Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


OpenCores arrecada doações para produção de chip de baixo custo

Enviado por João da Silva (joaosilva75Θgmail·com):

“A OpenCores, uma incubadora similar à SourceForge para projetos de hardware livre, está em busca de doações para implementar um SoC (system on a chip) de baixo custo incluindo seu projeto de processador mais antigo e sólido, o OpenRISC, e controladoras VGA/LCD, Gigabit Ethernet, USB, PCI, DDR2, dentre outras.

O investimento inicial para a fabricação de um chip é bastante elevado, motivo pelo qual apenas grandes corporações conseguem comercializá-los a baixo custo. A idéia da OpenCores é obter esse investimento inicial da comunidade, por meio de doações. Desta forma, pretendem produzir o primeiro chip livre de baixo custo, totalmente projetado e financiado pela comunidade.” [referência: opencores.org]


• Publicado por Augusto Campos em 2011-04-30

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 30/04/2011 às 5:08 pm

    Lembrei-me de uma notícia deste blog sobre o projeto Open Graphics. Nos comentários o pessoal cita sobre a importância de existirem padrões abertos de hardware, e um caso de sucesso no ramo da telefonia. Recordar é viver o/

    Mas, se a CEITEC (a empresa pública de processadores do Governo Federal) topasse em apoiar o projeto OpenCores, economizaria um bom investimento na modelagem dos processadores e, de brinde, poderia fazer um marketing positivo do “hardware aberto”, criando uma imagem de “politicamente correta” que a ajudaria a abocanhar uma parte do mercado de “integradores de processadores”.

    Eduardo Veiga (usuário não registrado) em 30/04/2011 às 6:36 pm

    seria um sonho se a ceitec topasse apoiar o opencores *-*
    acho MT dificil algo assim acontecer mas daria todo o apoio

    Edson Sanchez (usuário não registrado) em 30/04/2011 às 7:34 pm

    Concordo com os srs., sera muito difícil a CEITEC ter a feliz e brilhante idéia de apoiar um projeto tão fantástico e importante como este da OPENCORES. Seria uma atitude e um projeto de trabalho BRASIL/CEITEC, fantástico e super promissor(pois no mínimo teríamos SOCS imdustriais de controle e automação por 1/10 do preço dos atuais, só isto representa um lucro em redução de custos destes sistemas da ordem de DEZENAS DE MILHÕES de DÓLARES/ANO para as empresas que usam tais sistemas em suas linhas de produção, aliado a isto some-se um LINUX dedicado e se tem um sistema a prova de invasão e infalível!; e teríamos também um ótimo sistema multimidia embarcado em nossos carros MADE IN BRAZIL FOR WORD!). E claro que o uso mais interessante para tal SOC seria em gadgets( cel phones, netbooks, E-READERS, GPS, etc). Simplesmente MARAVILHOSO! Poderiamos fazer uma campanha pela internet, divulgando tal empreitada da OPENCORES, no TWITER(da samsung, da cce, da philips, da COPES, da USP-SÃOCARLOS, da usp automação industrial, etc). Vocês que são da area de eltronica e informatica e programação tem voz ativa para chamar a atenção das grandes universidades e entidades da informatica em nosso país, tevem tentar que os grandes interessados neste projeto, se unam a OPENCORES.

    tereso@tereso.com.br (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 6:23 pm

    Pura perda de tempo… Quem vai conseguir competir com as grandes fabricantes do mercado, intel e amd?

    Podiam usar este tempo para coisa mais fácil e retorno mais rápido.

    Marcos (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 10:21 pm

    @tereso falou por mim. Isso é investimento de bilhões, pedindo esmola pras pessoas não vão conseguir chegar nos valores nem pra começo.

    Tanto que até agora todo mundo achou lindo a ideia mas ninguém se candidatou a contribuir.

    O mais triste é falarem em 1/10 dos preços atuais, como se o custo de produção fosse tão baixo e as margens de lucro da Intel, Samsung, IBM e AMD fossem tão altos. Além do mais, o custo é diluído pela quantidade, como é que essa empresa vai conseguir escala pra isso?

    Renan (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 11:01 pm

    No Slashdot tá rolando uma discussão bem interessante sobre isso.

    “[...]I don’t think this project can be done on commercial terms.

    This is a nice idea, but there are a few serious problems with it: [...]”

    Sinto muito jogar um balde de água fria, mas a ideia não me parece tão viável assim. Fabricar chips não é que nem desenvolver software, que pode ser feito em casa e sem precisar de equipamento especial.

    Copernico Vespucio (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 11:21 pm

    @Marcosalex:
    Sim, eu acredito na produção de processadores fora dos grandes fabricantes para suprir, por exemplo, o mercado nacional que taxa o que vem de fora mas não faz nenhum equivalente interno (Brasil, Índia, pra citar alguns países que seriam beneficiados).

    Não tenho certeza de que seja necessário projetos novos, a extinta Sun deixou vários projetos de cpu sob licenças abertas. Basta aperfeiçoar e baratear as técnicas de produção.

    Mas essa não é a questão. Quero refutar a idéia de que os preços do oligopólio de processadores tem algo a ver com «escala», «custos de produção» ou coisas semelhantes. A formação de preço nesse sentido visa maximizar o lucro equilibrado com o volume de venda de cada categoria e as perdas.

    O custo de produção de um chip, mesmo sem volume, é mesmo bastante inferior ao preço de rua. E ao pagar esse preço para capital estrangeiro, lá se vão as divisas…

    A médio prazo, governos como o brasileiro evitariam a perda de milhões anuais em divisas e gerariam empregos ao trabalhar sob protótipos de chips livres, assim como os chineses fazem dinheiro com chips piratas (que, aliás, a gente compra aos montes).

    É um investimento válido. Não para pessoas físicas, claro (e é aí que mora o erro), mas para os governos aos quais essas pressoas pagam impostos.

    João (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 11:42 pm

    Não existe projeto novo nenhum aí. Os projetos que estão sendo propostos de ir para esse chip já existem faz tempo e funcionam bem. Muita gente usa em FPGA, e alguns já usam em ASIC. Ou seja, o projeto já está pronto e já é aberto.

    A proposta é justamente mandar fabricar o chip. Quanto aos custos, se o cara que comentou nesse link do Slashdot tivesse lido o FAQ, teria visto que 750K é justamente o custo previsto pela equipe da OpenCores no caso do processo mais caro que eles tem em mente. Eles tem em mente também outros processos de fabricação, mais baratos, caso não consigam arrecadar dinheiro suficiente. Quanto a “non-recurring engineering costs”, bem, no FAQ também diz que a equipe deles é composta por engenheiros experientes, que já trabalharam em projetos de ASIC usando cores da OpenCores, e que farão esse trabalho de forma voluntária. Portanto o que eles precisam pagar são as máscaras.

    Se a CEITEC apoiasse e oferecesse um preço camarada para as fornadas, seria legal, mas a CEITEC começou agora e não sei se eles já estão maduros o suficiente pra isso.

    João (usuário não registrado) em 1/05/2011 às 11:49 pm

    Outra coisa: Não tem sentido nenhum comparar esse chip com os fabricados pela Intel e pela AMD. Nem ao menos pela IBM e pela Samsung. Seria mais prudente comparar com Freescale ou NXP. E a questão não é simplesmente competir em custo. O que eles querem é que o custo seja baixo independente do volume comprado, já que o investimento inicial será arrecadado por doações. Com isso são beneficiados os hobbystas e também as pequenas empresas. Além disso tem a questão de ser um projeto 100% livre e 100% controlado pela comunidade.

    André Luiz (usuário não registrado) em 2/05/2011 às 1:35 am

    @Copérnico Vespúcio

    Sim, a produção de processadores fora dos grandes fabricantes é interessante porque cria mais concorrentes no mercado e, quanto mais concorrentes, mais opções de compra, melhores preços, etc.
    Sim, não é necessário (apesar de louvável, um bom exercício) criar-se um projeto novo com licença aberta. Basta aproveitar um existente e economizar tempo e neurônios com problemas, concentrando esforços nas melhorias.
    Não, o problema do Brasil não será resolvido com reserva de mercado. Isto já ocorreu e cá estamos. Quanto a isto, o governo tem um papel mais importante e estratégico: fomentar um ensino superior de qualidade, aumentar recursos para pesquisas e estimular as empresas que se interessem por esta atividade.
    Sim, o custo de produção dos componentes é alto: o grau de integração, pureza da matéria-prima, estrutura dos laboratórios, capacitação técnica, pesquisas, etc, falam por si. Se fácil fosse, o número de concorrentes seria maior. Se fácil fosse, os fabricantes de outros circuitos integrados (centenas, talvez milhares) estariam disputando neste mercado. E a referência é sobre produtos de qualidade. Se não for, utilize um pirata(ninguém bate os chineses em preço).
    Sim, o volume de componentes garante sim um melhor preço. E isto é óbvio: sempre é melhor produzir tendo a certeza de vender. Principalmente pelo grau de especialização destas unidades de produção. E não se pode afirmar nada sobre a margem de lucro de qualquer empresa sem seu resultado financeiro. Principalmente porque a informação mais importante sobre isto(ou seja: o quanto de fato se ganha por unidade) é estratégica e sigilosa à cúpula da organização. Qualquer comentário é preconceito ou especulação. O que podemos afirmar é que, se qualquer empresa do mercado tivesse condições de lançar um produto equivalente ao do seu principal concorrente pela metade do preço, certamente ela o faria. Principalmente porque, neste mercado, o preço é o balizador de concorrência direta.
    Não, esta área de desenvolvimento não gera muitos empregos por precisar de mão-de-obra muito especializada e contar com alta taxa de automação industrial.
    Não, seria um péssimo investimento para um governo. Criar uma estatal para este fim seria disperdício do erário, por necessidade de um aparelhamento tecnológico e funcional caro, cujo produto final contribuiria muito pouco para o bem-estar da população (prefiro que meus impostos sejam gastos com saúde e educação). Patrocinar um investimento destes é dividir (ou assumir) os riscos, que são elevados. Segundo sua sugestão, os governos seriam os principais clientes (compra garantida!) mas sem garantia de qualidade do produto final. E colocar governos é sempre abrir espaço para decisões políticas(nem sempre as melhores).
    É preciso ficar claro que desenvolver software é bem diferente de desenvolver hardware. Principalmente numa proposta livre.

    Em tempo: Quando vi a iniciativa do opencores pensei se tratar de especificações técnicas como ocorrem no movimento OpenHardware(como o Arduino, por exemplo). Mas quando vi o objetivo de prototipação, percebi se tratar de algo bem diferente e particularmente acho difícil que consigam. Mesmo assim, boa sorte!

Este post é antigo (2011-04-30) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.