Portar softwares de código aberto para Windows ou não?
Minha opinião é que quanto maior o número de usuários com acesso a softwares de código aberto nas plataformas que usam, melhor vai ser cumprida a proposta do código aberto de oferecer seu nível de qualidade, flexibilidade, menor custo e o fim do lock-in predatório praticado por parte dos proponentes do modelo proprietário.
Enviado por Péricles Luz (pericles·luzΘgmail·com):
“Felix von Leitner, desenvolvedor responsável por alguns projetos no Advogato.org, decidiu pedir há alguns anos que não portassem softwares de código aberto para Windows. Apesar do ritmo lento, é crescente o número de desenvolvedores partidários desse ponto de vista. Mas será que isso é realmente tão danoso assim ou há casos justificáveis? Leia mais e dê sua opinião!” [referência: dascoisasqueaprendi.com.br]
• Publicado por Augusto Campos em
2011-02-21
Se mais usuários usassem soft livre no windows, uma futura migração seria mais fácil pois já estariam acostumados com tais aplicações.
Acredito que, se softwares de código aberto não forem portados pra Windows, os usuários de software livre vão acabar cada vez mais se isolando. Vai ser praticamente como os formatos proprietários – mas agora vão ser os nossos que vão ser ‘Linux-only’.
Se um desenvolvedor não quer portar, o que pode haver são ports não-oficiais, feitos pela comunidade.
Meus R$0,0199.
Esse é o tipo de radicalismo totalmente desnecessário.
Afinal, como o nome diz, é software livre, logo é livre para todos.
PS.: portar software é osso, viu!!!!!
Sou daqueles que acha a liberdade não pode limitar… por mais que seja trabalhoso portar uma aplicação para outra plataforma, se o desenvolvedor resolver fazer esse port então que façam, acho vantajoso ver o software livre disseminado por diversas plataformas, pois só mostra a força do universo open source.
Vide o caso ridículo do VLC Player [...]
Muitas empresas para cortar gastos já usam OpenOffice (LibreOffice)
Quando um músico ou uma banda grava uma canção, a intenção é que ela seja ouvida por mais e mais pessoas.
Ainda vejo software como arte, como música. Ele é feito para ser usado. Não concordo com limitar o uso de uma software, seja livre ou proprietário, a determinada plataforma.
No meu caso não importo muito com qual S.O estou usando, pois o importante é ter os aplicativos que estou acostumado. Não importa se o firefox está rodando no windows ou MacOS.
Desta forma, portar softwares livres de qualidade leva aos usuário mais opções de uso e fazem com que uma futura migração de S.O seja menos trabalhosa.
Resposta correta: sim.
Independente da plataforma.
Não é porque o sistema é fechado que não se deve portar aplicativos abertos.
Não fazer isso é o mesmo que trocar seis por meia dúzia. Para quem quer migração, é obrigação. Para quem quer liberdade, é obrigação também (afinal mantém a libredade do usuário usar o sistema que quer com os programas livres ou não que ele optou). Vai do desenvolvedor a preferência dele optar pelo suporte a apenas algumas plataformas. Há muito software aberto e/ou livre que só existe para Windows e que gostaria de ver no GNU/Linux we Mac por exemplo.
Gosto de usar software livre desde o sistema operacional, no entanto, na medida em que houver mais softwares livres e que os existentes já amadureçam ainda mais, naturalmente o usuário enxergará se realmente há vantagens.
Perguntas como essa logo num título, são desnecessárias.
Uma coisa chata que vejo é o caso do songbird, por exemplo. Como haviam poucos usuários no linux, resolveram que só manteriam a versão para windows. Isso pode acontecer com outros também.
Como assim “estarão mais acostumados”?
Usuários normais não estão nem aí se tal sft é livre ou não. Eles querem programas que funcionem e que seja de graça.
Coloque uma coisa na cabeça: computador é uma simples FERRAMENTA.
Nada mais que isso.
A pior coisa é transformarem isso em ideologia.
Se vocês olharem o texto original vão ver que o autor estava tratando de softwares de segurança e aplicações do tipo. Ele cita ficar corrigindo erros do sistema operacional.
Pra esse tipo de aplicação não tem esse fator do usuário ficar se acostumando com ela.
Para outras como open office não se aplicaria o apelo.
Acho isso importantíssimo, pois somente dessa forma os usuários poderão conhecer os aplicativos e começarem a perder o medo de portar de plataforma como um todo. Dessa forma os usuários poderão ter os mesmos programas para ambas plataforma, onde aos poucos o sistema operacional deixará de ser a peça fundamental fazendo com que os usuários debandem para o Linux.
Não concordo muito é com o argumento dele.
Se a gente ver, o Apache é superior ao IIS. Porém se o kra usa o IIS ele provavelmente usa SQL Server, ActiveDirectory, MS Exchange Server, Terminal Service e mais uma pacanda de coisa.
Nesse caso ninguém vai trocar todas as ferramentas só pq o Apache é melhor que o IIS, sendo assim a existência do Apache aumenta a comunidade de usuários Apache sem diminuir a comunidade de usuários GNULinux.
Porém não podemos negar que é muito trabalhoso portar um software de um lado para o outro.
Nesse caso não acho que seja útil o desenvolvedor ficar limitando features ou deixando de trabalhar no GNULinux para portar para Windows, pois nesse caso a comunidade GNULinux sairia perdendo.
Mas se alguém quiser portar, que porte, vai ajudar muita gente sem prejudicar outras (na minha opinião).
@iss86, pode não importar se é livre ou não, mas o usuário ficaria bem mais feliz se não precisasse reaprender tudo o que já sabe quando mudar de S.O.
Acho que não existe resposta certa ou errada pra isso. Portar pode ser muito trabalho e não gerar ganho nenhum, e o contrário também pode ser verdade.
Ai vale lembrar que, como é sl, ninguém precisa esperar os desenvolvedores oficiais “se coçarem”.
Portar pode ser difícil, principalmente em programas que foram feitos pensando apenas numa dada plataforma, usando ferramentas e bibliotecas que só se aplicam à dada plataforma. Portar é mais fácil e quase automático quando o desenvolvedor resolve usar linguagens mais universais, ferramentas multiplataformas e sempre utilizando os padrões. Mas isso não ocorre nem mesmo em 5% dos casos. É mais fácil e lucrativo fazer algo focado em uma plataforma, feito de qualquer jeito porém funcional do que algo bem elaborado e que abrangeria mais plataformas.
Totalmente desnecessário.
Usuário de Windows quer piratear ou crackear. Virou vício.
Usuário de Windows tem outra visão.
Um programa de código aberto na mão dele, vai ser como dar uma alface para um cachorro e um pedaço de atum para um canário…rs
Pergunte quantos deles preferem usar o LibreOffice no lugar do Office 2007 comprado no camelô.
Esse pedido é uma tremenda burrada. Tem mais que portar sim, sob pena de isolar os usuários de outros SOs que não Windows.
Lembrando que o SO é “apenas” uma camada, com a qual o usuário mortal nem vai interagir! Quem populariza o SO para o povão, sao os softwares utilitarios e cia, e não apenas so o SO.
@Mr. Isaac,
Esse retrato é válido para a grande maioria que quase é válido generalizar, porém…
Conheço alguns que pagam pelo que usam e desconfiam quando é grátis ou não faz parte de uma oferta da empresa do software.
Isso que falei é o retrato descrito de um pequeno seleto grupo de usuários.
Se por um lado a existência de softwares livres populares como o firefox, libreoffice, VLC e outros citados facilita uma futura migração do usuário para software livre e cada vez diminui mais os argumentos de se manter no windows por causa de aplicativos, por outro também dá facilidades e motivos aos PREGUIÇOSOS e que não estão nem aí para a filosofia do software livre NÃO MIGRAR para sistemas operacionais livres como o linux.
É o caso por exemplo do MacOS X hoje em dia. Como ainda há muito mais softwares livres portados para MacOS X por causa da maior facilidade de adaptação, vejo com preocupação o número crescente de pessoas que trocam o linux e BSDs por Macs justamente porque os Macs permitem usar quase todos os softwares livres disponíveis e ainda permite o uso de aplicativos proprietários do MacOS X.
O caso do windows é mais complicado porque o usuário de windows típico não entende e nem se importa com o conceito de software livre, é preguiçoso demais ou não tem capacidade para usar softwares livres (que tendem a ter muito mais opções de configuração, menos wizards e uma predominância de uso de linha de comando). É o caso do BrOffice/OpenOffice no windows p.ex., que apesar de disponível, gratuito e fácil de instalar, continua pouco usado (a não ser por pessoas que também usam linux ou por políticas da empresa/instituição).
Resumindo: a minha opinião é a de que se deva portar softwares populares e que facilitem a migração no sentido sistema proprietário->sistema livre, mas portar tudo ou a grande maioria dos softwares livres age no sentido contrário, favorecendo os sistemas operacionais proprietários.
Vocês se lembram das 4 liberdades oferecidas pela GNU GPL?
1ª: A liberdade de executar o software, para qualquer uso.
2ª: A liberdade de estudar o funcionamento de um programa e de adaptá-lo às suas necessidades.
3ª: A liberdade de redistribuir cópias.
4ª: A liberdade de melhorar o programa e de tornar as modificações públicas de modo que a comunidade inteira beneficie da melhoria.
Alguém está vendo aí alguma restrição o quanto à plataforma?
Em todo o caso, acredito que o Tux SEMPRE deva ser priorizado! &;-D
Ninguém se lembra do pedido de ajuda que a Microsoft fez aos desenvolvedores do Blender? O primeiro e-mail de resposta foi tão rechaçador que toda a comunidade de desenvolvedores desistiu da ideia. E o argumento principal foi este:
Ora, uma coisa é fazer um software que funcione com OpenGL, bibliotecas multiplataforma, suporte a formatos abertos de messageria… Outra coisa é fazer softwares livres que se utilizam intensivamente de um recurso que só existe em uma plataforma proprietária (como o Firefox).
É bom que existam softwares livres funcionando no Windows, no OS/2, no z/OS e em todos esses SOs com API fechada (ou parcialmente aberta), mas não é bom que esses softwares tenham seu melhor desempenho justamente com o auxílio de componentes proprietários. O desenvolvedor é livre para fazer isso mas, ao fazê-lo, está condicionando os seus usuários a “direcionarem” sua liberdade para certo ambiente (ou situação). Com isso, a liberdade do software acaba virando uma simples ilusão de “transparência”.
“vejo com preocupação o número crescente de pessoas que trocam o linux e BSDs por Macs”
Eu vejo que os usuários de Linux(Ubuntu) gostam muito do primo Mac e até o Mark Shuttleworth disse que a meta é ultrapassar o Mac.
Quem dera Bill Gates, Steve Ballmer, Steve Jobs e outros concordassem contigo, mas não concordam, pois usam de suas plataformas de computador para alavancar ideologias mercantilistas, digitalmente opressoras e de limitação de uso de software como produto. Ou você não acha que isso também é ideologia?
Em outras palavras, “software como instrumento” é um argumento insustentável e ingênuo para hoje em dia. Podia perder mais tempo falando das apresentações suntuosas e altamente ritualizadas da Apple, dos “press-releases” socialmente arquitetados da Microsoft, da apresentação de um software sempre como uma ‘caixinha’ (bem escasso, diga-se de passagem) e outros truques ideológicos, mas tenho esperanças que consiga ver por si mesmo.
Sobre o artigo:
Sinceramente, por que todo mundo resolve dar a sua própria opinião desvinculada dos argumentos apresentados? Parece até que são argumentos fortes demais pra serem atacados. Exemplo? O primeiro argumento apresentado:
“Windows é um ambiente proprietário. Eles não lhe dão o código fonte e fazem tudo o que podem para limitar sua liberdade. Eles ainda tentam limitar o que você pode fazer com o software que comprou legalmente. Então, ajudá-los de qualquer modo é ruim para o mundo porque encoraja outros a tentarem limitar a liberdade das pessoas.”
Por que em todos os comentários anteriores ao meu ninguém respondeu a esse argumento? Nem que fosse dizer algo como “Isso não é totalmente verdade, o SO proprietário não pode restringir tudo, eles têm que conquistar o mercado e pra isso têm que se abrir” — não que esse seja um argumento bom mas pelo menos ataca um dos pontos do discurso do cara.
Todas as respostas que eu li só teceram novos pontos. Em minha opinião, fracos demais pra fazer contraponto aos fortes motivos apresentados para não portar software para Windows e outros SOs proprietários.
Vamos parar de ignorar o discurso alheio e responder? Estou pedindo ao pessoal que quer defender o ponto de portar para os sistemas proprietários.
Também acredito que o SL tem muito mais a ganhar que a perder se for portado pra várias plataformas.
Já fiz migração de SO em empresas e é muito, muito menos resistente entre usuários que já conhecem o OpenOffice e Firefox do que os usuários que precisam reaprender todas as ferramentas.
Claro que pode existir alguns que acomodem e ficam no Windows, mas mesmo esses com o tempo vão passar a ver os outros SOs com menos estranheza, já que terão um “porto seguro” com alguns softwares que já conhecem.
Mais um comentário ignorando os argumentos! Não que não teça um ponto válido (do “porto seguro”) mas onde está o balanço entre os pontos contra e a favor? Fica escondido do discurso.
Pra mim, fica parecendo que quem defende portar os softwares para ambientes proprietários está fazendo um “julgamento seletivo” ignorando os argumentos contra e considerando somente os a favor. Não devia ser assim, a conclusão deveria ser encontrada com o balanço de todos os pontos!
Concordo com a Opinião do @Amarok
É muito melhor usar softwares livres em um sistema proprietário do que um software proprietário num sistema proprietário. No entanto,a parte que as pessoas pecam ao portar/instalar softwares livres é não aconselhar o usuário sobre a liberdade de software .Se não for aconselhado ,ele nem vai saber que aqueles softwares são livres e vai desinstalar quando achar mais conveniente.
Muitas vezes que eu instalava programas nas máquinas dos usuários eu aconselhava sobre o software livre.
Vocês fazem isso?
Tem software que faz sentido portar… Firefox, por exemplo. LibreOffice também faz sentido. Agora, PHP, MySQL e Postgres, por exemplo, não sei até que ponto é bom. No final o que se tem é um bando de retardados que não sabem bulhufas de software gerenciando servidores como se fosse um desktop. Além de me obrigarem a utilizar servidor windows pra rodar sistemas em PHP.
Veja meus comentários abaixo:
http://br-linux.org/2008/microsoft-php-e-codigo-aberto/#comment-29498
http://br-linux.org/2008/microsoft-php-e-codigo-aberto/#comment-29606
http://br-linux.org/2008/microsoft-php-e-codigo-aberto/#comment-29662
Nos casos intermediários, se o cara tem disposição pra gastar o tempo dele pra portar software pra rodar nessas plataformas de segunda categoria… eu não aconselho, mas se ele quer muito…
eu tbm sou favorável à interoperabilidade, mas queria só colocar alguns casos que fogem desse principio:
1)final cut+mac.:muita produtora de video usa mac na ilha de edição por causa do fc.
2)o Maya, software 3D, sustentou a SGI por um bom tempo, aí veio a versão windows e a plataforma começou a definhar, idem a discreet, ambos hoje pertencem a autodesk. Claro que a plataforma de hard da SGi não quebrou por causa do maya, mas…
Os americanos tem uma expressão “killer-app” que é a aplicação que lhe faz comprar um hardware ou aderir a uma plataforma, no FOSS não se pode ignorar isso e ficar na bobagem de dizer que uma distro é feita de desenvolvedor para desenvolvedor.
no momento penso que a killer-app do GNU/linux é a imunidade a virus, e só.
@Patola:
Eu volto ao exemplo do Blender que citei acima: o software deles funciona no Windows da mesma forma que funciona em todos os outros ambientes que os desenvolvedores suportam, usando as mesmas bibliotecas utilizadas em um e outro sistema, sem favoritismos (e os próprios desenvolvedores negaram ajuda da MS – que tornaria o programa melhor no Windows que nas outras plataformas). A intenção do projeto não é produzir um software “para Windows”, e sim desenvolver um software que funcione bem, independente da plataforma escolhida pelo usuário.
E não vejo como algo bom um software livre funcionar somente em uma plataforma de software livre (vide o exemplo do XFCE que, a partir da versão 4.8, não funciona mais nos *BSD). Um software livre não precisa necessariamente se prender a um kernel ou a um padrão de SO (como o POSIX). O mundo do SL é bem maior que o Linux.
No mais, todo software que funciona no Windows tem o potencial de funcionar no ReactOS (que, apesar de lento, está melhorando gradativamente).
Correção: na última frase (entre parênteses), leia-se:
“que, apesar de ter um desenvolvimento lento, está melhorando gradativamente”
Acho cada caso é um caso. Se o sucesso da sua aplicação depende da quantidade de usuário que possa conseguir, muito bem, tente deixar ela disponível ao maior número de usuários.
Agora tem muito software, que pela qualidade e pelo retorno que ele pode lhe trazer, o fato de não rodar na plataforma que está habituado a usar, é o que menos importa (Apache, alguns DBs opensource, kvm…). Se alguém quiser usar ele numa plataforma ainda não contemplada, que se dê ao trabalho de portá-lo então.
Se o software é opensource, é bom, e tem demanda de uso em algum ambiente, querendo ou não, vai surgir alguma versão ou meio de rodá-lo nesse ambiente.
Vou cometer o erro que o Patola indicou: na minha opinião, todo software deveria ser funcional no máximo de plataformas disponíveis. Por exemplo, o Linux funciona em praticamente todas as arquiteturas de processador 32 e 64 bits que existem. Acredito que as pessoas não poderiam depender de uma ou outra arquitetura para usarem seus softwares favoritos. Da mesma forma, um software multiplataforma me atrai muito mais que um que só funcione em outra, principalmente quando usa a mesma base de código em todas estas plataformas.
Sim, é muito comum vermos empresas de software proprietário que “portam” software para Linux e outros Unixes criando uma árvore de código distinta daquela usada no Windows. Isso pra mim não é um port bem-feito. Port bem-feito é aquele programinha que vc baixa no sourceforge e consegue compilar tanto no Linux, Mac, Windows, Haiku… (e a lista se estende…). É por isso que a versão do Skype para Windows e Mac está anos luz à frente da versão Linux. A versão Linux é inferior. Não por causa do Linux, mas por causa da empresa desenvolvedora. Bases de código distintas causam isso.
Em se tratando de software livre/open source, creio que seja mais difícil criar softwares mono-plataforma do que sistemas multi. Isso pq boa parte das bibliotecas e “componentes” que temos são multiplataforma.
Por exemplo, quem programa em C++ pode abstrair boa parte das coisas do SO com bibliotecas como o Boost e Qt. Neste caso, escrever código específico de plataforma muitas vezes não é necessário (algumas vezes sim), pois você acaba tendo um arsenal bem grande de componentes ao seu dispor.
Conheço poucas aplicações para Linux que não funcionam em Windows. Eu, graças à Afrodite, não preciso mais usar Linux nem em casa nem no trabalho (já que trabalho desenvolvendo pra Linux, mesmo que não software livre), mas pouco do que escrevo é específico para esta ou outra plataforma.
É claro, se vc desenvolve software (livre ou não) baseado em plataforma proprietária (.net/delphi/asp, etc), aí fica complicado criar ports para outras plataformas que não Windows. O mesmo vale para Objective C no Mac.
Um software que especificamente foi feito para não funcionar em Windows é um software mal-feito. Isso pq com boas técnicas de programação é possível escrever software que consiga abstrair a camada do SO de forma que ports sejam fáceis de serem implementados (pois é muito melhor deixar os #ifdefs da vida consentrados em poucos arquivos do que no programa todo).
Outra coisa que pode contribuir para um software não-portável é a utilização de sistemas de automatização de compilação mal-feitos. Gente, o que eu já vi de programadores (não me peça para nomeá-los) que escrevem manualmente seus Makefiles com coisas específicas desta ou de outra distro ou SO….
Acho que um desenvolvedor não é obrigado a portar para que plataforma que seja, mas acho besteira criar restrições que impeçam que sejam feitas.
Do ponto de vista “ideológico”, não vejo problemas com software livre em plataformas proprietárias. Creio que ver softwares livres multiplataforma rodando em Windows demonstra mais o potencial do código aberto, que pode servir de atrativo à migração para sistemas abertos, do que algo negativo, que vá afastar o usuário deles.
Argumentos, argumentos.. quantos argumentos!
A questão principal é: o software é LIVRE. Se alguém quer portar, que porte. Se não quer, que não porte… e ponto. Ninguém é obrigado a fazê-lo, ninguém é obrigado a não fazê-lo.
Não há o que discutir ou argumentar. Se deixou livre, livre está.
Se alguém acha que não deve ser feito de forma alguma com o seu software, é só tirar aquela parte da GPL que exclui bibliotecas de sistema e compiladores da obrigatoriedade de terem código fonte livres. Aí, o software só poderia rodar em sistemas que tenham as bibliotecas básicas do SO e compiladores compatíveis com a GPL. Problema resolvido.
Cá entre nós, acho muito melhor fazer o que se acha certo do que ficar dizendo o que os outros o que eles devem fazer – ou deixar de fazer. Afinal, a liberdade individual está aí justo para esse propósito.
E, por enquanto, é isso.
O que eu acho mais importante discutir aqui não é a simples dificuldade de portar software livre para outras plataformas,pois isso é mais fácil do que no software fechado.
Infelizmente não acho que seja uma grande prioridade portar software para todas as plataformas .Na minha opinião somente para os sistemas mais populares. As empresas de software proprietário por exemplo não tem muitas preocupações em portar para plataformas abertas e nem dão possibilidade para outros portarem.
Ficar dando muita prioridade a portar software para outras plataformas sem um mínimo de retorno não é eficiente .Na minha opinião portar software deveria ter algumas metas como conscientizar a valorizar o software livre (poucos softwares aconselham) e atrair mais usuários para o modelo de software livre se aproveitando da popularidade da plataforma.