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Privacidade: EFF também se posiciona sobre as buscas da Amazon inseridas no desktop do Ubuntu

A Electronic Frontier Foundation é uma das poucas organizações ligadas ao mundo digital que eu acompanho, admiro e eventualmente contribuo (ultimamente as contribuições incluem também as doações feitas na compra de cada pacote Humble Indie Bundle) desde a década de 1990, especialmente devido à sua defesa dos direitos de liberdade e privacidade on-line.

Assim como ocorreu recentemente com o bom Doutor, a EFF também se posicionou sobre o que chamou de um grande problema de privacidade: os anúncios da Amazon que passaram a ser exibidos junto a resultados de buscas locais no desktop do Ubuntu.

A organização explica a razão, expõe em que pontos acredita que ocorrem os riscos, e apresenta uma lista de 3 itens que gostaria de ver satisfeitos em uma atualização do Ubuntu: a desativação por default da busca de produtos, a transparência sobre quais os dados armazenados e como são usados; e a presença de controles individuais para cada lente. (via omgubuntu.co.uk – “EFF: ‘Ubuntu Shopping Lens A Major Privacy Problem’ | OMG! Ubuntu!”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-10-30

Comentários dos leitores

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    Ribamar FS (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 10:51 am

    Augusto, admiro e muito sua postura na defesa do software livre e da liberdade de uso do mesmo.

    Obrigado, Ribamar! Mas meu papel é bem secundário e exposto a interpretações variadas, quem carrega o piano mesmo são organizações como a EFF mencionada acima, e quem desenvolve e mantém os softwares e conteúdos que admiramos!

    Marcos (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 11:07 am

    Sugestões coerentes, que ajudariam a contentar gregos e troianos.

    Ícaro (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 1:11 pm

    Mas Augusto não defende software livre. Ele usa o que for conveniente para ele. Se for proprietário ou livre tanto faz.

    bala@juquinha.com.br (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 1:28 pm

    é só desinstalar o pacote…. e quanto as propagandas nas páginas de internet, niguém fala nada?

    Spif (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 1:40 pm

    Bala, eu não uso, MAS o que ouvi é que se tirar essa lens, você tira todas as que usam a web.

    >>> é só desinstalar o pacote…. e quanto as propagandas nas páginas de internet, niguém fala nada?

    Eu também penso assim, PORÉM vale ressaltar que, daqui alguns anos teremos que fazer “somente isto” para manter o Ubuntu limpo(no caso, o do note da minha patroa)

    apt-get remove unity-amazon-lenses unity-ebay-lenses unity-steam-lenses unity-|insira_sua_loja_aqui|-lenses

    CONCORDO que é só desabilitar, mas é bom termos reclamações prévias para evitar que num futuro algum CEO metido a papa de usabilidade(Mark…cof,cof,…) fale assim: “- Ah, mas até hoje, ninguém reclamou”, da mesma forma que ele deu aquela desculpa esfarrapada que se os usuários Ubuntu confiam no empacotamento Debian/Ubuntu, deveriam confiar também nas lentes.

    E antes que alguém pergunte sobre esta matéria(que foi referenciada aqui no Br-Linux também) :

    http://www.markshuttleworth.com/archives/1182

    “… Erm, we have root. You do trust us with your data already. You trust us not to screw up on your machine with every update. You trust Debian, and you trust a large swathe of the open source community. And most importantly, you trust us to address it when, being human, we err….”

    Justificando o Data Mining das buscas da Amazon em uma tentativa de evasivamente justificar o empacotamento e seu necessário acesso root.

    Beto (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 2:03 pm

    Isso aí, não vamos deixar que os interesses empresariais coloquem em risco toda a liberdade e respeito ao usuário que foi conquistado com o software livre.
    Ubuntu, assim como o Android, é mais um exemplo de como o Linux pode ser usado em prol dos interesses capitalistas.
    Pode até existir esse recurso, desde que o usuário escolha na instalação se quer isso ou não.
    Não vamos permitir isso, nem mesmo da Canonical.

    Anderson Prado (AndeOn) (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 2:27 pm

    Eu não entendo tanto barulho por nada. Desative e ponto final que o Ubuntu continue inventando inovando trazendo mais parceiros somente assim o linux vai crescer.

    Aqui escolham: http://www.gnu.org/distros/free-distros.html porque se for para ficar com essa conversinha mole adotem o que a fundação recomenda, porque todas as outras distros fazem algum pratica que vai contra.

    @Beto

    Ai, eu vou ter que concordar com o colega Anderson. Se você quer MAIS liberdade, melhor não ser fisgado pelas facilidades de uma distribuição que é Gerenciada por uma entidade com fins lucrativos. Querendo ou não, eles pagam os desenvolvedores ditando as regras do que é feito, e eles gerenciam o que é interessante para eles. O próprio MARK falou que no próximo Ubuntu algumas funcionalidades serão “secretas” para impressionar mais o mercado, desenvolvidas por programadores escolhidos a dedo.

    Baita “inovação” mesmo…

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 3:01 pm

    Spif, o botão (em configurações de privacidade) que ativa e desativa a inclusão de resultados online no Dash se aplica a todas as lentes (inclusive à busca da Amazon) que dependem de busca online para funcionarem. Portanto, ainda não é possível ativar e desativar lentes online individualmente: ou você ativa todas (inclusive Amazon), ou desativa todas.

    Por outro lado, a remoção do pacote unity-lens-shopping elimina somente a busca da Amazon, mantendo a busca das demais lentes intacta. Para o usuário leigo (aquela minha tia que um dia ainda vai usar Linux ;-), a remoção desse pacote pode não ser tão clara e simples, especialmente porque esse usuário talvez sequer esteja ciente da controvérsia em torno dos resultados da Amazon no Dash.

    Patola (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 3:32 pm

    Ironmaniaco, sem FUD contra o Ubuntu, por favor. O que o Mark falou foi exatamente o contrário, que vai ABRIR mais a empresa a outsiders e não o contrário, e isso está explicado no blog dele, no omgubuntu e outros lugares.

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 3:35 pm

    Ironmaniaco,

    A atual CEO da Canonical é Jane Silber. Mark Shuttleworth deixou o cargo em março de 2010, mas continua sendo o dono da Canonical. :-)

    Quanto ao desenvolvimento secreto de algumas funcionalidades, a questão foi mais bem explicada depois: não se trata de fechar o desenvolvimento de partes do Ubuntu. O que se pretende é levar pessoas da comunidade para trabalhar em partes que já são desenvolvidas privadamente.

    As partes desenvolvidas em sigilo já existem, como em qualquer distribuição mantida por empresa. A diferença é que pessoas de fora da Canonical serão convidadas a trabalhar nessas partes. Assim, em vez de fechar mais o desenvolvimento dessas partes, o que poderá acontecer é justamente o contrário: uma certa abertura, na medida em que pessoas da comunidade levarão ideias e trabalharão por dentro da Canonical.

    Nunca é demais lembrar que apenas o desenvolvimento dessas partes é privado e restrito. Com a divulgação do trabalho secreto, o código é liberado.

    Haldrin Figueiredo (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 3:37 pm

    Put*&%$# que pari*#$@ ! ÔÔÔ povo que reclama pra cara*%$#@

    Usem Slackware, Debian ou qualquer terminal seco/puro, e não usem internet ( WWW, @ ) para garantir privacidade, mas parem de chiar ! Todo dia se reclama de algo do Ubuntu. Não sou fã de carteirinha de nenhuma distro mas tem usuário que vou te contar ! é por isso que até hoje espero o ano do Linux no desktop (se existir desktop daqui a 300 anos).

    >>> Patola

    Não é FUD, é opinião, e ele declarar que vai “abrir mais a empresa” não retira a desculpa dele de “nós temos seu root”.

    >>> Joaquim Mariano

    Heh, desculpa. Fundador.

    Não estou criticando a ATITUDE de desenvolver privado, mas sim a do pessoal que clama por liberdade e esquece desses detalhes, que o Ubuntu/Canonical ainda é de uma empresa. O “Baita Inovação” é que eles tão fazendo como qualquer empresa: Desenvolver sem liberar informações e entregar o produto de sopetão para ter o “oooooohhhhhhhhhh” dos entusiastas.

    Nada contra o desenvolvimento secreto.É so pra reforçar pros críticos de plantão que a Canonical AINDA é dona do Ubuntu e eles ditam as diretrizes, ao mesmo tempo que não tiro a razão daqueles que choram quando funcionalidades de DataMining vem ativadas por padrão.

    Ubuntu is not democracy: http://downloadsquad.switched.com/2010/03/19/mark-shuttleworth-clarifies-ubuntu-is-not-a-democracy/ – Lembrando aquele antigo fato de quando os botões fechar/minimizar/maximizar foram trocados de lugar.

    >>> Haldrin Figueiredo

    Quanto aos usuários até vai mas o Stallman é lider da FSF e ele tem um papel, assim como a EFF. É o dever deles ser os “chatos de plantão” :)

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 5:15 pm

    Ironmaniaco,

    É isso mesmo: distros desenvolvidas por empresas dificilmente tem um desenvolvimento em que as decisões são abertas, comunitárias e democráticas (não confundir com distros comunitárias patrocinadas, apoiadas e suportadas por empresas, como o Fedora e o OpenSUSE).

    Ubuntu é uma distribuição que se preocupa bastante com o usuário, mas nem por isso as decisões de desenvolvimento deixam de ser concentradas e hierarquizadas. Aliás, a preocupação com o usuário às vezes diverge do desejo do usuário: o usuário quer A, mas a Canonical entende que B é melhor para ele. É o caso bem lembrado da mudança dos botões de janela para a esquerda.

    Mark já disse num e-mail: “We all make Ubuntu, but we do not all make all of it. In other words, we delegate well. We have a kernel team, and they make kernel decisions. You don’t get to make kernel decisions unless you’re in that kernel team. You can file bugs and comment, and engage, but you don’t get to second-guess their decisions. We have a security team. They get to make decisions about security. You don’t get to see a lot of what they see unless you’re on that team. We have processes to help make sure we’re doing a good job of delegation, but being an open community is not the same as saying everybody has a say in everything.”

    E arrematou: “No. This is not a democracy. Good feedback, good data, are welcome. But we are not voting on design decisions.”

    aleph (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 6:41 pm

    É… o Ubuntu não ser uma democracia e outras distros serem (como Fedora ou Opensuse) é uma diferença que realmente faz diferença.

    Ubuntu é fruto direto de uma empresa pensando ele como produto, e não pensando em apenas manter e dar suporte à sua comunidade porque dela retiram ganhos para seus produtos, como fazem Suse e Red Hat.

    Este é o preço que pagamos para o Ubuntu ser de graça, em contrapartida ao preço que Suse e Red Hat cobram de seus produtos, e que dá condições para o Fedora e Opensuse serem mais democráticas.

    Mas só um adendo: sem essa de opôr democracia ao capitalismo, porque se existe capitalismo sem democracia (China, maior exemplo), não existe democracia sem capitalismo… então…

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 7:15 pm

    O fato de ninguém ter encontrado democracia sem capitalismo não significa que não exista democracia sem capitalismo. Vide Bóson de Higgs. ;-)

    aleph (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 8:20 pm

    É… houve democracia sem capitalismo na Grécia, mas aí tínhamos também escravos e mulheres bem longe das discussões. O fato é que democracia como conhecemos hoje nasceu junto (e por causa) do capitalismo. Enfim, hoje não são de modo algum opostos. (vide Biopolítica de Foucault. :P )

    Spif (usuário não registrado) em 30/10/2012 às 8:20 pm

    Patola, não é FUD. Outras publicações que não sejam escancaradamente pró-Ubuntu também desconfiaram disso.

    Mania de achar que tudo é FUD. O Mark só devia manter a boca fechada mais vezes.

    Anderson Prado (AndeOn) (usuário não registrado) em 31/10/2012 às 1:02 pm

    Tá bonito o fato é que de fato todas as distros tem o root! Na minha opinião ele não tinha que justificar nada, mas as as sugestões do artigo são interessantes, mas dificilmente veremos trazer pesquisas on-line desabilitadas por padrão, mas fácil ter um botão ativar/desativar perto dos resultados.

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