Lançado o Draco Linux 0.3.0, adotando repositórios do NetBSD
“O Draco Linux é uma distribuição originalmente baseada no Slackware, que utiliza o pkgsrc, mesmo gerenciador de pacotes do NetBSD, e que possui um sistema base modificado com o objetivo de ser mais semelhante ao dos BSDs. Uma das principais novidades do Draco Linux 0.3.0 é o lançamento do Draco Desktop, uma versão da distribuição já pronta para ser usada em desktops, que acompanha um ambiente XFCE ou Fluxbox pré-configurado.
Outra importante novidade é o novo sistema de som incluído na distribuição, o OSS 4.0, que substitui o antigo ALSA. Para quem nunca teve contato com sistemas BSD, vale ressaltar que o pkgsrc é um sistema de pacotes misto, que torna simples tanto a utilização de pacotes binários pré-compilados quanto a compilação de pacotes a partir do código fonte.
É importante lembrar também que o repositório de pacotes do Draco Linux é exatamente o mesmo utilizado pelo NetBSD, e também por outros sistemas, como o DragonflyBSD. Dessa forma não são duplicados esforços entre os projetos.”
Enviado por Paulo Matias (syscoderΘgmail·com) – referência (dracolinux.org).
“… OSS 4.0, que substitui o antigo ALSA …”
Sempre pensei que o ALSA fosse o sistema “novo” em substituição ao “antigo” sistema OSS.
oss q substitui o antigo alsa????
tem algo errado ae não?
OSS4 substitui sim o ALSA, duhh!
alsa substitui o OSS3
OSS4 é bem mais avançado que o alsa em si, tem suporte a mixagem por software nativa, melhor suporte a hardware HDaudio tal como configuração dos pinos por software dentre outras coisas, como um mixer independente pra cada aplicação e emulação do alsa (ainda não está 100%)
Trata-se do OSS 4.0, não do OSS que era incluído no Kernel Linux por padrão.
O OSS padrão do Linux ficou pouco por muito tempo (cerca de 15 anos) sem ser mantido devido a um desentendimento de alguns desenvolvedores do Linux com o desenvolvedor original do OSS, o Hannu.
O Hannu, porém, foi contratado pela 4front-tech, uma empresa que continuou desenvolvendo o OSS paralelamente durante muito tempo. Infelizmente, a 4front-tech, nessa época, adotava uma licença proprietária, e vendia seus drivers e softwares para audiófilos e profissionais.
Em meados do ano passado, a 4front-tech resolveu abrir o código do OSS, já em sua versão 4.0, sob as licenças GPL, BSD e CDDL, de tal forma que todos os sistemas livres pudessem utilizá-lo. Existem atualmente ports do OSS 4.0 da 4front-tech para os sistemas Linux, FreeBSD e Solaris. O port de Solaris, ao que parece, é patrocinado pela Sun Microsystems através de um contrato com a 4front-tech, e passou a ser adotado como sistema de som padrão no sistema.
Existem também ports do OSS 4.0 sendo feitos para o Haiku OS (clone livre do BeOS em licença MIT), este já em fase de testes, e provavelmente veremos em breve um port para o NetBSD ser iniciado.
Ou seja, o OSS é um padrão UNIX, ao contrário do ALSA, que só funciona em Linux. Mesmo o sistema de som atual padrão dos BSDs é compatível com a API padrão do OSS. Aplicações escritas para OSS são portáveis.
O OSS 4.0 possui atualmente recursos mais avançados que o ALSA, como um bom sistema de mixagem via software e controles independentes do volume para cada aplicação. Existe também uma versão beta, OSS 4.1, a qual uso no dia-a-dia com minha placa HDAudio, e que dá uma facilidade enorme para gerenciar os pinos da placa.
Existem placas de áudio que não são suportadas pelo ALSA, sendo atualmente suportas somente pelo OSS 4.x, como as Creative SB X-Fi.
O código do OSS 4.x também é muito mais organizado que o do ALSA. Posso dizer pois já enviei um patch ao projeto. Eles também são muito receptivos a contribuições.
Além disso, programar aplicativos que usem o áudio através da API do OSS é muito mais fácil que usando a API do ALSA. Tanto que ainda temos muitos softwares que não têm suporte nativo a ALSA devido à dificuldade envolvida. Como a emulação de OSS do ALSA é ruim, o usuário se sente incomodado em utilizá-la.
O único defeito do OSS 4.x, como o caetano disse, é que sua emulação de ALSA ainda não está totalmente desenvolvida. Programadores voluntários são procurados ;) Entretanto, para uma distro que usa o OSS como padrão, como o Draco, isso não é problema, pois os programas já vem configurados para utilizar OSS por padrão. Em outras distros isso é um pouco incômodo pois pode ser necessário mudar as configurações dos programas para usar OSS ao invés de ALSA após instalar o OSS.
Para quem quiser saber mais sobre o OSS 4.x, acesse os sites http://developer.opensound.com e http://www.4front-tech.com. Se quiser testá-lo em sua própria distribuição, é muito fácil de instalar, mas depois siga o tutorial da wiki para configurar seus programas para utilizá-lo.
Ou para quem, por inviabilidade técnica, não pode instalar algum BSD no seu hardware para experimentar. Eu, por exemplo, tentei várias vezes instalar o FreeBSD no meu laptop, mas o CD mal chegava a dar boot corretamente (ele sempre terminava com um “BTX halted”).
Campanha não alimente os trolls!
http://br-linux.org/noticias/002750.html
Senhor zer0c00l, por curiosidade, qual S.O. o senhor usa?
draco eu ja vi =P
talvez faça um teste! o/
Bem legal, por ser um fã de BSD, irei experimentar o draco.
É uma iniciativa muito boa ;P
Alsa é coisa do passado, ehehehe..
Caríssimo senhor André, para satisfazer a necessidade de policiamento, eu uso o S.O. Unix V7 em VAX.
Isso é mentira, senhor zer0c001!
thotypous, você sabe se existe algum “movimento” para trazer o OSS de volta como padrão nas distribuições? Ou o reinado do Alsa será ainda prolongado por muito tempo?
Bela iniciativa thotypous certamente irei testar aquele lhe envio depois algum comentario depois que analisar =)
Bem, com base nesta sua declaração, podemos concluir que o senhor não utiliza o sistema operacional BSD. Logo, com base na sua declaração anterior, podemos aplicar um duplo silogismo:
1. Drago Linux, para quem não é macho o suficiente para usar o BSD.
Logo, usar BSD é uma condição para ser macho.
2. Quem usa BSD é macho
zer0c00l usa Unix V7 em VAX
Logo, zer0c00l não usa BSD
Portanto, zer0c00l não é macho.
Agora, se o senhor quiser contestar a lógica, provavelmente alguma das afirmações está incorreta. Ou o senhor terá que admitir que não usa Unix V7 ou então retirar sua afirmação que usar BSD é condição para ser macho.
Xicléte
O zer0c00l usa Windows “VírusTA” KKKKK.
Wallacy, não conheço nenhum movimento organizado para isso, mas uma vez fui junto com uns amigos perguntar no #ubuntu-kernel da Freenode se eles poderiam trocar o ALSA pelo OSS4 na próxima versão do Ubuntu. Bom, só tinha uma pessoa no canal que sabia do que se tratava. Os outros não estavam informados sobre nada a respeito e pensaram que era piada. Aquele que estava informado a respeito era um dos membros do comitê técnico do Ubuntu. Ele disse que eles só adotariam o OSS4 se este fizesse parte da árvore oficial do Kernel Linux, e recomendou que trabalhassemos para terminar a emulação de ALSA, para que fosse mais fácil de colocá-lo na árvore.
Já existe bastante movimento nos fóruns do Ubuntu de pessoas que precisam usar o OSS4.x pra ter suporte a suas placas, de pessoas que gostam do OSS4.x e o recomendam, e de pessoas que reclamam de ser difícil configurar os programas do sistema para usar o OSS ao invés do ALSA, devido à sua configuração padrão.
Quanto ao Debian, acredito que tenha políticas semelhantes.
Quanto ao Gentoo, ele já tem um bom suporte ao uso do OSS4.x. Estou com o Gentoo instalado em uma máquina e funciona normalmente com o OSS4.1, bastando colocar USE=”oss -alsa” para ele utilizar OSS automaticamente em todos os programas. O Gentoo apenas não possui um pacote próprio para o OSS4.x, mas isso não trás problemas, visto que é muito fácil instalar o OSS pelo pacote oficial.
Quanto ao Arch, ainda vou conversar com os desenvolvedores no canal oficial. Acredito que, pela filosofia de dar liberdade ao usuário de “montar sua própria instalação”, eles gostem da idéia de fornecer opção ao usuário de utilizar facilmente ou ALSA ou OSS4.x, conforme seu gosto ou necessidade. Já existe também muito movimento nos fóruns do Arch a respeito do OSS, como pude observar.
Quanto a outras distribuições, não conheço as políticas adotadas.
Voltando à questão do Ubuntu, parece que a próxima versão do mesmo vai utilizar o PulseAudio por padrão. O PulseAudio é um servidor de áudio e é muito útil para aplicações que necessitam tocar som em outros computadores pela rede, por exemplo aplicações de Terminal Services. Seria algo semelhante ao NAS (Network Audio System), só que mais moderno. Entretanto, muito gente tem utilizado o PulseAudio por cima do ALSA em desktops para suprir as deficiências de mixagem por software do ALSA. Isso é muito triste, trás peso adicional desnecessário ao sistema, e acredito que seja esse o motivo pelo qual o Ubuntu o tenha adotado. Se usassem o OSS4.x, já teriam mixagem via software direto no sistema de som principal, sem precisar usar o PulseAudio por cima. Entretanto, por outro lado, o PulseAudio pode ser usado por cima de OSS também, e não somente por cima do ALSA. Dessa forma, será extremamente mais fácil para o usuário trocar o ALSA pelo OSS4.x quando o Ubuntu estiver usando o PulseAudio. Só fico triste pelo bloat adicional imposto por essa solução.
Voltando à questão de incluir o OSS4.x na árvore oficial do Kernel, eu sinceramente acho que muitos (não todos, mas muitos) desenvolvedores do Linux iam chiar se o desenvolvimento fosse unificado com o repositório central do projeto OpenSound, gerenciado pela 4front-tech. O motivo é que a 4front-tech adotou a política irrevogável (compromisso assinado em contrato) de licenciar todos os códigos fontes em todas as três licenças principais dos sistemas operacionais opensource – GPL, BSD e CDDL. E todos sabemos que muitos desenvolvedores do Linux não concordam em ter seu trabalho licenciado sob termos que não a GPL, basta lembrar de casos como aquele da briga entre desenvolvedores Linux e OpenBSD por causa de um driver wireless.
Por esse motivo, provavelmente se o Kernel Linux adotasse o OSS4.x na árvore principal, acredito que provavelmente fariam um fork do mesmo, e realizariam modificações disponibilizadas apenas na licença GPL em cima, tornando impossível para todos os outros sistemas operacionais (Solaris, todos os BSD e HaikuOS se incluem aí) utilizarem essas modificações em seus projetos. Isso seria realmente triste, pois acabaria com a proposta inicial de unificar os esforços em suporte a som nos sistemas.
André, o argumento
A->B
B
—
A
é falso.
O argumento que eu supracitei é quem usa Ivan Drago Linux então não é macho. Fulano usa Drago Linux então não é macho (A->B, A => B). Aprenda lógica.
Só para esclarecer algo que não ficou muito claro no meu comentário acima: o membro do comitê técnico do Ubuntu disse que a inclusão do OSS4.x na árvore principal do Kernel Linux era necessária para ele ser utilizado por PADRÃO no sistema. Entretanto, eles apóiam a existência da opção, e já existe um pacote para instalar o OSS4.x no Ubuntu. No novo Ubuntu 8.04 provavelmente bastará instalar esse pacote e todos os programas já ficarão configurados para usar OSS, devido à adoção do PulseAudio.
ae :D
vo botar DL3 aqui depois (;
Muito bom thotypous, deu pra tirar dúvidas de muitas pessoas em relação a utilização do OSS4.
Quanto ao Arch Linux, é preciso entrar em contato com o líder Aaron Griffin, ou com qualquer outro desenvolvedor, porém é necessário levar argumentos para tal explicação. Pois:
“Arch was made to work with you, not for you.” By Aaron Griffin
=D
Isso se não já existir algo no AUR, já que o Arch Linux usar mkinitcpio, mas como você falou, precisa “reconfigurar” os softwares para utilizar OSS4.
Vale a pena fazer uns testes com o OSS4.