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Google confirma que Android será 100% código aberto

Ao contrário do que informaram relatos anteriores, 100% do Android, incluindo componentes essenciais da plataforma, CODECs e as bibliotecas necessárias para portar o Android para novos dispositivos será disponibilizado sob licenças de código aberto comuns e populares (especialmente a ASL v2), informa o Google.

Há 2 grupos de exceções para a regra de licenciar pela Apache License: os softwares já licenciados por outras licenças abertas (como os componentes do kernel Linux, por exemplo, que estão sob a GPL) serão mantidos sob as mesmas licenças abertas já adotadas, e os códigos relacionados ao Eclipse (mesmo que sejam novos) serão licenciados pela EPL, que é a licença do Eclipse em si.

Quanto a aplicativos que rodarão sobre o Android, o Google não se compromete – cada desenvolvedor escolherá sua própria licença, seja ela livre ou proprietária.

Saiba mais (blogs.zdnet.com). Também enviado por Josan Neves (jn_castrobrΘlinuxmail·org), com esta referência (caminhandolivre.wordpress.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2008-06-03

Comentários dos leitores

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    foobob (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 4:52 pm

    Ótimo! Se esse android der pau e começar a matar pessoas, podemos aplicar um patch e recompilar. Já pensou na zorra se fosse software proprietário e tivéssemos que pagar para a empresa fazer o update?! :P

    foobob, o Android “é” um “celular”, não o robô do filme “Perdidos no Espaço”.

    Boa Josan! Era uma notícia a respeito desse assunto que eu estava procurando pra mandar pra cá há uns dias atrás.

    Espero que o Google libere logo esses códigos, pois estou muito ansioso por eles.

    Mauro (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 6:55 pm

    Vamos citar algumas notícias recentes:

    * Nokia investindo no gnu/linux, e fazendo declarações positivas;
    * Um grupo de fabricantes peso-pesado de celulares e smartphones investindo numa versão gnu/linux;
    * Intel lançando a família Atom declaradamente voltada a dispositivos ultraportáteis – mas que (já) pode ser ampliada ao ponto de superar os core duo atuais, por adição de núcleos;

    E algumas tecnologias ‘recentes’: 3G, bluetooth e WiMax.

    E algumas perguntas:

    PORQUÊ a Nokia está fazendo isso ?
    PORQUÊ esse grupo está fazendo isso ?
    PORQUÊ a Intel está fazendo isso ?
    PORQUÊ o Google está fazendo isso ?

    O que imagino que eles estão ‘vendo’ num futuro próximo:

    * Substituição dos celulares e pdas por smartphones num ambiente de concorrência brutal;
    * Gnu/linux dominando smartphones, pois financiar o desenvolvimento de distribuições gnu/linux foi, é e será _muito_ mais barato que pagar liçenças de uso;
    * O modelo aberto de desenvolvimento do gnu/linux, propício à inovação.

    O que eu estou ‘vendo’ num futuro próximo, e creio que os gigantes também estão (e por isso é que a concorrência vai ser tão brutal): smartphones gnu/linux ligados à Internet e com potência de desktops, que junto com periféricos (monitores, teclados, mouses, impressoras, etc.) de tecnologia bluetooth ou melhor vão rápidamente substituir desktops, notebooks, e demais equipamentos ‘pc-like’, com várias consequências:

    * Velocidade das mudanças: vai ser limitada apenas à capacidade e decisão de investimento dos grandes fabricantes – que é enorme e vai aumentar muito;

    * A produção em massa vai forçar o ipv6 e possibilitar primeiro eletro-eletrônicos, e depois eletrodomésticos ‘inteligentes’;

    * Distribuições: as principais vão ser as mantidas pelos fabricantes, as demais serão derivações ou especializadas em desenvolvimento de firmware e interfaces para dispositivos que não smartphones, mas básicamente para variações do mesmo tipo de hardware e para hardware de grande porte feito para disponibilizar e controlar recursos para os ‘pequenos’;

    * Vejo mais consequências, e uma _penca_ de desdobres, mas as citadas já valem meu ingresso pro Juquirí – ou pro Butantã – ou prá PêQuêPê. (Não vou arriscar mais ;)

    Daqui a quanto tempo ? O Atom entra em produção esse mês, o Android está perto de ser liberado, as grandes fabricantes de celulares já tem bastante coisa prá sair do forno. Pois é… daqui a pouco tempo.
    Soou muito louco ? Concordo. Mas os gigantes _estão_ indo nessa direção, ou pelo menos fazendo grandes esforços para nos fazer acreditar que estão.

    O Atom peca em ter instruções x86 =P
    ARM ftw! hehe

    Mauro (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 8:21 pm

    thotypous:

    Como qualquer um que tenta saber se vai chover olhando para o céu e sentindo o vento, posso ‘tomar um banho’…

    Concordo incondicionalmente no aspecto técnico, tanto no que vc. afirmou quanto no que não disse.

    O que me faz acreditar no domínio do Atom é um conjunto de fatores, começando pelo capital da Intel, passando pela tecnologia Nehalem e desembocando na visão estratégica de desenvolver e disponibilizar essa tecnologia num momento propício.

    Se quiser, dê uma olhadinha nisso, é bom saber:
    http://arstechnica.com/articles/paedia/cpu/what-you-need-to-know-about-nehalem.ars

    mas leia com _muita_ atenção isso:
    http://blogs.pcmag.com/miller/2008/03/intel_looks_ahead_nehalem_larr.php

    Não faço a menor idéia de como a AMD e VIA vão reagir, prá não falar das empresas que produzem cpus ARM, entre outros.

    A única alternativa que vejo é um consórcio como o que desenvolveu a GPU do PS3, só que investindo _muito_ mais para desenvolver um concorrente à altura. Possível e muito provável, se a Intel resolver voltar à política de cobrar caro – que foi o que viabilizou a AMD.

    Enquanto isso, a Intel está na frente, enxergando mais longe e tem capital de sobra prá chegar lá.

    E o Google fincando o pé no futuro – com um investimento menos do que insignificante se comparado à garantia de estar lá. Ou alguem acha que o Android é serviço social ou filantropia ?

    De qualquer forma também estou de olho nesse código ;)

    Adelar da Silva Queiróz (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 9:02 pm

    Concordo.
    Muito interessante o Android ser totalmente livre… Assim não precisamos nos preocupar, muito, com patentes na hora do desenvolvimento:)

    Cadu (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 9:19 pm

    Sobre o Atom, sim é uma revolução mesmo, e o fato de ter instruções da arquitetura IA-32 é uma jogada da Intel, porque ele mantém compatibilidade com todos os softwares que as pessoas estão acostumadas no PC delas.

    Agora, mesmo com a economia de energia do Atom, ele ainda gasta muita energia, comparado com ARM. Com certeza ARM ainda é a melhor escolha para sistemas embarcados (pensando não apenas na economia de energia, mas em muitos outros fatores). :)

    Agora, sobre o uso de Linux em celulares, é uma boa mesmo, mas com uma condição: se for virtualizado. Um celular é um sistema em tempo real (RTOS), e o Linux não é. Nada como um microkernel (L4) como Sistema Operacional, rodando aplicativos críticos para o funcionamento do celular bem fora do Linux, e rodando o Linux também, virtualizado, em modo desprivilegiado do processador, para suportar uma vasta gama de aplicativos, e ainda assim manter a estabilidade necessária por um sistema em tempo real como um celular.

    E, não se esqueçam: o Android não é Linux, é um fork do Linux.

    foobob (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 9:31 pm

    tenchi, eu estava pensando mais no Terminator, mesmo. ;)

    “Um celular é um sistema em tempo real (RTOS), e o Linux não é.”

    Cadu isso já deu ate briga http://br-linux.org/linux/red-hat-diz-que-novell-esta-revendendo-o-codigo-aberto-dela
    e como vc vai dizer que linux não tem Real Time.

    foobob e tenchi, cuidado vão ser contratados para o zorra total huhhahaha

    tiaggs, isso se refere ao PREEMPT_RT?

    Cadu (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 9:54 pm

    tiaggs, o Linux (vanilla) não é considerado um RTOS, embora existam patches que façam dele um RTOS.

    Mas existem muitas outras vantagens de se usar um microkernel como a base privilegiada de um celular, e virtualizar o Linux para usar como a camada de aplicativos, mas essa discussão sobre microkernel já deu o que falar (vide discussão do Linus e Tannembaum).

    Um bom argumento sobre isso seria o número de bugs no código privilegiado. Considerando um microkernel como o L4, que possui em torno de 20 mil linhas de código que rodam em modo privilegiado ou fazem parte do “código confiável”, e considerando que em um bom código existe em torno de 1 bug a cada mil linhas de código, existiriam apenas uns 20 bugs no código que roda em modo privilegiado, contra mais de 300 no caso de um SO como o Linux (considerando que, em sistemas embarcados, os milhões de loc do Linux podem ser otimizadas para 300 mil). Esse já é um bom argumento para empresas que precisam confiar no código que roda em modo privilegiado.

    E só para informação dos trolls, eu uso Linux, amo Linux, e não estou indo contra o Linux. :P

    thotypous, creio que derivado dele

    Cadu, que bom esta é a vantagem do Linux(e não o preço) ser extremamente flexível para modificações.
    Agora só queria saber se as empresas estão tão preocupadas com a segurança, porque tem um caixa eletrônico do Itau rodam win 98 e quando chove aparece ate o iniciar, da ate pra fuçar nas pastas muito legal só não consegui achar o msn.

    Cadu (usuário não registrado) em 3/06/2008 às 10:42 pm

    tiaggs,

    Nossa, eu sabia que os caixas do Itaú rodavam windows, agora… essa foi muito boa… auhauhauhAUhAUhaUhAUHAUAH

    E, na real, todo mundo sabe que empresas pensam em dinheiro, e não em segurança… a não ser que esta dê dinheiro… :D

    Paulo Pontes (usuário não registrado) em 4/06/2008 às 9:12 am

    A nokia pode at[e estar interessada, mas ate agora eu náo vejo nada de [util saindo disso. Não há forma de sincronizar meu smartfone nokia com o pc rodando linux, só windows.

    A gambiarra por bluetooth não conta, quero sincronizar com um desktop

    Mauro (usuário não registrado) em 4/06/2008 às 12:24 pm

    Cadu:

    Primeiro um par de exemplos reais com processadores de 32 bits da mesma época:

    Trabalho com voip instalei a mais de um ano um P4-HT 3.0GHz com uma placa E1 (30 canais de voz simultâneos). Com os 30 canais em uso consegue transcodificar no máximo 5 canais. E esquenta ao ponto de ter sido necessário aumentar a circulação de ar no gabinete com mais 2 ventoinhas. O monstrinho consome perto de 200w à toda.

    O ipbx de casa é um roteador wrt54gl, que tem uma cpu ARM de 32 bits a 200MHz. Não transcodifica, mas aguenta 4 canais de voz simultâneos, consumindo de 8w a 10w. Não tem ventoinha nem dissipador, e o aquecimento é desprezível (o SOC com o ARM fica ‘morno’).

    Consumo por watt:

    P4 : 200w / 30 canais = 6.7w por canal
    ARM: 10w / 4 canais = 2.5w por canal

    Eficiência:

    P4: 3GHz / 30 canais = 100kHz por canal
    ARM: 200MHz / 4 canais = 50kHz por canal

    Conclusão: o ARM é inquestionávelmente superior ao x86.

    O problema para mim é encontrar conjuntos de placa-mãe, memória e interfaces para processadores ARM nos moldes (e preços) que existem para processadores x86, porque preciso dimensionar, montar, instalar, manter e efetuar upgrades e atualizações em equipamentos que vão de ipbx de 8 canais até arrays de máquinas com 4 interfaces E1 cada.

    Nesse mercado de servidores, o ARM está para o x86 numa posição análoga à do Minix em relação ao gnu/linux: É melhor, mas cadê ? Tem a potência que preciso ? É compatível com as placas e interfaces existentes ? Quanto custa ?

    O maior problema de se desenvolver processadores ARM capazes de competir com os Nehalem não se resume aos processadores, pois é necessário também ter uma boa tecnologia de chipsets para ARM. Porque o ‘segredo’ do Nehalem é trazer parte do northbridge para dentro da pastilha do(s) processador(es). O ARM conta com bons SOCs, mas isso não é nem aproximadamente a mesma coisa.

    O gnu/linux e a Intel fornecem o imperfeito viável e disponível. Creio que no caso dos smartphones veremos a capacidade dos processadores superar os Intel Core atuais. Quanto a baterias, tem muita coisa acontecendo nos laboratórios. É só uma questão de haver demanda. E demanda haverá. Muita :)

    Quanto ao kernel virtualizado versus direto, a situação prá mim é nebulosa, porque não demora muito e patches de realtime vão estar nos kernel vanilla, como aconteceu com suporte a virtualização e kernel pthreads. O Linus é do tipo pragmático e não perde tempo.

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