Desenvolvedor do Kubuntu comenta os efeitos da adoção do Mir pela Canonical

Enviado por Cláudio Novais (ubuntuedΘgmail·com):

“A briga entre Canonical/Mir e as outras distribuições Linux que derivam do Ubuntu começou desde o momento em que o servidor gráfico foi anunciado. Desta vez, Martin Graesslin, da equipe do Kubuntu, fez um post em seu blog pessoal sobre a utilização do Mir na distribuição do Ubuntu com o KDE como ambiente de trabalho padrão e a descrição de toda a conversa que a equipe do Kubuntu teve sobre isto. Ao lermos o post, devemos levar em conta que não é um usuário qualquer falando sobre a Canonical ou o Mir.

Martin é um desenvolvedor e está por dentro do assunto de uma flavor oficial do Ubuntu (Kubuntu). O Ubuntu é uma distribuição que é amada e odiada por muitos usuários, principalmente porque ele é livre para qualquer alteração. Ao lermos atentamente este texto, veremos que isto pode mudar em breve e a instalação do KDE e do GNOME-Shell podem ser prejudicadas e afetadas pelo novo anúncio da Canonical: o Mir.

Por exemplo, perante o rumo dos vários ambientes gráficos, podemos claramente concluir que a troca de ambiente gráfico quando do login irá acabar por desaparecer, pelo menos entre Unity e os outros.” [referência: ubuntued.info]

Comentar

comments powered by Disqus

Comentários arquivados

Comentário de Weber Jr. em 20/05/2013 às 10:23:23

O assunto já foi discutido aqui[1] semana passada. Mas tradução pra português ajuda. [1] http://br-linux.org/2013/2-videos-que-mostram-o-unity-next-com-o-servidor-grafico-mir-em-desktop-e-smartphone/#comment-178607

Comentário de Glauco em 20/05/2013 às 10:35:36

As maiores reclamações sempre são de pessoas ligadas ao KDE, e aqui está a razão: "O Mir é licenciado pela GPLv3-only com a CLA. Martin diz que isto é muito difícil de ser utilizado em um desktop com o KDE Plasma." Eles não querem licenciar o KDE Plasma com a GPLv3 e dessa forma é inviável adotar o MIR.

Comentário de Leonardo Reis em 20/05/2013 às 10:41:20

Nao tenho certeza, mas o kubuntu nao deixou de ser "oficial", tanto que estava procurando servidor para ospedar seus arquivos e novas foramas de patrocinio ...

Comentário de Leonardo Reis em 20/05/2013 às 10:51:46

Nao uso ubuntu e nem tenho intencao de deixar a debian gnu/linux, mas dou totalmente a favor deles colocarem restricoes as restricoes de liberdade usando GPLv3. Porem em: "O Ubuntu é uma distribuição que é amada e odiada por muitos usuários, principalmente porque ele é livre para qualquer alteração." eu tenho que fazer a ressalva de que nunca ouvi essa motivacao para se criticar negativamente o ubuntu, mas sim das, bastante conhecidas, politicas exclusivistas da Canonical, como quando eles geram incompatibilidades propositais entre suas arvores de pacotes e de terceiros para dificultar que se instale em outras distros que teoricamente teriam acesso direto, pacotes que eles produziram.

Comentário de Rael Gugelmin Cunha em 20/05/2013 às 10:53:35

@Leonardo Reis: o Kubuntu não é bancado pela Canonical, mas sim por outra empresa. Aliás, melhorou MUITO quando isso aconteceu. Afinal, a Canonical mantinha a incrível quantidade de UMA pessoa. Não uso o Unity, e o KDE continuando seu excelente trabalho, seja no Wayland ou X11 ou Mir, continuarei usando.

Comentário de Allan Taborda dos Santos em 20/05/2013 às 10:54:32

Se não for possível a continuidade do uso da base do Ubuntu a fim de fazerem suas distribuições devido a incompatibilidades de software, há duas saídas possíveis: fork da distribuição, fazendo a derivada independente da distro mãe, ou o uso de outra distro como base, neste caso, o Debian e o Fedora talvez seriam os melhores caminhos a serem seguidos.

Comentário de Gomes em 20/05/2013 às 11:23:15

"Já discutido semana passada".Tem gente que não entende mesmo de software livre e não vai entender nunca.

Comentário de Patola em 20/05/2013 às 11:30:03

Poxa, o Martin Gräßlin faz críticas boas no meio de críticas ruins, e muitas delas dependem de uma direção que ele acha que a Canonical tomará no futuro. Não quero minimizar as críticas dele, mas será realista a previsão que a Canonical vai querer impedir determinados softwares de funcionarem no Ubuntu? Isso seria um grande tiro no pé e mudaria por completo a filosofia inclusiva da distribuição. Cláudio Novais (xará): olha, a tradução do test-driven development para "teste drive" não é boa. Desenvolvimento dirigido por testes é uma metodologia em que você faz testes de unidades pra tudo antes mesmo do código existir, e só então começa a implementar as funcionalidades. Do jeito que você colocou fica parecendo que é alguma outra coisa - talvez "experimental", que é o que o nome "teste drive" leva a crer. (O Martin Gräßler não gosta dessa metodologia pois ela é "modinha" - e isso não quer dizer muita coisa)

Comentário de maximiliano em 20/05/2013 às 12:29:06

continuamos a comentar rumores e teorias da conspiração...

Comentário de bala@jukinha.com.br em 20/05/2013 às 13:24:40

a canonical n está nem um pouco preocupada com as outras distros baseadas no ubuntu. ela já deixou claro que está desenvolvendo um SO voltado para dispositivos móveis, e está trabalhando para isso. ngm mandou o kubuntu existir nem a canonical tem obrigação de dar suporte a eles. se o kde n suporta o mir o problema tb n é da canonical. se o pessoal do kubuntu n tem condições de portar o kde pro mir, tb n é problema da canonical. ou o kubuntu muda para outra distro ou porta o kde pro mir ou pára de chorar e morre.

Comentário de UnderVelvet em 20/05/2013 às 14:00:16

a comunidade não eh obrigada a cooperar com as segundas intenções da Canonical

Comentário de Nyappy! em 20/05/2013 às 14:36:36

Todo mundo já sabe que o Mir é voltado para o Unity 8, mas não quer dizer que o KDE não possa o utilizar. O que há aqui é uma má vontade generalizada e ódio contra a Canonical, são reacionários contra qualquer coisa que compita com o Wayland/Weston.

Comentário de Celio Alves em 20/05/2013 às 14:40:06

A adoção do Mir pode ser preocupante pelo fato de ser difícil prever a sua estabilidade em diversas configurações de PCs, porém se a Canonical acha melhor o port do Ubuntu para o Mir, ela tem todo o direito de fazê-lo. Resta aos criadores de remasters partirem para uma adaptação "remasterbuntu + Mir" ou criarem um fork a partir de outra distribuição. A Canonical não é obrigada a ficar presa no velho X ou em ferramentas e conceitos arcaicos só para agradar gregos e troianos, pois afinal é impossível agradar a todos.

Comentário de Nyappy! em 20/05/2013 às 14:41:31

Primeiro a Canonical fez o Upstart, apareceu o Lennart Poettering e fez o systemd (patrocinando pela Red Hat) e de repente a Canonical vira o demônio porque não quer utilizar o systemd, hipocritamente sendo acusada de dividir o ecossistema pelo autor do systemd. Agora essa brincadeira do Mir, todo mundo atacando e transformando a Canonical em um demônio pior que a Microsoft.

Comentário de UnderVelvet em 20/05/2013 às 14:56:21

Célio, não eh ficar no x... porque já existe uma proposta de substituir o x sendo desenvolvida... vai ser a fragmentação que o Mir ira gerar em uma fase importante do desktop linux, que esta passando por uma espécie de avivamento por parte de grandes produtoras de software, que ja era esperado por anos a fio !!

Comentário de K (ORIGINAL) em 20/05/2013 às 14:58:28

Se o KDE ou etc.. quiserem usar o Mir que altere e implemente , Software Livre é isso. Só reclama quem não entende nada do assunto.LOL'sssss ;)

Comentário de Weber Jr. em 20/05/2013 às 15:07:58

Patola "será realista a previsão que a Canonical vai querer impedir determinados softwares de funcionarem no Ubuntu?" Mas não me parece que haverá qualquer tipo de impedimento proposital, digamos assim. E sim uma inviabilidade por conduzirem tudo sozinhos e não disponibilizar uma API ou protocolo mais flexíveis, como ele explica no artigo. Então até pode se inferir que não é a Canonical *querendo* impedir. Mas que acabe causando isso como efeito colateral de querer controlar sua pilha gráfica de cabo a rabo.

Comentário de Weber Jr. em 20/05/2013 às 15:11:52

Nyappy, "Primeiro a Canonical fez o Upstart, apareceu o Lennart Poettering e fez o systemd (patrocinando pela Red Hat) e de repente a Canonical vira o demônio..." São casos bem diferentes. O Upstart me parece muito mais harmônico que o Systemd. Esse último parece cada vez mais uma imposição da RH e/ou do Lennart. Já no caso do MIR é a Canonical que parece forçar a barra. Que mania o povo tem de achar que qualquer crítica é inválida quando é contra algo que gostam.

Comentário de Lucas Mendez em 20/05/2013 às 15:14:16

Qro vr xiar qndo tiver prg só pra Ubuntu+mir. Dai qro vê nego desesperado.oq eh ms provavel q aconteça.

Comentário de Weber Jr. em 20/05/2013 às 15:17:14

Nyappy! "O que há aqui é uma má vontade generalizada e ódio contra a Canonical, são reacionários contra qualquer coisa que compita com o Wayland/Weston." Leia o artigo e veja que é o contrário. São estudados os cenários de mudança, tanto para Mir quanto Wayland. O caso é que migrar para MIR é o pior deles para quem não usa Unity. O que estranhamente você disse no 1º parágrafo: "Todo mundo já sabe que o Mir é voltado para o Unity 8" ...e esqueceu de contabilizar inúmeras horas de programação e testes: "mas não quer dizer que o KDE não possa o utilizar." ... esforço esse devido somente a Canonical resolver fazer tudo sozinha e ainda largar FUD sobre o Wayland.

Comentário de Wilton Lazary em 20/05/2013 às 15:37:42

Vejo o Mir como uma esperança pois o Wayland é controlado pela Intel e até agora não se estableceu com uma implementação consistente, quem sabe nem seja de interesse roda-lo em plataformas diversas e alternativas são bem vindas.

Comentário de Spif em 20/05/2013 às 16:09:05

Pra variar, vocês estão perdendo o importante: A Canonical licenciou em GPL V3?!?!?!?!?? Vocês compreendem o que isso significa para o mercado móvel? Nada mais de proteções para alterar o código nos celulares e tablets: a GPL v3 manda que eles permitam que um Mir alterado possa rodar no mesmo dispositivo que O MIR padrão. Isso é muito diferente da forma que o Android trata os desenvolvedores caseiros. Sem contar que, com a provisão anti-DRM da licença proibindo o uso do software como parte de um esquema de proteção, como fica pra Netflix ou outros, pra implementarem pra ele? Porque, do jeito que ouvi falar ( corrijam por favor), eles não implementam pra Linux, pois permitiria que as pessoas pegassem diretamente a imagem do servidor gráfico, bypassando o sistema de DRM deles. Um assunto muito mais importante/interessante que a lenga-lenga Canonical/KDE.

Comentário de K (ORIGINAL) em 20/05/2013 às 16:09:44

"… esforço esse devido somente a Canonical resolver fazer tudo sozinha e ainda largar FUD sobre o Wayland." Ha sim e vamos ficar esperando mais 10 anos passar e o KDE e GNOME vai ficar nesse lenga lenga até hoje. engraçado como tem gente cega aqui. principalmente quem usa o arretalhado KDE :P Vai ver a Canonical tem mais pressa , e uma coisa é certa ela tem a visão ampla de conquistar mais usuários tanto de Desktop quanto Mobile . o que tem nenhuma distro nem sequer cogitou em fazer algo nesse sentido por incompetência. Tava na hora mesmo do Linux dar uma renovada ;)

Comentário de Rafael A. de Almeida em 20/05/2013 às 16:15:40

Inicialmente sendo compatível apenas com o Unity faz com que as coisas aconteçam mais rápido. Um dia será compatível com KDE, até lá... se vire, pois ninguém nasceu quadrado :)

Comentário de Márcio Carneiro em 20/05/2013 às 16:26:24

Uma verdade foi dita "só reclama quem não entende nada do mundo software livre" Mas eu complementaria de um modo diferente. Só acredita que este embate todo do Mir Vs Wayland tem alguma coisa a ver com os problemas técnico quem não entende nada do mundo software livre. Nunca vi uma discussão técnica durar mais de dois dias. E esta tem mais de 2 meses. Ao meu ver só tem uma explicação. Estamos vendo é uma briga por poder. Tudo é puramente politico. A verdade é que estamos vendo uma luta pelo controle de uma camada que é quase tão importante quanto o próprio kernel. Que quem controlar isto terá uma grande influencia no mundo Linux. E atrelado a isto. Vejo que o forte investimento da Canonical no mundo portátil também está incomodando o povo do KDE. Não é atoa que mal se vê criticas ao MIR dos desenvolvedores dos outros DEs.

Comentário de Lucas Mendez em 20/05/2013 às 16:29:06

Realmente a turma do KDE já demonstrou o seu medo.

Comentário de Márcio Carneiro em 20/05/2013 às 16:40:36

Complementando. O povo do KDE sabe que um sucesso do Ubuntu Touch, o Plasma Active será relegado a insignificância.

Comentário de K (ORIGINAL) em 20/05/2013 às 16:44:46

Plasma Active o que é isso ? :P :P :P ;)

Comentário de UnderVelvet em 20/05/2013 às 17:13:09

a canonical adotou Qt como base da sua estrutura de desenvimento de aplicativos... o que já mostra que a preocupação aqui não eh o KDE, que devera ter seus aplicativos rodando nativamente logo em breve com o ambiente da Canonical... e sim a padronização dos protocolos de gerenciamento gráfico. Basta observar quem realmente entende do que esta falando e quem esta falando asneiras

Comentário de Rafael A. de Almeida em 20/05/2013 às 17:22:34

UnderVelvet, qual é a vantagem de usar Wayland ou Mir? Por quê deixar de usar o X?

Comentário de UnderVelvet em 20/05/2013 às 17:30:37

KDE eh Lindo, eh Avançado, eh Moderno, eh rapido, eh estável, eh amigável.... eh tudo de bom feito pelos melhores desenvolvedores em Qt... a previsao da canonical pode ser querer desenvolver o Mir so para suportar o Qt como base para suas aplicaçoes... o que seria bom para quem tem um julgamento do estilo Politicagem e eu seria o primeiro a apoiar o Mir.... mas o assunto aqui não eh POLITICAGEM... eh Padrões!!! para os balbuciadores de plantão !!!

Comentário de UnderVelvet em 20/05/2013 às 17:53:48

o X possuem uma estrutura de código um tanto complexa e precária para uma evolução considerável. Existe realmente uma necessidade de reimplementar o X do zero, e essa eh a proposta do Wayland, visando resgatar os padrões de interfaceamento do X em uma nova implementação ao mesmo tempo removendo aquilo que eh excesso e mantendo uma linha de migração minimalista. Já a canonical.... quer puchar o tapete

Comentário de K (Original) em 20/05/2013 às 18:28:58

O ubuntu vai aos poucos virando um Android da vida, ao usar o kernel linux mas trocando aos poucos toda a infraestrutura restante. Só falta a Canonical criar um novo toolkit, talvez um Cut (Canonical Unity toolkit). Torço para que o linux continue a usar o X.org e tendo o Wayland como alternativa "light". Quanto ao Mir, quero que o fim dele seja o mesmo da nave russa de mesmo nome, ou seja, sucata !

Comentário de Márcio Carneiro em 20/05/2013 às 18:38:02

Mir foi o projeto aero espacial com maior sucesso da história. Durou quase duas décadas a mais do que foi previsto, foi utilizado até pelos EUAs, que nunca conseguiu emplacar sozinho uma estação espacial.

Comentário de K (Original) em 20/05/2013 às 19:00:59

Carambolas o @K falso quer o X.org . OH Atraso de vida . E que legal se o Ubuntu for tão popular como Android hahahahha. Tu eh muito fraco @K falso. ;)

Comentário de Celio Alves em 20/05/2013 às 19:07:41

Eu acho que uma das preocupações da turma do contra é que o Mir seja a preferência dos fabricantes de chipsets gráficos e receba drivers proprietários mais atualizados, pelo fato do Mir ser associado ao Ubuntu - a distribuição Linux mais usada do mundo. Se ficaram insatisfeitos, é só trabalharem mais em adaptações técnicas antes da data de lançamento, afinal fica feio lançar releases atrasados só porque a distribuição principal fez pequenas mudanças.

Comentário de K (Original ;) em 20/05/2013 às 19:08:45

Ha turma do KDE demoro principalmente no quesito mobile.Agora com Unity vai ser difícil recuperar o prejuízo . Seu Plasma Active já era. Até alguns desenvolvedores KDE já estão super animado fazendo videos testando o Unity. É só olha a matéria anterior ;)

Comentário de Mateus em 20/05/2013 às 19:17:13

@Patola,

Não quero minimizar as críticas dele, mas será realista a previsão que a Canonical vai querer impedir determinados softwares de funcionarem no Ubuntu?

Já fizeram isso no 13.04. Removeram do Unity o suporte à especificação SystemTray da FreeDesktop para empurrar o "padrão" da Canonical, que é o AppIndicator. Diversos aplicativos tem problemas para funcionar sem o SystemTray. Depois dessa, eu não duvido de nenhuma iniciativa da Canonical no sentido de quebrar compatibilidade com o objetivo de forçar a adoção de seus próprios padrões.

Comentário de Márcio Carneiro em 20/05/2013 às 19:42:12

@Mateus Não existe problemas quando o padrão for livre. O problema são os padrões proprietários, como os da MS, que nem o direito de reimplementar o padrão para ser usado fora do ambiente da MS. Os padrões da Canonical são todos abertos. Quem quiser usar é só pegar.

Comentário de Mateus em 20/05/2013 às 19:51:10

@Márcio Carneiro, Não é bem assim. Imagine que o Chrome conseguisse 90% do market share. Daí a Google resolve, unilateralmente, descontinuar o JavaScript e suportar apenas o Dart, alegando que o Dart já está há 1 ano no mercado, e que quem não adotou é porque "não se importa mesmo com o Chrome, então não merece atenção". O resto dos navegadores que se vire para adotar Dart, e a W3C, quem é ela mesmo? Foi basicamente isso que a Canonical fez. A Canonical resolveu, unilateralmente, descontinuar o SystemTray e suportar apenas AppIndicator, alegando que o AppIndicator já está há 1 ano no mercado, e que quem não adotou é porque "não se importa mesmo com o Ubuntu, então não merece atenção". O resto dos ambientes gráficos (além do Unity) que se virem para adotar AppIndicators, e a FreeDesktop, quem é ela mesmo?

Comentário de Mateus em 20/05/2013 às 20:01:05

E claro, tanto o Dart quanto o JavaScript são padrões livres, mas isso não interfere no desgosto ao imaginar o cenário descrito acima.

Comentário de Fábio Lima em 20/05/2013 às 20:12:00

Um aspecto interessante do MIR é que, segundo o wiki aberto pra tratar do assunto no site do ubuntu, tem parentesco com a pilha gráfica do android. Lá fala que é um objetivo desejável portar com facilidade drivers de videos feitos para Android. Isso abre a possibilidade de maior compatibilidade com placas de video exóticas e feitas para o mundo mobile, o que pode permitir que o ubuntu rode liso em muito mais dispositivos móveis que um plasma active ou o que o gnome eventualmente venha a criar pro mundo mobile.

Comentário de Joaquim Mariano em 20/05/2013 às 20:20:33

Ir direto à fonte é sempre muito proveitoso. "The discussion started during a presentation about X11 and Wayland to my fellow team mates at Blue Systems. I decided to first explain X11 as I think one cannot understand the needs for Wayland without understanding X11." A Blue Systems patrocina o Kubuntu. Qual é seu o poder de interferência no desenvolvimento do Kubuntu? Martin Gräßlin trabalha na Blue Systems. Já pensaram se a direção da Blue Systems discordar do Martin Gräßlin e resolver que o Kubuntu fica melhor com Mir? "There certainly are valid reasons for developing Mir which also make sense. Unfortunately they have not been presented so far. I'm quite sure that I know the reasons and if they would have been said straight away it would have been for me and other projects probably much easier. It would have taken away the frustration which the announcement caused and we would not need to discuss it at all, because those question marks would not exist." Martin Gräßlin confessa que existem razões válidas para o Mir, admite que as conhece e mostra que sua frustração e resistência não decorrem somente do Mir, mas também da maneira como as questões foram colocadas pela Canonical. Nessa passagem ele deixa escapar o peso que os egos estão tendo na discussão. "At the moment Mir is not there yet, this is important to remember. With the announcement we basically had four options on how to handle the situation." O Mir ainda não lá, mas fica mais perto a cada dia e, quando esta discussão acabar (se acabar...), é possível que o Mir já esteja utilizável. Martin Gräßlin esquece-se de que a Canonical está desenvolvendo o Mir com pressa e possivelmente o terá pronto para uso antes do esperado. O argumento da incompletude fica mais fraco a cada dia. "It's designed as a solution for Unity and if distros don't package Unity there is no need to package Mir." Se uma distro não usa o Unity, não há necessidade de usar o Mir. Isso, todavia, não significa que uma distro sem Unity não queira o Mir. O fato de o Mir não ser necessário (em razão da distro não usar o Unity) não significa que não seja interessante por outras razões. "From all I can see and understand Unity Next is a combination of window manager and desktop shell implemented on top of Mir. How exactly this is going to look like I do not know. Anyway it does not fit our design of having desktop shell and window manager separated and we do not know whether Mir would support that. We also do not know whether Mir would allow any other desktop shell except Unity Next, given that this is the main target." Martin Gräßlin confessa que não conhece alguns aspectos do Mir. Não seria o caso de aguardar e conhecer melhor antes de fechar posição sobre o Mir? Como ele bem explicou, não podem ficar parados, esperando a Canonical e o Mir. E não devem mesmo. Devem continuar o trabalho que já desenvolvem. Só entendo que não deveriam posicionar-se prematuramente (e quase definitivamente) sobre o Mir sem conhecê-lo por completo. Como Patola bem colocou, Martin Gräßlin tem bons argumentos em meio a argumentos ruins. Na parte final ele também apresenta boas questões. O problema é que, por medo ou conflito de egos, ele extrapola os bons argumentos, apresenta alguns argumentos fracos (que inclusive comprometem a força dos bons argumentos) e incorre em conclusões prematuras sobre aspectos inconclusos ou desconhecidos.

Comentário de ElvisVinicius em 20/05/2013 às 20:51:31

Me desculpem a intromissão, mas estou vendo umas críticas sobre o KDE e etc e não dá pra deixar de responder. 1) KDE não é uma carroça, aliás, isso depende muito da distribuição. OpenSUSE é muito mais rápido que o Ubuntu e por ser muito influente no desenvolvimento do KDE e este ser seu desktop padrão, é natural que eles tenham o mais rápido KDE do mundo Linux. O KDE (com todos os efeitos e leque de programas de seu arsenal) rodando no OpenSUSE é muito mais rápido que o Unity como shell no Ubuntu. 2) Se a Canoninal tem o direito de fazer o que bem entender do Ubuntu! Sem problema. Todo mundo sabe que eles querem ser a Apple do mundo Linux, consequentemente o Ubuntu quer ser o Mac OS X do mundo Linux. 3) Eu deixei de acompanhar o que se passa no mundo Ubuntu, mas até onde entendi, o Mir utilizará tecnologia QT, ou seja, exatamente o que o KDE usa há anos e o que o torna tão revolucionário frente a qualquer outro desktop Linux. Usei Ubuntu por 1 ano e é sofrível demais tentar usar Unity (não que ele seja ruim, o Unity é uma boa sacada de evoluir o Dock "horizontal" Mac OS X em um Dock vertical com spotlight embutido) com o Compiz travando toda hora. O Kwin faz tudo o que o compiz faz, e melhor. Tá na cara que é a salvação do Unity usar a mesma tecnologia do KDE. 4) Torço para que a Canonical consiga sucesso em seus projetos, afinal, isso só contribui para o desenvolvimento do mundo Linux e consequentemente novas idéias acabam surgindo de todos os lados. Agora, só espero que eles sejam inteligentes como a Apple foi. Se o problema é rodar outros ambientes/programas no Mir, que eles façam como o serviudor gráfico do Mac OS X, O Quartz, que roda o Xorg paralelamente permitindo que outros programas "não-mir" funcionem normalmente. Corrijam-me se falei besteira a respeito desse assunto Mir. ^^

Comentário de aleph em 20/05/2013 às 21:03:42

Eu estava usando o KDE e gosto muito dele, mas há aproximadamente um mês resolvi testar o Unity (com uma breve passada pelo Gnome Shell) e vi minha produtividade aumentar muito, inclusive em "missões crítica" no meu dia-a-dia do escritório, com vários arquivos abertos, firefox com dezenas de abas, e necessidade de encontrar arquivos com rapidez quase instantânea, como a ficha daquele cliente ansioso que liga e quer informações instantâneas também. Quanto ao MIR, se ele é feito na mais aberta das licenças e vai servir para um ambiente todo reescrito em QT, nem se sabe ainda quais padrões do X ele vai de fato "desobedecer", será assim tão difícil tornar o KDE compatível para poder ganhar todas as possíveis vantagens que ele vai trazer?

Comentário de william em 21/05/2013 às 09:01:14

@aleph O pessoal que trabalha comigo fez o caminho inverso GambiarraUnity -> KDE.

Comentário de Celio Alves em 21/05/2013 às 09:56:00

Segundo esta notícia abaixo, a versão 13.10 poderá incluir as primeiras versões do Mir com o Unity-Next para testes, porém manterá a versão tradicional com X. Só em 2014 o Mir poderá ser incluido: https://under-linux.org/content.php?r=6478 Menos mal para os usuários que não vão dar de cara com um sistema pouco testado e possivelmente cheio de bugs. Será bom também para outros desenvolvedores, que terão mais tempo para fazer adaptações, desde que não gastem este tempo com mimimis.

Comentário de Weber Jr. em 21/05/2013 às 10:38:30

Não adianta um projeto ser sobre a GPLv3 ou uma licença que remunere gatinhos por cada linha liberada se o código for inviável de adaptar. Sim, mesmo assim um grupo pode se esforçar e adaptar. Daí o Mark Shuttleworth acorda e decide mudar tudo de novo sem consultar ninguém, como vem fazendo, e todo esse esforço é jogado fora. Só é bom pra quem tem tempo infinito e acredita em tudo que os outros dizem. ElvisVinicius: não esquenta, as críticas ao KDE surgem porque os meninos entendem que atacaram o ubuntu, vou falar mal dos malvados.

Comentário de Weber Jr. em 21/05/2013 às 10:46:15

Joaquim Mariano, "O problema é que, por medo ou conflito de egos, ele extrapola os bons argumentos, apresenta alguns argumentos fracos (que inclusive comprometem a força dos bons argumentos) e incorre em conclusões prematuras sobre aspectos inconclusos ou desconhecidos." Classifica como "conflito de egos" quando você mesmo lembra que não deve ficar parado. Muito do que ele "não sabe", nem tem como saber, que são os planos da Canonical. Muito está apenas internamente na Canonical. E é arriscado investir em algo que é projeto fechado. Assim como resolveram criar o Mir sem consultar ninguém, podem modificá-lo no futuro.

Comentário de UnderVelvet em 21/05/2013 às 10:50:16

alguem ja ouviu falar que a recomendação eh boicotar a canonical?

Comentário de Gomes em 21/05/2013 às 12:59:04

@William aqui trocamos o remendado e gordo KDE pelo enxuto Unity.

Comentário de Márcio Carneiro em 21/05/2013 às 13:33:55

Ao meu ver o problema do Unity é a mudança de paradigma. O usuário acostumado com o "look and feel" do gnome, ou mesmo do windows, ao ir para o Unity irá torcer a cara. No meu caso foi a mesma reação. Quando atualizei para o 11.04 (se eu não me engano, a primeira que veio com o unity como default) torci a cara e feito. Mas sem opção de retornar ao Gnome 2, fui sambando entre DEs. O KDE foi o primeiro, mas ao meu ver, eles nunca mais se acertaram desde o KDE 4.0. A linha 4 do KDE para mim parece um arremedo de softwares que nunca se encaixam direito. Coias de Linux dos anos 90. Depois encontrei o Mint + Cinnamon. E este foi o primeiro "porto seguro" que encontrei entre os DEs. Algo moderno, funcional e que não precisaria passar muito tempo configurando. Mas depois de um tempo, dei uma chance ao Gnome 3. E digo que este foi o responsável pela minha mudança de paradigma. Com o tempo de uso, não sentia mais a necessidade de um botão iniciar-like no meu computador e digo que até mais produtivo fiquei. E por conta do período de "desintoxcação" do modo de uso windows 95 no gnome 3. Quando voltei para o Unity, a adaptação foi natural. E hj o uso sem maiores problemas.

Comentário de Márcio Carneiro em 21/05/2013 às 13:40:54

@Weber Jr. "E é arriscado investir em algo que é projeto fechado. Assim como resolveram criar o Mir sem consultar ninguém, podem modificá-lo no futuro." Está é uma critica que eu nunca entendi. O modo de governo do mundo FOSS sempre foi a meritocracia e o chamado ditador benevolente. Não me lembro de muitos projetos FOSS que ficavam consultando muita gente além do núcleo de seus desenvolvedores. E existe incontáveis problemas, principalmente de relacionamentos entre desenvolvedor e usuário por conta disto. Os exemplos são incontáveis. De cabeça é fácil lembrar o Gnome 3, em que seu núcleo tem uma visão de futuro e estão se lixando para o que os outros acham. Ou tivemos a um tempo atrás, quando o Debian saiu do GnuLibC para o EGlibC pq o dev principal do Gnu era um dos maiores imbecis da face da terra. Agora o que não entendo é pq só a Canonical que tinha que pedir permissão para meio mundo para fazer qualquer coisa. Todo mundo pode fazer o que bem entende. Mas a Canonical não. Se eles fizerem isto é traição ao mundo FOSS de mais alto nível.

Comentário de Márcio Carneiro em 21/05/2013 às 13:49:07

Quando ao papo de que se o Kubuntu vai ou não funcionar em versões futuras. Eu acho que o povo está confundindo uma parte do KDE com o todo. Pelo o que eu entendi, o que teria dificuldades de funcionar com o Mir é o compositor de janelas KWIN. Que hj só funciona com o x.org e tem planos futuros para funcionar com o Wayland. A questão é que acima do kwin, o resto são softwares em Qt. Sendo que estes rodam em qualquer buraco em que o proprio Qt funcione. Ou seja, da mesma maneira que hj podemos instalar e rodar qualquer software KDE em outros DEs roda-los. Nada impede de que o Kubuntu use um KDE em que no lugar do Wayland+Kwin user o Mir com o resto da pilha KDE rodando por cima.

Comentário de K (ORIGINAL) em 21/05/2013 às 14:03:13

Os argumentos do @Weber Jr são fracos demais e ele não entende de SL só isso gente é normal esses argumentos sem sentido.

Comentário de Márcio Carneiro em 21/05/2013 às 14:12:10

E volto a repetir. Para mim todo o problema tem raiz politica. Jogo de poderes. Ao meu ver a Canonical está tomando um espaço que nunca foi ocupado antes e por isto está incomodando muita gente. Existe outras gigantes no mundo FOSS, mas todas elas nunca ligaram para o mundo desktop. E por conta disto as distros voltadas para o mundo desktop tinham uma certa liberdade para fazer o que bem entendiam, como bem entendiam e por conta de não existia nenhuma gigante na área, tinha um certo equilíbrio nisto. O problema é a Canonical está virando uma especie de RedHat do mundo desktop. E pelo seu tamanho tudo o que ela vem fazendo simplesmente está virando o padrão de fato do mundo desktop Linux. E isto está tirando o poder de muita gente. E é isto que está incomodando-os. O Wayland e o Plasma Active são dois exemplos de perda de poder. O Wayland vinha sendo tocado como um tipico projeto open source. Meia duzia de devs estavam tocando o projeto a alguns anos, com um certo investimento de grandes empresas e com alguma atenção do mundo FOSS. E de repente a Canonical anuncia o Mir e coloca em grave risco anos de trabalhos do devs do Wayland e principalmente status, já que os devs do wayland tinham como alvo se tornarem controladores de uma das bases dos desktops Linux e agora correm o risco de virarem nada. Já o Plasma Active vem a anos tentando se firmar como alternativa livre no mundo móvel e do mesmo modo que o povo do wayland, viram seus planos indo por água abaixo por que a Canonical simplesmente resolveu investir em ambiente móvel. Por isto que digo que não é atoa que depois do anuncio do Mir. Só os envolvidos com os dois projetos continuaram a moer o assunto. O resto tocou a vida. Acho que toda a acusação que a Canonical está virando um Apple é injusta. De que a Canonical está traindo o mundo FOSS e coisas do tipo. A Canonical em nenhum momento fez algo que já não seja do mundo FOSS. Lembrando que o padrão do mundo FOSS sempre foi meritocracia, ditadores benevolentes e decisões tomadas por grupinhos internos. FOSS nunca foi sobre o governo da produção do software, e sim como o software é liberado. E tanto por isto como por conta de que boa parte dos projetos FOSS também se comportar da mesma maneira. Digo que é exagero as acusações contra a Canonical.

Comentário de Márcio Carneiro em 21/05/2013 às 14:14:30

K (ORIGINAL)[ou não] Não acho sem sentido. Só acho que é fora da realidade do mundo FOSS. Estão exigindo da Canonical um comportamento que quase ninguém tem no mundo FOSS. Me lembro que muita gente disse que ao criar o Mir eles erraram por não terem conversado com o povo do Wayland. Sério? Desde quando uma empresa (o uma pessoa) precisa de permissão de terceiro para fazer o que bem entenderem com seu tempo e dinheiro?

Comentário de Weber Jr. em 21/05/2013 às 15:29:11

K (ORIGINAL) "Os argumentos do @Weber Jr são fracos demais" As vezes acontece, mas ao menos eu tento né , você nem isso, fica agindo como a Cheerleader do Ubuntu. Embora sendo justo, parece não ser específico do Ubuntu e sim qualquer tema que polemize. Como já confessou outras vezes que é intenção. " não entende de SL" Entendo menos que muitos, mais que outro tantos, que os outros comparem com o que demonstra(ou não) conhecer. Pode

Comentário de Patola em 21/05/2013 às 15:29:14

@Márcio Carneiro Belo texto, acho que mostrou claramente tudo o que há de errado com as críticas recentes à Canonical sobre o Mir.

Comentário de Weber Jr. em 21/05/2013 às 15:35:22

Márcio Carneiro "Está é uma critica que eu nunca entendi." Não entende porque generaliza, fora as vezes que parece simplesmente bater o pé e ignorar o que se fala. "O modo de governo do mundo FOSS sempre foi a meritocracia e o chamado ditador benevolente." "Não me lembro de muitos projetos FOSS que ficavam consultando muita gente além do núcleo de seus desenvolvedores. " Não, é um dos modelos. No Postgres por exemplo é um grupo, no Debian embora tenha um líder de projeto, tem muita responsabilidade dividida. Só de contra-exemplo pra acabar com sua generalização. E a má vontade parece entrar aqui: Você restringiu a isso e fez parecer que o Ubuntu fez o que todos fazem. Primeiro que não é igual, a Canonical é uma empresa, não um grupo de projeto. Segundo que mesmo onde há o tal "ditador benevolente", como no Python, em um projeto, se busca o melhor para o que se desenvolve. A Canonical está procurando só o melhor para a empresa, natural. Então é isso, você segue com a prática de querer justificar "erros" de uns pelos "erros" dos outros.

O que é Linux • Download Linux • Apostila Linux • Enviar notícia

BR-Linux.org