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“Infantil”: Gestor de comunidades da Canonical escreve sobre o que Richard Stallman disse sobre o Ubuntu

“FUD”, “míope” e “infantil”: se as palavras de Stallman contra o que chamou de ‘Canonical spyware’ – o envio e compartilhamento de dados obtidos nos desktops dos usuários do Ubuntu com interesse comercial – foram duras, as da resposta do gestor de comunidades da empresa, Jono Bacon, também foram.

Vale destacar que ele inicia o artigo dizendo ser uma opinião pessoal, que ,I.não necessariamente representa a posição da empresa na qual é gestor.

No artigo, além de qualificar sua visão sobre as opiniões e comportamentos do bom doutor, Bacon também expõe sua opinião sobre as diferenças de visão que existem sobre privacidade, menciona o exemplo do sucesso da Apple, e fala sobre as intenções da Canonical com as buscas no desktop. (via jonobacon.org – “On Richard Stallman and Ubuntu | jonobacon@home”)

Leia também: Privacidade: EFF também se posiciona sobre as buscas da Amazon inseridas no desktop do Ubuntu


• Publicado por Augusto Campos em 2012-12-10

Comentários dos leitores

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    Filipe Saraiva (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 12:16 pm

    Por mais que seja a opinião dele, e não da empresa, alguém na posição do Bacon qualificar um argumento de “infantil” é, no mínimo, desconcertante para ele mesmo.

    Há maneiras mais elegantes de contrapor uma opinião/crítica – e, pelo menos eu, acho-as mais interessantes quando você está em um lugar de liderança em uma empresa ou grupo.

    Patola (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 12:19 pm

    Concordo com o Filipe Saraiva e acho que esse artigo do br-linux deveria ter seguido o mesmo conselho: tentar manter a sobriedade da discussão ao invés de atiçar fogo nela dando ênfase aos adjetivos.

    Filipe Saraiva (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 12:22 pm

    Só recomendando: a discussão no post original está bem interessante.

    Ricardo K. (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 12:39 pm

    Depois de tanta coisa que já rolou que Stallman já havia avisado, eu não critico mais as opiniões dele como antes…

    Reginaldo Aguiar (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 12:43 pm

    O Sangue do Bacon ferveu. Deu uma pancada no Stalman com a mesma força que o Stallman deu a pancada na Canonical.

    Que foi infantil o que o Stallman fez, foi. Infantil e desagregador.

    Criança contrariada que pede a bola de volta e ainda atiça os outros coleguinhas a abandonarem o seu desafeto também.

    Concordo que o Bacon poderia ter se limitado a polidamente colocar o ogro egoísta do Stallman no seu lugar.

    Mas tem momentos em que o sangue ferve…

    Até Sergay Brin e Jobs tiveram seus dias de fúria pública.

    Reikainosuke Nekomata (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:12 pm

    Essa história já deu o que tinha que dar. Passo!

    Rogerio (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:27 pm

    Essa história já deu o que tinha que dar. Passo!(2)

    Bruno (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:36 pm

    No que dia que o Stalman falar alguma coisa util e séria eu dou ouvido ao que ele diz!
    O cara está desaparecendo e fica ai jogando m* no ventilador para ver se aparece!
    Ele já fez o que tinha que fazer pelo software livre e deveria ficar quieto!

    Bruno Vasconcelos (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:37 pm

    Estou contigo, Stallman.

    Só não enxerga o óbvio desses ads quem não quer.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:38 pm

    Na minha sincera opinião, o cara foi bem racional e lógico. Porém o artigo do Br-linux é tendencioso.

    O autor não chamou Stallman de infantil, mas a atitude dele em relação ao Ubuntu. Ele não chamou o Stallman de míope, apenas falou que ele tem a mente fechada de vez em quando (traduzir short-sighted como míope não é certo dado o contexto). E no final do texto, ele elogia a FSF e pede para que ambas possam conviver bem e não ficarem brigando.

    Reinaldo (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:39 pm

    Essa história já deu o que tinha que dar. Passo!(3)

    Simplesmente não uso mais Ubuntu há muito tempo.

    Sou ubuntero mas Stallman está sempre certo, ele é um dos últimos defensores legítimos dos direitos dos usuários de computadores. É radical, concordo, mas sem alguém para chamar a atenção de forma contundente ninguém presta atenção.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:45 pm

    @Reginaldo Aguiar – Que foi infantil o que o Stallman fez, foi. Infantil e desagregador.

    Ele é líder da Free Software Foundation, então, as opiniões dele devem ser no mínimo convergentes com as da organização que ele tem nas mãos. Como um leitor comentou no Blog do Jono:

    >> Yeah, good luck with convincing the FSF that “free as in beer”
    >> is more important than “free as in freedom”.

    A única coisa que me chateia neste tipo de discussão é a maldição da mente descontínua. Parece que se você opta por não querer tais lentes que fazem busca na Amazon, também não pode querer ter emails, logins em redes sociais(aka: FacebooK), acesso a internet. Precisa sempre ser oito ou oitenta?

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:50 pm

    Pior que a qualificação de infantil foi não dar justificativa que preste.

    Apelou pra isso e pra tentar puxar pra fanatismo, claramente apelando para os vários educados adeptos desse tipo de “argumento”.

    E isso de dizer que não reflete necessariamente a opinião da empresa é de uma covardia grande, a saber se só dele ou da empresa se não o apoiar no caso de reação negativa.

    E conforme indicaram no Slashdot, os comentários do artigo valem a pena. Um dos primeiros já desmancha boa parte dos “argumentos” do Bacon.

    Ricardo (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 1:58 pm

    Esses ads da amazon no Ubuntu parece aqueles toolbars do Internet Explorer…

    Diogo (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 2:23 pm

    Spyware mesmo… Nesse caso Richard está certo.
    No Windows é o cúmulo, mas no Ubuntu é legal? Dois pesos e suas medidas?

    semente (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 2:29 pm

    Agora começa o velho jogo de tentar ridicularizar o Stallman e levar a discussão pra outro lado. Stallman esta corretíssimo. Há um spyware no Ubuntu e isso pode estabelecer um precedente ainda mais perigoso para usuários de software livre.

    sloboda (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 2:33 pm

    O Jono Bacon, da Canonical, critica mas ao mesmo tempo elogia o Stallman e a Free Software Foundation e convida a todos a trabalhar juntos em prol do software livre, e não uns contra os outros . Isso seria ótimo e poderia começar pela propria canonical e então as palavras do Stallman estariam tendo o efeito bom de fazer o pessoal da Canonical trabalhar mais colaborativamente com toda a comunidade do software livre, ao contrário do que as últimas notícias tem indicado.

    No mais, a Jono Bacon acha q a privacidade/liberdade (freendoom) seria um problema pessoal, de cada um – e não coletivo – por isso, as pessoas que usam o facebook, google etc, e q não se importam em vender sua privacidade p essas empresas, poderão não se importar em vender também para a canoncal.

    Se for para a canonical fazer sucesso – e quem sabe até maior que a Apple – só se for “ trabalhando juntos em prol do software livre e não contra” como o próprio Jono diz, e especialmente com respeito profundo ao usuário, como reclama Stallman.

    Ratito (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:10 pm

    Tenho aprendido que em assuntos essenciais, e a questão de Liberdade é algo essencial ao ser humano… quando as pessoas insistem em não compreender ou aparentam não compreender por vários motivos, me tenho me lembrado disto…

    “A palavra vale Prata, o Silêncio vale ouro.”(adágio popular/provérbio chinês)

    ;-)

    Neophitus (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:16 pm

    “Privacy is extremely important to Canonical. The data we collect is not user-identifiable (we automatically anonymize user logs and that information is never available to the teams delivering services to end users), we make users aware of what data will be collected and which third party services will be queried through a notice right in the Dash, and we only collect data that allows us to deliver a great search experience to Ubuntu users. We also recognize that there is always a minority of users who prefer complete data protection, often choosing to avoid services like Google, Facebook or Twitter for those reasons – and for those users, we have made it dead easy to switch the online search tools off with a simple toggle in settings.”

    Sério que alguém se preocupa porque o Ubuntu manda para a Amazon, uma query aonde alguém – que a Amazon não tem como saber quem é – está procurando comprar um livro, DVD, etc? Deixe de usar o Google então, o Chrome então, pois o Google sabe o que você procura e também sabe muito bem quem você é. Facebook idem.

    velvetunderground (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:23 pm

    ‘as diferenças de visão que existem sobre privacidade’ – o tipico argumento lunático do sistema manipulador… que caia os conspiradores

    luiz monteiro (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:35 pm

    Definitivamente o Ubuntu não é o que quero em meu cpu, larguei e não me arrependo, esse aventureiro no meio software livre, não me engana, ele não é daqui, mas está tentando apatifar o ambiente, quando conseguir flexibilizar os parâmetros e trouxer novos usuários, pelo menos o Linux que conhecemos hoje, não sei se vai resistir a essa investida, vai virar uma mixórdia como os outros.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:40 pm

    >>> Sério que alguém se preocupa porque o Ubuntu manda para a Amazon,
    >>> uma query aonde alguém – que a Amazon não tem como saber quem é –
    >>> está procurando comprar um livro, DVD, etc? Deixe de usar o Google
    >>> então, o Chrome então, pois o Google sabe o que você procura e
    >>> também sabe muito bem quem você é. Facebook idem.

    Eu to falando que aqui o problema é a mente descontínua. Parece que se alguém não quer tal funcionalidade também deve parar de usar redes sociais, email, micro-blogs, desligar o computador e ir pra marte. ¬¬

    Dá pra ser menos dramático?

    E uma pequena nota: O Chromium não possui o “datamining” do Chrome ;)

    Hermes (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 3:45 pm

    Quanto mimimi. Poderíamos criar um site “fofocas-linux” ou “contigo-linux” e mover todos estes fuxicos para lá.

    20ºangel (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:02 pm

    Entendo lado do “Velho Senhor”, mas ele parece meio cego. Se ele quer FSF triunfe um dia ele precisa entender que Canonical tem triunfar em futuro recente. Tem mostrar só SO é gratuito ou um program é SL não significa ela não seja comercial e lucrativo,e o ubuntu é melhor forma mostrar isso para mundo (Afinal ninguém parece notar que Red Hat até hoje não faliu).Enfim eu pessoalmente apoio o Ubuntu ser Linux bem mais comercial, ainda mais para um mercado igual americano que é extremamente consumista.Talvez se a gente chegar 5% lá os leigos começam a prestar atenção para linux.
    Além tirar essa aura de SO comunista que povão tem dele.

    Neophitus (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:05 pm

    “E uma pequena nota: O Chromium não possui o “datamining” do Chrome ;)”

    É. Mas não é o Chromium que tem marketshare relevante.

    Guruga (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:10 pm

    “Se for para a canonical fazer sucesso – e quem sabe até maior que a Apple – só se for “ trabalhando juntos em prol do software livre e não contra” como o próprio Jono diz, e especialmente com respeito profundo ao usuário, como reclama Stallman.”

    sloboda, duvido que para fazer sucesso a Canonical tenha que trabalhar em prol do software livre e ter respeito ao usuário. Que eu saiba, as distribuições que seguem isso e são recomendadas pelo Stallman não são sucesso nem entre os próprios usuários de Linux (ou GNU/Linux, para quem prefere). Sucesso comercial e respeito ao usuário ou ideologias são, talvez, mutuamente exclusivas. A pergunta que se tem de fazer é o que é mais importante para cada um. Para alguns, o respeito à privacidade talvez seja o mais importante. Para a maioria, não é. Para empresas é o lucro. Se não há lucro, não há empresa. A lógica comercial é bem simples de entender. Investe-se no que tem mais potencial de trazer retorno financeiro, não no que é melhor. A TV que você usa, o carro, as roupas, o computador, tudo que você compra foi uma escolha entre oferecer um bom produto e que seja viável financeiramente, ou oferecer o melhor produto, e não poder se sustentar. Há diversas tecnologias latentes, apenas esperando o momento que se tornem viáveis economicamente.

    Respeito o Stallman pelo que ele criou, mas ele não é dono de uma ideia. Ele pode ser o precursor, mas tudo no mundo só evolui quando se liberta também das amarras de seu criador. Pessoas como Stallman tem a tendência de achar que elas são a personificação dos conceitos que defendem. Ou seja, eu sou e faço aquilo que todos tem de fazer ou ser. Qualquer um que não siga meus ideais e conceitos automaticamente deve ser eliminado. O que se consegue com esse tipo de atitude é criar um nicho de seguidores, na maior parte fanáticos, que seguem tudo o que o guru fala; e uma miríade de detratores, perseguidores e pessoas que veem o sujeito como mais um lunático. Com isso, seus seguidores não conseguem ter bom senso para discernir entre o que é bom na pessoa e o defeitos que todos, por ser humanos, temos. E os detratores não aceitam qualquer opinião da pessoa, pois já partem do pressuposto de que tudo que ela faz é prejudicial a eles. Do tipo, “foi o Stallman que disse, então não serve de nada”. Não sigo líderes, não tenho ídolos, de nenhum tipo. Reconheço o trabalho de cada um, mas sempre vejo as qualidades e defeitos humanos agindo em todos os momentos.

    Na minha opinião, em muitos momentos o Stallman peca pelo exagero. Do tipo que prefere que todos morram de fome coletivamente, a permitir que alguns poucos sobrevivam individualmente. Pode ser mais justo, mas não é uma atitude que favoreça a preservação, seja biológica, sociológica ou economica. Temos que pensar no coletivo, mas não podemos esquecer dos direitos individuais. Para ser um conceito que realmente perdure e transforme o mundo, o software livre tem que ser mais que o Stallman, além dele. Se não for assim, o conceito morrerá com o homem.

    Lucas (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:17 pm

    ENQUANTO ISSO TEM COISAS MAIS INTERESSANTES NO MUNDO LIVRE QUE DEVIA TER A MESMA ATENÇÃO…

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:26 pm

    @Neophitus

    Eu ainda acho mais fácil executar um “yum install chromium-browser” ou “apt-get install chromium-browser” do que ir até o site da google e baixar ;)

    >>> Na minha opinião, em muitos momentos o Stallman peca pelo exagero.
    >>> Do tipo que prefere que todos morram de fome coletivamente, a permitir
    >>> que alguns poucos sobrevivam individualmente.

    Ah tá, é só o Stallman que pecou pelo “exagero”, visto que você tá comparando uma situação de calamidade com a defesa de liberdades. Seu drama também peca.

    >>> Temos que pensar no coletivo, mas não podemos esquecer dos direitos individuais.

    E é EXATAMENTE o que ele está fazendo, defendendo o direito coletivo. Se você não se importa com a busca na Amazon, “go for it” ;)

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:29 pm

    CONTINUACAO DA MATERIA:

    http://www.jonobacon.org/2012/12/10/on-being-childish-an-apology/

    Pronto. Jono pediu desculpas.

    “As such, Richard, I apologize whole-heartedly to referring to your position in your post as ‘childish‘ and I continue to have great respect for the work you do to encourage and grow software freedom around the world.”

    20ºangel (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 4:36 pm

    @Ironmaniaco
    “Eu ainda acho mais fácil executar um “yum install chromium-browser” ou “apt-get install chromium-browser” do que ir até o site da google e baixar ;)”

    Ou ir na “central de programas” da distro que esta sendo utilizada.O problema é que ainda tem algumas pequenas coisas que chrome é melhor que chromiun. Na duvida tenho os dois.

    velvetunderground (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 5:02 pm

    Eles usam nossos dados para manipular as pesquisas e isso não eh ser livre. querem manipular… são manipuladores…. manipuladores!!

    Patola (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 5:18 pm

    Termos de pesquisa sem o nome da pessoa associado, muito bem explicado pelo Neophitus, e continuam a dizer que isso é quebra de “privacidade”. ISSO SIM é a maldição da mente descontínua.

    Ironmaniaco (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 5:22 pm

    @Patola

    Então, por não ter o nome associado a pesquisa na Amazon, vamos usar o termo correto: “Quebrinha de privacidadezinha”…

    /badumtssss

    Guruga (usuário não registrado) em 10/12/2012 às 5:26 pm

    Ironmaniaco, começo a perceber o porque das pessoas terem tanta aversão ao software livre. As pessoas defendem ele como se fosse uma religião. O mundo tem medo de fanatismo, independente de onde ele é aplicado. Muitas opiniões do Stallman me fazem ver uma veia extremista nele e isso me faz ficar sempre com um pé atrás. Se fiz uma comparação com o caso “exagerado” de pessoas passando fome, foi porque muitas vezes vi as ideias por ele defendidas levarem a extremos quase iguais. O Stallman uma certa vez chegou a dizer que liberdade não é liberdade de escolha. Pode ter sido uma má interpretação feita por alguém das palavras dele, mas se ele disse isso ele está errado. Ninguém pode falar de liberdade, sem considerar a individualidade de cada um. Vou repetir, não tenho ideologias, não tenho gurus, não tenho ídolos, sigo a minha própria consciência. Vejo que você interpretou erroneamente o que disse, tentando ver na minha mensagem um simples ataque a uma pessoa que você admira. Não fiz drama, apenas levantei a questão de que defender uma ideologia acima de tudo pode ser prejudicial. Esse era meu ponto. Quanto ao fato de você dizer que ele está defendendo o direito coletivo, acho que você não entendeu mesmo o que eu disse. Ele pode estar defendendo o que acredita ser o direito coletivo, mas em muitos momentos parece fazer isso às custas do direito individual. Somos uma sociedade, vivemos na coletividade, mas também somos indivíduos. Um direito não pode excluir os outros.

    Como eu disse, é preciso escolher o que é melhor para cada um. Para o Stallman é não ter um programa “espião”, como ele diz, instalado em sua máquina. Já me disseram que ele não usa celulares ou redes sociais, enfim, nada que ele acredite que possa invadir sua privacidade. É um direito dele, que é respeitado. Duvido que alguém vá obrigá-lo a comprar um celular. Mas, por outro lado, ele também não pode obrigar ninguém a não ter. O máximo que ele pode expor é suas razões para não comprar um aparelho.

    Eu uso software livre e o faço por motivos puramente pessoais. Não o faço porque alguém me disse que tinha de fazê-lo. Comprei um computador com o Windows e não cheguei a inicializar o sistema. Onde trabalho foi distribuído macbooks para alguns e eu peguei um para testar. Hoje ele está parado em cima de minha mesa, pois não vi vantagem em usá-lo.

    Em tempo, não uso Ubuntu. Não gosto do sistema. Tentei usar diversas vezes, mas não me adaptei. Por isso não o uso. Mas não tento convencer as pessoas a não usá-lo por que “eu” não gosto. O máximo que faço é dizer os motivos que me levam a não querer o sistema instalado em minha máquina e as opções que existem para substituí-lo. O resto é escolha de cada um.

    Sinceramente, eu gostaria de ver o Linux crescer para um patamar em que sua relevância melhore a vida de quem admira o sistema. Em que todas as empresas de tecnologia, quando forem lançar um produto novo, pensem no sistema, em oferecer suporte a ele. Mas as pessoas preferem se digladiar internamente, a criar coesão para que o mesmo ganhe força.

    Para terminar, sua agressividade foi desnecessária. Sugiro que você releia o que escrevi e pense na resposta que me deu. Se não perceber como sua reação foi desproporcionável, paciência. Mas acho que vai perceber que minha crítica não foi ao Stallman, criador do software livre, de um conceito muito forte e bonito, mas ao homem Stallman, sujeito a paixões e destemperos como todos nós humanos. É sempre preciso dissociar o gênio do homem. Sua atitude de agressividade comigo não vai mudar minha opção pelo software livre. Mas lembre-se, muitas pessoas estão nesse momento procurando alternativas a seus sistemas. E muitas se baseiam em outras pessoas que usam para decidir se vale ou não a pena investir em um novo sistema. Sua reação intempestiva pode afastar muita gente que, de outra forma, poderia vir a experimentar e gostar do Linux. Já tentei convencer muitos colegas da área de tecnologia a usarem o Linux, independente de distribuição. O maior receio deles não é o sistema em si, mas o universo que gira em torno dele. Muitos deles me disseram que veem o SL como um grupo de fanáticos. Se a aversão é tão grande dentro de nossa própria área, o que dirá de fora? É muito mais difícil convencer alguém a experimentar o Linux e o software livre, depois de ver uma reação como a sua.

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