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Na Espanha, o Dr. Stallman critica Linus, seus seguidores, as distribuições populares, as pessoas que confundem Linux com GNU, Microsoft, Apple, celulares, governos e mais

Vi no NoticiasLinux que Richard Stallman, fundador do projeto GNU, fez nova apresentação do espetáculo sempre aplaudido pelos seus fãs: criticou aquilo que vê como sendo a atribuição pelo público a Linus Torvalds de todo o trabalho que ele mesmo, seu movimento e seus seguidores vêm realizando há 25 anos, efeito este que ocorre quando, em sua opinião, as pessoas confundem o Linux com o GNU, segundo o Publico.es, que cobriu sua participação em um recente evento madrileno.

O BR-Linux recomenda: jamais confunda o Linux com o GNU!


Dr. Stallman discursa descalço em Madri

O Publico.es, aliás, não perdeu uma oportunidade de atribuir ao criador do GNU EMACS em seu título uma afirmação polêmica que ele não fez: a de que o Linux não é software livre. O título diz isso, mas o texto não apresenta esta crítica ao kernel mais comumente adotado junto ao GNU – apenas a já nem tão nova opinião de que Linus Torvalds é contra os valores do software livre, que as distribuições mais populares não são software livre pois incluem ou suportam programas proprietários, e que Linus e seus seguidores estão apenas preocupados com o código e a programação – sendo que para o Dr. Stallman, todos que não estão a favor dos valores do movimento de que ele participa vão contra a liberdade, conclui o texto. E quem acompanha a cena Linux há tempo sabe que de fato, o Dr. Stallman e Linus não compartilham muitos valores entre si, o que não tem impedido a adoção do kernel Linux em boa parte dos sistemas que incluem também o GNU.

Para completar, o criador da GPL advertiu contra ou criticou a Microsoft, a Apple, os celulares, os governos que não adotam software livre, os equipamentos que não funcionam com software livre. e as empresas que oferecem gratuitamente softwares proprietários para uso em escolas, segundo o extensivo relato disponibilizado.

Agradecimentos aos 6 leitores que mandaram links variados desta mesma notícia nas últimas horas, e não pude postar por causa da pós. Se eu deixei de mencionar algo que vocês tenham comentado, façam bom uso da área de comentários!

Saiba mais (publico.es).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-03-07

Comentários dos leitores

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    Francis Rondon (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 12:43 am

    Véio, cê traiu o movimento!

    Davy Jonker (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 1:03 am

    Eu não sei como alguém ainda dá ouvidos a esse cara, ele parece viver em um mundo em que ninguém vive.
    Também acho que se não fosse o Kernel do Linux, o GNU já teria sumido faz tempo.

    corvolino (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 1:12 am

    O mundo tem que ser como o Linus e o Stallman quer é?

    Não apoio nenhum dos dois, prefiro a filosofia do Linux :]

    bejo ;*

    Eden (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 1:20 am

    E se não fosse o GNU e o trabalho de stallman, sem o movimento do software livre que ele criou, não seria possível um SO criado por voluntários empolgados chegar a rivalizar gigantes como MS. Se fosse criado por pessoas com a mentalidade de Linus com certeza não teria chegado mesmo. Linus está no lugar dele. Deixa lá ele desenvolvendo o kernel com o ego mosntruoso dele.

    MaxRaven (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 1:22 am

    Agora o post sobre o PC do Céu perde folego, mas deixa o extintor por aqui, este vai pegar fogo logo.

    Li a pouco a noticia via outro site e estava comentando com um amigo, respeito muito o que o Dr. Stallman fez, mas perco totalmente este respeito quando ele abre a boca. Realmente, parece que ele vive em outro mundo. Tudo bem querer mudar o mundo atual e adotar sua visão como modo de vida, mas não ver, entender e respeitar o mundo em que os outros vivem é um saco e nisso ele perde toda a credibilidade.

    Ao meu ver, com isso tudo, quem acaba traindo o próprio movimento é ele.

    Rhob (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:17 am

    @MaxRaven
    Após muito falar com amigos exatamente isso, leio seu comentário e chego a uma conclusão inacreditável:
    -Sejamos sinceros, o Linux não tem potencial pra substituir o Windows ainda.
    -Fora do meio específico, NINGUÉM ouve falar NADA de Stallman ou Linus.
    -Ambos realmente foram MUITO importantes para chegarmos até a situação atual (do GNU/Linux, não a crise mundial!)
    -Ambos lutam para se manterem relevantes hoje em dia. Algo como o Yahoo tá tentando fazer, só que com um pouco mais de polêmica.

    Ou seja, o que o Stallman faz, ele faz não porque ele vive no mundinho dele, e sim porque ele acha que assim vai colaborar com a situação (não a crise!)
    Não sei se eu soube me expressar, mas acho que entendo os motivos do Stallman pra tais discursos “inflamados”.
    Só não vi razão ainda pras “acompanhantes” que volta e meia aparecem perto dele… :P

    Bom, Stallman continua coerente ao que ele sempre acreditou e disse. O que acho chato (e estranho) é todo mundo tentar ficar criando polêmicas em cima do que ele fala… em blogs, jornais, comentários… parece que só para ridicularizá-lo e tirar o foco das coisas que ele fala.

    ele parece viver em um mundo em que ninguém vive

    Esse tipo de comentário é recorrente por aqui, parece que todo mundo tem que aceitar o mundo que vive… eu hein.

    não ver, entender e respeitar o mundo em que os outros vivem é um saco e nisso ele perde toda a credibilidade

    @MaxRaven, li o artigo e não vi nada de demais. Stallman não desrespeitou ninguém. Seria interessante saber os motivos pelo qual você acha isso.

    alberto (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:31 am

    Sou + Stelmann

    Monge (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:36 am

    Vou retomar aqui o argumento que coloquei nos comentários do artigo Conhecendo melhor algumas opções de licenciamento livre

    Eu defendo e advogo em favor dos valores da filosofia do “software livre”, mas eu não saio por aí fazendo ataques e críticas contra a filosofia “código aberto” (segundo a OSI), porque não as considero antagônicas. São apenas diferentes, mas não divergentes.

    Acredito que os projetos desenvolvidos sob “código aberto” acabam contribuindo para a maior difusão do “software livre”, na grande maioria dos casos.

    Claro que entendo a frustração do Stallman: o cara iniciou o movimento (FSF), pregou sua filosofia (“free as in free speech”), construiu toda a infraestrutura (GNU), e aí aparece um moleque (Linus Torvalds) que adiciona a azeitona (o kernel Linux), e leva toda a fama. É frustrante, sim, mas não considero inteligente atacar colaboradores, só porque não compartilham integralmente da sua “religião”.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:37 am

    Já falaram sobre isso em outro post: não há uma única comunidade do software livre, e sim grupos que tentam utilizá-lo de acordo com seus interesses e ideologias.

    O Stallman é partidário de uma ideologia em que o computador não pode ser pensado como algo “puro”, livre de governos e interesses escusos. Reconhece que o computador é uma máquina que realiza atividades orientadas pela ideologia de quem o programa. E que pode haver desenvolvimento na Informática fora das regras da “democracia burguesa”, calcada no individualismo e na competição desenfreada. Nem todos são obrigados a participar desta “Informática solidária”, é verdade, mas quem vier para ajudar pode saber que será ajudado também, tanto direta quanto indiretamente.

    Agora o Linus… Bem, me lembra muita gente que, quando precisa de algo, prefere a solução mais fácil, sem refletir se é bom ou não utilizá-la (o BitKeeper é o melhor exemplo disso).

    Ora, sempre existirão sistemas proprietários, blobs e coisas do tipo, mas não somos obrigados a aceitar isso, diz o Stallman. Pode parecer piegas, mas é a melhor solução a longo prazo para todos (que diga o Linus agora com o seu Git…).

    E todo este excesso de foco no Linux ofusca a imagem do projeto GNU, do BSD e de outros que são tão importantes. É só procurar quantos desenvolvedores são pagos por empresas para desenvolver o kernel do Linux, e comparar com a quantidade de desenvolvedores “financiados” para os projetos que citei acima. Nesta hipervalorização do Linux, certos desenvolvedores consideram que o único SL que vale a pena ser mantido é o kernel, pouco se lixando com o “resto”. E este caminho não é nada bom.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:40 am

    Ops… Errei o link sobre a “democracia burguesa”. Este daqui é o certo!

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:44 am

    Semente e Monge, muito bem é por aí.

    Fácil chamar o cara de louco, mas procurar entender é outra coisa.

    Stallman fez muito pelo MUNDO. O cara em um pensamento hippie, faz o que faz com despreendimento. Utopia muitas vezes, mas ele luta por isso e mudou o mundo.

    O que mais tem é gente que odeia o cara simplesmente por ele fazer isso.

    Talvez seja bem aquele caso das pessoas não gostarem de gente assim porque mostra o quando elas tem de ruim: egoísmo principalmente. Faz com que os defeitos fiquem realçados.

    Clichê ? Sentimentalismo ? Metallica já disse “Sad but true”.

    Rafael (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 6:54 am

    Tira o Dr. Stallman e põe a Nivea Stellman, e acabou-se o rolo! :-)

    Ronin (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 7:18 am

    Essas criticas de Stallman ao Linux são apenas porque eles continuam
    com a GPL2 e não pretendem mudar;)

    .deb (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 7:57 am

    Suposição: Se a fundação GNU deixasse de existir hoje, o Linux (distros) teria futuro?
    Se o Linux (distros) continuasse existindo sem o GNU então talvez seja a hora de se entender que:

    1)O GNU deve seguir adiante e criar enfim seu kernel hurd e viver feliz, sem o kernel Linux (seria uma ulcera a menos para o Dr. Stalmann);

    2)O Linux, enquanto distro, continua sendo o que é e não precisa ser chamado de GNU/Linux, porque afinal usa código GNU, assim como usa código OpenBSD, Fundação Mozilla, Apache e etc.

    [piada] Dr. Stallman condena o banho… [/piada]

    André Machado (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 8:05 am

    Uau, o Augusto está fazendo pós-graduação? Desejo toda sorte pra ele ;).

    Quanto à entrevista do Stallman, uma análise mostraria que o que ele falou está correto (pelo menos levando em consideração o que ele prega), o problema é a maneira que ele costuma colocar os fatos.

    Obrigado, André! É a segunda, na verdade. A primeira foi relacionada a software livre, e esta agora, que estou concluindo, é sobre gerenciamento de projetos.

    Felipe Lucio (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 9:49 am

    Sinceramente, criticar o maior expoente dos seguidores da GNU não é muito inteligente…

    Como já disseram, à fama da GNU se dá em grande parte ao Linux.

    É por essas e outras que prefiro muito mais licenças realmente abertas como a BSD e a MIT.

    Concordo plenamente com o que o Técio martins e o monge disseram.

    Eu acho que muita gente também se diverte atacando o Stallman por causa do seu radicalismo e de sua figura meio “hippie”, mas eu acho que ele é um idealista como houve diversos na História que acabaram mortos, incompreendidos por muitos mas que no final das contas mudaram algo na história da humanidade. Esse tipo de gente radical e idealista é importante porque causa as mudanças de paradigmas e o Stallman, querendo ou não, com o seu discurso criou uma grande mudança de paradigma no mundo da informática.

    Também acho que a mídia em geral dá um excessivo valor ao Linux e acaba sendo injusta com diversos projetos de SL como apache, openoffice.org, etc que são tão ou mais importantes do que o linux para a informática atual. Mas eu acho que essa concentração da mídia em torno do linux é mais por ignorância do restante do SL do que intenção dos autores.

    A verdade é que o desenvolvimento do kernel Linux hoje depende muito de diversas empresas de hardware e de software e com isso há grandes investimentos e com isso grandes interesses particulares delas. O linux hoje é uma plataforma aberta desenvolvida cooperativamente usada por essas empresas para concorrer com a gigante Microsoft e elas estão muito mais interessadas nisso do que nas filosofias pregadas pelo Stallman.

    Nem por isso eu ou a maioria vamos deixar de usar o linux, mas precisamos ter consciência do grande jogo de interesses que hoje está em torno do linux e da importância dos princípios de liberdade pregadas pela FSF, Stallman, etc e saber que há alternativas de kernels livres que podem ser usadas também no futuro, mesmo que hoje ainda não estejam tão maduras quanto o linux.

    Bruno (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 12:19 pm

    As distribuições linux, continuariam existindo sem GNU ou sem a FSF.
    O unix existe antes do gnu e vive muito bem suas distros.
    Sem gnu , e hoje com as grandes melhorias do pessoal da comunidade o linux iria continuar sem problena algum.
    Software livre não é criação do Stallman, lembrem-se que o unix começou como um so proprietario e com uma certa luta e que conseguiram que ele fosse também livre. Com isso surgiu ai os BSD.
    Então isso de colocar em grande parte a nossa “liberdade” graças a Linus e Stallman é errada.

    O Stallman as vezes viaja sim , acho que ele faz isso de proposito para ficar na midia.

    Quem já teve a oportunidade de ouvir o cara ao vivo – eu tive – deve pensar muito antes de criticá-lo.

    A primeira coisa que o cara diz é que a criação da idéia do software livre (não entrarei na discussão se antes existir ou não o “open source”) foi a sua maneira de “mudar o mundo”. Foi a sua maneira de ter sua existência garantida mesmo após a morte, caso queira. Poderia ter se tornado presidente, poderia ter se tornado bombeiro e salvado moradores de um prédio em chamas, poderia ter feito qualquer outra coisa. Mas a sua criação foi sua garantia nos livros de história (ok, um pouco de exagero, mas será lembrado por muitos).

    Se não concorda com ele, que tal arrumar sua própria maneira de fazer a diferença no mundo? Que não seja defendendo o software livre, logicamente um devaneio ideológico irreal num mundo capitalista selvagem, mas com algo que garanta que sua existência não foi em vão.

    Dizer que o cara é irrelevante é esquecer o próprio passado. O cenário tecnológico e cultural deve muito ao cara. Talvez se ele não tivesse criado o “software livre” outro o faria, e acredito que outros tenham feito “em paralelo”, mas se hoje pensarmos que o “livre” “vazou” para fora do cenário de software – também influenciou o próprio mercado de software, inclusive o proprietário -, nos levando à intermináveis discussões sobre direitos autorais, patentes, mercado…

    Que outro “setor”, além do “informático” discute tanto estes assuntos hoje em dia? Talvez o literário, o “cinemático”, o musical, e todos estes tiveram influência da criação da GNU, décadas atrás.

    Não estou querendo atribuir todo o “crédito” ao tiozão. Ele tem todo o direito de falar o que quiser, quer seja válido ou não. Ele é um cara que tem seus valores e parece que nada no mundo o mudará.

    Não sei até que ponto isto é bom ou ruim (uma pessoa que muda muito fácil é chamada de “sem-opinião”, mas uma que não muda é chamada de cabeça dura!), mas importa que é a opinião do cara e ninguém é obrigado a segui-la.

    Recomendo aos que gostam de criticá-lo que deixem de ver o cara através das lentes dos blogs sensacionalistas e que procurem ouvir sua opinião diretamente, por meio de vídeos (em ogg, é claro! hauahauh) ou mesmo a partir de textos que ele mesmo escreve.

    Ah, e Augusto, mais uma vez a piadinha: o site não deveria se chamar Br-GNU/Linux? hauahauhauah

    Tenchi, se você tiver a referência de algum vídeo ou cobertura do evento que mostre algo além, ou algo diferente, do que foi relatado pela fonte desta notícia, não deixe de compartilhar conosco. Na ausência disso, parece que a melhor forma de formar opinião sobre o que foi dito nesta palestra é pelo material já disponível.

    Sobre BR-GNU/Linux: BR-Linux segue exemplo da OSI e irá adotar o endereço BR-GNU/Linux

    Covarde Anonimo (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 1:59 pm

    Porque será que a maioria chama o Stallman de louco e de imbecil?
    Porque simplesmente no Brasil é errado defende e manter sua posição, principalmente quando é contra a maioria esmagadora.

    Covarde Anonimo (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:01 pm

    Corrigindo:
    defende -> denfender

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 2:34 pm

    @Tenchi, muito bom seu comentário.

    O cara é um idealista, quem o critíca fala isso como se fosse ruim e adora usar “idealista” como alguém que fica viajando em sua mente, e nunca fez nada.

    O cara pegou seu sonho e fez (com ajuda, claro) TUDO na informática: Editor de textos(EMACS), o compilador (GCC) e aplicativos GNU.

    “Ah, não fez o Kernel, que inútil”. Por favor, ele não é obrigado a fazer tudo e se tinha algo pronto e funcional, ótimo, vamos usá-lo.

    @Covarde Anonimo, perfeito, é isso aí.

    Infantis as afirmações de que ele faz tudo porque quer estar na mídia, parece que falam de um ex-BBB qualquer. Quanta falta de argumentação.

    Fernando (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 5:19 pm

    (to com o teclado mal configurado, entao to sem o “til”…)
    O que eu nao gosto no Stallman nao eh(til e acentos…) ele defender o software livre, mas a insistencia em nao reconhecer outros modos de fazer software.

    Eu adoro o Linux e tudo o mais, mas eu nao gostaria de ver todos os sistemas proprietarios sumindo… eles tem o seu espaco(til, acentos e cedilha…)

    Eu quero ter a liberdade de poder escolher entre a liberdade de olhar/alterar o codigo fonte OU NAO!!

    Por que pra ganhar a liberdade de olhar e modificar o fonte eu tenho que perder a liberdade de escolher o que eu quero usar?

    Nao troco uma ditadura por outra…

    renatow (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 5:30 pm

    O Rhob disse: “o Linux não tem potencial pra substituir o Windows ainda”

    Eu descordo totalmente, a poucos dias atrás instalei a versão 8.10 do ubuntu e me surpreendi com a facilidade, tanto da instalação quanto da utilização do sistema.

    Outra coisa é essa mentalidade de que um sistema tem que substituir o outro, Deus abençoe a variedade de escolha, que continuem crescendo os sistemas Windows, Linux e tantos outros e que surjam novos sistemas cada vez mais.

    Em relação ao Stallman, nota-se que existe um “ciúme” da parte dele em relação oa nome Linux, nada que não seja da naturesa do seu humano, o cara tem seus méritos como o Linus também tem, e tantos outros que desenvolvem outros softwares livres q

    Augusto, os sites a que me referi são… os sites sensacionalistas, ué!, que logicamente não inclui o Br-GNU/Linux.

    Eu entendi o que você escreveu e o convidei a compartilhar conosco outros sites onde possamos nos informar sobre a participação de RMS no evento mencionado, atendendo aos teus critérios de seleção.

    Linus (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 8:22 pm

    A liberdade é o direito de escolhar mesmo em que muitas vezes a nossa opinião possa ser diferente da maioria, mas o mundo desde o inicio dos tempos foi assim. Linus e o Richard são icones, cada um com suas crenças e pensamentos, e os dois com certeza estarão para sempre nos livros de histórias e criaram uma revolução na área de tecnologia cada um do seu jeito. Eu não quero ficar em cima do muro, mas costumo ler a respeito e admirar pessoas que criaram obras grandiosas e em relação ao Software Livre estes dois foram marcantes. Acho que a frase é de Voltaire um francês se não estiver enganado, “posso não concordar com tuas palavras, mas defenderei até a morte o direito de preferi-las.”
    Eu penso assim em relação a estes dois verdadeiros mitos do Software Livre.

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 8:59 pm

    @tenchi,

    Cara, você subiu infinitamente no meu conceito!! Que já não era baixo… ;-)

    @Fernando,

    [...] mas a insistencia em nao reconhecer outros modos de fazer software.

    Eu gostaria que as pessoas fossem mais específicas quando fizessem esse tipo de afirmação. O que você quer dizer? Como assim o Stallman não reconhece outros modos de fazer software?

    Pelo que entendi, o Stallman está preocupado com a inversão de valores que movimentos como o “open source” pregam. Em que momento ele não reconhece (seja lá o que você quer dizer com esse termo vago) outros modos de fazer software?

    Eu adoro o Linux e tudo o mais [...]

    Caraca, e você ainda vem achando que o Stallman não tem razão!! Você está se referindo ao software livre e basicamente todo o resultado de um trabalho que se iniciou a 25 anos atrás pelo projeto GNU por “Linux e tudo o mais”. Eu em particular, não estou nem aí pro tal do “Linux”. Acredito que se não tivesse o kernel do Linus, outra coisa, talvez melhor estaria aí para substituí-lo. Mas isso é só uma crença pessoal. O que o Stallman tanto insiste é que ao invés de adorar o Linux pelo ponto de vista técnico, que você valorize e faça questão de defender sua própria liberdade!!

    Por que pra ganhar a liberdade de olhar e modificar o fonte eu tenho que perder a liberdade de escolher o que eu quero usar?

    Primeiro que “liberdade de olhar e modificar o fonte” é uma ultra-simplificação do que é o movimento pela “liberdade” dentro do universo do software. Isso que você tá falando é mais sobre “open source”… =P

    Porque alguém escolheria não ter uma certa liberdade? Porque você quer poder escolher entre ter ou não liberdade?

    Não me parece uma questão complicada. Veja bem… a “liberdade de matar uma pessoa”, por exemplo. Não há mal nenhum nessa liberdade… desde que não infrinja o “direito à vida”. Você não tem tal liberdade! E não é interesse da sociedade que você o tenha.

    Um bom exemplo, na minha opinião, são os “planos de fidelidade” das operadoras de celular e provedores de banda larga. Na minha opinião, os planos de fidelidade deveriam ser proibidos. Claro que se você não consegue enxergar muito longe vai querer me dizer que quer ter a liberdade de escolher. O problema é que no final das contas, você não só não escolhe coisa nenhuma, como me obriga a aceitar esse tipo de abuso por parte das operadoras. Por exemplo, hoje você tem “portabilidade numérica”. O que aconteceria se lhe fosse permitido fazer um contrato no qual você se proíbe de usar o direito à portabilidade? Certamente que todas as operadoras iriam impor que você o fizesse. De que adiantaria a portabilidade se todos tivessem que abrir mão do direito pra poder ter uma linha a um preço justo?

    Um outro exemplo, que eu gosto bastante, é o do sigilo do voto. Quando você vota para presidente, por exemplo, o voto é sigiloso. Acho que isso serve para evitar o chamado voto de cabresto. De que adiantaria o sigilo se fosse facultativo? Os “coronéis” iriam obrigar os cidadãos a abrir mão do sigilo e aí voltaríamos algumas décadas em termos de evolução. De que lhe serve o direito de escolher se você quer que seu voto seja ou não sigiloso???

    Por que pra ganhar a liberdade de olhar e modificar o fonte eu tenho que perder a liberdade de escolher o que eu quero usar?

    Na situação atual, onde às empresas é permitido monopolizar o conhecimento, perder a liberdade de usar software proprietário é uma questão de escolha pessoal. Ninguém está lhe proibindo, ou sugerindo que você devesse ser proibido de fazer coisa nenhuma. Não sei da onde você tirou essa idéia. Onde o Stallman diz isso? O que eu entendo é que ele acredita que você deveria voluntariamente se recusar a usar software proprietário e voluntariamente dar mais valor aos seus próprios direitos. Ele não sugere que lhe seja proibido nada!! Assim como você deveria se recusar a comprar produtos manufaturados com mão de obra infantil, você deveria, na minha opinião, se recusar a utilizar software proprietário. Numa sociedade mais evoluída, tais produtos seriam PROIBIDOS de serem comercializados. E você seria proibido de adquiri-los.

    Nao troco uma ditadura por outra…

    Que ditadura? Elabore melhor. Não dá pra responder esse tipo de argumento que não argumenta nada de concreto.

    @Bruno,

    As distribuições linux, continuariam existindo sem GNU ou sem a FSF.
    O unix existe antes do gnu e vive muito bem suas distros.

    Pô, colega, vai estudar um pouco da história… A segunda frase nem faz o menor sentido!! O que são essas distros do “unix”? Não falou coisa com coisa. Eu sugiro que os post tenham argumentos mais concretos. Que diabos é uma “distibuição do unix”? Claro que se a FSF e o projeto GNU fossem extintos hoje, todo o resto continuaria existindo. É um fato óbvio inerente à natureza do software livre.

    Software livre não é criação do Stallman, lembrem-se que o unix começou como um so proprietario e com uma certa luta e que conseguiram que ele fosse também livre. Com isso surgiu ai os BSD.

    Quanta abobrinha. O que você quer dizer com o “unix se tornou livre”? E o que significa “com isso surgiu ai os BSD”? É exatamente por isso que eu acho que a discussão fica muito vaga.

    O conceito de software livre é sim criação do Stallman. Foi ele quem identificou o fenômeno do “proprietarização” do software/conhecimento como algo prejudicial à sociedade. Já existia software livre antes do Stallman, mas e daí? Qual é sua conclusão?

    Então isso de colocar em grande parte a nossa “liberdade” graças a Linus e Stallman é errada.

    Ah… é essa sua conclusão! É isso que você conseguiu concluir com os argumentos acima?

    Eu também acho que esse negócio de atribuir minha liberdade ao Linus é errado. Ao Stallman eu acho que é certo. Hoje eu posso dizer que a maior parte do que aprendi se deve ao Stallman. Se eu quero aprender programação, tenho todas as ferramentas ao meu alcance graças a ele. Quando eu vejo um desenvolvedor que usa Windows e que não aprende nada com o passar dos anos é que eu vejo o tanto que devo ao Stallman. Se hoje estou aqui discutindo software livre, isso se deve ao Stallman.

    André Caldas.

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 9:05 pm

    @Linus,

    Acho que a frase é de Voltaire um francês se não estiver enganado, “posso não concordar com tuas palavras, mas defenderei até a morte o direito de preferi-las.”

    Posso não saber nada de desenvolvimento de software, mas defenderei até a morte o direito de modificá-lo. E muitos outros, como redistribuí-lo, analisá-lo, etc. =)

    PoolS (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 9:10 pm

    Creio que eu entenda um pouco a magoa do Stallman, visto que o termo GNU ficou de fora, e o Linus não fez esforço no boom do Linux em promover o termo.
    Penso comigo, porque o Stallman, em conjunto de seus seguidores fiéis, não realiza um fork do kernel (a la iceweasel) e começa o GNU-OS?
    A licença permite, não?

    Até mais,

    André Caldas (usuário não registrado) em 7/03/2009 às 9:31 pm

    @PoolS,

    Penso comigo, porque o Stallman, em conjunto de seus seguidores fiéis, não realiza um fork do kernel (a la iceweasel) e começa o GNU-OS?
    A licença permite, não?

    Pra quê? O que isso resolveria?

    diff (usuário não registrado) em 8/03/2009 às 12:32 am

    Richard Stallman e o bispo Dom José Cardoso Sobrinho: qualquer coincidência não é mera semelhança!!!

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