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Governança de código aberto: o caso do VLC no iPhone

Autoria coletiva (com retenção plena dos direitos de cada autor) e licenciamento recíproco são verdadeiras forças a favor dos projetos de softwares desenvolvidos de forma pública, sempre que atuam a favor das intenções de seus desenvolvedores e mantenedores.

Decidir por esta forma de licenciar não é a única possibilidade: a Free Software Foundation, por exemplo, adota o licenciamento recíproco mas exige que todos os co-autores individuais dos componentes do sistema GNU transfiram a ela os direitos de autor, dando a ela condições de controlar na plenitude as decisões posteriores relativas ao licenciamento.

Mas nem todo projeto age assim, e no recente caso do VLC no iPhone, vimos uma situação em que o modelo de licenciamento em que os autores individuais retêm o copyright e a licença adotada é recíproca funcionou de uma forma que não agradou ao conjunto completo dos autores e mantenedores – embora a decisão por este modelo tenha sido perfeitamente legítima, de conhecimento público e tomada há cerca de uma década.

Estas situações são ilustrativas da importância das decisões de licenciamento e governança dos projetos desenvolvidos de forma pública, que muitas vezes são definitivas – e por isso precisam considerar criteriosamente todos os cenários de futuro do projeto.

Por isso, escolhi este caso para propor uma reflexão em meu post dessa semana no IBM DeveloperWorks: Governança de código aberto: o caso do VLC no iPhone.


• Publicado por Augusto Campos em 2011-01-27

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    gus (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 4:10 pm

    A vontade da maioria numérica representa mais que a vontade de quem fez a maioria do trabalho? Se apenas o Rémi tivesse discordado e se a contribuição dele fosse pequena a VideoLAN poderia simplesmente refazer o código que ele contribuiu em vez de resmungar. Claramente, nenhuma das duas coisas e verdade. Essa “vontade da maioria” é uma tremenda mentira.

    o (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 4:25 pm

    Poderiam fazer como empresas S.A., havendo assembleias de “acionistas” para deliberações e onde cada “acionista” teria um número de “ações” proporcional à quantidade de código que ele desenvolveu no projeto.

    Marcelo (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 4:30 pm

    Acho que não adiantaria reescrever o código sem mudar a licença.

    Mesmo não sendo um dos autores, se alguém recebe uma cópia de um aplicativo sob licença GPL, pode demandar à Apple uma forma de rodar uma cópia modificada deste aplicativo. Ou seja a Apple teria que abrir mão da exclusividade como canal de distribuição de aplicativos.

    Patola (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 9:44 pm

    Finalmente mostrou a cara “anti-GPL”, hein, Augusto? Você não quer consenso nenhum, você quer é empurrar esse ponto de vista de “inadequação da GPL ao grande público”, evidenciado por exemplo pelas sugestões:

    Em retrospecto, os desenvolvedores do VLC poderiam ter agido de várias maneiras (no início de seu projeto) que evitariam esta situação. Duas possibilidades seriam:

    · Ter escolhido uma licença livre sem as restrições no estilo copyleft, como as licenças BSD ou a Apache (evitando assim a situação de incompatibilidade com os termos da App Store, mas abrindo mão das características de reciprocidade da GPL).

    · Ter adotado a prática, similar à da Free Software Foundation, de só aceitar contribuições de usuários se eles transferirem os direitos a uma entidade central (que aí poderia relicenciar, ou conceder uma licença especial, quando fosse o caso)

    Pára de querer derrubar à GPL. RESTRIÇÕES são as da AppStore da Apple, são essas que estão erradas e são essas que devem ser derrubadas. É preciso muito esforço pra ver que se a licença de um produto que existe há 10 anos diz “X” e um lugar onde esse produto vai ser publicado diz “X não pode”, é o lugar que impede e não o produto, e é o lugar que deve mudar e não o produto? Só faltou usar a expressão troll “licença realmente livre” para as licenças estilo BSD que você já usou aqui no seu blog.

    Sua ênfase no desenvolvedor que reclamou como se ele fosse o único contra a violação dos termos (que acontece e foi reconhecido pelas partes) e como se estivesse “fazendo birra” ou indo contra o espírito da licença adotada mostram muito bem isso. Sua burlesca sugestão de remover o código dele também. Mais parcial impossível.

    Como disse o gus em seu comentário, essa “vontade da maioria” é uma tremenda mentira.

    Scheldon (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 10:09 pm

    Eu estava passeando pela AppStore e me toquei que não consegui achar nenhum software livre por lá, porque será?

    “”Pára de querer derrubar à GPL. RESTRIÇÕES são as da AppStore da Apple, são essas que estão erradas e são essas que devem ser derrubadas. É preciso muito esforço pra ver que se a licença de um produto que existe há 10 anos diz “X” e um lugar onde esse produto vai ser publicado diz “X não pode”, é o lugar que impede e não o produto, e é o lugar que deve mudar e não o produto? Só faltou usar a expressão troll “licença realmente livre” para as licenças estilo BSD que você já usou aqui no seu blog.”" x2

    Cláudio Martinelli (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 10:11 pm

    Realmente é um impasse complicado este, mas ao meu ver o problema não está na licença e sim na APP da Apple em não aceitar a GPL.

    Quem contribuiu com o VLC sabia desde o começo que ele adota a GPL e ela por si só como licença virótica, qualquer fork deve ser sob GPL.

    Estranho é terem todo o trabalho para portar para iOS e nem ao mesmo ver se daria para manter a GPL e colocar na APP da Apple, tanta gente desenvolvendo e ninguém vendo isso, que pena, muitos braços para trabalho e pouca estratégia para questões legais…

    Mas curiosamente esta semana por ter um celular Nokia e para sanar dúvidas caí (via google) no blog zeletron (antigo nokia-br) e neste dia o último post tinha o título

    “O mal a ser combatido chama-se GPL”

    http://www.zeletron.com.br/2011/01/o-mal-a-ser-combatido-chama-se-gpl.html

    Neste post o autor faz várias críticas a GPL, que ao meu ver é de uma pessoa com mentalidade proprietária e também desfere seu veneno contra o desenvolvedor que “tirou” o VLC da APP, pois tal desenvolvedor trabalha para a Nokia e ao que parece o blog tem uma raiva com a fabricante por te-lo proibido de usar o nome Nokia (me lembro que isso foi noticiado aqui no BR-Linux na época). E agora ao que parece ele largou de postar sobre coisas da Nokia e posta coisas sobre o Iphone.

    Mas vale a leitura, para vermos como um olhar de uma pessoa que não gosta de software livre e valoriza o proprietário. Bem pelo menos ele colocou um nome que não tem nada a ver com algum produto da Apple (eu acho..), pois como a Nokia a Apple também poderia mandar tirar o blog do ar….

    Patola, pra caracterizar essa sua teoria cheia de adjetivos de que ao destacar a importância da escolha criteriosa do modelo de licenciamento de um projeto eu estou querendo derrubar a GPL, você deixou de reproduzir os parágrafos imediatamente seguintes ao trecho você optou por copiar do meu texto.

    Para que outros leitores não se confundam por essa sua omissão, vou reproduzi-los aqui, com grifo: “Ambas as alternativas têm seus riscos e suas vantagens, assim como há também vantagens em manter a autoria coletiva sob uma licença com restrições no estilo copyleft. O importante é que a escolha de uma alternativa ocorra de maneira informada e racional para refletir as intenções de todos os integrantes.”

    Destaco que não vejo nenhum problema ou crítica em chamar pelo nome as restrições que são a base do diferencial das licenças copyleft em relação às licenças livres permissivas. Essa expressão é comum nas referências da literatura, e até mesmo na definição do termo na Wikipedia você pode encontrá-la.

    self_liar (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 11:46 pm

    · Ter escolhido uma licença livre sem as restrições no estilo copyleft, como as licenças BSD ou a Apache (evitando assim a situação de incompatibilidade com os termos da App Store, mas abrindo mão das características de reciprocidade da GPL).

    DE JEITO NENHUM deve mudar a licença!

    Não se deve deixar se render a Apple .Ela tem as piores licenças do mundo e não consegue ceder minimanete direitos para o usuário .Não é a GPL que deve mudar somente para consegue acesso a uma loja.
    A maioria não pode estar deturpada.Na minha opinião alguns loucos estão tentando falar pela maioria ,mas não consegue mudar de aparelho e sistema operacional.

    MisterTC (usuário não registrado) em 27/01/2011 às 11:51 pm

    Curiosidade… Já que se abriu essa discussão sobre licenciamento… Exercício do direito autoral… A garantia sobre as liberdades… Reciprocidade…

    Saberiam informar a quantas anda a validade das licenças de software livre copyleft e permissivas no Brasil ?

    Pois recentemente tentei pedir para a POSITIVO, o código-fonte do sistema operacional e de demais componentes do Alfa, não a aplicação em si, que estariam sobre licenças livres como a GPL… Já que o produto usa o núcleo Linux e provavelmente possui outros componentes sobre esta licença. Até protocolo foi registrado sobre o meu pedido… Mas no caso, tive minha solicitação negada… Sob o argumento, de que a licença que a POSITIVO possui sobre o núcleo Linux (e provavelmente de outros componentes) que ela detém, não a obriga a fornecer ou abrir ou dar acesso ao código-fonte !!!

    Achei estranho… Já que o núcleo é aberto e quando modificado, tais alterações devem ser disponibilizadas ! E quando solicitadas, fornecidas !!

    Não sei de quem (ou de onde) ela conseguiu esse núcleo sob outros termos de licenciamento :-S

    Diria que tal situação não se aplica somente a esse fabricante… Deve existir outros fabricantes de hardware no Brasil que também se utilizam do núcleo Linux e outros componentes, ou mesmo softwares livres que estão sob licença GPL, ou seja, copyleft. E não disponibilizam o código-fonte…

    Um caso de sucesso de um produto ter utilizado software livre copyleft foi o roteador wi-fi WRT54G, produzido pela Linksys (subsidiária da Cisco) que após alguns problemas com questionamentos, disponibilizou o código-fonte. Com isso, hoje temos um firmware alternativo para o equipamento: o dd-WRT !

    Alguém já passou por situação semelhante e se habilitaria a postar um comentário com sua experiência ? Se preferirem, podem me mandar por e-mail… Fiquem à vontade !

    Vejo que exercer tal direito garantido pela licença aqui no Brasil, vai ser uma piada !

    Saulo (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 12:18 am

    Pq os maluco do VLC não fizeram uma versão de código de fechado para a App Store, que por sua vez seria uma versão baseada na versão livre desenvolvida pela comunidade como faz o Google com o Chrome/Chromiun…… ?

    Guilherme (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 7:24 am

    @Saulo, por que se fizesem não teriam por que reclamar, e não ia ficar de briguinha com a apple, e isso os deixa feliz pelo jeito =/

    sinceramente, não consigo entender por que não se pode distribuir o app na app store com drm e o fonte no site do desenvolvedor pra quem quizer modificar. Que eu saiba, que se diga é pouco, basta haver o fonte não precisa ser editavel o executavel distribuido, logo nada impede de ter drm. E ha outros apps em gpl na app store, provavel ha os fontes no site do desenvolvedor. Logo o fail é de a videolan não aceitar a apple app store, o q é de direito deles, e não da app store em si.

    Pod (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 9:22 am

    O que mais me incomoda é toda essa gente que nunca contribuiu em absolutamente nada pra comunidade reclamando da decisão do pessoal do VLC. Quem faz o trabalho — os autores — escolhe a licença, não os usuários. Essa gente acha que tem mais direito sobre o software do que os próprios desenvolvedores.

    Lamentável.

    Pod (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 9:23 am

    P.S.: Acho que é óbvio, mas quando eu escrevi “nunca contribuiu em absolutamente nada pra comunidade” eu NÃO estava falando do Augusto.

    bruno buys (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 9:35 am

    Pra qualquer um que acompanhe o br-linux por algum tempo, fica evidente que o Augusto é anti-stallman e anti-gpl.

    Augusto, você é o único que não deixa essa história do VLC morrer.
    É só ler os comentários no post original, o apoio foi massivo ao desenvolvedor que reclamou da violação da liçenca.

    Obrigado pela ressalva, Pod!

    Bruno, sou grande admirador e entusiasta da licença GPL, adoto-a em meus projetos de software (cada vez mais raros), uso uma licença com restrições de copyleft (a GNU FDL) para meus textos, e nunca deixo de reconhecer a importância histórica do Dr. Stallman com as suas contribuições para o estado atual do código aberto, especialmente as suas ações nas décadas de 1980 e 1990.

    Espero que “para qualquer um que acompanhe o br-linux por algum tempo” esses fatos se mantenham claros, assim como o meu posicionamento sobre a existência de outras formas de licenciamento livres e legítimas, e a importância de escolher a mais adequada para cada projeto de forma racional, objetiva e alinhada ao que se pretende alcançar, reconhecendo o valor das expectativas dos desenvolvedores, mantenedores e usuários potenciais.

    MaxRaven (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 11:06 am

    É engraçado, de tempos em tempos aparece esse povo pregando a inquisição e a fogueira santa pro Augusto, isso desde a época que ainda chamávamos ele aqui de Brain. Falam que é contra a GPL e o Stallman, mas é um dos poucos blogs com audiência grande que trás noticias sobre ambos e deixa os comentários abertos a debates.

    A questão do VLC foi interessante, dá para fazer um estudo de caso legal, ver se houve algum erro por parte dos envolvidos e, entendendo isso, evitar que se repita em outros projetos ou então seguir os mesmo passos. Não sei que “polemicas” estão vendo nessa serie de artigos, eu só consigo ver isso.

    Mas o mais engraçado mesmo é que aqueles que pregam tanto a liberdade não querem deixar com que outros tenha a mesma liberdade de pensar diferente, enfim, temos todos de pensar iguais, todos robotizados, sem seu própria opinião. Putzz, achei que a idade média tinha acabado.

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 11:47 am

    @MisterTC,

    Saberiam informar a quantas anda a validade das licenças de software livre copyleft e permissivas no Brasil?

    Existe uma confusão quanto ao mecanismo de funcionamento das licenças dentro escopo do direito autoral.

    Para todo o software cujo direito autoral ainda está em vigor, terceiros são proíbidos de, dentre outros, copiá-los ou redistribuí-los sem a expressa autorização do detentor do direito autoral. Isso é fato. A conclusão que se pode chegar é a seguinte:

    * Supondo que a GPL, por exemplo, seja considerada inválida no Brasil. O que ocorre é que neste caso, nenhum Brasileiro (que não seja o único autor do software) poderá utilizar software licenciado apenas sob a GPL. Se a licença fosse inválida, TODOS os que distribuem tais aplicativos estariam cometendo violação de direito autoral.

    Assim, acho que a sua pergunta deveria ser quão fácil é para obrigar determinada empresa a respeitar a licença?

    Pois recentemente tentei pedir para a POSITIVO, o código-fonte do sistema operacional e de demais componentes do Alfa, não a aplicação em si, que estariam sobre licenças livres como a GPL… [...]

    A questão aqui, é que ao contrário do que afirmou nosso colega @Marcelo, no terceiro comentário láááá em cima, não é verdade que:
    - Mesmo não sendo um dos autores, se alguém recebe uma cópia de um aplicativo sob licença GPL, pode demandar à Apple uma forma de rodar uma cópia modificada deste aplicativo.

    Isso é uma ilusão. Quando a Apple distribui código sob a GPL sem “respeitar a licença”, está violando o direito autoral do(s) autor(es), e isso é um problema entre a Apple e o(s) autor(es). O máximo que você, não-autor, pode fazer, é contactar algum desenvolvedor e esperar que ele esteja disposto a entrar na briga (que deixará de ser sua, diga-se de passagem).

    Ou seja, se eles se recusarem a atender o seu pedido, não há muito o que você possa fazer contra eles.

    No entanto, existe uma “relação de consumo” entre você e a POSITIVO… você pode acusá-los de ter lhe vendido software contrafeito (“pirata”). Não sei se funcionaria, mas acho que você iria precisar do apoio de algum desenvolvedor.

    Achei estranho… Já que o núcleo é aberto e quando modificado, tais alterações devem ser disponibilizadas ! E quando solicitadas, fornecidas !!

    Descupe-me por ser chato, mas acho que você está confundindo copyleft com “código aberto”.

    Diria que tal situação não se aplica somente a esse fabricante… Deve existir outros fabricantes de hardware no Brasil que também se utilizam do núcleo Linux e outros componentes, ou mesmo softwares livres que estão sob licença GPL, ou seja, copyleft. E não disponibilizam o código-fonte…

    Sim, existem vários desses. Um deles é a D-Link. Outro é a Toshiba. Tem uma infinidade deles.

    Alguém já passou por situação semelhante e se habilitaria a postar um comentário com sua experiência ? Se preferirem, podem me mandar por e-mail… Fiquem à vontade !

    Dê uma olhada em:
    http://gpl-violations.org/

    Vejo que exercer tal direito garantido pela licença aqui no Brasil, vai ser uma piada !

    No fundo, no fundo, a licença não lhe garante direito nenhum. A licença garante à POSITIVO o direito de distribuir o software desde que sob certas condições. Se a POSITIVO não respeita as condições está cometendo crime de violação de direito autoral. Indiretamente estaria violando, na minha opinião, o seu direito de comprar software que não seja ilegal.

    Você pode tentar o Reclame Aqui:
    http://www.reclameaqui.com.br/
    Mas embase corretamente e explique bem o seu argumento!!!

    Víctor (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 11:58 am

    Infelizmente, o texto abre espaço para uma boa discussão sobre governança de projeto livres e suas implicações, mas o pessoal consegue desvirtuar a discussão com acusações e flames sem sentido.

    Bom mas voltando ao foco do texto, a questão da GPL e do direito autoral é de muita importância para o futuro de um projeto, a própria Sun (agora Oracle) já foi duramente questionada sobre a cessão de direitos do código fonte submetido ao OpenOffice, mas nunca ninguém parou para pensar nas implicações legais para o projeto, talvez agora com este precedente que causou tanto impacto, os projetos SL comecem a pensar nos rumos que querem tomar e se a forma de licenciamento que utilizam esta alinhada com as expectativas.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 12:01 pm

    O mais incomoda como aparentemente cada vem mais a comunidade ta rancorosa… ela se preocupa mais com os outros, os concorrentes, os “infieis” que com si propria. Nao importa em aumentar o alcance, em divulgar o seu trabalho, parece q o principal objetivo eh sabotar todas as iniciativas que envolvem algum tipo de interacao com os “inimigos da comunidade”.

    Sempre gostei de software livre por como se conseguia fazer o mesmo software rodar em tudo qnt eh lugar, e como era legal vc ver port de uns softwares para as plataformas mais ortodoxas.

    Por exemplo era legal ver emuladores gpl funcionarem em psp ou ps2. Ambas plataformas sao fechadas, vc tem q crackear o videogame pra isto, e maior dificuldade em colocar pra funcionar por um usuario comum. Qual a diferenca entre isto e um iOS??? Varios aparelhos nao te dao margem para vc instalar nada a nao ser se vc modifique o firmware original, do mesmo jeito q eh feito com um iphone com jailbreak, pq em um isto eh valido e em outro eh heresia de querer rodar software livre em uma “plataforma proprietaria”?

    Enq em um eh apoiado a iniciativa, por outro lado, qnd se trata da apple ha sempre preconceito. Ninguem fala nem comenta que vc ainda pode instalar o vlc no jailbreak, parece que ignora isto pq o mais importante nao é mostrar q vc tem um bom software livre atentendo mais uma plataforma e sim que a store da apple eh do mal e nao compativel com a GPL.

    Nao tou discutindo as questoes legais, falando q deveria fingir q nao tivesse prb de licensa pra colocar o VLC la, e sim a postura. Vejo os defensores do software livre querendo impor sua opniao aos outros usando tentando marginalizar qq coisa q nao seja de interesses deles. Opniao q vejo do tipo “quem compra produto apple nao merece ter software livre” eh totalmente egoista, nao querendo permitir os usuarios de usufruirem de bons software em plataformas q nao sao apoiadas pelo sistema. Invertendo o lado, seria o mesmo de uma empresa privada querer achar alguma forma de proibir um funcionario de fazer software gpl nas horas vagas pq a empresa nao tem politica favoravel a GPL.

    É por isto q gosto do google.. ele nao eh bairrista como a fsf onde se esforca em se fechar a plataforma evitando interagir com os outros. Ele cria tecnologia aberta, apoia a conectividade, de tal forma q vc tem liberdade de usar onde quer queria, seja fechado, aberto, por si proprio ou ate mesmo em produtos concorrentes.

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 12:14 pm

    @Saulo e @Guilherme,

    Pq os maluco do VLC não fizeram uma versão de código de fechado para a App Store, que por sua vez seria uma versão baseada na versão livre desenvolvida pela comunidade como faz o Google com o Chrome/Chromiun…… ?

    @Saulo, por que se fizesem não teriam por que reclamar, e não ia ficar de briguinha com a apple, e isso os deixa feliz pelo jeito =/

    Pelo visto o @Guilherme não entende bulhufas de direito autoral e veio aqui dizer um pouco de bobagem.

    A questão é que “os maluco do VLC” não são os únicos desenvolvedores do código do VLC. Pra fazer o que o @Saulo sugere, precisariam da autorização de TODOS os desenvolvedores. Um exemplo, é o kernel Linux… o próprio Linus NÃO PODE ir contra os termos do licenciamento. Ele bem que gostaria de colocar um monte de coisa proprietária lá dentro… mas não pode!

    sinceramente, não consigo entender por que não se pode distribuir o app na app store com drm e o fonte no site do desenvolvedor pra quem quizer modificar. Que eu saiba, que se diga é pouco, basta haver o fonte não precisa ser editavel o executavel distribuido, logo nada impede de ter drm. E ha outros apps em gpl na app store, provavel ha os fontes no site do desenvolvedor. Logo o fail é de a videolan não aceitar a apple app store, o q é de direito deles, e não da app store em si.

    Bom… acho que você não entendeu muito da discussão, não. Primeiro que DRM não tem relação DIRETA com a história. A GPLv2 não proíbe DRM. Depois que não basta ter o fonte, muitas outras coisas tem que ser respeitadas. Você não pode dar o fonte dizer pra pessoa que ela não pode isso, não pode aquilo, não pode aquilo outro.

    O que a Apple faz é, com o intuito de controlar a plataforma e viabilizar a questão do DRM, impor condições que não são compatíveis com a GPL. O problema não é o DRM. O problema são as condições impostas.
    Referência:
    http://www.fsf.org/news/blogs/licensing/more-about-the-app-store-gpl-enforcement

    Em especial,

    [...] Rules (i) and (iii) say that you are required to accept the Terms of Service to use the software, and that you may only install the software on five approved devices. [...]

    That’s the problem in a nutshell: Apple’s Terms of Service impose restrictive limits on use and distribution for any software distributed through the App Store, and the GPL doesn’t allow that.

    Wallacy (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 1:02 pm

    Acho que a outra opção, colocar o código fonte em outro “canal” da App Store.

    Chama de VLC Code, e todos ficam felizes.

    Acredito eu que o problema da Apple não é no caso disponibilizar o código fonte, é ter um mecanismo para disponibiliza-lo no mesmo canal.

    E AINDA BEM que o Augusto é um dos poucos a continuar a falar desse assunto, é de extrema importância, e ele deixa bem claro isso quando diz que o post é sobre Governança de Código Aberto, esse é um assunto pouco explorado.

    Concordo com o MaxRaven, parece que ter opinião diferente agora é pecado. Falo sério mesmo, as frases “Jesus é meu guia e meu senhor, tudo que ele criou é divino” e “Stallman é meu guia e meu senhor, tudo que ele criou é divino” parecem sinonímias.

    Acorda cambada, a GPL é provavelmente o maior avanço no que diz respeito a software livre até hoje criado, mas nada impede que ele tenha falhas, que evolua, e sim seja discutido se realmente o modelo é adequado ou não. Se não houver liberdade para discordar e discutir estaremos em uma ditadura.

    É sempre importante discutir as conseguencias de todo ou qualquer licenciamento.

    Ah mas o problema não é a GPL e sim a Apple! Ok, pode até ser, mas esquece da Apple e coloque qualquer outra empresa/cliente/licença do outro lado.

    Discutir Governança de Codigo Aberto é sim importante, para não cometermos os mesmos erro que o VLC comenteu, pois sim, se eles submeteram a aplicação para a App Store SABENDO que não era compativel com a GPL, então temos o problema que o Augusto citou no texto.

    Claramente existem desenvolvedores que desejam que o VLC seja disponibilizado na App Store mesmo que o código fonte não esteja no mesmo canal, e que outros não. Então, o que vamos discutir? App Store? NÂO! GPL SIM!

    Guilherme (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 1:41 pm

    @André Caldas, como eu disse “não consigo entender” logo queria uma explicação, portanto não vim dizer “um pouco de bobagem” vim colocar a minha visão para que alguem explicase onde ela estava errada. Agora eu sei que o problema era dispor o fonte no mesmo canal, e as outras restrições da licensa da app store, o que ao meu ver, novamente, é um defeito da gpl, impede de alcançar as massas, sendo que o fonte costuma ser de interese maior dos desenvolvedores e não do publico em geral, e estes poderiam pegar os fontes e usar nem que fosse em jailbreak ou testando em seu iphone… Mas o que interessa não é o caso vlc – apple como o Wallacy falou e sim sobre a gpl dentro de plataformas de distribuição fechadas serem impraticaveis.

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 2:06 pm

    @Wallacy,

    Acredito eu que o problema da Apple não é no caso disponibilizar o código fonte, é ter um mecanismo para disponibiliza-lo no mesmo canal.

    Vai se informar!!! E leia meu post, logo acima do seu.

    Discutir Governança de Codigo Aberto é sim importante, [...]

    É verdade.

    [...] para não cometermos os mesmos erro que o VLC comenteu, pois sim, se eles submeteram a aplicação para a App Store SABENDO que não era compativel com a GPL, então temos o problema que o Augusto citou no texto.

    Vai se informar!!! Não foram eles!!!

    Claramente existem desenvolvedores que desejam que o VLC seja disponibilizado na App Store mesmo que o código fonte não esteja no mesmo canal, e que outros não. [...]

    1. Você não entendeu a questão da licença. Acho que tá pensando que o problema é o código-fonte. GPL não é feita só de código-fonte. Nem mesmo “código-aberto” é feito só de código-fonte.

    2. Desenvolvedores que “desejam que o VLC seja disponibilizado na App Sotre” devem convencer a Apple a abrir mão de impor condições extra ao distribuir o software. Ou então,
    2.1 Adotar outra licença mais permissiva.
    2.2 Não utilizar código GPL de terceiros!

    Note que qualquer desenvolvedor é livre para licenciar sua parte sob condições mais permissivas. É o caso dos desenvolvedores do kernel linux que usam “GPLv2 or any later version”.

    Acho que a questão da governança importante aqui não tem nada o que ver com o que você coloca. A relação com a licença adotada é muito fraca. O questionamento central aqui é:

    1. O projeto X que será iniciado deverá exigir que cada desenvolvedor passe os direitos (conjuntamente, talvez) para uma autoridade centralizadora A?

    2. O projeto X que será iniciado deverá adotar um esquema de licenciamento estilo “any later” que permitirá a evolução dos termos do licenciamento, passando a autoridade para tal a uma entidade B?

    3. O projeto X que será iniciado deverá adotar uma licença fixada e que não poderá ser modificada a menos que se consiga que TODOS os desenvolvedores aprovem as modificações?

    O item 2 é o mais flexível, mas depende de uma relação de confiança entre os integrantes do projeto X e a entidade B. É isso o que fazem todos aqueles que usam “ou qualquer versão posterior” em suas licenças. Também é isso o que fazem (sem muita consciência), aqueles que adotam licenças Creative Commons. Foi o modelo do item 2 e a relação de confiança com a FSF que permitiu a migração da Wikipedia da GNU FDL para a licença CC-BY-SA 3.0.

    O item 3 é o que inviabiliza a mudança nos termos de licenciamento do kernel Linux. O item 3 pode ser parcialmente misturado com o item 2, na medida que cada desenvolvedor adotar individualmente o modelo do item 2.

    O item 1 se parece um pouco com o item 2, exceto que no item 2, em geral a entidade B nunca é você, enquanto que no item 1 você (o dono do projeto) é o todo poderoso, você é a autoridade A! É compreensível que líderes (donos?) de projetos se sintam tentados a optar pelo item 1… quem não gosta de ter poder?

    O item 1 é muito mais burocrático que o item 2. Veja o exemplo do OpenOffice! É muito mais provável uma relação de confiança saudável com a entidade B (FSF/CC) do que com a autoridade A (SUN/Oracle). É por isso que existe uma cessão de direito autoral (que fica conjunto) e também uma “promessa” por parte da SUN/Oracle de manter o todo “livre”. Essa promessa existe para melhorar a relação de confiança entre os desenvolvedores e a SUN/Oracle.

    É importante notar que no caso da SUN, por exemplo, essa “promessa” não se estende a empresas que adquirirem a SUN… no caso, a Oracle. Ou seja, quando a Oracle adquiriu a SUN, a relação de confiança foi pelo ralo. Agora, o Libre Office está condenado ao modelo de licenciamento do item 3 (possivelmente misturado com o modelo do item 2). Mas se os desenvolvedores quiserem contribuir upstream, estarão submetidos ao modelo do item 1. Uma bagunça…

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 2:25 pm

    @Guilherme,

    @André Caldas, como eu disse “não consigo entender” logo queria uma explicação, portanto não vim dizer “um pouco de bobagem” vim colocar a minha visão para que alguem explicase onde ela estava errada.

    Colega, mil desculpas. Seu texto me pareceu debochado. Foi mal.

    Agora eu sei que o problema era dispor o fonte no mesmo canal, e as outras restrições da licensa da app store, o que ao meu ver, novamente, é um defeito da gpl, [...]

    A exigência de dispor o fonte no mesmo canal é um reconhecido defeito da GPLv2. Na época, acesso a internet era bem mais restrito. Acredito que a GPLv3 é mais flexível nesta questão.

    E isso nos leva de volta à questão da Governança. :-)

    Quanto à questão de a GPL impedir restrições adicionais, ou ao resto do seu comentário…

    [...] impede de alcançar as massas [...]

    Isso não é um defeito da GPL! Isso é uma decisão estratégica. O que está em jogo é o conceito de copyleft.

    Quem defende essa ideia, acredita que você não deveria “abrir as pernas” pro Steve Jobs só porque ele é o todo poderoso que controla cada aparelhinho que tem uma maçã desenhada. Muitos, inclusive eu, acreditam que se não fossem as exigências do copyleft, grande parte do que é livre hoje, seria proprietário. O sucesso do sistema GNU/Linux depende, na minha opinião, dessa característica da licença GPL.

    [...] sendo que o fonte costuma ser de interese maior dos desenvolvedores e não do publico em geral, [...]

    Aí está fundamentalmente o erro da sua argumentação. Ao menos na minha opinião.

    Eu não sou jornalista. Mas acho importante a “liberdade de imprensa”. Sei lá, imagine que uma emissora de TV produza novelas muito populares… aí um dia o técnico da seleção resolve que não tem essa m… de exclusividade e que vai tratar todas as emissoras de forma igual. Imagine então que essa emissora resolva que por culpa desse técnico, não vai mais passar novelas!! Aí o povo sai enfurecido pedindo a cabeça do técnico da seleção!…

    Não sou negro, mas acho importante a liberdade dos negros. Não sou mulher, mas acho importante que os direitos das mulheres sejam respeitados. Não sou desenvolvedor, mas acho importante que todos tenham acesso irrestrito ao código-fonte, e as liberdades de uso, distribuição, modificação, estudo…

    Mesmo que eu não fosse cientista, acharia importante que todos tivessem liberdade para compartilhar e repassar o conhecimento.

    Guilherme (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 2:54 pm

    @André Caldas, sim, vendo por este lado voce esta correto mesmo, não vi o problema como um todo. E concordo com o que voce diz sobre o que é livre seria proprietario. Basei meu argumento no seguinte fato, imagine hoje o que seria do firefox, gimp, vlc, libreoffice, rodassem somente em plataformas abertas, estariam estagnados, mas por serrem multiplataforma conquistaram mais desenvolvedores e são grandes projetos opensource hoje. Minha visão foi ofuscada pelo vislumbre de gpl sobre um aparelho proprietario faria com que evoluisem mais os programas por ter mais desenvolvedores em torno dele.

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 4:03 pm

    Bacana, Guilherme! :-)

    A GPL não impõe nada a respeito da plataforma. Você pode rodar código GPL no windows ou mac sem problemas. Poderia rodá-los nos iXXX se a Apple deixasse. ;-)

    Mas o que você diz é verdade… quanto mais plataformas, maior a aceitação. (e maior a qualidade do código, também)

    Valeu pela discussão! E me desculpe novamente pela agressividade. :-)

    Wallacy (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 4:58 pm

    @André Caldas,

    A aba estava aberta a um tempo, não vi seu comentário. Não me atualizei muito sobre o caso, porém o ponto central me parecia a não disponibilizado do código fonte da versão para iOS incluindo o fato que o usuário não poderia redistribuir/etc/etc após fazer o download do aplicativo.

    De qualquer forma os limites de dispositivo me parecem um problema menor, até porque pelo que vejo quem submeteu o aplicativo (você disse que não foi nenhum dos devs, o que é estranho pois a Apple não permite submeter softwares de terceiro) tinha em mente (provavelmente) os principais dispositivos com iOS (iPhone, iPod, iPad), e estavam disponíveis em todos.

    A ressalva mesmo estava na questão que a discussão é sim sobre a GPL e outras formas de licenciamento livres, para evitar assim problemas como o do caso VLC. Não mais sobre a App Store, afinal a Apple tem um licenciamento ridículo, e incompatível com a GPL, ponto final. Cabe a nós discutir as alternativas, para aqueles que desejam submeter softwares em sistemas de distribuições similares, incluindo a busca de meios de distribuições adicionais (Cyndia?) com licenciamento mais permissivo.

    Do meu ponto de vista, ressaltar que a App Store é fechada é bater em cachorro morto, a questão talvez seja que partindo desse principio, então mesmo que o usuário do iPhone deseje ter acesso a um software livre como o VLC ele não irá poder? Essa falta de “liberdade” não seria similar ao modelo proprietário que limita o acesso do software a todos? A liberdade de um software a todos, em todos os ambientes é ou não é o denominador comum de um software livre?

    O caso do VLC ressalta uma questão que afeta a toma de decisão na hora de licenciar um software qualquer, afinal se o desenvolvedor licencia com o objetivo de que todos possam usufruir de seu software, e em um determinado momento percebe que a licença escolhida impede isso. A própria limitação desse ambiente é uma forma de proteger “os outros ambientes” de restrições futuras, ou uma limitação não esperada do modelo escolhido?

    Voltamos a questão dos desejos da massa, como foi citado no post. Se um usuário quer usar um software, que a principio é livre, ele não tem esse direito pois seu sistema não é livre? Não é análogo ao modelo proprietário que exige que o software rode em ambiente proprietário de mesmo licenciamento?

    O que vejo internet a fora é que muitos se perguntam: Se é software livre, eu não deveria poder rodar onde eu quiser? Não onde o desenvolvedor “mandou”? Não seria essa uma triste semelhante que a GPL “teria” com licenças proprietárias?

    Quando Stallman disse que liberdade não era liberdade de escolha, me pareceu que sim. Que assim como o software proprietário, terceiros decidem como eu devo utilizar meu software.

    Sei são semelhanças “forçadas”, porém o caso em questão, na pratica (pois juridicamente o VLC team foi correto, afinal se não era compatível tinha mesmo que solicitar a retirada do software) me parece que o principio que cerca o software livre foi ferido.

    André Caldas (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 7:46 pm

    [...] então mesmo que o usuário do iPhone deseje ter acesso a um software livre como o VLC ele não irá poder? Essa falta de “liberdade” não seria similar ao modelo proprietário que limita o acesso do software a todos? A liberdade de um software a todos, em todos os ambientes é ou não é o denominador comum de um software livre?

    Não há nenhum problema da GPL com a plataforma!! O VLC para iPhone pode sim instalar o software. Só que os termos da distribuição não podem ser restritivos.

    Voltamos a questão dos desejos da massa, como foi citado no post. Se um usuário quer usar um software, que a principio é livre, ele não tem esse direito pois seu sistema não é livre? Não é análogo ao modelo proprietário que exige que o software rode em ambiente proprietário de mesmo licenciamento?

    Você está confundindo… o problema não tem nenhuma relação com a plataforma!!! Se você quiser e tiver a capacidade para instalar software GPL no iPhone, você pode! Só que, do jeito que a Apple store está, o software não pode ser distribuído por lá. Se o seu equipamento não permite que você mesmo instale software nele, então o problema é entre você e seu aparelho.

    Voltamos a questão dos desejos da massa, como foi citado no post. Se um usuário quer usar um software, que a principio é livre, ele não tem esse direito pois seu sistema não é livre?

    Quem falou isso? Porque você diz que não tem o direito de usar o software? Você tem sim!!!

    Não é análogo ao modelo proprietário que exige que o software rode em ambiente proprietário de mesmo licenciamento?

    Você está insistindo nisso!!! Não sei de onde tirou que software GPL não pode ser instalado em ambientes proprietários. De onde você tirou isso?

    O que vejo internet a fora é que muitos se perguntam: Se é software livre, eu não deveria poder rodar onde eu quiser? Não onde o desenvolvedor “mandou”? Não seria essa uma triste semelhante que a GPL “teria” com licenças proprietárias?

    Você não tem mais nada a dizer?
    Sim, você pode rodar onde você quiser! Sugiro que estude a GPL!!!

    Se quiser falar de “governança de software livre”, o assunto passa sim por licenciamento. Mas a questão que está sendo debatida é como permitir a modificação do licenciamento DEPOIS. A questão está sendo debatida partindo-se do pressuposto que TODOS querem que seja possível distribuir o código com termos mais restritivos. Isso não é verdade.

    Quando Stallman disse que liberdade não era liberdade de escolha, me pareceu que sim. Que assim como o software proprietário, terceiros decidem como eu devo utilizar meu software.

    O Stallman está correto em sua afirmação. Por exemplo, você não pode (legalmente) escolher entre comprar manufaturas feitas com exploração ilegal de trabalho infantil ou não. A comercialização desse tipo de produto é ilegal. Se você é dono de um restaurante, não pode escolher utilizar alimentos vencidos.

    Você não pode escolher que seu voto para presidente não seja secreto. Isso serve pra lhe proteger.

    Você não pode escolher abrir mão de determinados direitos trabalhistas. Se você pudesse escolher, seria o mesmo que não ter os tais direitos!! Só seria contratado se abrisse mão dos direitos.

    Gostaria que você não pudesse escolher abrir mão da sua liberdade quando faz contratos de fidelidade com operadoras de celular, de internet ou outras. Quando se pode escolher abrir mão da liberdade, todos somos pressionados a fazê-lo.

    Não pode escolher abrir mão da sua vida. Se pudesse, os contratos de empréstimo, aluguel de imóveis e tal, todos teriam uma cláusula dizendo que se você não pagasse em dinheiro, pagaria com sua vida. Por isso não pode escolher abrir mão da sua vida.

    Sempre que você escolhe abrir mão da liberdade fere o próximo (eu!), que será pressionado a aderir e abrir mão também.

    Xinuo (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 8:17 pm

    @MaxRaven, qualquer um pode ter a opinião que quiser e emiti-la aonde conseguir. Da mesma forma que os outros podem responder, se manisfetando contra ou a favor da opinião emitida. O que há de cerceamento da liberdade nesse comportamento?

    Vc pode chamar laranja de maçã à vontade, mas o número de pessoas que irão corrigi-lo a toda hora, por conta disso, possivelmente fará você voltar atrás. Vc já pensou que o fato de chamar laranja de laranja e maçã de maçã lhe foi imposta pela maioria?

    Wallacy (usuário não registrado) em 28/01/2011 às 11:30 pm

    Andre Caldas,

    Você não entendeu o ponto. QUALQUER outro metodo de instalação de aplicativo no iPhone sem ser via App Store não é oficial, então não deve ser considerado. Fora que 99% dos usuarios de iPhone não saberia faze-lo.

    Métodos nerdisticos não entram na equação, pois se for para entrar, posso dizer que o Linux é compatível com todos os jogos do Windows, só porque existem metodos “nerdisticos” para tal.

    Como estou falando de uma plataforma feita para usuarios comuns. Posso instalar Crysis no meu nokia, porém não vale a pena considerar tais métodos, sendo que 99,9% dos usuários não possuem conhecimento técnicos para tal.

    “Você está insistindo nisso!!! Não sei de onde tirou que software GPL não pode ser instalado em ambientes proprietários. De onde você tirou isso?”

    Eu não disse isso. A analogia é clara ao traçar um comparativo do querer e poder.

    Quero instalar meu VLC no iPhone e não posso. Isso não é analogo ao “não posso” dos diversos softwares proprietarios que quero instalar em X ambiente e também não posso. (Se tenho que hackear o iPhone para instala-lo, então não posso mesmo. Pois ai já mudou a característica do sistema, não é mais o mesmo iPhone de antes)

    ” Mas a questão que está sendo debatida é como permitir a modificação do licenciamento DEPOIS.”

    Você está escolhendo o que desejo debater sobre o assunto?

    “O Stallman está correto em sua afirmação. Por exemplo, você não pode (legalmente) escolher entre comprar manufaturas feitas com exploração ilegal de trabalho infantil ou não. A comercialização desse tipo de produto é ilegal. Se você é dono de um restaurante, não pode escolher utilizar alimentos vencidos.”

    Eu posso, serei punido por isso. Porém tecnicamente eu posso. A lei preve punições após o ato ser concretizado, porém não existe nenhuma amarra me impedir fazer o que a lei preve como errado. Crimes são cometidos todos os dias porque as pessoas escolhem assim.

    “Você não pode escolher que seu voto para presidente não seja secreto. Isso serve pra lhe proteger.”

    Eu posso contar meu voto para quem eu desejar, o que a lei cria são mecanismos para que ninguém descubra meu voto sem minha autorização. Não sou punido por contar meu voto, porém sou punido se tentar descobrir o voto de alguem sem o consentimento dela.

    “Gostaria que você não pudesse escolher abrir mão da sua liberdade quando faz contratos de fidelidade com operadoras de celular, de internet ou outras.”

    Eu não, eu gostaria de ter a opção de me fidelizar e poder pagar menos quando acreditar ser benéfico para mim. E não ser obrigado a nunca me fidelizar.

    O que não quero é ter ou sempre me fidelizar ou sempre não me fidelizar. Daqui um mês termina meu contrato de fidelidade, e talvez eu escolha me fidelizar novamente. A principio não irei faze-lo, porém se eu desejar assim faze-lo eu irei.

    Isso é liberdade de escolha. Causa e conseqüência! É uma lei natural! Posso escolher qualquer caminho, e depois que tomar uma decisão irei sofrer as conseqüências dela, ou regozijar os benefícios.

    Não quero que terceiros definam o certo e o errado por mim.

    Você parte do principio que existe uma verdade universal. Mas não é assim que funciona. Posso citar centenas de exemplos onde uma coisa antigamente era considerado certa e hoje é errada, e vice-versa.

    “Não pode escolher abrir mão da sua vida. Se pudesse, os contratos de empréstimo, aluguel de imóveis e tal, todos teriam uma cláusula dizendo que se você não pagasse em dinheiro, pagaria com sua vida. Por isso não pode escolher abrir mão da sua vida.”

    Eu posso, se eu pular do meu predio agora mesmo, estarei fazendo isso. E não existe nenhum mecanismo para evitar isso. Até porque depois de morto não posso ser punido.

    Os contratos não tem nada haver com isso.

    “Sempre que você escolhe abrir mão da liberdade fere o próximo (eu!), que será pressionado a aderir e abrir mão também”

    Falácia de causa e efeito. Não existe relação direta entre as duas coisas, mesmo que seja possível traçar um caminho entre as duas.

    É o mesmo que eu disser que se você não tomar banho serei pressionado a fazer o mesmo.

    Volto ao meu questionamento inicial. Se eu limito o acesso de meu aplicativo pelo ÚNICO mecanismo oficial da plataforma (logo tem sim relação com a plataforma), estou ou não limando a liberdade de acesso a esse aplicativo?

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 29/01/2011 às 12:04 am

    Cá pra nós: se a Apple quisesse relaxar os termos da sua App Store para permitir a entrada do VLC nela, já teria feito há muito tempo.

    Enquanto a Apple fica nessa birra, a Sony está ajudando a fazer o VLC funcionar no Android. E, ao contrário do que acontece nos aparelhos da Apple, a versão para o Android conseguirá abrir vídeos em HD.

    Com isso, todos são favorecidos: a Sony, a Google, as outras empresas de celulares e os milhares de usuários que querem executar o VLC em seus aparelhos portáteis. Simples assim.

    (e, enquanto isso, outra divisão da Sony está seguindo o mesmo raciocínio do Steve Jobs)

    self_liar (usuário não registrado) em 29/01/2011 às 9:43 am


    Falácia de causa e efeito. Não existe relação direta entre as duas coisas, mesmo que seja possível traçar um caminho entre as duas.

    É o mesmo que eu disser que se você não tomar banho serei pressionado a fazer o mesmo.

    O André Caldas está certo. Existe sim relações. Se uma empresa adota DRM e faz sucesso ,então a outra para não ser destruida fará o mesmo


    Volto ao meu questionamento inicial. Se eu limito o acesso de meu aplicativo pelo ÚNICO mecanismo oficial da plataforma (logo tem sim relação com a plataforma), estou ou não limando a liberdade de acesso a esse aplicativo?

    Está enganado
    A GPL está cumprindo o seu papel :liberdade igual para todos. Apple quer mais direitos do que deveres, então não é possivel oferecer suporte ao software GPL. Se quer que alguém tenha o direito de te escravizar ,deve usar um software BSD,mas aguente as consequências e a falta de progresso neste caso.


    Eu posso, se eu pular do meu predio agora mesmo, estarei fazendo isso. E não existe nenhum mecanismo para evitar isso. Até porque depois de morto não posso ser punido.

    Os contratos não tem nada haver com isso.

    Os contratos não podem colocar tais regras exigindo a morte e a escravidão do indíviduo. Você pode escolher se suicidar,mas um contrato não pode se basear nisso.


    Você não entendeu o ponto. QUALQUER outro metodo de instalação de aplicativo no iPhone sem ser via App Store não é oficial, então não deve ser considerado. Fora que 99% dos usuarios de iPhone não saberia faze-lo.

    Métodos nerdisticos não entram na equação, pois se for para entrar, posso dizer que o Linux é compatível com todos os jogos do Windows, só porque existem metodos “nerdisticos” para tal.

    Como estou falando de uma plataforma feita para usuarios comuns. Posso instalar Crysis no meu nokia, porém não vale a pena considerar tais métodos, sendo que 99,9% dos usuários não possuem conhecimento técnicos para tal.

    Sinto muito ,as pessoas que compram devem ter a consciencia de que na causa existem também consequências. Ou aprende a instalar ,ou ficar sem, ou muda de aparelho .

    André Caldas (usuário não registrado) em 31/01/2011 às 3:40 pm

    @Wallacy,

    Você não entendeu o ponto. QUALQUER outro metodo de instalação de aplicativo no iPhone sem ser via App Store não é oficial, então não deve ser considerado. Fora que 99% dos usuarios de iPhone não saberia faze-lo.

    Acho que ambos entendemos, só não concordamos. Insisto em dizer: a GPL permite que você instale em qualquer lugar que você consiga.

    O PRINCIPAL objetivo do copyleft é impedir que empresas ou pessoas como a Apple imponham restrições adicionais. Não é problema da GPL se a Apple impõe tais restrições. A ideia é que o software NÃO POSSA SER DISTRIBUÍDO DESTA FORMA. ISSO É COPYLEFT!!!! Os usuários devem pressionar o fabricante a permitir software copyleft. Se o fabricante não permitir, pessoas encontrarão um jeito, ou mudarão de sistema. ESSA É A IDEIA ORIGINAL que você está dizendo que é um defeito.

    Se você acredita, como parece ser o caso do Augusto, que existe um desenvolvedor que é contra, mas que TODOS os outros gostariam que o VLC fosse re-licenciado para permitir uma exceção a Apple, você está redondamente enganado. Esse é um fato fictício. Mas ainda assim, se esse fosse o caso, não estaríamos discutindo a GPL. Estaríamos discutindo como mudar a licença de um projeto on the fly.

    Métodos nerdisticos não entram na equação, pois se for para entrar, posso dizer que o Linux é compatível com todos os jogos do Windows, só porque existem metodos “nerdisticos” para tal.

    O que entra na equação é a eliminação de barreiras artificiais impostas pela Apple aos usuários dos iXXX. Sinto lhe informar, mas é assim que funciona o copyleft!!!

    ” Mas a questão que está sendo debatida é como permitir a modificação do licenciamento DEPOIS.”

    Você está escolhendo o que desejo debater sobre o assunto?

    Meio ridículo esse seu comentário… não estou. Estou lhe informando que o post do Augusto é sobre “governança de código aberto”. Se olhar com atenção, verá que o ponto da discussão é como permitir mudanças de licenciamento com o projeto já em andamento.

    “O Stallman está correto em sua afirmação. Por exemplo, você não pode (legalmente) escolher entre comprar manufaturas feitas com exploração ilegal de trabalho infantil ou não. A comercialização desse tipo de produto é ilegal. Se você é dono de um restaurante, não pode escolher utilizar alimentos vencidos.”

    Eu posso, serei punido por isso. Porém tecnicamente eu posso. A lei preve punições após o ato ser concretizado, porém não existe nenhuma amarra me impedir fazer o que a lei preve como errado. Crimes são cometidos todos os dias porque as pessoas escolhem assim.

    É meio ridículo discutir isso com você. Você utiliza a palavra “poder” com vários significados diferentes… um pra cada conveniência. Primeiro você diz que não pode instalar o software no iPhone. Depois você diz que “tecnicamente” pode cometer crimes e tal. Não era evidente o significado de “poder” neste caso? Se você ficar trocando o significado de uma mesma palavra, vai ficar difícil…

    “Você não pode escolher que seu voto para presidente não seja secreto. Isso serve pra lhe proteger.”

    Eu posso contar meu voto para quem eu desejar, o que a lei cria são mecanismos para que ninguém descubra meu voto sem minha autorização. Não sou punido por contar meu voto, porém sou punido se tentar descobrir o voto de alguem sem o consentimento dela.

    A próxima vez que você for votar, eu sugiro que você entre com uma máquina fotográfica pendurada no pescoço. Vamos ver se sua teoria de que o sigilo é apenas para os outros se confirma. Pra variar, nosso problema aqui é de interpretação do significado de “violar o sigilo do voto”.

    “Gostaria que você não pudesse escolher abrir mão da sua liberdade quando faz contratos de fidelidade com operadoras de celular, de internet ou outras.”

    Eu não, eu gostaria de ter a opção de me fidelizar e poder pagar menos quando acreditar ser benéfico para mim. E não ser obrigado a nunca me fidelizar.

    Não existe “obrigado a nunca me fidelizar”!! O que existiria é a nulidade de qualquer cláusula contratual que lhe proibisse de exercer sua liberdade. Você pode se fidelizar!!! Só que a cláusula seria nula. Assim como seria nula uma cláusula onde você abrisse mão de direitos trabalhistas como férias, décimo terceiro, INSS e etc.

    Isso é liberdade de escolha. Causa e conseqüência! É uma lei natural! Posso escolher qualquer caminho, e depois que tomar uma decisão irei sofrer as conseqüências dela, ou regozijar os benefícios.

    Pra que o mundo seja cor-de-rosa como você está colocando, seria necessário que houvesse igualdade de forças. Se você tivesse liberdade para abrir mão de direitos trabalhistas como recolhimento de INSS, décimo terceiro, férias, fatalmente todos seriam obrigados a fazê-lo, a não ser em casos em que houvesse igualdade de forças (sei lá, se os caras quisessem muuuito contratar você). Acho difícil que houvessem pedreiros usufruindo de férias e décimo terceiro se essa fosse uma opção.

    Também é furado o seu argumento de que “é vantajoso”. Vantagem exige “comparação”. É evidente que quando há a possibilidade de extrair sua liberdade de mudar de operadora, haverão vantagens materiais associadas a este ato. No entanto, o preço praticado pela operadora é definido pelo mercado. Como você sabe que esse preço com fidelização não é o “preço real”, e o “sem fidelização” não é um preço fictício? Se este for o caso, então a fidelização é puro prejuízo para a sociedade. Sem nenhuma vantagem se quer.

    Não quero que terceiros definam o certo e o errado por mim.

    Chama-se sociedade. Seja bem-vindo!

    Você parte do principio que existe uma verdade universal. Mas não é assim que funciona. Posso citar centenas de exemplos onde uma coisa antigamente era considerado certa e hoje é errada, e vice-versa.

    Tá viajando!!!
    Parece que ninguém que concorda com você é racional. São todos fanáticos religiosos. São todos fanáticos que acreditam em uma verdade universal. Seu argumento pode ser pra qualquer forma de liberalismo.

    “Não pode escolher abrir mão da sua vida. Se pudesse, os contratos de empréstimo, aluguel de imóveis e tal, todos teriam uma cláusula dizendo que se você não pagasse em dinheiro, pagaria com sua vida. Por isso não pode escolher abrir mão da sua vida.”

    Eu posso, se eu pular do meu predio agora mesmo, estarei fazendo isso. E não existe nenhum mecanismo para evitar isso. Até porque depois de morto não posso ser punido.

    Olha aí você de novo escolhendo o significado da palavra “poder” que melhor se encaixa na sua argumentação.

    Os contratos não tem nada haver com isso.

    Hahahaha! Nem faz sentido responder, já que é uma conversa onde cada um interpreta o significado das palavras da maneira mais conveniente. Vou ter que concordar: contratos não tem nada o que ver com as bobagens que você está falando.

    “Sempre que você escolhe abrir mão da liberdade fere o próximo (eu!), que será pressionado a aderir e abrir mão também”

    Falácia de causa e efeito. Não existe relação direta entre as duas coisas, mesmo que seja possível traçar um caminho entre as duas.
    É o mesmo que eu disser que se você não tomar banho serei pressionado a fazer o mesmo.

    Muito engraçado um cara cheio de silogismos de quatro termos. Cheio de mudar o significado das palavra no meio da argumentação querer falar de falácia… (tudo bem, foi ad hominem, eu admito)

    Não é falácia de causa e efeito. É uma afirmação categórica. Não é uma inferência!! Estou apenas afirmando o que acredito ser um fato!! Não sei como você consegue extrair falácia de causa e efeito disso!! Estou falando da necessidade ou não de se considerar cláusulas desse tipo nulas em contratos. Se você precisar de uma inferência lógica, terá que axiomatizar todo o contexto/modelo. Teria que definir o comportamento das empresas e dos clientes. Teria que definir o que é um contrato. E daí certamente que poderia inferir a conclusão desejada. É uma questão de acreditar ou não na validade do modelo. Certamente que você poderia fazer o mesmo com o “banho”. Se conseguir axiomatizar um modelo para o comportamento, para conceitos como banho e tal, dependendo de suas hipóteses, certamente que conseguiria concluir que dentro deste modelo você seria pressionado a não tomar banho. Fica faltando as pessoas considerarem esse seu modelo como um retrato da realidade.

    Bom, como era de se esperar, quando alguém (você) faz muita questão de bagunçar os argumentos, a outra parte (eu) fica tendo que esclarecer coisas que já deveriam sem mais do que óbvias… a discussão perde todo o sentido.

    Volto ao meu questionamento inicial. Se eu limito o acesso de meu aplicativo pelo ÚNICO mecanismo oficial da plataforma (logo tem sim relação com a plataforma), estou ou não limando a liberdade de acesso a esse aplicativo?

    Engraçado como você manipula os fatos!!! Hahaha.
    Você está implorando muito pela resposta!!!

    Preste a atenção!!! Quem está limando sua liberdade é aquele que controla o ÚNICO mecanismo oficial da plataforma. A limitação não é física!! É uma limitação imposta pela Apple. No frigir dos ovos, quem está limando sua liberdade de instalar aplicativos é a sua outra liberdade… a liberdade que você tanto ama de poder abrir mão da sua liberdade de instalar o que quiser no seu aparelho!!! Aí depois fica aí, choramingando que não tem liberdade!!! Essa liberdade que você não tem, você não tem porque você vendeu!!! Como você mesmo disse:
    – CAUSA E CONSEQUÊNCIA!!! É uma lei natural! Posso escolher qualquer caminho, e depois que tomar uma decisão irei sofrer as conseqüências dela [...]
    Francamente… cai na real e vai sofrer as consequências de suas escolhas!!! Se quiser reclamar da consequência de SUAS escolhas, então vai sim ter que ouvir o “sermão da liberdade”. Só não vai sair por aí acusando os outros de serem fanáticos religiosos.

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