo no dia a dia despertando a atenção das pessoas ao redor para as suas qualidades.
Comentário de ivansb
Mercado cinza: De qualquer forma, estes usuários que trocaram por Windows no PC para Todos iriam comprar no mercado cinza e instalar software pirata.

O programa em si é bom, o Governo fez a sua parte. Quem não está fazendo sua parte são os fabricantes, o próprio usuário que compra, que não deveria achar-se o esperto e aplicar a Lei de Gerson (PENSANDO que estaria levando vantagem), mas, sim, ser esperto de verdade e exigir uma distribuição e um suporte de qualidade. E principalmente, a comunidade de SL no Brasil, que como o próprio Morimoto já disse, na prática não existe.

Talvez o Governo até pudesse exigir distribuições Linux com pelo menos X cópias vendidas, ou X anos de empresa aberta... Mas isso daria uma enxurrada de processos judiciais. Não se enganem, vivemos numa democracia, o Governo tem uma margem de ação muito limitada. Já fez muito conseguindo colocar Linux e uma lista de aplicativos como obrigatório. Tá na hora da "comunidade" deixar de parecer um bando de adolescentes reclamões e propor soluções reais.

Acho que o programa Computador para Todos é um sucesso, aumentou a venda de computadores, incluiu muitas pessoas, fez retrair o mercado cinza, trouxe o Linux para dentro de muitas empresas. Se parte da população e dos fabricantes estão sendo desonestos, a culpa não é dos idealizadores do programa.


Comentário de timm
Sem ideologias nem apologias.: Não adianta o governo empurrar Linux nos computadores. Já peguei micros com distros boas, já peguei micros com distros ruins. (Na verdade apenas uma distro). O que tenho acompanhado é a jogada que o governo faz.

Primeiramente, não adianta colocar Linux nos computadores. As pessoas vão tirar, pelo simples fato delas não quererem! ELas querem um computador com Windows Media Player, Windows Live Mess, Counter Strike pro Zezinho, Internet Explorer pra internet e etc! Elas não querem Linux! ACeitem! Não vai ser a distro XYZ ou ABC que vai resolver isso, não é o fato deles virem configurados e funcionando bunitinho e redondinho que fará elas quererem.

O problema maior é que, a mente das pessoas não tá apta pra Linux! E se continuarmos empurrando esses computadores, com essas distribuições, isso só vai fazer piorar. Primeiro precisamos mudar essa mentalidade de que a Microsoft é a salvadora do mundo e o "Windons ChisPê" é o supra sumo da informática. Precisamos mudar a mentalidade das pessoas, o resto virá por consequência.

A jogada do governo é sim interessante. Eles põe Linux nos computadores. Quem gostar, gostou. Quem não gostar, formata e instala o "Windons ChisPê" pirata e vai ser feliz! Não é a pirataria que aumentou, é as pessoas que agora podem comprar um micro no PC pra Todos. Não há remédio para a estupidez humana.


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Linux User #405251
(Time completo: Slackware, Solaris, FreeBSD, NetBSD, Microsoft Windows 2000).
Comentário de John Doe
Falou tudo...: Parabéns pela sanidade e pelos pés no chão.


Comentário de Morvan
Cidadania: O artigo é muito feliz, no seu todo. Mas, com relação ao número de posts de pessoas "usuárias felizes" do Linux, acredito que o número de retornos foi grande, se considerarmos que o brasileiro foi "doutrinado" a não se manifestar, a não ser quando é para de[s]tratar. Já são useiras e vezeiras as explicações sobre o porquê desta `morte anunciada´ do Programa: Distros obscuras, "integradores" picaretas, etc., etc.,...
Isto me lembra ainda, com relação ao post de outrem, há pouco, sobre a culpa sempre recair sobre o Linux, do "efeito cachaça" (o 'cara' se empanturra de uísque e quem leva a culpa é ´a danada da cachaça´...
Morvan Linux #433640
Comentário de ivansb
Matou a pau: >A jogada do governo é sim interessante. Eles põe Linux nos >computadores. Quem gostar, gostou. Quem não gostar, formata e instala o >"Windons ChisPê" pirata e vai ser feliz! Não é a pirataria que >aumentou, é as pessoas que agora podem comprar um micro no PC pra >Todos. Não há remédio para a estupidez humana.

Matou a pau. Ou até que compre softs originais. O mais importante é que se combateu o mercado cinza e se incluiu na compra de computadores pessoas que antes não podiam comprar. Como eu disse, o Governo fez a sua parte, já é um começo. Além disso, se um terço das pessoas continuam com Linux, já é muita coisa, não? Pelo menos mil vezes mais pessoas do que antes.

Comentário de ajlc
De quem eh a culpa: Do Linux ou do Programa?: Acredito que é preconceito puro e simples com tudo o que é novo e diferente.
Comentário de John Doe
Eu sabia!! (post longo): Não é querer chover no molhado, mas já tinha dito falado que ia dar merda:

1st Act: Ação e reação...
Publicado por John Doe em Seg, 2005-03-14 08:57.

Isso é muito engraçado. Parece briga de criança. Por um lado a MS oferecendo uma versão do SO deles - que não vai servir para grande coisa além de bootar o "computador popular" - e de outro lado o governo batendo pé e dizendo que não quer saber de Windows. Não defendo nenhum dos lados, apenas acho que os governantes deveriam ser um pouco mais imparciais. A situação é delicada e marcas não deveriam ser questionadas, mas sim especificações. É preciso lembrar que estamos a menos de 20 meses de uma eleição Presidencial e que qualquer candidato de oposição que possa ser considerado páreo para o atual presidente pode ser alvo de apoio (econômico) de empresas como a MS na próxima eleição. Num país como o nosso é possível que qualquer um seja eleito - vide Collor, FHC etc... - bastando apenas que um partido tenha recursos para bancar uma campanha (e para contratar o melhor marketeiro que o dinheiro possa pagar). Tenho visto alguns comentários por aí dizendo que a MS estará deixando de arrecadar alguns bilhões de dólares aqui no Brasil (apenas no setor governamental) durante a atual gestão em virtude da não renovação de licenças de software. A pergunta final é: será que os "Dom Quixotes" tem noção disso? O que significaria a doação algumas centenas de milhões de dólares para um candidato de oposição (o qual certamente seria complacente no futuro) para uma empresa que deixou de faturar alguns bilhões? Tem muita gente por aí que pensa apenas no presente e não no futuro. Tem muita gente por aí que está batendo palmas para os "Dom Quixotes", achando que a grande revolução está acontecendo. Se nenhuma atitude séria for tomada *logo* com relação a isso tudo, acreditem, o futuro do SL no Brasil estará comprometido. Pensem nisso.

Glossário:

Dom Quixote: Definição dada a *determinados* "articuladores" do SL no Brasil que acreditam na "Utopia Marxista" e que é possível se ganhar tudo no grito. Alusão ao lunático personagem de Cervantes que lutava contra inimigos imaginários.

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2nd Act: Agora é só esperar...
Publicado por John Doe em Qui, 2005-03-24 12:45.

...daqui a uns 6 meses os malucos fazendo "Install Fests" do "Windão XP Pirata Edition" comprado a 5 reais nos camelôs (a tendência é que o preço baixe ainda mais...). Consigo imaginar a cena:

-Ô pai.
-Que qui é muléqui?
-Por que o "Queiqui" não roda nesse computador pai?
-Não sei Credinelson Júnior... Essa porcaria de "Guinu Linuquis" que veio nesse joça computador que você fez eu comprar por causa daquela propaganda na Televisão não roda o "Queiqui" nem o "Córeudró" nem o "Ofissi Xispê". Pior que eu vou ter de ficar pagando isso até o final de esse computador até o final de 2007...
-Mas pai, o Joicecleimar, filho da dona Rosicreidi joga o "Queiqui" no computador dele pai!! E é iguau ao meu!!
-Joga?!?
-Joga sim pai!! Ele comprou um CD do "Uindus Xispê" daquela banquinha lá na praça perto da igreja.
-Mas deve ser caro mulequi. Nun tenho mais dinheiro!
-Não pai, baratinho pai... Ele pagou 5 reau. Se comprar pacote com o "Queiqui" e o "Ofissi Xispê" junto custa 10 reau tudo. Compra pai, compra!!
-Tá Credinelson Júnior, amanhã eu compro...

É exatamente isso que vai acontecer. O legal é que isso vai ajudar a fomentar o mercado... o mercado da pirataria é logico. Até vai gerar mais empregos. A demanda de mão de obra "especializada" será muito grande. Vai ter muita gente instalando Windão por "10 reau" (incluindo o CD...). Isso inclusive vai ajudar a reeleger o Lula por que ele gerou novos empregos!!

Ahh, ainda vai ter a comunidade!! É capaz dos malucos se organizar e fazer o um grande Install Fest. Já teria até um nome: FNISPPC "Festival Nacional de Instalação de Software Pirata no PC Conectado". O Windão vai ser o "Software Livre" da vez. :D

Hehehehe, quem deve estar rindo de tudo isso é o Bill. A MS pode até ganhar nada com isso por enquanto, mas *certamente* a base de computadores com Windão no Brasil vai aumentar, e muito.

Hehehe. Temam o futuro meus caros... +_+

[]s

John Doe

http://www.johndoeonline.com


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3rd Act: Eu disse que isso ia acontecer!!
Publicado por John Doe em Qua, 2006-03-01 11:36.

Eu profetizei isso!!

Agora é só esperar...

E ai, que voces me dizem? O Governo "Loolalá" queria inclusão digital, agora eles tem. A parte massa é que tão usando grana de nossos impostos para subsidiar isso. Nós estamos pagando isso para os caras usarem Windão Pirata. Sem comentários...


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Le grand finale: Direito de ir e vir.

Eu comprei um "nutobucko" que veio com uma licença do Windows XP Professional, removi o mesmo e instalei Linux. Por que ninguém do governo está reclamando que eu fiz isso? O lance é muito simples: quando as pessoas compraram o PC subsidiado pelo Governo "Loolala" (e pago por você!!) rodando o GNU/Linux elas adquiriram hardware de baixo custo (e qualidade mais baixa ainda) rodando distribuições toscas e sem acabamento . O pobre que comprou o PC Conectado está pagando uma prestação alta (para eles) por um hardware bagaceiro e sinceramente está pouco se fudendo para a filosofia e para os ideias dos "Dom Quixotes" do Governo. Eles apenas querem ter acesso ao que todas outras pessoas tem. Só isso. Espero que o governo aceite isso de uma vez por todas e da próxima vez que resolver fazer uma coisa assim, que faça bem feito.


Abraços a todos,

John Doe

www.johndoeonline.com
Comentário de Fabiano Duarte
Outras distribuições: Meu palpite é que a não adoção ao Ubuntu, por exemplo, se dá pelo fato de que oficialmente ninguém "banca" o suporte exigido pelo programa (no mínimo 12 meses).

E neste sentido acredito que o Augusto matou uma das charadas: o governo precisa criar incentivos para empresas de suporte fazerem um trabalho decente e lutarem pela adoção e manutenção da distro suportada em uso.

Eles devem ser induzidos a lutar para que os usuários fiquem satisfeitos com sua distro, sob pena de, por exemplo, não poderem mais fornecer suas licenças ao programa se não houver um mínimo percentual de aceitação.

Linux User #195299
Slackware / FreeBSD
Ribeirão Preto - SP
Comentário de cenoura
Discordo. Se fosse assim,: Discordo. Se fosse assim, não teria tanta gente querendo conhecer o Vista ... é novo e diferente.

--
Gustavo Picoloto
http://cenoura.homelinux.com
Comentário de jobdrb
As coisas não são simples!: Dizer que as pessoas não querem o Linux é algo muito forte.

Sim, as pessoas tem comportamento de rebanho. E o suprte mais usado é o do visinho que fez curso de técnico de informática e aprendeu a re(N x 1000)instalar o Windows. e ganhar n vezes para ficar reinstalando por causa de virus etc. Com o Linux o cara (visinho) perde a chance de ganhar um extra a cada 3 meses.

Os chamados técnicos e empresas de manutenção, odeiam Linux, pois tiram o maior ganha pão deles, ja ouvi de vários que trabalham neste área dizer isso..,, pois por falta de virus ...

Computadores melhores, com linux bem configurados (e sim, com frescuras parecendo o XP) iriam com certeza melhorar este quadro.

Dentre as coisas fundamentais, estão.

Clientes MSN funcionando, inclusive com WebCam.

Skype Instalado (O beta é claro).

Flash (9.0) /Java funcionando.

Interface Limpa e simples a la Ubuntu.

Programas p2p instalados.

e Office.

Informações de onde obter suporte.

E um manual no micro em PDF instalado.

Links recomendados (Suporte Livre, etc)

Conter uma página explicando aos vendedores e usuários,
quais as vantagens de se usar o Linux.

Informando que ao usar o Linux o usuário não ira se preocupar com virus e reinstalações comuns no Windows.







Comentário de Ramon Gadelha
O problema é sempre o: O problema é sempre o mesmo: SUPORTE.

Infelizmente aqui no Brasil, são ráras as empresas que realmente tem pessoas capacitadas para dar suporte (diga-se inclusive á Windows).

Me lembro que meu Velox tava lento, liguei pra Telemar pra reclamar, e a atendente mandou reiniciar meu computador, e disse que o problema poderia ser de "rardivári" (hardware), ou seja, nem a pronúncia não sabia.

Então, além de não entenderem de Linux, forçam a barra com distribuições não-maduras, desconhecidas. Fora também, que o usuário final, não quer ler documentação nem help, quer clicar e usar, se tem dúvidas, quer ligar pro suporte da empresa e ter seu problema resolvido.


Comentário de boi
Não são mesmo: "Dizer que as pessoas não querem o Linux é algo muito forte".

Pode ser forte, mas é a pura verdade. Se quiser faça você mesmo a experiência. Pegue um "usuário comum", instale e configure o Linux para ele do jeitinho que você descreveu. Aí espere só até ele tentar acessar um site IE only e verá o que ele vai dizer do Linux.
Comentário de Paulo Dias
Vou desabafar um pouco: 1 - A inocência - Alguém fez uma pesquisa para perguntar o povo:
O que é Linux? Você conhece? Quer usar? Quais programas acha que ele deveria ter? Não. Apenas colocam um sistema num computador com os softwares que alguém achou que seria bom pra todo mundo. E ainda defendem liberdade. Alia?, esses anos todos se preocuparam só com empresas, e agora, de uma hora pra outra acham que serão adorados no desktop só porque não entra vírus ou coisa do tipo. Grande coisa.

2 - O Linux - Sistema operacional de código aberto em que TODO MUNDO desenvolve, ALGUÉM da suporte, QUALQUER UM pode usar mas NINGUÉM é responsável. Foi por isso que voltei pro Windows. Levar Linux até as pessoas dizendo que é sustentado por uma "comunidade", e depois ter que carregar sozinho nas costas me encheu o saco. A famosa economia não paga a dor de cabeça.

Não é um flame, é só um desabafo. Acho que o projeto não está dando certo por uma sucessão de erros muito maior. Tem também o problema de que mesmo pessoas que sabem dar suporte em Linux, não resistirem a tentação de ganhar uma grana instalando uma pá de softwares piratas, já que o computador não vem com "nada". Colocaram o Linux numa posição de melhor que isso, melhor que aquilo, quase infalível, mais bem feito, mais seguro... pena que o público alvo não sabia disso.
É certo que nunca fiz parte oficialmente de uma comunidade e até já tive muita resistência ao Linux. Neste momento estou escrevendo este post no meu PC rodando Fedora, e tenho uma coisa a dizer:
O que me faz usar o Linux é o software em sí, e o fato de ser gratuito e não a ideologia que o circula. A falta de planejamento geral para este projeto da a impressão de que o dia em que este sistema for usado em massa como o Windows, não será muito diferente em bugs. Talvez mostre uma tela de outra cor quando trave, no máximo.
A comunidade quer saber do governo de quem é a culpa, enquanto o governo deve estar dando um jeito de culpar o povo pela pirataria!
Só sei de uma coisa, no quesito Linux, NINGUÉM continua sendo o responsável.
Comentário de Filipelinux
É muito triste ver relatos: É muito triste ver relatos do gênero e ainda por cima quando o Linux é superior em qualidade, desempenho. Má escolha, um suporte fraco e infelizmente acontece muito este quadro caótico.

Muitas pessoas que tenho conversado falam de mudar para Windows em suas máquinas depois de adquirir o computador para todos. O que faço é para a pessoa dar uma chance e eu poder explicar seu funcionamento, infelizmente nem todos aceitam.

Para ser bem sincero ao meu ver a distribuição que deveria ver em todas as máquinas deveria ser o Kurumin, o Big Linux (para máquinas com placa de vídeo e mais memória) e o Kalango. Destes eu recomendo o Kurumin 7.0beta devido a sua grande qualidade e estabilidade, e facilidade para iniciantes. Já vi pessoas usarem Windows depois do Linux, mas até hoje nunca vi ninguém trocar o Kurumin de volta para o Windows.

Ao meu ver o Kurumin peca ainda em alguns pontos para um usuário residencial. Um destes pontos é um front-end para ele poder instalar porgramas e jogos a partir de um CD facilmente, só com os famosos cliques "next". Este ao meu ver deve ser um recurso para os Ícones Mágicos, prevendo uma tendência de que alguém pode copiar um jogo de um amigo por exemplo.

O projeto computador para todos prevê algumas coisas, mas não observa a necessidade do usuário final. Ele quer estética e não tanto desempenho. Claro, se aliar os dois seria ótimo, mas não é o fundamental para quem busca beleza e facilidade.

Este projeto se adotasse uma distribuição mais fácil de usar como a descrita acima, todas as empresas observassem os chipsets para garantir a compatibilidade (pois algumas usam incompatíveis com o Linux, como no caso da HP) este projeto governamental iria ser um sucesso total e não o fracasso atual.

Filipe

técnico em eletrônica
Analista de redes
Comentário de rca_cap
Fiz testes com várias: Fiz testes com várias pessoas. Instalei várias distribuições nos computadores.
Na última instalei o Ubuntu, deixei redondinho, com um visual legal. Com codecs, plugins, (flash, adobe reader e compania), jogos tudo instalado.

E acreditem ou não as pessoas estão satisfeitas com o Ubuntu.
Um deles pediu que instalasse no micro da casa. Minha esposa, entrou em várias comunidades linux no orkut.

A qualidade da distribuição é importante.

Acredito que se verificarem as máquinas da Positivo Informática que vem com Mandriva, o número de pessoas que mudaram para Windows é bem diferente do 73%.
Comentário de Marcos Ad
Mas isso é ruim?: Eu leio os dados de outra forma:
23% é um bom numero. Se calcularmos 23% vezes o número de máquinas que estão sendo vendidas temos um número grande de pessoas que está utilizando Linux. Isso ajudou e muito na divulgação do Linux, com certeza.

Se considerarmos os Windows com custo reduzido que são vendidos como alternativa acho que teremos uma percentagem ainda maior que deve ter colocado um Windows Pirata. Considerando um interva-lo de tempo maior, quando você tem que comprar uma atualização do Windows ainda mais.

É claro que isso não elimina a necessidade de combatermos a pirataria e coisa e tal. Mas não os números não indicam claramente que o número de Windows piratas subiu, indicam somente que 23% das pessoas que compraram computador estão usando Linux. Não sei quantas das 77% teriam comprado um computador de loja ou comprariam um desses computadores de "origem" duvidosa que já vem com um Windows Pirata.
Comentário de popolony2k
Concordo !: Leidson - Popolon Y2k
PlanetaMessenger.org - Java Universal Messenger
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Politics is showbiz for ugly people !
Minhas Charges

http://blog.planetagol.com.br/category/blog-do-leidson/charges/
Comentário de popolony2k
Até mesmo porque ....: ...o governo nunca sabe de nada.

"A comunidade quer saber do governo de quem é a culpa, enquanto o governo deve estar dando um jeito de culpar o povo pela pirataria!"

Leidson - Popolon Y2k
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Comentário de Emanuel San
Qualidade da distribuição:
É isso que comentei outro dia. Se o usuário pegar tudo pronto com um linux bem configurado e bem conhecido já diminuiria muito as instalações piratas.

Ou seja, o governo fazendo a parte dele, cobrando qualidade é o primeiro passo.


Comentário de bogus
Problema de Justiça: Sinceramente acho que o problema está mais relacionado a área judicial que a falta de suporte. É muito bom que existam iniciativas como o SuporteLivre e eu parabenizo estes abnegados, mas acho que aconselhamento jurídico e mesmo, alguém disposto a organizar ações coletivas contra algumas empresas que temos aí, seria muito mais eficiente. Não vejo outra maneira eficiente de enquadrar empresas que colocam no mercado um computador em que parte do hardware sequer funciona com o software. Infelizmente não estou capacitado para a tarefa.

Anteriormente falei em maneira eficiente, porque não acho que a solução esteja em regulamentação mais rígida. Na minha maneira de ver, governo e regulamentação, na grande maioria dos casos, só agravam a burocracia e encarecem os custos. Se o governo quer corrigir as falhas do programa que facilite ele acesso a justiça para os que se sentem lesados.

Pra terminar, eu li agora um comentário do Osvaldo Santana e concordo de maneira geral com tudo que ele disse. A única ressalva é que apesar de eu não achar a ABES culpada de nada, acho uma mentira absurda dizer que o programa incentive a pirataria. Não incentiva, pirataria já é e sempre foi pratica corriqueira. Temos o exemplo do Starter Edition hoje, mas muito computador de marca no passado vinha com o Microsoft Works e nunca vi a ABES dizer que isto incentivava a pirataria pois todo mundo instalava o Office.
Comentário de Filipelinux
Claro que não vai decolar,: Claro que não vai decolar, não pensamos no usuário final e isso a MS faz muito bem. Pensamos em tornar a vida do administrador cada vez mais fácil, mas a do usuário doméstico jamais. Fazemos nossas configurações por linha de comando e quem não conhece acha tão "arcáico" e "retrógrado". Aí está o grande problema do pinguim nas áreas de trabalho.

Enxergar apenas o que gostaríamos que os usuários residenciais usasse ou então tentar prever sua necessidade está fadado. Aqui em casa tenho uma rede e meu irmão usa Windows. Ele está começando a ver alguns programas rodando em minha máquina e gostando. Vou diversificando a configuração do computador para que ele possa ver variações de possibilidade. Ele até já cogita em conhecer melhor.

Sabe por que isso acontece? Porque foi ensinado. Porque ele vê que não uso anti-vírus e nem tenho preocupações com isso. Também consegue enxergar que minha rede está sempre rápida e muitas vezes o micro dele lento sendo que compartilhamos a net da mesma fonte, só com um roteador separando-nos. Se é a mesma rede, a minha máquina está sempre de boa e a dele muitas vezes lenta, então é sinal que o meu está melhor que o dele.

Claro, não coloquei minha máquina com cara de XP, mas se tivesse colocado com toda certeza ele já teria trocado a tempos. Já consegui que muitas pessoas começassem a usar Linux e também que algumas compradoras do computador para todos mantivessem o pinguim instalado, dando-lhe muita chance.

As reclamações que percebi foram as seguintes:

=> No aMSN quando é ligada a webcam a imagem fica meio embaçada (para usuários residenciais este é um crime gravíssimo).

=> Falta de uma forma fácil e prática de instalar programas online e atualizar (neste ponto o Kurumin seria a solução graças a seus ícones mágicos).

=> Falta de facilidade para instalar programas offline (neste ponto nenhuma distro Linux se salva, todas tem esta deficiência). Alguns diriam que o Debian devido ao dpkg é fácil, mas só por linha de comando e usuários residenciais abominam este uso.

=> Falta de melhor suporte das empresas participantes do Computador para Todos. A que tem o melhor suporte é a Positivo e mesmo assim o suporte tanto online quanto telefônico é lento e seus atendentes ainda explicam como se seus usuários já tivessem conhecimento técnico.

=> Falta de um tema que lembre o Windows mas ao mesmo tempo seja mais moderno e atrativo. Hoje a maioria destes usuários gostaria de uma área de trabalho gótica. Um tema lembrando o XP tendendo ao preto, outro tendendo ao azul e outro tendendo ao rosa (para as meninas). Isso agradaria no mínimo 80% dos que usam computadores.

=> Um botão na área de trabalho para conectar à internet discada. Um clique ele pergunta qual discador você pretende usar (iBest, Yahoo, MSN, Pop, etc) e ele já tem uma base de todos os telefones. Você completa com a cidade e já está pronto para a batalha. Enfim, facilitar a conecção discada da forma fácil com que deve ser.

=> Falta deixar a barra Karamba, pois vejo em muitos micros com Windows este recurso instalado. Se a pessoa não gostar ela simplesmente tira. Neste aspecto o Big Linux encontrou a solução criando um botão na área de trabalho para você escolher se quer ou não adicionar este recurso. O problema é que não tem explicação para que este serve.

=> Faltam programas de P2P nos computadores para todos. Devido a facilidade talvez o Apollon+giFT seja interessante para esta tarefa. Sua flexibilidade é grande ou então o aMule.

Estas são algumas das muitas fraquezas do projeto computador para todos que devem ser observadas para serem resolvidas. Muitas falhas estão evidentes. Esta relação foi apenas de software, se for colocar de hardware a lista ficaria muito grande. Mesmo assim apresentarei algumas:

=> Placa-mãe sem recursos. O custo dela para uma um pouco melhor é irrisório a ponto de fazer diferença no custo final. Por 20 ou 30 reais a mais a placa-mãe iria ser muito melhor.

=> Memória de 128M, sendo que a de 256M é praticamente ao mesmo custo.

=> Processador Celeron D 315 para o D 325 a diferença nem existe.

Estas são apenas alguns ítens que podem ser mudados. se para nós, que compramos no varejo a diferença é pequena, para quem compra por "ultra-atacado" a diferença seria de centavos.



Filipe

técnico em eletrônica
Analista de redes
Comentário de vmedina
Para Esclarecer: Primeiro: Computador para todos não serve para incentivar Linux. Isso é FATO! O SL tá lá porquê a MS não foi apta a fornecer um sistema operacional de baixo custo, com recursos completos e programas a parte (Navegador, Suíte de automação de escritórios, etc., etc. O programa é para distribuir computadores.

Segundo: Não é problema do Governo Federal, não é problema do Linux, não é problema dos fabricantes, não é problema de Linus Torvalds e não é problema nosso que estão usando o micro para instalar programas pirateados. Isso é problema da Polícia Federal, da ABES, da Justiça, do Técnico Vagabundo que instalou e do dono da máquina. Não adianta tirar o corpo fora, quem instala é que comete o crime. Ou não??

Terceiro: Se estivesse o MacOS/DOS/*BSD/HURD/BeOS/MSX/ETC. instalado, iriam botar o programa pirata que bem entenderem. Se viesse com o Windows instalado, apenas ele não seria pirata. Ou melhor, até ele seria, pois ofereceram aquele nojo limitado do Windows Starter "Zé Pobrinho" Edition, este iria ser trocado no mesmo dia pelo Windows XP "para ricos".

Quarto: Alguma grande empresa, das distros citadas e comuns aqui (Fedora, Mandriva, Suse e Ubuntu) se ofereceu para distribuir para o programa? Pergunta honesta, por quê eu não me lembro de ter ouvido falar que a Red Hat, Novell, Mandriva ou Canonical estivessem se oferecendo. Faltou também alguém achar que isso valia a pena, portanto não é só reclamar do projeto. Eles não podem apontar qual distro vai ser obrigatório sem ter paralizaado o projeto por um 1 ou dois (quem sabe 3) anos.

Quinto: "Ninguém é responsável pelo Linux"? FUD antigo hein! Na verdade, os fabricantes são responsáveis pelo bom funcionamento do PC e isso incluí, de forma óbvia o suficiente para vc entender, o SO. O software em sí, se você baixar ele pela internet ele vem sem garantia, mas se você comercializar é bom que esteja preparado para poder dar suporte.


Podemos ficar nesses 5 tópicos básicos? Meio que cobre bastante dos comentários sem bom senso.

Agora, o órgão público responsável pelo programa é culpado em não estabelecer critérios rígidos de fiscalização dos fabricantes no quesito compatibilidade, do suporte fornecido por essas distros porcas que eles fornecem junto e dos vendedores no quesito pirataria.

Mas também fica faltando imputar os compradores, que não denunciaram o que estava acontecendo, recorrendo primeiramente a pirataria.

Como sempre, é melhor culpar o governo do que ir a fundo e apontar para os técnicos de meia tigela que colocam software pirata no Windows/MacOS/*BSD/BeOS/MSX e até mesmo no Linux.

A culpa tb pode ser distribuída para a MS, que pratica preços de seus programas pincipais muito além da realidade. R$ 400,00 num S.O. que precisa de vários programas adicionais (Anti-Vírus, Anto-Spyware, Firewall, Suíte de automação de escritórios, programa gravodor de CD etc.). Papagaios, o Windows não vale isso tudo.

É triste ver que só pensamos que a culpa pode realmente ser do Linux na máquina. Será que nós vamos continuar dando uma de Novell?

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de brain
Culpas e responsabilidades: Respondendo ao teu fecho, em que constatas que pertences a um grupo que só pensa que a culpa pode realmente ser do Linux na máquina e que está dando uma de Novell, quero voltar a afirmar que não faço parte deste grupo. Aliás, escrevi o longo editorial acima para tentar mostrar isso. O projeto não incentiva os fabricantes a fazerem mais do que vêm fazendo em termos de qualidade da configuração default e do suporte prestado, e o nível atual não é suficiente para cativar e manter os usuários, levando-os a buscar a alternativa que estiver ao seu alcance.

Quanto à tua pergunta número 4, acrescento que alguns fabricantes do Computador para Todos distribuem o Mandriva Linux, com suporte da própria. Mas não acho que seja o caso de cobrarmos que as empresas distribuidoras "se ofereçam", ou questionarmos por que elas não se oferecem. As que estão no mercado no Brasil têm suas ofertas de serviços e suporte, mas os fabricantes vêm optando por outras.

Não acho que qualquer uma das mencionadas tenha alguma oferta que possa competir com o preço mencionado de R$ 30 por usuário por ano, para este volume de usuários, o que explica porque não vemos uma quantidade maior de Computadores para Todos com estas distribuições.


Comentário de bogus
Mais...: Só para ser mais claro ainda. Eu não estou dizendo que a justiça resolveria o problema das substituições do Linux por software pirata ou não. A justiça serviria para as péssimas empresas querendo apenas tirar proveito da situação e assim resolver o problema do suporte. As substituições, não se iludam, continuarão acontecendo enquanto o usuário achar que não pode, de maneira alguma, viver sem a tecnologia proprietária do momento e não der a mínima para o que diz a lei de direitos autorais. Não interessa o quão bem configurado o Linux esteja, nem se o suporte é uma maravilha, continuarão correndo atrás do Word, do Photoshop, do iTunes, do Autocad e do jogo que o vizinho também tem. Só não acho que o governo tenha obrigação de financiar este capricho.
Comentário de vmedina
Questionamento válido: Já eu acho que o projeto não COBRA o suficiente dos fabricantes. Esse é o ponto. Fica fácil para qualquer um empurrar qualquer coisa, e aí vem esse lixo que entra nas casas dos outros.

O questionamento às empresas é válido. Afinal, será que realmente não vale a pena? Nem para manter como uma renda básica para manter um suporte por aqui para quem possa pagar mais? É um lance tão ruim assim?



Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de brain
Então questione-as: Questione a uma empresa dessas que você mencionou o tipo de resposta que elas obtêm se oferecem seu nível normal de suporte e configuração, ao preço usual, a uma das empresas que hoje vendem o Computador para Todos em parceria com quem já lhes ofereceu custo anual de suporte a R$ 30,00 por usuário. Depois publique no seu blog a resposta que obteve!
Comentário de Bebê Jupteriano
IMHO - O que houve com a criança: Este comentário foi moderado negativamente pelos leitores do BR-Linux

Ingenuidade, pura ingenuidade. Achavamos que era só colocar o linux e pow! era tudo cor de rosa e ir para o abraço. O Linux é produto fraco e ninguém dá a minima para a filosofia e os que dão a minima para ela são um saco.

E ainda por cima não colocam a (u|k|x)buntu, ai já é suicídio.

E por que o governo iria dar incentivos? Já fizeram a foto, deram o computadores e ganharam os votos.




Comentário de popolony2k
Verdade....: ...politico pouco se importa com filosofias.

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Comentário de vmedina
Eu não tenho a menor vontade...: de ficar tirando satisfações com empresas de SL. São grandinhas, crescidinhas e sabem muito bem cuidar de si.

Elas fazem o que querem. Pra mim, essa questão toda é apenas uma discussão da ABES manipulando dados e conclusões ao seu favor. Ainda ajuda o povo que discute esse problema como se fosse algo só com o Linux. Para fins de comparação seria legal perguntar quantas pessoas tiram o Windows Starter edition de suas máquinas depois que compram. Mas ninguém formula essa pergunta. Por quê será?


Meu único objetivo nesta balbúrdia toda é levantar certos coelhos que estavam passando desapercebidos. Talvez ajuda a acordar quem tá dando uma de Novell.

Não tenho a menor vontade de responder perguntas que não cabem a mim responder. Nesse papo todo eu só me meto se estiverem usando esse pretexto safado de dizer que a culpa é do Linux.

[]s!

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de brain
Por que será: Eu também gostaria de saber por que ninguém formula estas perguntas tão óbvias a todos nós. O tempo passa e não vemos nenhuma resposta, nenhuma atitude por parte dos responsáveis.
Comentário de vmedina
Realmente... por quê será?: Temos responsáveis a granel. Podemos puxar do governo, passando por empresas de Hardware e até SL, chegando as raias da justiça e pulando no pescoço de quem deu permissão para instalarem o pirata: O Consumidor.

No final das contas, esse é um balaio esquisito que não vai ter solução alguma. Minha única preocupação, como eu já externei, é com o que dizem do Linux e do SL em geral. Fora isso, eu acho que isso não é lugar para se meter o nariz.

Vinícius Medina
Usuário Linux 383765. É um também? Mostre a sua cara!
Comentário de JPayne
Kurumin 7, Kalango e Big Linux....: Ótima recomendação... são 3 distros ótimas e voltadas para o povo brasileiro, porém, como rodar essas distros nas máquinas mesquinhas do computador para todos com 128MB RAM ???

Pra você ver que o problema nem é tão somente a escolha da distro. A própria estrutura das máquinas que são vendidas é podre !!! Tudo bem que é para pessoas de baixa renda, mas você vender um computador com 128MB RAM hoje em dia é transformar qualquer máquina num Pentium 166. E olha que hoje em dia memória nem é tão cara. Por que não colocar 512MB RAM no micro ??? é isso que não entendo. Vendem máquinas péssimas e caro, essa é a verdade, são máquinas caras para o desempenho que demonstram !!!

Acho que o primeiro passo do programa deveria ser vender máquinas com estruturas para durar 5 anos rodando bem, ou seja, tudo bem que seja com uma placa-mãe onboard, mas que seja uma placa mãe de qualidade, tudo bem que seja celeron ou sempron, mas que seja num modelo razoável... tudo bem que seja pra pessoas de baixa renda, mas que seja com 512MB de memória, para que a pessoa consiga rodar os softwares com bom desempenho pelos próximos 5 anos. Depois de conquistar essa máquina barata e funcional, então escolhe-se uma distro como as que você citou... voltada para as necessidades do nosso povo, desenvolvida aqui !!! Antes de se levar esses itens em consideração, esquece qualquer almejo de sucesso desse projeto !!!

--
João Paulo
Linux User #345200
Debian e Ubuntu: Pai e filho !!
Pai em servidores, filho em desktops !!!!

Comentário de bogus
Memória: De pleno acordo, e até digo que nem é necessário tanto cuidado assim. Quero dar meu exemplo: a minha máquina principal, de uso diário, tem já uns 5 anos ou pouco mais, de lá pra cá vim substituindo alguma coisa e acrescentando outras, mas ainda tem por base a mesma pcchips com video onboard e Duron de 800 MHz. Porque ela me atende? Basicamente, acrescentei memória, 512 MB. Nessa máquina, utilizo o gnome, mas duvido muito que o desempenho com kde não fosse muito parecido. Além do que, o uso que faço da máquina vai muito além do uso comum dos beneficiados pelo programa Computador para Todos, então arriscaria dizer que o problema é mesmo memória e nada muito além.
Comentário de Bruno G Silva
E quem dá suporte neste país???: Já tive loja de informatica muito antes de existir este tal computador para todos. E tive que fechar pois enquanto era forçado a vender micros com soft legalizados, 90% dos outros comerciantes vendiam computadores vindo do Paraguai e imagina se lá havia algum soft legalizado! Aqui em Curitiba, dos computadores que as pessoas tem em casa, 90% tem windows piratas e 100% tem algum tipo de soft pirata tipo Office ou outro joquinho qualquer. Por isto dizer que o computador para todos incentiva a pirataria é a maior bobagem que ja ouvi, pois por pesquisas anteriores a este programa, já colocava o Brasil entre os primeiros em pirataria.
Alias quem já foi numa faculdade qualquer, vai ver que lá os alunos só tem programas piratas. Em qualquer pracinha que se vá , você pode comprar qualquer coisa, inclusive musica e soft que nem foram lançados no Brasil, por 5 reais. Em Camburiu tem até dois camelodromos legalizados pela prefeitura que vende de tudo e tudo pirata, inclusive jogos para PS2 e musicas brasileiras gravadas na China.
Outra coisa, alguém já conseguiu um suporte desente mesmo comprando legalizadamente da Microsoft?
E suporte do Mac, que são extremamente caros, por que ninguém fala dele?
Sempre foi uma pratica no Brasil de vender e vender e depois o consumidor que corra atrás. Não só para micros, mas até para fogão.
Comentário de Bruno G Silva
E quem neste país não tem soft pirata no micro?: Já tive loja de informatica muito antes de existir este tal computador para todos. E tive que fechar pois enquanto era forçado a vender micros com soft legalizados, 90% dos outros comerciantes vendiam computadores vindo do Paraguai e imagina se lá havia algum soft legalizado! Aqui em Curitiba, dos computadores que as pessoas tem em casa, 90% tem windows piratas e 100% tem algum tipo de soft pirata tipo Office ou outro joquinho qualquer. Por isto dizer que o computador para todos incentiva a pirataria é a maior bobagem que ja ouvi, pois por pesquisas anteriores a este programa, já colocava o Brasil entre os primeiros em pirataria.
Alias quem já foi numa faculdade qualquer, vai ver que lá os alunos só tem programas piratas. Em qualquer pracinha que se vá , você pode comprar qualquer coisa, inclusive musica e soft que nem foram lançados no Brasil, por 5 reais. Em Camburiu tem até dois camelodromos legalizados pela prefeitura que vende de tudo e tudo pirata, inclusive jogos para PS2 e musicas brasileiras gravadas na China.
Outra coisa, alguém já conseguiu um suporte desente mesmo comprando legalizadamente da Microsoft?
E suporte do Mac, que são extremamente caros, por que ninguém fala dele?
Sempre foi uma pratica no Brasil de vender e vender e depois o consumidor que corra atrás. Não só para micros, mas até para fogão.
Por que a ABES não fala de hard pirata, musica pirata, DVD pirata, brinquedos piratas e tantos outras coisas piratas?
Comentário de Infovagner
Positivismo.: Me parece que o momento não seria o de criticar sem apresentar soluções. É preciso lembrar o ineditismo deste projeto e do quanto pessoas no governo lutaram pela sua implementação. Ou alguem acredita que é muito facil se enfrentar a Microsoft e seu lob no congresso que deve ser poderoso. O projeto faz magica na inclusão digital. Foram 280.000 computadores vendidos em pouca mais de um ano, gente que provavelmente, pelas regras anteriores, não conseguiriam comprar um micro nem usado. Quem esta traindo o projeto são a empresas que estão entregando computadores fora das expecificações. As expecificações são bem claras quanto a hardware e software. Tudo deve funcionar perfeitamente. O usuario tem que poder navegar sem problema, instalar uma das impressoras e/ou webcam que consta de uma lista obrigatoria que o fabricante deve apresentar, etc...
Vagner Augusto
Infovagner
Comentário de Marissol
Por favor, estou fazendo uma: Por favor, estou fazendo uma pesquisa sobre Usabilidade dos sistemas operacionais baseados em GNU/Linux, e gostaria de saber o nome do autor do artigo > Editorial: Computador para Todos - o que houve com essa criança sem pai? Publicado em Qua, 2006-12-06 23:29.
Agradeço a atenção.
Abraço

Comentário de lxoliva
Incentivo econômico: Só vejo um jeito de dar o incentivo econômico que o fabricante precisa pra garantir um suporte razoável ao cliente, tanto por parte do software quanto do hardware: fazer ele sentir no bolso.

Estabelecer um mecanismo para o comprador registrar queixas de falta de funcionalidade e suporte inefetivo, e ser ressarcido pelo fabricante, vai fazer com que o fabricante busque um fornecedor de SO que ofereça um bom suporte, comopatibilidade com o hardware, etc, e que o fabricante estabeleça mecanismos contratuais com quem oferece o suporte do software para que não tenha que arcar com o custo do ressarcimento sozinho.

Isso funciona bastante bem através da Anatel, para controle da qualidade do serviço dos monopólios telefônicos. Não é nenhuma maravilha, mas se você recorre à ouvidoria da Telefônica, por exemplo (minha experiência/martírio pessoal) e, falhando isso, à Anatel, eles acabam resolvendo os problemas.

Na verdade, o Código de Defesa do Consumidor já estabelece mecanismos para consumidores serem ressarcidos, falta as pessoas saberem dos seus direitos e batalharem por ele. Não ia fazer mal ter um acompanhamento específico para esse programa, já que é um programa governamental de inclusão digital.
Comentário de popolony2k
É verdade ...: ...para mim, bastou 512MB de RAM no meu Pentium III para esquecer a idéia de comprar outro micro.

A propósito o PIII acima já tem uns 6 anos e vai durar mais 6.

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Comentário de brain
O nome: O nome do autor é Augusto César Campos.
Comentário de timm
Não é um termo forte, eu é que não estou brincando! :): Veja bem. Eu já peguei vários micros desses e já tive contato com vários tipos de usuários, dos mais básicos aos mais "entendidinhos". A melhor distribuição que usei nos aparelhos foi o MetaSys Linux, (nao lembro a marca da montadora). E tudo funcionava demais. Modem discado, USB, K3B, OpenOffice, bla bla bla. Ela voava, usava pacotes do (meu amado) Fedora acho que em i686 pra aproveitar o processador do Pentium 4. Eu recusei o serviço da formatação. Mas o meu chefe me obrigou a fazê-lo. E o fiz com dor no coração. Havia um KDE lindo, vários outros aplicativos, e tudo tava simplesmente tão legal...

Outro caso foi um Notebook da ECS, que veio com Jerry Linux. Idêntico ao Microsoft Windons, o Bootsplash era imitação daquela coisa horrivel do Windons ChisPê (azulão escrito Welcome), com gerenciador de janelas Blanes. Tudo muito bem configurado, também. Até a WireLess do notebook funcionava perfeitamente! Mas o dono queria "Windons ChisPê", e o meu chefe me obrigou novamente. Em nenhuma das distros eu usei comandos (eu adoro mas não usei, fiz tudo pelos Wizards). Os usuários não querem Linux! Dos 4 casos mais próximos a mim, (clientes ou amigos) que compraram computadores do PC pra todos, apenas UMA ainda não formatou, e gostou muito do Insigne. As pessoas não querem Linux, precisamos trabalhar em cima disso para reverter esse quadro!

E o pior é que eu sou um usuário final. Posso ser um usuário final versão 2.0 turbo extreme edition, que usa Slackware e Solaris como Desktop, mas gosto de facilidades que esses dois sistemas me proporcionam. Linux, no meu ponto de vista até então, é o melhor sistema operacional que eu conheço devido a sua flexibilidade! Nós temos potencial pra derrubar qualquer outro sistema, por quê não pararmos de brigar a toa e culpar a fulano/cicrano/beltrano quando o que a gente precisa mesmo é investir numa boa dose de divulgação?



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Linux User #405251
(Time completo: Slackware, Solaris, FreeBSD, NetBSD, Microsoft Windows 2000).
Comentário de walter
Computador para todos: Parabéns pelo seu artigo, desejo apenas complementar dizendo o seguinte\;
Como um programa como este, de abrangência tão ampla, não envolveu as empreas criadoras de distribuições linux, tais como : Kurumin (de longe uma das mais faceis de instalar e usar ) Mandriva, Big linux,etc...
Só posso pensar que é intencional tal procedimento, para dar errado, para que não surta efeito ( no tocante a utilização do soft ). Tornando ainda mais fácil o caminho para a pirataria. O suporte a instalação ( que já deveria vir de fábrica, através de acordo com distribuição utilizada ) facilitaria por demais a disseminação, a manutenção e uso dos mesmos. Ainda é tempo para este acordo. A intenção foi muito boa, porém de "boas intenções ...)

[
Comentário de popolony2k
MetaSys...: ...também me surpreendeu, é uma distro bem organizada, com tudo muito bem configurado e funcionando e quandovc tem um problema, o suporte deles responde prontamente a seu chamado.

Grata surpresa nesse pacote do computador para todos.


Leidson - Popolon Y2k
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Comentário de bebeto_maya
A Casa foi feita pelo teto!: __Bom, como trabalho com interfaces tambem, sendo inclusive autor de uma, o ZappWM, acredito que o usuario nao sente falta do Internet Explorer.Ele nao liga se eh Firefox tambem, assim como nao liga se eh OpenOffice, desde que tenha corretor ortografico funcional. O problema eh exatamente quando ha disparidades grandes entre o que ele necessita e o que o PC oferece. Se ele deparar-se com o Gaim, vai estranhar, pois a interface eh muito diferente, se ele por um CD de Games, nao ira rodar, se ele encontrar o icone Xine no desktop, um abraco...Porque ele conhece WIndows MEdia Player e nao Xine, nem XMMS, ou GQVIEW, ou mesmo Ark, e o Cd de Games nao funciona com Linux...

__O usuario tambem estranhara se um painel de controle, com opcoes basicas e logicas, estiver indisponivel, se o Flash 9 nao estiver instalado, assim como JAVA. Se nao conseguir navegar na internet de pronto. E principalmente se aquele leque de softwares piratas vendidos nas esquinas nao funcionarem adequadamente...Eh triste, mas a pirataria impera, e eh a falta da dor no bolso que faz o usuario descartar o Linux de um Desktop. Ele tem tudo de graca, na total impunidade, de ateus a padres e pastores, e ate juizes, todos usam o software ilegal. Quando muito, compram uma caixinha, e saem clonando ao Deus Dara.

__Eh preciso lembrar que o SO, como disse o fortuito V.Medina, nao eh nada, ele precisa, mesmo que regulamentado, de um anti-virus, de um Anti-Spyware, de um Office, de jogos etc...etc...etc...Todos esses itens provavelmente serao pirateados. So tenho pena do amigo que fechou sua loja porque era honesto. Pois esse eh o preco que pagamos nesse pais, por nos enveredarmos nos caminhos da justica.

__O Governo errou, porque nao entendeu o basico. Comecou a casa pelo teto, quando deveria ter investido brutalmente em telecentros, que ajudam a disseminar a cultura do Linux.Sim, como disse magistralmente o Trimm, nos nao temos essa cultura, e voce nao a impoe da noite pro dia. O importante eh acessibilidade e nao ter um PC em casa...Se voce da acessibilidade voce jah ajuda...O ideal seria tambem que na medida em que jovens e adultos fossem se formando nos telecentros, recebessem computadores populares com Linux, porque ai a cultura estaria enraizada. Mas esse programa seboso foi feito nas coxas, num pais, onde sabemos, ninguem paga por nada se puder roubar sem ser punido.

__Pra mim nao ha duvida: WIndows Starter Edition e pronto.E ruim, mas massageia o ego das pessoas, e cumpre sua funcao de boi de piranha, porque a Microsoft perde o Professional ou o Home, mas ganha no SE. e o Linux e SL nao ficam queimados. Porque pra gente que gosta e usa Linux, assim como trabalha com ele, eh terrivel quando seu produto eh recusado devido a um merketing ruim difamado por terceiros.
________________________________
Arte com Linux e Software Livre:
http://inteligencianatural.sites.uol.com.br
Comentário de Jack Ripoff
Ubuntu?: Quer dizer então que a Novell não existe? O SLED 10 com direito a suporte por um ano está R$185. Num acordo de exclusividade com a OEM, a Novell com certeza venderia por um preço menor, digamos R$150. Considerando que há modelos de PCs de R$900 e até menos, é possível adicionar mais R$150 sem ultrapassar o limite de R$1400 imposto pela portaria da MCT.

Agora Ubuntu? Além da distribuição ser feita "nas coxas", a Canonical nem tem representação no Brasil...
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