Mitchel Baker, da Mozilla: "Nem todo projeto de código aberto é mesmo aberto"

Na entrevista concedida à Folha, a executiva Mitchell Baker, presidente da Fundação Mozilla, também falou sobre concorrência, o desafio de atrair mão de obra, e as mudanças no mundo móvel.

Enviado por Spif (spifΘil·org):

“Mais na notícia em anexo, mas acredito que a citação já resuma bem:

"Quase sempre, "aberto" e "código aberto" significam algo maior, que inclui o método de produção -do qual a Mozilla é uma forte defensora, e o Android, não."” [referência: folha.uol.com.br]

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Comentários arquivados

Comentário de boi em 27/03/2013 às 08:44:56

Ela fala também da Canonical: O Ubuntu utiliza o kernel do Linux, mas tem uma tecnologia e metodologia de aplicativos específica, então é uma mistura. Na matéria aparece um quadro com mais esclarecimentos: O desenvolvimento do Ubuntu é misto: alguns aspectos são abertos para desenvolvedores de fora da empresa, enquanto outros são conduzidos dentro dela. O ponto que a executiva defende é que apenas a Mozilla adota uma política de desenvolvimento aberta. A do Google, segundo ela, é fechada, e a da Canonical apenas meio aberta (mista).

Comentário de Tércio Martins em 27/03/2013 às 08:47:10

O funcionário da Fundação Mozilla poderia esconder sua ignorância em relação ao termo... O Java JRE, até 2006, tinha -- quase todo -- o seu código-fonte disponível para qualquer um olhar, e era permitida a participação de outras pessoas na melhoria do código (através do JCP). O modelo de desenvolvimento era semelhante ao que a Fundação Mozilla defende. Entretanto, a licença dos fontes era bastante restritiva, e o JRE não era um software de "código aberto", no fim das contas. Um software de "código aberto" não é assim por ser legal, nem por ter desenvolvedores camaradas. É porque quem possui o código tem a abertura para realizar o que desejar com ele. E essa "abertura" (ou "liberdade", nas palavras do Richard Stallman) vale mais que qualquer sentimento "comunitário" que a Fundação Mozilla espera receber.

Comentário de Weber Jr. em 27/03/2013 às 10:27:15

Spif mandando notícia, só podia ser pra ter algo contra o Google/Android, é paixão. haha boi "Ela fala também da Canonical" No quadro também fala da MS, mostra que o desenvolvimento fechado completamente. Mas isso é melhor que "meio aberto", pra alguns.

Comentário de boi em 27/03/2013 às 11:02:37

Weber Jr., que a MS é totalmente fechada, todos sabemos. A "novidade" aqui é em relação ao Google e à Canonical. Novidade entre aspas mesmo, já que a maioria aqui sabe muito bem que as coisas funcionam da forma como a executiva da Mozilla expôs, embora muitos prefiram fingir que não sabem.

Comentário de Patola em 27/03/2013 às 11:24:41

"Acesso restrito a assinantes e cadastrados". Alguém tem um espelho da reportagem?

Comentário de Jose em 27/03/2013 às 12:38:54

Concordo.

Comentário de Weber Jr. em 27/03/2013 às 13:00:14

boi "que a MS é totalmente fechada, todos sabemos." Sim, mas isso é outra coisa que alguns preferem ignorar. 'a maioria aqui sabe muito bem que as coisas funcionam da forma como a executiva da Mozilla expôs, embora muitos prefiram fingir que não sabem.' Basicamente a única novidade é o artigo em si, para o público que não é do meio. A Mozilla por sua vez tem tido alguns comportamentos estranhos desde que essa CEO assumiu(algumas decisões podem ser do anterior). Praticamente desistir (preterindo) dos codecs livres e aquela integração com Facebook. Essa última então vai diretamente contra o que o Firefox sempre propôs, de "tomar a web de novo". Integrar o facebook, uma espécie de fork proprietário da internet, é bem estranho, no mínimo. E isso não tem nada a ver com aceitar dinheiro deles.

Comentário de alberto em 27/03/2013 às 13:43:53

@Weber Jr > desde que essa CEO assumiu ela não é CEO e está no mesmo cargo (chair) há uns 10 anos. > Praticamente desistir (preterindo) dos codecs livres O Firefox traz apenas codecs livres e nenhum proprietário. O H.264/MP3 é decodificado ou pelo hardware ou codecs do SO. > e aquela integração com Facebook. isso é, mas não acho que seja ela que decida os features do Firefox.

Comentário de Weber Jr. em 27/03/2013 às 14:15:52

alberto "O Firefox traz apenas codecs livres e nenhum proprietário. O H.264/MP3 é decodificado ou pelo hardware ou codecs do SO." Mas antes a idéia não era somente dar suporte aos livres? Foi até elogiada na época por isso. Então houve uma mudança de somente livres passando agora a também dar suporte ao proprietário. Embora eu até ache razoável, é aquela coisa da tendência. Se nota que o que era uma postura forte foi flexibilizada. Pode ser pontual, ou não. '> e aquela integração com Facebook. isso é, mas não acho que seja ela que decida os features do Firefox.' É como falei, não tinha certeza de quem decidiu o que. Só a impressão (por essas duas decisões) que a Mozilla resolveu relaxar na questão da web aberta. Ainda que pouco, no momento que resolve apontar dedos, vale a reflexão.

Comentário de Spif em 27/03/2013 às 15:07:08

Weber Jr, H.264 entrou pq players como o Google desistiram de suportar formatos livres como o Ogg! Em prol dos seus próprios formatos, deixando a Mozilla sem ter como manobrar. Integração do que? Da base de código? Fez o q? Fechou o código fonte da Mozilla? Ah tá, pensei que você fosse puxar essa mentira. Acho mais terrîvel quando o Google deu sobrevida ao Flash, jogando ele no core do seu navegador proprietário, e monopolizando ele no Linux. Vale a reflexão: Qual dos dois é a maios pocilga de vírus na Internet: Firefox ou Android? Qual dos dois está levando a web, de uma forma aberta e barata aos telefones: Mozilla ou Google? Quem está do lado do consumidor, promovendo padrões anti-tracking como o DoNotTrack: Mozilla ou Google? Quem promove desenvolvimento realmente aberto e transparente, não um processo só com uma empresa? Realmente. Temos que refletir MUITO.

Comentário de Ícaro em 27/03/2013 às 15:57:50

Novamente, não confundam codec proprietário de patenteado. A Red Hat implementou o Gstreamer no Firefox e agora é possível visualizar H.264. É tudo livre, mas o codec h.264 é patenteado e não o recomendo, prefiro ogg e webm, assim como posso descompactar RARv3 com software livre, mas não vou compartilhar arquivos nesse formato.

Comentário de Patola em 27/03/2013 às 17:46:56

Tem um índice pra medir o grau de abertura dos projetos de software livre, o Open Governance:

Open Governance Index. We quantified governance by introducing the Open Governance Index, a measure of open source project “openness”. The Index comprises thirteen metrics across the four areas of governance: 1. Access: availability of the latest source code, developer support mechanisms, public roadmap, and transparency of decision-making 2. Development: the ability of developers to influence the content and direction of the project 3. Derivatives: the ability for developers to create and distribute derivatives of the source code in the form of spinoff projects, handsets or applications. 4. Community: a community structure that does not discriminate between developers The Open Governance Index quantifies a project’s openness, in terms of transparency, decision-making, reuse and community structure. Open Governance Index (% open) Android 23% Qt 58% Symbian 58% MeeGo 61% Mozilla 65% WebKit 68% Linux 71% Eclipse 84%

http://www.visionmobile.com/rsc/researchreports/Open%20Governance%20Index%20%28VisionMobile%29.pdf

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