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Bala de prata: Google costurando solução mágica para a questão dos drivers de impressoras

A situação dos drivers de impressoras mais comuns hoje está relativamente bem encaminhada nos desktops livres, graças à predominância e ao desenvolvimento do CUPS e de seus arquivos de configuração para grande variedade de equipamentos (com notórias exceções).

Mas as exceções são um problema sério o suficiente, que o Google quer resolver de uma maneira para a qual talvez ele tenha força suficiente: convencendo os fabricantes a aderir a um padrão unificado, que permita que os sistemas operacionais falem com as impressoras de uma maneira unificada – mais ou menos como eles falam com teclados USB, por exemplo.

Como é esta alternativa? Não sabemos, mas os alfaiates encarregados da sua confecção (incluindo as costuras que precisarão ser realizadas a domicílio, junto aos fabricantes de hardware – ou mesmo por eles mesmos) avisam que ouviremos falar mais disso no ano que vem, antes do lançamento do Chrome OS. Aguardemos, pois. (via news.cnet.com)

Saiba mais (news.cnet.com).

Minha aposta: não vão faltar os analistas dizendo que isso é fácil (“é só fazer ‘X’”, onde X invariavelmente será algo que ninguém jamais conseguiu colocar em prática antes), nem os que dirão que isto é impossível por diversas razões técnicas e mercadológicas, tendendo a violentos confrontos entre ambas as categorias, que levarão a polícia às ruas para garantir a retomada da ordem.


• Publicado por Augusto Campos em 2009-12-04

Comentários dos leitores

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    Eu acho que é tecnicamente possivel criar este padrão, eu acho mais dificil o consenso entre os fabricantes e principalmente fazer a MS aderir ao plano afinal uma das vantagens do seu SO é justamente o grande numero de drivers que fazem que quase tudo feito para PC rode bem nele, mas eu acho que tem futuro pois se os fabricantes começarem a pensar assim faço 2 drivers um pra windows e outro universal que vai atender a todas as distribuições do LINUX os MACs e vários outros dispositivos e sistemas operacionas que possam vir a aparecer no futuro pode dar certo. Afinal até a MS tem problemas com drivers o que acabou sendo um dos diversos fatores que atrapalharam a adoção do vista e ainda atrapalha o windows 7 e por isto imagino a MS torcendo o nariz no começo mas no final ela mesmo tende a aceitar a solução ou (muito provavelmente se o lance der certo) criar uma alternativa semelhante dela lógicamente propietária.

    tobias (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 5:20 pm

    belo texto, dá vontade de ir às ruas e começar a espalhar o caos já!
    “IMPRESSÃO UNIFICADA OU MORTE!!!!”
    “VIVA LA IMPRESSIÓN!”

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Xtian Xultz (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 5:42 pm

    Alguém sabe o nome do filme que tem na foto? Eu vi esse filme uma vez e achei muito legal, fiquei com vontade de assistir de novo.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 5:50 pm

    O filme é Office Space, bem legal :)

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 5:53 pm

    “Afinal até a MS tem problemas com drivers o que acabou sendo um dos diversos fatores que atrapalharam a adoção do vista e ainda atrapalha o windows 7 e por isto imagino a MS torcendo o nariz no começo mas no final ela mesmo tende a aceitar a solução ou (muito provavelmente se o lance der certo) criar uma alternativa semelhante dela lógicamente propietária.”

    Vão é correr para os publicitários balançando dólares para que eles inventem(<-notem o verbo) algum argumento querendo convencer que um padrão único vai acabar com a indústria.

    bruno (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 5:56 pm

    Xtian Xultz esse filme se chama “Como enlouquecer seu chefe”, em ingles é “Office Space”

    Eu vejo isso como o sinal dos tempos. A Google, que cuidava só de coisas on-line, se metendo no desktop!

    Adilson dos Santos Dantas (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 6:17 pm

    Existe dois padrões de impressão que se falam bem. O PCL da HP e o PostScript da Adobe. Este último é o driver padrão no mundo Unix desde o LPR. Já o PCL conseguiram dar um jeito de converter-lo do Postscript para imprimir no Linux.

    O que atrapalhou mesmo foi a quantidade de ‘Winprinters’ que surgiram no mercado com os padrões X, Y, Z que não segue esses dois padrões e só funciona em uma versão de um sistema operacional ou o suporte aparece depois de muita engenharia reversa.

    Será que o Google vai fazer algo assim criar este padrão unificado?? Vamos aguardar para ver no que vai dar.

    Ravachol (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 6:19 pm

    Acho que a melhor coisa que vai acontecer com o Google entrando no desktop com GNU/Linux não é o seu Chrome OS e suas contribuições com o software livre, mas coisas como a dessa notícia. O Google agora vai tomar nossas dores e vai ter que brigar muito por nós (ou melhor, conosco!).

    Marcelo A. (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 6:20 pm

    Nada é impossível … ainda mais se tiver a mãozinha do google ;)
    Eu só me preocupo com os drivers/impressoras antigos, mas isso já garante que o problema parará de crescer

    niquel (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 7:30 pm

    Realmente, se isso der certo (eu espero) vai ser muito bom

    heheh (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 7:32 pm

    O Google está se achando muito. :D
    Esse problema eles não resolvem nem a pau!

    linux rulez (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 7:46 pm

    Basta que as impressoras implementem internamente um interpretador de uma linguagem de impressão qualquer, como o Postscript. Todas impressoras que prestam mesmo “falam” postscript ou pelo menos HP-PCL.

    Não consigo entender como hoje em dia, em que até celulares possuem poderosos processadores, ainda tenha fabricante que faça impressoras burras, que precisam do driver no windows até para moverem os motores de passo da impressora. As piores aberrações são as impressoras GDI, que são dependentes da GDI do windows para “desenharem” a página a ser impressa.

    O consumidor também precisa aprender a não ser otário e comprar esses lixos que não funcionam com nenhum sistema operacional a não ser o windows. Qualquer impressora postscript ou PCL funciona sem problema em qualquer linux e qualquer unix.

    fernando (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 8:45 pm

    Provavelmente eles só vão escolher algum padrão já implementado, e passar a oferecer certificação dessas impressoras com o selo “Google compatible” ou algo assim.

    Minha aposta é em um – ou vários – repositório “oficial” de arquivos descritores, adotando o modelo (ou as funcionalidades) do formato CUPS-PPD.

    Isso serviria até mesmo para parte considerável das impressoras legadas, mesmo que hoje não haja um PPD disponível para elas. E teria as mesmas restrições usuais – possível perda de desempenho, possível subaproveitamento dos recursos mais avançados de cada impressora, etc. – mas o essencial, que é a impressão básica de textos e de imagens sem grande esforço de configuração, estaria disponível para todo fabricante que colocasse um PPD das suas impressoras no repositório oficial.

    fernando (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 9:51 pm

    É, faz bastante sentido.

    VinIPSmaker (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 10:04 pm

    Talvez façam algo parecido com o GTalk:
    Peguem um padrão que já existe e melhorem ele para atender as necessidades atuais.

    Lindrix (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 10:45 pm

    Tomara que pegue.
    Para a maioria do hardware devia ser ser assim. A briga passaria a ser quem faria o driver que melhor aproveitasse o hardware.

    Marcelo Nascimento (usuário não registrado) em 4/12/2009 às 10:48 pm

    “E teria as mesmas restrições usuais – possível perda de desempenho, possível subaproveitamento dos recursos mais avançados de cada impressora, etc”

    Pois é, isso é bastante chato e seria legal se não fosse assim! Por exemplo, minha multifuncional Epson tem um recurso bastante escondido no windows que me permite imprimir em preto usando só tinta preta(!). No linux não tem jeito, tenho que imprimir em preto gastando também os outros 3 cartuchos…

    MOnge (usuário não registrado) em 5/12/2009 às 12:45 am

    P: Por que os drivers (de impressora, video, ou qualquer outra coisa) não são padronizados?
    R: Porque cada modelo de dispositivo oferece funcionalidades diferentes, e opera com tecnologias diferentes, exigindo drivers diferentes.

    P: Mas não dá para padronizar um conjunto básico de funcionalidades?
    R: Claro que sim. É por isso que seu PC consegue funcionar em modo texto ou VGA básico, mesmo sem ter o driver de sua ultra-mega placa de vídeo.

    P: Então porque não fazem o mesmo com as impressoras?
    R: O problema é que muitos dispositivos, para reduzir custos, realizam grande parte de suas funcionalidades na CPU do PC. Na maioria das impressoras de baixo custo, por exemplo, todo o processamento para a decomposição das cores é feito pelo device driver (no PC), e não pelo firmware (software embarcado na impressora).

    P: Então… para padronizar um conjunto básico de funcionalidades de impressão, as impressoras teriam que implementar essas funcionalidades em seu firmware?
    R: Sim. Se você considerar o “básico” como impressão em P&B, não há problemas, mas se seu conjunto “básico” incluir impressão em cores, considerando que as impressoras operam com diferentes tecnologias e pigmentos, então a decomposição das cores é específica para cada modelo (ou família, pelo menos). Isso implica em aumentar o processamento embarcado, e os custos.

    P: O Google conseguirá convencer os fabricantes a encarecer seus produtos, em troca dessa compatibilidade?
    R: Tecnicamente, é possível… mas eu vejo grandes dificuldades em “costurar” essa ideia entre concorrentes.

    P: Por que a Microsoft não conseguiu fazer isso?
    R: Porque nunca foi interessante para ela. Contanto que cada fabricante disponibilize o device driver de seu produto para o sistema Windows, tá tudo certo. Se o produto só tiver driver para Windows, e não funcionar nos outros SO, melhor ainda!

    Monge, certamente é possível que haja subaproveitamento dos recursos disponíveis nestas winprinters, se a estratégia adotada for mesmo algo assemelhado ao PPD.

    Mas há outras possibilidades para essas winprinters “econômicas”, além do retorno ao modelo baseado em firmware. Um exemplo que vem rapidamente à cabeça é a disponibilização de um subconjunto um pouco maior (indo além da mencionada impressão de texto em P&B) das funcionalidades hoje providas pelos device drivers exclusivos do Windows, na forma de programas que implementassem uma ABI padronizada, em linguagens altamente portáveis (cujo runtime estaria presente no ChromeOS e em quem mais fosse participar disso) e dependendo apenas de um conjunto de bibliotecas também previamente padronizadas, que também estariam presentes no ChromeOS e em quem mais fosse participar disso.

    Claro que isso também conduz, de forma ainda mais exacerbada, às já mencionadas penalidades em desempenho e em aproveitamento dos recursos avançados do equipamento, mas isso em si não seria surpresa alguma. Surpresa seria descobrir que o Google fez este anúncio baseado na expectativa de que todas estas empresas lancem drivers nativos para o ChromeOS.

    Pra costurar algo assim, só tem um jeito: a oportunidade de ganho tem que interessar aos fornecedores e distribuidores, superando as desvantagens. Se o Google conseguirá ou não, é algo a aguardar para ver – não sabemos o que ele oferecerá, nem dá de somar toda a lista de possíveis desvantagens (de marketing, de segredos industriais, etc.) que precisarão ser vencidas.

    Mas eu não desconsideraria assim, a priori, a hipótese de alguns fabricantes expressivos serem convencidos a tentar algo novo, se a oferta for boa.

    Duvido que a turminha da Lexmark e outras impressoras de baixissimo custo e qualidade vão aderir a esse movimento. Acho que eles deixam quase tudo pra ser feito pelo driver, do firmaware ao controle do movimento do carro da impressora. Impressoras com um hardware decente poderiam todas funcionar com postscript, oque resolveria quase todo o problema.
    No fundo sempre cai no velho problema de driver que temos pra Linux. Temos suporte a uma gama de hardware muito grande. Geralmente hardware de qualidade tem driver inclusive propietario de com todos os recursos(como placas ati e nvidia). Agora hardware de baixa qualidade não tem nem coragem de abrir seu driver e mostrar o tanto que o processador principal tem que emular hardware para eles funcionarem. Placas de video sis são um bom exemplo de hardware que eu queria que nunca fosse vendido com um computador com Linux, mesmo que tivesse suporte de driver , depois falam que o video esta lento é culpa do Linux, mas infelizmente já vi notebooks CCE com Linux e todo chipset sis. Foi triste formatar e colocar Windows nele, mas foi o unico jeito dele ter uma performance minima e funcionar a impressora Lexmark estranha que o cliente tinha :(

    Pelo que sei o PPD não faz mágica, na hora de imprimir com linguagens exóticas, tipo PCL-XL (a.k.a. PCL-6) a coisa fica mais difícil e se precisa recorrer a filtros, como o gs (GhostScript). Aí o PPD perde parte da portabilidade, pois além dele, um computador qq, teria que possuir também os filtros necessários para poder imprimir.

    Quanto a ser minimalista, acho que não. Para mim o pessoal deveria definir uma impressora ideal que pudesse fazer tudo que qq outra impressora faça, daí os softwares mais “próximos” do usuário teriam que deixar fácil o usuário ativar/desativar esses recursos (frente-verso, grampeador, várias páginas por folha, etc.) e imprimiriam o que o usuário quer usando uma linguagem universal. Depois os softwares “próximos” das impressoras além de informarem para o nível de cima se a impressora têm ou não tais recursos (o que afetaria as telas/configurações que o usuário teria disponível para ativar ou não), traduziriam a linguagem universal para a linguagem da impressora.

    Sendo uma linguagem simples, concisa e royalty-free talvez alguns fabricantes liberassem impressoras que já entendessem essa linguagem universal (me parece que eles licenciam bem caro o PostScript da Adobe, por isso preferem oferecer drivers para o seu próprio formato).

    Um problema que vejo no PPD é que ele deixa tudo livre demais, o fabricante escreve o que quiser como quiser. Assim alguém pode definir um recurso Duplex e outro definir como Frente&Verso, sendo que é a mesma coisa, isso complica a vida dos softwares mais próximos do usuário que poderiam padronizar a forma como é apresentado ao usuário tal recurso.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 5/12/2009 às 10:53 am

    Não haveria problemas de deixar o trabalho pro driver, desde que houvesse uma padronização nessa interface.

    Agora, vi muita gente defendendo o PostScript. Esse padrão já está bem obsoleto com as impressoras modernas e por isso é que vem caindo gradualmente em desuso. Se o Google conseguir revitalizar o padrão, reestruturando ele para a realidade atual ele pode ressurgir com força.

    linux rulez (usuário não registrado) em 5/12/2009 às 4:25 pm

    Sobre o Postscript não concordo que está obsoleto. Na realidade, em algumas aplicações onde antigamente se usava postscript em visualização e impressão usa-se o PDF hoje. O sistema de impressão do Unix historicamente sempre foi baseado no postscript

    http://en.wikipedia.org/wiki/PostScript#Use_in_printing

    mas no MacOSX foi trocado pelo PDF

    http://en.wikipedia.org/wiki/PDF#Other_applications_and_functionalities

    As impressoras deveriam ter um interpretador de PDF ou um padrão que o superasse

    VinIPSmaker (usuário não registrado) em 6/12/2009 às 4:04 pm

    PDF tem funcionalidades que não servem para impressoras.
    Só se cortassem essas partes.
    Mas o melhor seria criar um padrão que atende todas as necessidades e não veia cheio de firulas.

    Rael (usuário não registrado) em 6/12/2009 às 10:11 pm

    Lembrando que há um tempo atrás, mandei uma tradução publicada aqui no br-linux sobre o motivo de haverem poucos drivers livres liberados pelos fabricantes:

    http://br-linux.org/linux/por-que-existem-poucos-drivers-livres

    meujoystick (usuário não registrado) em 6/12/2009 às 10:42 pm

    mesmo se o deu google resolver tudo… impressão só se for extremamente necessário.

    Marcos (usuário não registrado) em 7/12/2009 às 7:44 am

    “Sobre o Postscript não concordo que está obsoleto. … O sistema de impressão do Unix historicamente sempre foi baseado no postscript”

    obsoleto não significa “não mais usado”, mas sim que já está defasado em relação aos demais.

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