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Futuro do MeeGo: entrevista com o CEO da Jolla

Jolla, como vimos no início da semana, é o bote salva-vidas no qual desenvolvedores pretendem afastar a distribuição MeeGo dos rumos que a Nokia tinha para ela, e nesta entrevista o CEO da empresa, Jussi Hurmola, fala um pouco sobre seus planos e a situação atual.

A situação atual é fácil de resunir: eles têm 50 funcionários, metade dos quais veio da Nokia, e quase todos com experiência prévia no MeeGo ou seus antecessores (Moblin, Maemo), e estão contratando ~5 por semana. Seu plano de financiamento é em várias etapas, sendo que as primeiras estão em andamento com capital já obtido e estão relacionadas à criação do produto. As parcerias com fabricantes e fornecedores de chipsets devem ser anunciadas em breve, se tudo correr bem.

Quanto aos planos, há um pouco menos de clareza: um telefone com o MeeGo deve ser anunciado ainda neste ano, mas sem garantia da intenção de colocá-lo à venda antes de 2013; ele deve atender a um segmento específico (e não revelado) do mercado, não atendido por ofertas como as do iOS e Android; nenhum detalhe das especificações foi adiantado, mas o projeto é inspirado pelo N9 da Nokia (com a qual o relacionamento é amistoso mas não tão próximo como alguns aventaram).

Sobre apps, a empresa parece ter um plano para não lançar seu produto com zero apps, mas o CEO disse que não pode falar nada sobre ele no momento, assim como não pode comentar sobre os “grandes parceiros” que afirma ter, ou os países nos quais pretende oferecer seus produtos.

Ao comentar sobre outras alternativas (especificamente o Tizen e o Firefox OS) de sistema operacional móvel baseado em código aberto, o CEO da Jolla me surpreendeu por se posicionar de forma bastante similar à minha.

Vamos aguardar ele revelar mais detalhes! (via intomobile.com – “Interview: Jussi Hurmola, the CEO of JollaMobile (audio and text available)”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-07-13

Comentários dos leitores

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    Patola (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 11:07 am

    É… Eu finalmente tomei coragem e comprei meu N9 e já estou satisfeitíssimo. Inclusive eu que pensava que um celular Linux que não tivesse teclado físico nunca seria prático tive que rever meus conceitos ao conhecer o fingerterm, com teclado virtual de overlay sobre o terminal…

    Espero que a Jolla tenha sucesso e se o Ubuntu não produzir um celular melhor, ano que vem ou o próximo estarei adquirindo o produto deles. ;)

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 12:03 pm

    Dica quente pra galera do Jolla:

    A Nokia fechou dois de seus escritórios de operação na China. O mercado chinês é um dos maiores do mundo e tem fome de soluções de baixo custo.

    Qualquer empresa que queira se consolidar em mobile hoje deve se consolidar por lá.

    Diogo (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 12:39 pm

    Os maiores mercados da Nokia são: China, Índia e Brasil, a Nokia está perdida nas mãos da Microsoft.

    Tenho vários smartphones, dentre eles o N9, e sem dúvida o MeeGo é excelente, (não interessa se é o harmattan ou o meego puro, o que muda é basicamente o empacotamento e isso não influencia nada).

    Mais fluído que o Android e iOS, uma multitarefa perfeita, rápido e estável, só lembro de ter desligado o telefone por conta da bateria ter acabado.

    Eu andei pensando sobre quais desses grandes parceiros a Jolla tem, levantei algumas possibilidades como Sony, afinal, definitivamente ela não vai muito bem com o Android, HTC e até mesmo a BlackBerry. Mas uma empresa em especial me passou pela cabeça: Facebook. Esses dias Mark havia feito uma proposta pela Nokia, e é claro que a Microsoft não permitiu.

    td (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 1:54 pm

    Torço para dar certo, principalmente que o ecossistema de apps seja eficiente e farto. Sem essa característica, esse projeto estará fadado ao ostracismo.

    Artus Rocha (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 2:02 pm

    “o CEO da Jolla me surpreendeu por se posicionar de forma bastante similar à minha.”
    E qual posição é esta?

    Ela é descrita detalhadamente na entrevista cujo link está ali no post!

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 2:15 pm

    Pelo que eu entendi, @Artus Rocha, ele se refere ao fato de que a estratégia da Samsung a respeito da abertura do Tizen e do Bada ainda não está suficientemente clara ou definida.

    Ele também comenta acreditar que o HTML5 (peça-chave do Tizen e aliás tb do Boot2Gecko) é ainda muito fragmentado (suportado de forma variável entre os motores existentes) e a documentação dos detalhes deixa a desejar.

    Espero ter contribuído.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 2:22 pm

    “Ele também comenta acreditar que o HTML5 (peça-chave do Tizen e aliás tb do Boot2Gecko) é ainda muito fragmentado (suportado de forma variável entre os motores existentes)”

    Afirmação do HTML5 ficou muito furada.

    Lógico que o B2G vai ter API’s específicas para o sistema, então já é previsto na idéia que seja, no mínimo, uma extensão ao HTML5 padrão.

    Além disso, sempre se pode atualizar o sistema quando algo deixar de ser específico e se tornar padrão.

    Ficou parecendo um pouco querer desmerecer um concorrente de nicho(se é que vão coincidir).

    Tem uma pergunta específica sobre o Firefox OS na entrevista, com uma resposta específica também. O parênteses acima, junto à afirmação que você considera furada, colocando o Boot2Gecko no assunto do HTML5 mencionado na entrevista, é do Porfírio, e não do entrevistado.

    Porfírio (usuário não registrado) em 13/07/2012 às 3:31 pm

    Sim, @Weber, os parênteses foram meus. Só quis contextualizar o resumo, na esperança de não ter me desviado muito do original.

    Mas, como disse, não é uma tradução: foi o entendimento que eu tive.

    Por outro lado, a resposta dele em relação ao Boot2Gecko confirma o que vc disse, muito mais do que eu quis dizer:

    Let’s see what happens. I haven’t paid much attention to that.

    Vamos ver o que acontece. Eu não tenho prestado muita atenção nisso

    Essa é a resposta da única pergunta direta sobre o FirefoxOS na entrevista, creio que seja ela a qual o @Augusto se refere.

    Marcos (usuário não registrado) em 14/07/2012 às 3:00 pm

    Quanto à aplicações, se o Meego continuar baseado em Qt, não vai ser difícil começar com bastante delas. Faz tempo que os aplicativos pra Symbian são baseados nesse framework também, e as ferramentas de desenvolvimento da Nokia já permitiam desenvolver uma única vez e compilar tanto pra Meego quanto pra Symbian. O único trabalho seria atualizar o software pra nova versão com o suporte a hardware mais moderno.

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