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Saiu no Baguete: Entrevista com Rodrigo Padula – Distribuição Gnu/Linux brasileiro é inviável?

“”No início do ano, o Kurumin NG foi descontinuado. O fim de uma das distribuições Linux brasileiras mais conhecidas na comunidade internacional causou tristeza nos usuários (muitos entraram no mundo do código aberto através da distro) mas também gerou uma dúvida: qual a validade de manter uma distribuição nacional nos dias de hoje?

Membro ativo da comunidade software livre desde 2005, o entrevistado da semana é Rodrigo Padula. O paulistano – que ministrou sua primeira palestra sobre Fedora no FISL em 2006 – tornou-se membro do comitê diretivo de embaixadores em 2007 e agora acaba de ser contratado pela Red Hat como gerente de relacionamento com a comunidade para a América Latina.

Padula está à frente do Projeto Fedora Brasil desde a sua criação, em 2005, quando foi nomeado um dos primeiros embaixadores do Fedora no país. De forma voluntária, o executivo ajudou a propagar o modelo dentro e fora do Brasil, conquistando mais de 50 novos embaixadores. Por Marcia Lima”

Enviado por Jonas Arantes (jonas·arantesΘig·com·br) – referência (baguete.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-18

Comentários dos leitores

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    cardoso (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 4:30 pm

    Excelente entrevista. O sujeito é bem pé-no-chão, mas muita gente “idealista” vai odiar.

    Avelino Bego (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:13 pm

    O Kurumin foi ou não foi descontinuado?

    Carlos Morimoto declara o fim do Kurumin NG

    Kurumin NG fez que foi mas não foi e acabou fondo

    Avelino Bego (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:21 pm

    Excelente etrevista!
    O cara é bem pé-no-chão mesmo.
    Lamentavelmente, aqui no Brasil, boa parte das novas “distros”, são mais por motivo de ego do que por inovação.

    Avelino Bego (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:24 pm

    Valeu, Augusto.

    cardoso (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:35 pm

    “Muito cacique pra pouco índio”. Interessante o Maddog ter percebido isso. Realmente descreve bem a nossa realidade.

    Avelino Bego (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:37 pm

    Aliás Cardoso, TUDO no Brasil tem MUITO cacique pra pouco índio…

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:44 pm

    Entrevista boa, mas peca por se esquecer de projetos como o GoboLinux, o DreamLinux, o GoblinX e outros que, apesar de brasileiros, possuem características que os diferem MUITO de outras distribuições. Pena que o Padula só se lembrou das distros nacionais que alimentam egos ;)

    Talvez seja a clássica Síndrome de Red Hat… :D

    Tiagopb (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:49 pm

    Não que eu ache que precisamos de uma distribuição nacional, mas acredito que por motivos de soberania nacional, pelo menos nosso governo deve sim ter algo próprio e se desatrelar da necessidade de empresas de outros paises( aliás, apenas repetindo o que foi dito pelo maddog e que concordo plenamente ).

    cardoso (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 5:54 pm

    Tiago, e esse Linux Brasileiro Soberano rodará exatamente em que máquinas 100% nacionais? Que eu saiba não temos o PentiumTupi ou outro processador nacional…

    Avelino, eu trabalhei em um sindicato. Éramos 50 funcionários e 40 diretores. Entendo de caciques. É algo que invade a realidade brasileira TODA, tenha certeza de que não me restringi ao mundo da informática.

    jotatb (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 6:40 pm

    Grande entrevista, mas infelizmente o cara só puxou a brasa prá sua sardinha (Fedora). Seria interessante se ele tivesse mostrado uma visão mais abrangente (que eu sei que ele tem).

    Ficou parecendo muito personalista, justamente o que ele criticou desde o início.

    Hugo (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 6:50 pm

    A inexistência de um computador 100% brasileiro não anula a validade de um sistema operacional 100% brasileiro. Um passo de cada vez.

    rodrigopadula (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 6:50 pm

    Olá pessoal! Obrigado pelos comentarios!

    jotatb, na verdade essa entrevista surgiu de um bate-papo informal com a redatora.

    Conversamos sobre o tema, debatemos alguns pontos, apresentei algumas novidades do fedora a respeito e depois tudo foi compilado em Perguntas e Respostas, por isso as informações não foram apresentadas com muita amplitude.

    Desculpem-me se em algum momento deixei de citar algo relevante.

    100% Brasileiro ??? Que besteira !!! Os milicos nos enfiaram em uma “reserva de mercado” maldita, defendendo essa idéia. Tanto faz de onde vem os computadores e os sistemas, o que importa é o que fazemos com eles. Com uma boa politica educacional, com uma politica de esportes, qualquer computador, com qualquer sistema operacional será bem utilizado !!!

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 8:38 pm

    “GoboLinux, o DreamLinux, o GoblinX”
    Nenhum deles tem um amplo mercado e acho difícil que consigam ganhar dinheiro substancial. São iniciativas válidas, não resta dúvida e não vamos desmerecer o trabalho deles, mas acreditar que possam competir com Ubuntu, Fedora e Suse é sonhar alto demais.

    Quem mais chegou perto foi a Conectiva, mas infelizmente também não conseguiu se sustentar.

    Como o Marcelo disse, não é uma distribuição 100% brasileira que vai nos levar a algum lugar, vide reserva de mercado. Além de ficar reinventando a roda e correndo pra chegar daqui a 10 anos onde o pessoal está hoje, vamos aproveitar de onde eles pararam pra daqui pra frente podermos competir.
    Tem muitos softwares que o Linux carece, tem demanda pra vários serviços, personalizações,…Se esses esforços fossem direcionados pra trabalhar em cima disso, o Linux vai crescer muito aqui e vamos ter mais soberania do que uma distro nacional.

    Com a internet mundial de hoje e os programas suportando a internacionalização, não tem mais sentido fazer nenhum software livre nacional, por nenhuma nação do mundo, mesmo que desenvolvida e/ou com grande população.

    Das distribuições de origem brasileira que foram citadas eu acho que a única com real inovação foi a GoboLinux, por ter aquela idéia de mudar a hierarquia de diretórios da distribuição, e mesmo assim hoje já é um projeto multinacional. Até a página dele é em inglês

    http://www.gobolinux.org/

    Resumindo, os projetos de software livre não deveriam ser nacionais, exceto em casos bem específicos de interesse particular de uma só nação. Por exemplo, se o programa do Imposto de Renda fosse um software livre, o interesse dele seria só no Brasil e portanto o desenvolvimento estaria restrito a brasileiros pela própria natureza.

    Além da síndrome de “muito cacique e pouco índio” que é bem clara do Brasil e das culturas latinas em geral, alguns usam o não domínio do inglês como motivo para o projeto ficar restrito a desenvolvedores brasileiros. O pouco domínio de inglês e a pouca ou nenhuma formação técnica em geral contribuem para a falta de brasileiros aptos a contribuir em tarefas mais complexas na área de software livre desenvolvido mundialmente. A verdade é que precisamos de mais gente com melhor educação.

    cardoso (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 9:09 pm

    Manoel, falou tudo, a palavra é internacionalização. Uma das coisas mais legais desses projetos colaborativos é justamente ter gente do mundo inteiro participando.

    A idéia de um “linux 100% brasileiro” me parece um retrocesso, coisa de cucaracho xenófobo.

    Já imaginou se o Linus determinasse que o Linux era um programa 100% Finlandês, e por questões estratégicas mantivesse tudo fora do alcance de gente de outros países?

    Open Source é legal por não ter “dono” (por isso não perco o sono com a SUN matando o mysql) mas é mais legal ainda por não ter pátria.

    Damarinho (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 9:28 pm

    (*_*)
    Há 5 anos, em 2004, formava-seuma Família Linux:

    Packages statistics
    Distrowatch reports the following statistics on the usega of different packages systems in various distros (data collected the 6th of September 2004):

    RPM – Based on the .rpm packages introduced by RedHat – 105 distros:
    ADIOS, Ankur Bangla, Ares, Asianux, Aurora, Aurox, Ayrsoft, Bayanihan, Berry, BioBrew, blackPanther, BLAG, Boten, Caixa Magica, cAos, CCux, Chinese 2000, ClarkConnect, Cobind, Cool, Cosix, CPUBuilders, Eadem, EduLinux, ELX, EnGarde, e-smith, Fedora, Fermi, Freedows, Gelecek, Hakin9, Hancom, Happy Mac, Haydar, HispaFuentes, HKLPG, Holon, Icepack, IDMS, Ignalum, K12LTSP, kmLinux, Kore, KRUD, LGIS, Linare, Lineox, Linpus, LinuxConsole, LinuxTLE, Linux XP, Lorma, Lycoris, Magic, Mandows, Mandrake, Media Lab, Miracle, MIZI, Momonga, MSC.Linux, N-iX, NuxOne, Octoz, OpenDesktop, OpenNA, OpenSLS, Openwall, PCLinuxOS, Peanut, PHP Sol, Pie Box, Plan-B, PLD, QiLinux, Red Flag, Red Hat, redWall, Resala, Rocks Cluster, RPM LIve, SAM, SCO, SOT, Sun JDS, SUSE, Tao, Tech, TFM, Thiz, tinysofa, Trustix, Turbolinux, Turkix, vnlinuxCD, Voodoo, White Box, WinBi, WOW, Xteam, Yoper, YourESale

    DEB – Based on the .deb packages introduced by Debian – 100 Distros
    AbulÉdu, Adamantix, ANTEMIUM, Arabbix, ASLinux, Augustux, BEERnix, Biadix, Bioknoppix, BlackRhino, Bluewall, Bonzai, BrlSpeak, Càtix, ClusterKnoppix, Condorux, Damn Small, Danix, Debian, DebXPde, Defender, DemoLinux, Demudi, Eagle, eduKnoppix, ERPOSS, ESware, Euronode, FAMELIX, Feather, Flonix, Freeduc, Gibraltar, Gnoppix, gnuLinEx, GNUstep, Guadalinex, Hiweed, Impi, INSERT, K-DEMar, Kaella, Kalango, KANOTIX, Kinneret, KlusTriX, knopILS, Knoppel, Knoppix, Knoppix 64, Knoppix STD, KnoppiXMAME, KnoppMyth, Kurumin, LAMPPIX, L.A.S., Libranet, LIIS, LinEspa, Linspire, Linuxin, Livux, LLGP, Loco, Luinux, Luit, MAX, Medialinux, MEPIS, MIKO GNYO, Morphix, Munjoy, Nature’s, NordisKnoppix, OGo Knoppix, Omoikane, Oralux, Overclockix, Pequelin, Penguin Sleuth, PHLAK, Pilot, Progeny, Quantian, Santa Fe, Shabdix, Skolelinux, Slavix, Slix, Slo-Tech, SmartPeer, Soyombo, SULIX, Tablix, Tilix, TupiServer, UserLinux, X-evian, Xfld, Xandros, Zopix

    TGZ – Based on tarred and compacted packages, introduced by Slackware – 36 Distros
    AL-AMLUG, Arch, AUSTRUMI, BearOps, Blin, Buffalo, Burapha, College, CRUX, DARKSTAR, Definity, DeLi, Devil, DNALinux, Drinou, EvilEntity, Freepia, GoboLinux, JoLinux, Litrix, LiveCD Router, Minislack, MUMi, Netwosix, OpenLab, Phayoune, Plamo, Puppy, ROOT, RUNT, Sentinix, Slackintosh, Slackware, SLAX, STUX, Vector

    SOURCES – Based on sources – 9 Distros
    Core, Gentoo, LFS, Lunar, Murix, Onebase, ROCK, Sorcerer, Source Mage, TA

    APT-RPM – Rpm managed with the apt tool – 9 Distros
    ALT, Ark, ASP, CLE, Conectiva, Lorma, PLD, Vine, Yellow Dog

    PORTAGE – Based on the portage system, introduced by Gentoo – 8 Distros
    Gentoo, Gentoox, Jollix, Navyn OS, Shark, SystemRescue, Ututo, Vidalinux, ZerahStar

    #####
    2. Após esta fase transitória, veremos a tecnologia da informação e cominicação abrindo um leque, corjeto, amplitude, para criação de tantos Linux quanto as paternidades possam gerar.
    Algumas mentalidades academicistas modificarão suas opiniões e visão holística.
    O embrião agora é um poderoso núcleo centrfugado e difuso.

    As culturas vão sedimentando a arte, sem supérfluos e exagerados paroxismos,
    a ténica e terminologia, independente de líderes.
    Na terminologia, haverá modificações pela semântica. Exemplo: Não adotaremos denominar Ferramentas, mas Recursos, porque já saímos da fase nublada dos comparativos e soberbas semelhanças infantis dos semialfabatizados.

    Não costume ressuscitar defuntos, nem difamá-los, mas a grande lacuna do Conectiva foi a Qualidade. Os “feedback” deveriam surgir dos acadêmicos, mas eram silentes.
    E o usuário sabe que um “freezer” no sistema é um decreto de fatalidade e ostracismo.
    Usuário qualquer não é bobo da corte.

    Visionário como sou, verei diversas versões do Linux, (quem sabe, baseadas no OpenSuse), produzidas em colegiados, sacristias e conventos, corporações, clubes, serviços, cinema, TV digital (reformada), hospítais (com médicos ciberneutas), telefonia móbile, navegação interplanetária, um programa-Xadrez para jogar com o BigBlue.
    Verei também, acadẽmicos abdicancdo de seus devaneios oníricos, envisando a todas a tribos para que sejam independentes, conservando sua cultura milenar.
    Na fantasia, está o futuro Verniano. E a realidade tem um multiplicador solidário: liberdade do conhecimento, sem fronteiras.

    Hoje, conduzimos um pacote de cartões-de-visita para distribuir aos amigos. Amanhã, conduziremos um DVD com nosso Linux preferido, tambem para compartilhar.

    Pinguim não usa gaiola.

    o/

    Monge (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 11:18 pm

    Acho que a questão não é apenas a tendência à “internacionalização”, mas sim, à “profissionalização”.

    No passado, SL era um movimento predominantemente ideológico, sustentado por geeks, nerds e hackers, em suas horas de lazer. Hoje, SL é um negócio, desenvolvido predominantemente por programadores profissionais, que cumprem metas, e recebem por essa atividade. As grandes distribuições Linux não fogem a essa regra. Todas elas estão suportadas por empresas.

    Claro que ainda há, e semrpe haverá, espaço para distribuições amadoras – mas a tendência é que elas percam o fôlego.

    sblsks (usuário não registrado) em 18/02/2009 às 11:38 pm

    Adaptado ao Brasil e não 100% brasileiro

    Acho que exista uma grande diferença nisto, ou seja, ser adaptado para o Brasil e ser 100% brasileiro. O Brasil precisa de uma distro adaptado as necessidades brasileiras, e que permita em uma simples instalação (sem grandes acertos posteriores) o seguinte:

    1) Suporte nativo a modem (algo muito comum por aqui no Brasil, infelizmente),

    2) Uso do língua portuguesa o mais intensamente possível, e

    3) Aproveitando a nossa flexibilidade nas leis, trazer o maior número de codecs nativos que essa flexibilidade permita, como; mp3, w32codecs etc… (não acredito que uma atitude puritanista ajude o Linux de alguma forma, quando se trata de converter usuários do Windows)

    Quanto as inclinações gerais dos brasileiros, costumo dizer: é preguiçoso por natureza e essa preguiça o leva a ser corrupto. Ele não corre atras de seus direitos, prefere assistir futebol e novela em vez disso, mas quer que alguem faça alguma coisa. Diz que os governantes são corruptos e responsáveis pelo lastimável estado desta nação, mas ele mesmo não perde uma oportunidade de roubar o seu próximo, e, se ele fosse um desses governantes, do qual ele mesmo fala mal , roubaria a mesma coisa ou até mais.

    Felizmente há exceções.

    Acredito que haja uma série de razões válidas para qualquer interessado criar uma distribuição quando quiser. Mas daí a afirmar que “o Brasil precisa” que isso seja feito, há um abismo.

    Para haver uma distribuição 100% brasileira, é necessário que o plano inclua desenvolver (ou escolher) um kernel brasileiro, e todo o conjunto de softwares (aplicativos, utilitários, daemons, etc.) que o acompanham. Caso contrário, o software continua a ser o mesmo excelente conjunto de origem internacional que já conhecemos tão bem, e sobre o qual em tese haveria esta tão citada “dependência tecnológica” – que desta vez não parece estar incluída na argumentação, felizmente.

    Caso contrário, também, nenhum argumento baseado em soberania, independência tecnológica ou participação na criação de conhecimento chega perto de ser completado.

    Para oferecer material que não pode ser legalmente distribuído fora daqui por questões de patentes, não é necessário criar uma distribuição inteira. Basta fazer (e manter) uma edição local de qualquer distribuição já existente e bem mantida por uma comunidade maior, sem duplicar a totalidade dos esforços – no estilo dos “re-spins” e “remasters” tão comuns. Custa menos (dinheiro, tempo e esforço), e o potencial de ser colocado ao alcance do público, com expectativa de manutenção continuada, é considerável – justamente porque não será necessário duplicar o conjunto completo do esforço já existente.

    No caso de drivers de modems que não sejam distribuídos por questões de direitos autorais ou por problemas de natureza técnica, a localização em território nacional não faz sumir nenhuma das 2 categorias de problemas. E em havendo solução (jurídica ou técnica), também não há necessidade de recorrer ao desenvolvimento e manutenção de uma distribuição inteira para oferecer este recurso, podendo-se recorrer aos re-spins e remasters de distribuições existentes.

    E quanto ao uso do idioma pátrio, também não é necessário criar uma distribuição inteira para solucionar a questão, como bem demonstram os variados projetos já em andamento, muitos dos quais contribuem diretamente com os desenvolvedores dos aplicativos sendo traduzidos, sem se limitar a traduzir as versões empacotadas.

    Grobsch (usuário não registrado) em 19/02/2009 às 7:39 am

    Eu acho simplesmente o seguinte, nenhuma distro oferece o que as do GoblinX oferecem, então porque eu deveria parar? Depois de quase quatro anos e meio a frente do projeto juntando pedaços para torná-lo forte, eu não vou parar, além do que eu comecei o projeto por um motivo que continua válido, não existiam distros base Slackware que oferecessem um algo mais. Hoje tem as distros do GoblinX e o Zenwalk.

    Agora acrescento: apenas o Zenwalk e mesmo assim de modo diferente, oferece algo parecido com o GoblinX, nenhuma outra oferece. As distros do GoblinX continuam sendo únicas. Alguns até acham que eu sigo uma direção errada, mas ainda sigo uma direção única.

    Eu junto a estabilidade e poder do Slackware ao sistema de livecd imbátivel do Slax, com muito além e pelo menos que só as grandes distros tem, repositório próprio de pacotes.

    GoblinX, um livecd brasileiro com base Slackwareb

    Luciano Candido de Lacerda (usuário não registrado) em 19/02/2009 às 8:34 am

    Haver diversidade de distribuições, mesmo que em excesso, é interessante para o software, pois sempre haverá um aumento de interação entre os usuários e o mesmo, haverão mais iniciados no software livre ( mais interação = mais bugs achados, maior divulgação, maior inclusão ), há ótimos exemplos que já foram citados aqui .
    O lado negativo disto é que a marca se dilui ( isto é um problema pequeno, mas que deve ser gerenciado ).
    Quanto `a “nacionalização” , isto é um termo sem significado ( apenas bravata política ) , o código é aberto, para manter a “soberania nacional”, basta auditar o código ( seja de qual distribuição for ) e capacitar pessoas.

    Pois é, justifica ter um Linux nacional se a empresa nacional em questão quer ter um modelo de negócio e ganhar dinheiro com ela, da mesma forma que a Red Hat, Suse e Conectiva fizeram.
    Agora, ter uma distribuição nacional por questões “soberanas”, não dá.

    sblsks (usuário não registrado) em 19/02/2009 às 9:26 am

    É verdade, “o precisa” é exagero mesmo, mas quando eu falo que é necessário uma melhor adaptação as necessidades brasileiras acredito que isso realmente seja válida, se não for mudo minha maneira de pensar com certeza. Hoje eu sou capaz de me virar sozinho em muitos aspectos, não todos mas muitos, assim como a maioria dos leitores deste site, que leio quase todos os dias por causa da sua qualidade, mas quando digo “precisa”, com exagero concordo, penso nos usuários novos e inexperientes que não vão querer ficar googlando atrás de soluções para fazerem seus arquivos e hardware funcionarem como no Windows.

    Distribuições como o Ubuntu trazem muitas facilidades com respeito aos codecs, e a língua e até mesmo para modems, mas até a última vez que usei-os, era necessário baixar essas acertos pela net, algo que acredito não ser bom quando se trata de usuários novos, porque nem sempre esse acesso a net é tão fácil assim, ainda mais que muitos usam modem e não banda larga. Eu mesmo já usei banda larga durante muito tempo, e era uma maravilha, mas atualmente uso modem e nem atualizar os pacotes é fácil de se fazer.

    Também acho que fazer uma distro do “0″ seja algo desnecessário, como eu já disse anteriormente, é reinventar a roda. Um remaster é a maneira mais lógica de se adaptar algo, e eu já havia dito mais ou menos isso antes. Uma das coisas que acho legal no soft livre é juntar pessoas de várias nações diferentes e ñ dividir-las. Ter algo 100% nacional é desperdício se feito apenas por espírito nacionalista, concordo plenamente com isso e se algum dia eu disse o contrário pode ter certeza que ñ era o que eu quiria dizer. Porém acho legal que haja algum interesse das pessoas em ajudar os projetos que são nacionais primariamente aos que são estrangeiros, quando tenha um projeto que mereça, porque a nossa inclinação brasileira normal, como um todo, não é valorizar os projetos brasileiros, talvez devido as nossas características gerais de preguiça e corrupção, mas mesmo assim temos algumas iniciativas sérias, que merecem nossa atenção. Um exemplo, Guia-panel, Biglinux…

    Particularmente, não acho legal o espírito “puritanista” contra os softs proprietários, embora eu mesmo dou a preferência aos open-sources. Infelizmente alguns são necessários para atrair novos usuários ao Linux e deixar nossas distros realmente prontas. Que adianta o Linux ter um poder extraordinário nos desktops 3D, algo que atrai os usuários do Windows porque eles não tem, ou não tinham, algo semelhante, mas ter dificuldades de instalar os drives nvidia.

    Aproveitando, não acho legal o espírito religioso que alguns (principalmente comunidades) tem com relação as suas distros favoritas, cegando uma avaliação mais realista e criando rivalidades inúteis. Particularmente eu, sempre estou disposto a reavaliar e mudar minha opnião quando necessário e respeito as opniões divergentes.

    “O Brasil precisa” é realmente um exagero, pois tudo que pessoalmente acho que uma distro adaptada as nossas necessidades, não a minha, mas dos novatos em geral, o Biglinux já oferece e com sobras.

    Para melhorar o suporte a formatos proprietários, softmodems e etc instalando codecs e outras coisas que normalmente não vêm nas distribuições linux por causa das leis americanas basta, na grande maioria das distribuições, adicionar repositórios não-oficiais, localizados normalmente em servidores europeus e instalar os pacotes. Um exemplo disso são os repositórios PLF, livna, etc.

    Para automatizar isso, basta criar um script, como já é feito em diversas distribuições:

    http://easylifeproject.org/

    É mesmo verdade, quanto à maioria das distribuições e usuários. Mas vale destacar que nem sempre é o caso, em especial no que diz respeito ao suporte a conectividade, como no caso dos softmodems, e também no caso das distribuições que rodam diretamente a partir de uma mídia read-only, sem modificar o disco rígido.

    sblsks (usuário não registrado) em 19/02/2009 às 3:26 pm

    Amigos,

    a minha opnião com relação a uma instalação mais completa e sem muitos pós-instalação se da principalmente pelo fato de que muitos que experimentam o Linux não sabem como resolver essa complementação da instalação, não tem um amigo que o saiba, e outros ñ tem acessos tão facilitados a internet. Pessoalmente eu ñ tenho esse problema porque conheço e uso ferramentas como o aptoncd e cia., assim como sei que muitos dos leitores aqui tbem ñ o têm.

    Foram numerosas as experiências de pessoas que conheci e que ñ gostaram do Linux porque eles ñ conseguiram abrir este arquivo ou outro, etc, quando na verdade o Linux é bem capaz sim de abri-los, mas estes usuários ñ souberam resolver este problema e ficaram com a impressão errada. Por outro lado outras pessoas que tive oportunidade de instalar o Linux para eles gostaram, ñ todos é lógico, mas com um grau de satisfação muito maior do que estes primeiros que tentaram sozinhos com uma distro, até que boa, mas incompleta em alguns sentidos.

    Até ando as nossas leis permitirem, uma complementação das instalações com os codecs, proprietários ou ñ, uma instalação mais completa possível da língua portuguesa, suporte aos modems, etc, melhorará as experiências de novos usuários irão ter, melhorando assim a pesada fama que o Linux tem de ser difícil de se usar. Esse foi o segredo do sucesso do Kurumin e agora do Biglinux. Distros grandes normalmente não podem se igualar a isso (digo nas instalação padrão) porque são feitas para o mundo em geral e nivelam-se pelas leis mais restritas.

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