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Android e pirataria: John Romero, designer do Doom e Quake, comenta futuro das plataformas de jogos

A propósito do Ouya, aquele console de US$ 99 rodando Android e com publicação gratuita de jogos, que mencionamos por aqui recentemente, John Romero (co-fundador da id Software, e designer de jogos como Wolfenstein 3D, Doom e Quake) expôs seu ponto de vista não apenas sobre esta proposta (à qual ele está disposto a conceder o benefício da dúvida, mas acredita que não está resolvendo uma demanda nem dos jogadores e nem dos desenvolvedores), mas também sobre o futuro das plataformas de jogos.

Lembrando de outra fase do mercado em que era possível para um desenvolvedor programar sozinho e oferecer o produto ao mercado (nos seus tempos de Apple ][, onde criou o precursor da série de jogos Ultima), ele comentou sobre qual a plataforma móvel atual que acredita permitir o mesmo tipo de sucesso comercial ao desenvolvedor de jogos, e explicou por que o desafio com a plataforma Android é maior, destacando a situação existente em relação à pirataria.

Para compreender o contexto da afirmação de Romero, veja também: Android: Pirataria faz desenvolvedor desistir de tentar cobrar pelo jogo Dead Trigger. Aparentemente não é que em outras plataformas competidoras a pirataria seja impossível, mas sim que as condições para sua ocorrência no Android venham levando a proporções bem mais dilatadas, conforme relatos de vários desenvolvedores que trouxeram números a público.

No caso específico do Ouya, além da pirataria há outros 2 desafios: o fato de o diferencial dele em relação a outros aparelhos ser pequeno: “é um telefone maior que se conecta à TV” (e há outros meios de se conectar à TV a partir de aparelhos móveis, ele aponta), e a lucratividade na plataforma proposta exige basicamente a criação de jogos baseados em microtransações.

Vamos acompanhar. (via games.slashdot.org – “John Romero’s Doomy View On Android and Ouya – Slashdot”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-07-30

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Spif (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 10:03 am

    A parte triste é não perceber os erros: Sem uma grande distribuidora, o console não vai existir, principalmente se só jogar os jogos do Android.

    É o Zeebo tudo de novo, mas usando o google market.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 10:37 am

    É para mostrar que mesmo gente que já fez muito pode agir como troll.

    Crítica é uma coisa mas o sujeito dizer que é uma plataforma da pirataria é querer ser polemista.

    Porfírio (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 10:51 am

    Para aqueles entusiasmados com o Ouya (como eu) mas com dúvidas sobre o seu futuro, é importante lembrar a parceria com a OnLive. E que jogos realmente expressivos estão começando a invadir a plataforma Android aproveitando a carona de aparelhos baratos que são poderosos o suficiente para rodá-los.

    Sim, falo do Nexus 7 e do Ouya. Coincidência ou não (duvido) títulos usando engines poderosas como a do Unreal começaram a se agitar nos últimos dois meses.

    Meu Nexus 7 chegou por sedex ainda a pouco! :) E já baixei dois jogos parrudos (nenhum deles é o Dead Trigger).

    A respeito do papo de “pirataria” e preocupações com vendas do Dead Trigger, eu cito o jogo novo do Batman. Mal saiu e já é sucesso de vendas e crítica, não tem demo, é pago e relativamente caro (14.00 pra nós, em uma plataforma cujos jogos em média custam entre 5,00 e 30,00). E vai bem obrigado. Comparado com a qualidade dele, DT é beta. A lei do mercado aparece aqui também: quem trabalha mais vende mais.

    O que muda no Ouya em relação a usar um dispositivo Android ligado à TV é a experiência: gamepad, bom processador, fácil dar comandos. Se vc não quiser usar o aparelho Ouya, ainda pode usar a plataforma em outro aparelho qualquer.

    Vai ser bem interessante se aproveitarem disso: eu posso estar jogando um título na minha sala ficar cansado do sofá e ir para a cama, ligo o tablet e continuo de onde eu parei. No dia seguinte eu vou para a casa de um amigo, no trem eu puxo meu smartphone e continuo de onde eu parei. Ao chegar na casa dele eu ligo o Ouya dele, carrego meu jogo e incluo ele na Party, novamente onde eu parei.

    Algum console tem isso? Não é o Ouya que tem deficiência por ser conectado ao mundo móvel. São os outros consoles é que são deficientes por não fazerem isso.

    Ninguém mais quer pagar mais de 100,00 em um jogo. Eles simplesmente não chegam a esse valor agregado: são apenas um breve interlúdio na vida, não ela própria (quem gasta mais de 2 ou 3 horas por dia jogando ou é adolescente bancado pelos pais ou tem um sério problema…).

    Então como chegar a preços mais viáveis? Cortando custos. Jogos móveis não precisam de distribuidores, prensagem em DVD, confecção de embalagens e capas, etc.

    E a facilidade de distribuição permite um volume de vendas muito maior no mesmo custo: quem faz um jogo para 1 usuário pode distribuir o mesmo para 1 milhão, sem botar a mão no bolso novamente: quem paga pela infra é o usuário, não você. É o dinheiro mais barato que existe: o do cliente.

    Isso sem falar na possibilidade de financiar um título através de Crowd Funding. Tem dado certo para muitos projetos, vc capitaliza durante a produção do jogo e ainda pode vender ele (barato, pv) depois.

    Em suma: claro que os desenvolvedores já acostumados ao velho modelo vão reclamar e duvidar e fazer comentários desse tipo.

    A questão é que jogos baratos e com disponibilidade entre vários dispositivos é o que nós, clientes, queremos. Se os desenvolvedores atuais não se adaptam à nova realidade, encontramos novos desenvolvedores.

    Spif (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 11:25 am

    Boa sorte convencendo Gamers, que jogam jogos de verdade, de softhouses grandes, a usarem um produto que eles podem jogar no celular por um nadinha, inclusive jogando colaborativamente.

    Se não houver massa crítica de jogos, não vai rolar. A história dos consoles está cheia dessas lições.

    Spif (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 11:39 am

    Outro fator que pode ser levado em conta é o da pirataria para dispositivos móveis em geral, mas que é uma praga para o Android, devido ao seu modelo de distribuição. Não existe como manter isso sob controle, como em outras plataformas.

    A menos que exista um ambiente unificado por trás, da mesma forma que a apple possuí o gamecenter. Daí seria interessante, mas precisaria de apoio, e precisaria que o console não fosse rootável de fábrica, como ele vai ser. Grandes publicadoras odeiam isso.

    Sinceramente, eu não sei o que pensar do Ouya, pode até valer a pena, mas vai ser uma briga pra emplacar, SE emplacar. Eu não apostaria nele.

    MAS, vale notar que a MadFinger Games, criadora do ShadowGun e do Dead Trigger, está dando apoio ao projeto, inclusive um dos jogos das imagens de conceito É o shadowgun. E os “defensores” mesquinhos do android só sentando o malho neles.

    Porfírio (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 11:51 am

    Até onde eu sei os jogos vão continuar baratos como na GP, e vou rodar eles na minha tv de 42 pol., com estéreo surround. Ou no meu telefone. Ou no meu tablet.

    Junto-me ao grupo dos ansiosos pela chegada do Ouya.

    self_liar (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 1:09 pm

    Uma história um pouco breve das situaçoes dos jogos e consoles.

    Antes os pcs não eram populares para os jogos devido as capacidades técnicas.Assim os consoles eram computadores específicos para isso.Com o tempo os pcs ficaram poderosos e capazes de rodar jogos.A tendencia natural é que os consoles desaparecessem e os pcs fossem a plataforma de jogos .Infelizmente como as empresas de jogos não querem abandonar seus retornos gigantes que eles tinham no mercados de jogos,então criaram um “computador” artificial para se passar de consoles.Que é o que acontece hoje com xbox,playstation e os consoles da nintendo.

    Ou seja os abusos no direito autoral onde se ganha mais e mais fortunas sem retorno era para desaparecer.

    Spif (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 8:46 pm

    Os Consoles não desaparecem pela relação custo/benefício: É mais barato comprar um Xbox e um Tv/Monitor, do que montar um pc/laptop para jogos. Fora que é mais simples.

    Sem falar que na parte de controle da pirataria, uma plataforma feita pra isso é muito melhor que um PC.

    Por isso temos consoles e, exatamente por esse último ponto, por isso o Ouya não vai emplacar com as grandes.

    self_liar (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 10:56 pm

    “Os Consoles não desaparecem pela relação custo/benefício: É mais barato comprar um Xbox e um Tv/Monitor, do que montar um pc/laptop para jogos. Fora que é mais simples.”

    Depende bastante,mas é mais porque os consoles são feitos de forma padronizada e específica.Por isso o custo levemente menor.Mas ,Um computador hoje capaz de jogar bons jogos sem monitor custa 750 reais .Vem com chip onboard radeon 6(não lembro o numero restante).

    Mas não é isso que eu falei.Para manter os retornos absurdos sem melhorar o desenvolvimento tecnológico eles optaram em criar um computador cheio de travas e bloqueios com o nome de console. Porque se fosse no pc comum eles teriam que lidar com um mercado mais aberto a tudo inclusive a pirataria.

    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 11:07 pm

    Minha opinião sobre a questão da pirataria é a seguinte:

    - Não existe “modelo de distribuição” do Android que encoraje a pirataria. O que existe no Android é a possibilidade de instalar apps que não estejam na loja oficial (no caso, o Google Play).

    - Para quem se esqueceu, o Linux (assunto principal deste blog) usa o mesmo modelo de *instalação*. Podemos instalar aplicativos pelo repositório (ou loja, como no caso do Ubuntu Software Center) ou instalar por fora, pirata ou não.

    - Desenvolvedoras de jogos que esperam que as plataformas (móveis ou não) sejam cada vez mais fechadas e mais restritivas aos usuários, têm que se acostumar que o mundo vai continuar o mesmo: a maioria dos usuários irá instalar seus aplicativos pelas vias normais, mas outros não (e poderão recorrer, inclusive, à pirataria).

    self_liar (usuário não registrado) em 30/07/2012 às 11:19 pm

    “- Desenvolvedoras de jogos que esperam que as plataformas (móveis ou não) sejam cada vez mais fechadas e mais restritivas aos usuários, têm que se acostumar que o mundo vai continuar o mesmo: a maioria dos usuários irá instalar seus aplicativos pelas vias normais, mas outros não (e poderão recorrer, inclusive, à pirataria).”

    Por isso que fizeram o “console”" nova geração” que nada mais é que um pc cheio de travas que da para manter as retornos absurdos das empresas de jogos.

    Marcos (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 7:15 am

    “Para quem se esqueceu, o Linux (assunto principal deste blog)…”

    Já foi, meu amigo. Já foi.

    Rodrigo, o Linux que mencionas e acreditas ser o assunto principal deste blog, é o kernel empregado no Android, sistema em cujo âmbito o John Romero comenta, entre outras coisas, a situação existente relacionada à pirataria de jogos no momento, nesta notícia.

    Quanto ao assunto do blog, reproduzo da documentação: “O tema básico do BR-Linux são os softwares de código aberto (especialmente os que rodam sobre o kernel Linux, mas sem se limitar a eles) e outros assuntos correlatos, incluindo as notícias sobre organizações e indivíduos que possam ter implicações sobre o mercado ou a comunidade associados ao software livre, os sistemas UNIX e seus derivados, os padrões abertos, softwares de qualquer natureza que rodem em ambientes suportados pelo Linux, a inclusão digital, a liberdade do conhecimento, políticas de segurança, direitos autorais, a liberdade e privacidade na internet, a conectividade, o hardware e outros temas que possam interessar a desenvolvedores, administradores de sistemas, usuários ou entusiastas do software livre.”

    Víctor (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 11:44 am

    “Por isso que fizeram o “console”” nova geração” que nada mais é que um pc cheio de travas que da para manter as retornos absurdos das empresas de jogos.”

    Gostaria que um dia me mostrassem os números, pois sempre falam em lucros absurdos, mas esquecem o que os estúdios gastam em P&D e mesmo os fabricantes de hardware com os subsídios iniciais. Outro ponto é que se o retorno fosse tão grande, porque nos últimos anos diversas empresas fecharam suas unidades?

    Neste mercado outro ponto importante é que atras de um jogo de sucesso, houveram alguns com prejuízo….

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 12:13 pm

    Não creio que o @Rodrigo Carvalho tenha questionado a aderência da matéria ao tema do seu blog, @Augusto Campos.

    Como leitor, me pareceu que ele critica alguns leitores que, apesar de aparentemente estarem de acordo com o Linux, SL, Stallman e etc, demonstram uma postura bastante proprietária em seu discurso. Estão repetindo a sugestão de alguns desenvolvedores do iOS, que tem tentado vender a ideia equivocada de que plataformas abertas estão relacionadas ou convidam à pirataria de jogos.

    Me pareceu que foi isso que ele quis questionar. Se eu estou enganado @Rodrigo, por favor me oriente.

    Para existir pirataria, é necessário existir uma licença proprietária para ser quebrada. Até onde eu entendi, não é essa a ideia do Ouya e sim aplicar em um console doméstico, movido a Android, as mesmas estruturas de comercialização que começam a abrir caminho no Steam, OnLive, Ubuntu e Google Play.

    As atuais estruturas de comercialização de jogos em consoles tradicionais são muito caras e pouco compensadoras para o usuário final, que ainda usam esses serviços por pura falta de alternativas. O Ouya vem preencher esse espaço. Como cliente e jogador, minha opinião é que essa alternativa já está vindo até tarde.

    Tranco meu xbox (que hoje é um sifão de dinheiro e que desde que eu tenho meu primeiro tablet já está acumulando alguma poeira) definitivamente no armário assim que o Ouya sair.

    Também não creio, mas isso não tornou menor minha intenção de esclarecer o ponto relacionado a Android também ter o Linux como kernel (que aparentemente escapa frequentemente a outros leitores), e também qual o assunto deste blog, evitando um reducionismo que frequentemente vejo ser praticado.

    Já sobre a pirataria hoje existente no modelo de comercialização escolhido para o Android, conforme apontado por um conjunto de desenvolvedores de jogos (incluindo o John Romero, da notícia), folgo em saber que você acredita que há providências que no futuro podem reduzi-la ou extingui-la caso se concretizem. Continuarei acompanhando com atenção e noticiando o que surgir.

    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 12:36 pm

    @Porfírio, foi exatamente este o ponto. Obrigado por explicar por mim :)

    @Augusto Campos, para complementar, eu sei que o assunto do blog não é só Linux, mas SL em geral. Acho que deveria ter escrito “assunto que nomeia o blog” ao invés de “assunto principal do blog”.

    Além disso, quando escrevi “o Linux usa o mesmo modelo de *instalação*”, não estava falando apenas do kernel, mas da forma como as distros normalmente trabalham.

    Para finalizar, apenas para reforçar o que o @Porfírio escreveu, é realmente de se espantar os comentários de algumas pessoas. Falta muita coerência…

    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 12:41 pm

    @Augusto Campos, só para responder o seu segundo comentário (que só vi após o envio do meu comentário anterior), talvez tenha entendido errado, achando que meu objetivo era dizer que o BR-Linux não fala mais de Linux, mas sim de Android. Quando escrevi “Para quem se esqueceu” estava me referindo aos leitores que postam comentários incoerentes com a proposta do blog (conforme expliquei na resposta anterior).

    Eu acho que Android é assunto imporante do BR-Linux por 2 motivos: 1) é software licenciado sob uma licença livre e 2) utiliza o kernel Linux.

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 12:44 pm

    Olhando por esse ângulo, @Augusto Campos, eu também achei seu esclarecimento importante.

    Também concordamos no quesito pirataria, no sentido de que há medidas a médio prazo que a possam reduzir.

    No entanto, alguns discursos tentam relacioná-la a um sistema específico, quando na verdade ela é um problema que afeta quaisquer produtos ou serviços que usem um modelo de comercialização proprietário.

    Não é comum, por exemplo, aplicativos distribuídos com o regime “Freemium” ou Ads sendo pirateados. Apps de distribuição livre financiados anteriormente por crowd funding também estão protegidos desse mal. Esses não são os únicos exemplos, mas só pra citar alguns. Eles geram receita (as vezes bem expressiva: veja o exemplo do Chameleon), mas não pirataria.

    Quando mais aberto é o seu modelo de distribuição, menos pirataria ele gera. Mas há gente tentando fazer o público acreditar no contrário, na esperança de manter seu status-quo.

    Links para comentários de desenvolvedores expondo sua insatisfação com a proporção de instalações piratas de seus jogos em outras plataformas móveis atuais serão muito bem-vindos para ilustrar!

    Rodrigo, entendi perfeitamente!

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 3:03 pm

    Sugestão aceita, @Augusto! Eu acharia que isso foge um pouco ao tema, mas se vc dá sua permissão expressa, ok:

    Distribuindo pirataria literária (afeta todos os sistemas, mas o nome do site era sugestivo)

    Achei um site de dicas sobre como baixar e instalar aplicativos piratas no iOS, mas por motivos de ética, não vou reproduzir aqui.

    Um olhar sobre a pirataria no iPhone no Brasil

    Outro olhar sobre a pirataria no iOS no Brasil.

    Um olhar sobre a pirataria global no iPhone.

    Em relação ao Windows Phone, ele ainda é tão pouco expressivo que eu não encontrei dados suficientes ainda. Mas ao pensarmos no histórico dessa plataforma no desktop, não acho que seu caminho vai diferir muito.

    Bada, MeGoo, Tizen, Symbian e outros também tem muito pouca participação no mercado para recuperar uma métrica confiável.

    Em relação a desenvolvedores reclamando no Android, na verdade o que vi foi a equipe do DT sozinha se queixando e uma legião de desenvolvedores de outra plataforma diferente fazendo muito ruído em torno disso.

    Não achei outro developer Android falando sobre isso, mas tb não achei developer de outras plataformas falando sobre o tema (enfocando a própria plataforma para a qual desenvolvem).

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 3:09 pm

    Perdão, houve um erro no terceiro link que eu postei é este aqui

    O quarto link não funcionou. Segui os outros 3 mas não encontrei a parte dos desenvolvedores expondo sua insatisfação com a proporção de instalações piratas de seus jogos em outras plataformas móveis atuais, você pode colar o trecho específico?

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 3:24 pm

    Sim, foi do quatro link que eu estava falando na errata e não o terceiro, perdão.

    O material que eu postei fala a respeito da pirataria existir em outras plataformas móveis. De fato não envolve desenvolvedores falando a respeito (embora 450 milhões de reais de perda só no Brasil seja uma estimativa bastante expressiva. Estranho que isso tenha passado despercebido aos desenvolvedores dessa plataforma).

    Logo depois eu ressaltei o fato de que, com exceção do Dead Trigger, não vejo outros desenvolvedores para a plataforma Android citando o assunto pirataria.

    Ressaltei também que achei muitas referências (é difícil fazer uma pesquisa sem tropeçar nelas) de pessoas que não desenvolvem para Android falando dele. Aproveitando o caso Dead Trigger, talvez?

    Concluí que, com uma única exceção, desenvolvedores móveis não comentam sobre a pirataria em suas plataformas.

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 3:31 pm

    Hum… Encontrei especificamente o que vc. queria, @Augusto. Está mais claro em um link dentro do texto anterior:

    http://macworldbrasil.uol.com.br/noticias/2009/11/10/pirataria-de-aplicativo-para-iphone-no-brasil-supera-60/

    Desculpe, quando comentei pensei que você tinha conhecimento do contexto do meu pedido por exemplos de comentários de desenvolvedores de jogos. Ele parte não só do caso do John Romero (do Quake e Doom, entre outros) e do Dead Trigger que você menciona, mas também de outros que mencionei recentemente, falando especificamente da relação entre cópias autorizadas e piratas de seus jogos no Android: a taxa entre cópias piratas detectadas e os downloads oficiais foi de 9:1 para o Football Manager Handheld, 98% do total para a com2uS, 70:1 no FaceFighter Gold, por exemplo.

    É a esse tipo de situação que estou me referindo, e exemplos de desenvolvedores de jogos em outras plataformas móveis apresentando testemunhos similares serão bem-vindos.

    Ainda, naquele link que você mencionou por último o que há é uma referência ai aplicativo iCantada, acho que você trocou os links antes de enviar?

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 4:56 pm

    Opa, @Augusto.

    O material que vc acha interessante é restrito ao desenvolvimento de jogos? Bem me desculpe, é que eu encarei desde o início dessa thread os jogos como sendo aplicativos como outros quaisquer.

    Vc então quer dizer que o mercado de outros apps tem uma diferença de perfil em relação aos jogos… Não tenho dados que corroborem essa noção, mas vamos assumir que seja o caso.

    Fiz uma pesquisa para a plataforma iOS (na mesma faixa de expressão no mercado que o Android) e Windows Phone (não chega nem perto das outras duas, mas algumas pessoas podem ter interesse), dessa vez restrita a jogos. Eis as minhas impressões:

    * Em primeiro lugar, me surpreendi com a quantidade de ofertas fáceis para baixar apps piratas nessas plataformas. Bem mais do que eu achei que seria: em média 50-70% das referências são para isso.

    Encontrei também evidências de que esse fato não passa despercebido aos mantenedores dos sistemas e nem pelos desenvolvedores, conforme os exemplos abaixo:

    Segundo um desenvolvedor, a pirataria de jogos no iPad é maior que no iPhone. Vladimir Roth se baseia, para essa impressão, na estima de pirataria sobre o seu jogo Aqua Globs.

    O Marketplace do Windows Phone reporta uma versão do Asphalt 5 que, além de pirata, é bastante suspeita.

    Parei a pesquisa por aí, pois acho que pude confirmar o que eu já desconfiava: a pirataria não escolhe plataforma. Basta haverem desenvolvedores fazendo e clientes comprando (ou não). Acredito que uma procura mais exaustiva encontre mais exemplos interessantes e/ou expressivos.

    O caso do iCantada é o mesmo daquele link que falhou e eu corrigi, lembra? É este: http://macworldbrasil.uol.com.br/noticias/2010/01/14/prejuizo-com-pirataria-para-iphone-pode-chegar-a-us-450-milhoes. Dentro deste artigo há um link para o documento que cita o iCantada.

    (porque alguém se daria ao trabalho de piratear isso, bom Deus?)

    Como me interessei pelo assunto, talvez encontre mais material a respeito e, se houver tempo antes da thread fechar, contribuo aqui.

    Sim, a sua análise e opinião eu já conhecia em linhas gerais por ter visto em comentários anteriores, assim como conheço a do John Romero e a dos desenvolvedores dos outros jogos mencionados, que é específica sobre o assunto que tenho em mente, que é o impacto da pirataria sobre os desenvolvedores de jogos nas plataformas móveis, no contexto mencionado na notícia.

    Se no futuro, caso voltemos a tratar por aqui da situação atual dos desenvolvedores de jogos que vêm se manifestando com relação à pirataria no Android, você tiver alguma referência sobre manifestações similares de desenvolvedores de jogos a respeito de outras plataformas móveis, será um prazer recebê-los e até mesmo incorporá-los a futuras notícias.

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 5:56 pm

    Eu tinha postado uma outra nota que podia ser útil, sobre o caso Aqua Globs, em um link mais esclarecedor, mas algo aconteceu ao postar o comentário, ele sumiu :(

    Ok, vamos continuar acompanhando esse assunto. Sabendo que vc se interessa em dados sobre outras plataformas, posso compartilhar o que eu conseguir levantar sobre isso.

    O meu interesse existe na medida da afirmação que você fez de que concordava comigo sobre o que eu falei quanto aos efeitos da pirataria quanto aos desenvolvedores de jogos para Android, mas complementou com “No entanto, alguns discursos tentam relacioná-la a um sistema específico, quando na verdade ela é um problema que afeta quaisquer produtos ou serviços que usem um modelo de comercialização proprietário.”

    Os discursos falando sobre o dano percebido pelos desenvolvedores de jogos com relação à pirataria na plataforma Android têm mesmo sido frequentes, e divulgados diretamente peloas desenvolvedores afetados. Trata-se de situação relevante, e bastante indesejada, na minha opinião.

    Entendi que ao dizer que se trata de problema que afeta “quaisquer produtos ou serviços que usem um modelo de comercialização proprietário”, você talvez soubesse de manifestações similares de desenvolvedores de jogos para outras plataformas móveis.

    Agora vejo não ser o caso (você não tinha conhecimento das manifestações que supus que tivesse), e o interesse naturalmente está extinto, já que a causa foi superada. Entretanto, caso essas manifestações similares de desenvolvedores de jogos para outras plataformas móveis venham a surgir no futuro próximo, ficarei em recebê-las como sugestão de notícia (caso tenham relação com o tema do BR-Linux) ou por meio do meu e-mai, que você tem, para consideração.

    self_liar (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 6:24 pm


    Gostaria que um dia me mostrassem os números, pois sempre falam em lucros absurdos, mas esquecem o que os estúdios gastam em P&D e mesmo os fabricantes de hardware com os subsídios iniciais. Outro ponto é que se o retorno fosse tão grande, porque nos últimos anos diversas empresas fecharam suas unidades?

    Oh não tenho dados ,mas pegando o Halo3 ,mesmo gastando 100 milhões no desenvolvimento.Acredito que não já que se reusa coisas antigas e não acho que chegue a um ponto de gastar o equivalente ao gta 4 .Ele na primeira semana já ganhou 300 mi ,so com a venda de cópias.Vamos esquecer quaisquer extras aqui.O usuário neste momento não ganha nada comprando um halo original em retorno.

    E não vou falar os retornos gigantes que os antigos consoles ganharam como por exemplo o final fantasy no qual a squaresoft cresceu muito.

    self_liar (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 6:25 pm

    Ah esses 300 mi foi em uma semana.

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 6:58 pm

    @Augusto, meu interesse por incidência de pirataria em outras plataformas também não existia até vc mencionar.

    Por que? Devido ao fato de que eu não precisava de links para apoiar minha percepção de que para haver pirataria é necessário haver uma licença proprietária para ser quebrada (como já citei). Ou seja: me apoiava então em puro senso comum.

    Quem já viu comentários anteriores de minha parte deve lembrar de que eu detesto citar links. Eles se baseiam na ideia de que, se está na internet, deve ser verdade. E esse é o grande sofisma moderno. A rede não substitui o bom senso e a lógica, e acho que ela não foi feita para isso. Para mim, tudo o que aparece nela é factóide até que se prove o contrário.

    Mas quando vc perguntou por ocorrências em outras plataformas e citou que confiaria em links, me interessei em procurá-los. E eles existem e em quantidade muito mais do que suficiente. Só não citei tudo o que encontrei, que equivale ao dobro do que foi comentado, para evitar ser chato demais. E porque… bem, detesto citar links.

    Sendo assim, reitero a minha posição que vc citou:

    “No entanto, alguns discursos tentam relacioná-la a um sistema específico, quando na verdade ela é um problema que afeta quaisquer produtos ou serviços que usem um modelo de comercialização proprietário”.

    Nada nas evidências que vc tão prontamente solicitou me deu qualquer indicação do contrário.

    Sim, a sua opinião eu já conhecia, assim como já conhecia a do John Romero e dos outros 4 desenvolvedores de jogos para Android citados mais acima, que apresentam sua observação direta sobre a forma como o fato os afeta.

    E se você tiver referências de desenvolvedores de jogos para outras plataformas móveis se queixando da situação de pirataria que os afeta nelas, permanecem sendo bem-vindas, pelos canais que indiquei, caso queira trazê-las a meu conhecimento.

    Caso contrário, prossigo tendo o conhecimento daquelas que se relacionam aos desenvolvedores de jogos para Android, e permanece convalidada a impressão de que não tem havido quantidade similar de manifestações no mesmo sentido partindo de desenvolvedores de jogos para outras plataformas móveis.

    Porfírio (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 7:33 pm

    Não tenho interesse em mudar suas opiniões, @Augusto. Apenas em demonstrar que elas não são a única alternativa.

    E em relação à “quantidade similar”, ficou prontamente demonstrado de que discordamos veementemente em relação a esse ponto. A mídia é tendenciosa em lançar os holofotes para um ponto e esconder os outros em sombras, e a minha visão de ingenuidade é olhar apenas o que está sob o foco de luz.

    Entre todos os outros FUDs que ganham a moda por aí, mais esse mote da vez: “Android, plataforma de piratas” também está errado. E a vontade de 1 ou 100 autores de blogs podem mudar o foco de luz, mas não o palco.

    No futuro, se eu julgar que qualquer contribuição de minha parte venha a ser produtiva para seu blog e que vale a pena usar o canal citado, não deixarei de contribuir.

    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 31/07/2012 às 7:48 pm

    Nossa, eu achei esta situação do Augusto com o Porfírio totalmente desnecessária. Porfírio, me desculpe, mas não sei como você não viu desde o início que era pura provocação. Talvez agora que ficou claro, você esteja pensando a mesma coisa…

    Vou falar que, em todos estes anos acompanhando o BR-Linux e a área de comentários dos artigos que mais me interessaram, esta foi a primeira vez que vi algo parecido. Quase sobrou para mim também, mas o Porfírio me ajudou. Pena que não pude ajudá-lo também, pois só li esta série de comentários lamentáveis depois do desfecho.

    Talvez seja hora de tirar o BR-Linux do meu Google Reader…

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