Relembrando o mundo Linux de 10 anos atrás
Matéria do Juliano Barreto na Info:
Via info.abril.com.br:
Há dez anos, várias distribuições do sistema operacional aberto lutavam pela preferência dos usuários. Em matéria publicada na edição 195, em junho de 2002, a INFO fez um raio-x completo desse cenário, que vamos relembrar neste post.
A matéria citou os pontos fracos e fortes das distros. Conectiva, SuSE, Red Hat, Slackware, Debian, Mandrake e Caldera. Hoje em dia, algumas delas nem existem mais, outras foram vendidas para grandes corporações e outras continuam na batalha independente. Viaje no tempo agora e confira como foi a apresentação de cada uma delas dez anos atrás
• Publicado por Augusto Campos em
2012-06-26
@brlinuxblog
Feed RSS
Caramba, eu lembro desse tempo (eu chamava o Linux de Linúx…), acho que meus cabelos brancos estão começando a ficar pesados…
Até pouco tempo atrás eu tinha a Info nº 200 que tinha Linux na capa, entrevista com o Alexandre Oliva e ensinava a instalar o Conectiva 8 (e dizia erroneamente que o usuário deveria usar o sistema como root logo após instalá-lo).
Ah, Conectiva… :(
Há dez anos atrás eu nem sabia que existia outra coisa além do Windows, aliás pra mim um computador era sinônimo de Windows.
De tanto ver propaganda de alguns CDs de linux nas bancas de revistas é que me despertei na curiosidade,só em 2006 é que fui conhecer o que era linux por meio de pesquisas na internet já que meu contatos pessoais também não tinha a menor ideia de que bicho era esse tal de linux.
Também não conhecia o mundo linux nesta época e nem o Conectiva. Fica a minha curiosidade de entusiasta, mas com poucos conhecimentos técnicos. Espero que alguém possa me explicar o que o Conectiva tinha de tão bom para deixar tantas saudades? Qual era o diferencial das outras distros?
Bons tempos! Escrevi um post em 2010 [migre.me/9EhsV] falando um pouco sobre esse momento nostalgia, quando a Conectiva era a única alternativa em caixa existente em língua portuguesa. Da versão 5 até a 10 eu usei todas. A cada lançamento eu comprava a caixa. Brinquei muito, montei servidor, compilei, em resumo, aprendi muito de Linux nessa época mágica. Usei também o Red Hat, comecei na versão 7.alguma coisa, depois passei pra 8 e voltei pro bom e velho CL. Saudades de uma fase de muito aprendizado, noites em claro e satisfação em usar Linux.
Eu sou um pouquinho mais antigo ainda… Ehehehehe…
Comprei na loja o Corel Linux, Mandrake Linux e o Caldeira Linux.
Pouco gente lembra desse tempo.
Dureza: nao tinha Flash, as fontes eram horriveis… Tudo era feito com muito esforco. Os RPMs eram todos defeituoso com “dependency hell”…
:)
Tudo vale a pena se a alma n é pequena.
Longa vida!
Eu era bem moleque nessa época, pilotando um Pentium 100 com dual boot. Se meu irmão me pegasse bootando no Red Hat dele a coisa ficava feia! Eu era obrigado e usar o “outro sistema que travava” pros trabalhos de colégio (e o bom e velho Doom2).
Com o tempo ele ficou com pena e montou uma máquina pra mim e pedi pra ele instalar o Mandrake.
As distros “se reproduziram” e sofreram seleção natural com o tempo. Mas o legal é que as ideias das realmente boas ainda vivem hoje, dentro de suas filhas e netas.
Vixe, sou do tempo do slackware 3.5, redhat 4. Caramba. ainda lembro da semana inteira que passei para configurar minha placa de vídeo Cirrus Logic….. ahahhaha
Pessoalmente não tenho nenhuma saudade do Conectiva. Na época ao ver caixinha acima em uma loja comprei achando que seria uma maravilha. Nossa, foi uma decpeção.Fora os bugs, uma simples configuração Ads exigia malabarismos. Nada amigavel para um iniciante como eu. Diferencial tinha o Mandrake 8 com seu painel de configuração, montagem automática das partições e cdrom e tudo facil, pronto para usar. Ainda bem que não comecei pelo Conectiva. Poderia ter ficado com uma péssima imagem do Linux e talvez ter desistido. Nada contra distrubuições que vem cru após a instalação, só acho que a embalagem passava a imagem de um sistema para iniciantes coisa que não era verdade. Minha 1ª distro foi Tec Linix. Comprei uma caixa ao visitar uma feira de informática. Ele era baseado no Mandrake. Logo depois baixei o Mandrake 8 e tempos depois pude aprender muito usando o Kurumin. Hoje uso Ubuntu e Debian.
Claro que não podemos deixar de reconhecer a colaboração dada pela empresa ao mundo Linux com várias contribuições feitas.
Nossa, 10 anos… Eu estou chegando aos 10 anos de linux já… 7, para ser mais exato.
Pior que me sinto mais noob agora que antes. Não lembro metade dos comandos que aprendi neste tempo todo, por falta de uso :-(
Se antes eu gostava de me aventurar em “fazer tudo na mão”, hoje em dia quanto mais “mão-na-roda” pra mim, melhor, desde que não me impeça que eu faça algo…
Eu como vários que usam linux a uns 6-7 comecei com o Kurumin =x Depois pulei direto pro Ubuntu.
eu lembro desta matéria…
;-))
Foi há exatamente 10 anos, em junho de 2002, que fui apresentado formalmente ao Linux em um minicurso introdutório na faculdade. Antes disso, Linux era algo que eu tinha ouvido falar e não fazia muita ideia do que se tratava, mas foi boa a surpresa de ver que Linux era um Unix que rodava em PCs caseiros.
Ao chegar em casa, a primeira coisa que fiz foi baixar os 7 ISOs do Conectiva 8. Aliás, levei quase uma semana pra baixar todos com a minha infame conexão discada!
Comecei usando em dual-boot com o sistema das janelas-2000, mas dois anos depois o Conectiva passou a ser o único sistema instalado no meu computador. Nessa época comecei a me aventurar em outras paragens, passando por SuSE, openSUSE, Mandriva, Fedora e até Gentoo.
Mais um ano se passou e fui apresentado ao Ubuntu (Hoary Hedgehog, pra ser exato). Logo essa distro caiu na minha preferência e se tornou meu sistema padrão desde então.
Sinto sua dor Tenchi. Muito tempo trabalhando em windows, eu estou todo enferrujado pra Shell e pra digitar no vim. :/
Comecei a brincar com linux em 1998. Lembro quando o KDE 1.0 era novidade e ainda tenho aqui na minha estante os livros (guia do servidor, do adm. de rede, etc.) que vieram na caixa do Conectiva 3.0 que comprei… hehehe
Muito boa a matéria. Ela diz que a Debian não era a distro mais fácil de instalar, mas é bastante flexível.
Ainda é assim até hoje! Debian, através da sua netinst, permite que o usuário instale apenas os pacotes que lhe interessem. Sendo assim, dá pra configurar servidores para necessidades específicas ou um desktop personalizado para o gosto do usuário, seja GNOME, KDE, Xfce, etc.
Tempos de nostalgia !
@Spif, pior é que eu não uso Windows há uns 5 anos ao menos. Meu enferrujamento foi por ter saído da “fissura” de aprender tudo, mesmo coisas que não me teriam utilidade alguma. Com o tempo fui “persistindo em disco” somente as coisas que me interessavam ou me eram úteis.
Tenho até hoje a caixa de um Conectiva 4 que comprei na FenaSoft em SP, paguei R$80,00 na época.
Ontem fuçando nos meus cds, achei uma cópia do Conectiva Red Hat Parolin 1.0, tentei instalar no VirtualBox, mas a rede não funcionou, nostalgia total!
Achei várias versões de Linux antigas por aqui, vou instalar todos quando tiver tempo, saudades desse tempo!
Interessante como Linux é cada dia mais relevante não só em nichos específicos, mas como as grandes idéias da Humanidade, não percebemos nem mais que o estamos utilizando ou a sua real importância. Enquanto isso sistemas irrelevantes buscam criar grilhões digitais como alternativa para manter seu gado.
Tenho esta caixinha e todas outras versões, fui por 3 anos técnico certificado Conectiva e nossa empresa revenda de seus produtos. Negar o legado deixado pela Conectiva é impossível. Usei as versões Parolin e Marumbi e ainda tenho as midias originais. Legal, relembrar esse tempo que Linux era Linux.
Eu comecei com o Linux um ano antes: 2001. Naquela época, eu ralei para fazer um modem Speedtouch USB funcionar num conectiva. Lembro que usei por um tempo o Conectiva 8. Depois odiei o 9, e adorei o 10. Usei muito tempo o Conectiva 10. Eu usei o conectiva 10 até mais de um ano após a venda da Conectiva.
Eu realmente me senti órfão quando o Conectiva acabou :( :( :(.
O Conectiva Linux tinha como grande diferencial os man´s em português do Brasil e suporte ao hardware vagabundo que imperava nos PCs brasileiros da época, que não eram bem suportados pelas distribuições de origem americana ou européia. Outra coisa legal era o manual impresso que vinha nas caixinhas. Era uma boa literatura para quem estava iniciando no linux. O Conectiva vinha também com o webmin, que dava uma ajudinha nas configurações.
O Conectiva nasceu como um Red Hat “tropicalizado” e depois seguiu carreira solo, até virar Mandriva.
Esta semana montei um T-Rex 500 EFL. Me lembrou da época que comecei com GNU/Linux e FreeBSD.
- Um trabalho danado para botar tudo no lugar e fazer funcionar.
- Nos primeiros testes, algo dá errado, volta, procura o erro, corrige, outro aparece.
- Documentação confusa. Muitos manuais e tutoriais, alguns conflitantes.
- Finalmente funciona mas ainda não está perfeito. Taca refinar o processo.
- No fim, depois de muito trabalho, você tem um produto de qualidade, funcionando solidamente e aprendeu *muito* no processo :)
Tiago +1, +1.
Velhos tempos…uso linux desde 1997, quando baixei 13 disquetes do Slackware 3.3.0, kernel 2.0.30, instalei em meu 486 DX4-100, com 32 MB RAM e HD de 850 Mb. Minha sorte é que possuía um modem externo UsRobotics, o qual funcionava perfeitamente. Até hoje possuo estes disquetes em meu “arquivo histórico”. Além destes disquetes, possuo todas as versões desktop do Conectiva (Parolin, Marumbi, Guarani etc) em CD.
Esta revista também está aqui em meu “arquivo histórico”: sou assinante da Info desde que se chamava Informática EXAME. :-) Velho, não…experiente!
aquele sim foi o ano do Linux nos desktops (da elite da linha-de-comando)…
Alguém lembra do linuxconf? Usei bastante nos Conectivas, e acho que a versão 8 e 9 foram lançadas muito rapidamente, sem o devido polimento.
Comecei com o Linux em 98, com umas mini distros baseadas em Slack, que usavam somente 4 disquetes. Meu computador (486) ficou 1 dia inteiro pra compilar o kernel, e ainda deu erro…
Mandrake também, principalmente o 8, impressionava muito, com o recém lançado KDE 2.
Até hoje, embora agora no Kubuntu, continuo com o KDE.
A primeira vez que ouvi falar em linux foi em 97. Em 98 um colega de colégio me gravou um CD-R como slackware, mas a mídia não conseguia ser lida pelo meu 486 DX4 que eu ainda tinha na época. Não rolou de testar. Só em 99/2000 (não lembro ao certo) é que pude instalar e brincar na minha máquina o Conectiva e depois o Mandrake que veio numa revista. Foi bem fácil até e brinquei um bocado. Mas tinha um problemão: Naqueles tempos víviamos o auge dos famigerados “winmodens”, que não tinham driver pra linux. Logo, sem internet no linux. Hoje vejo que isso foi a causa determinante d’eu ter me afastado aos poucos do linux (senão teria continuado lá com toda certeza). Voltei com força total alguns anos atrás. De todo modo, outro dia achei perdido na minha casa antiga algumas mídias de distros antigas (conectiva, debian e vários ubuntus).
Ahh… bons tempos de Conectiva 8, tenho até hoje minha “caixinha” igual a essa, com as mídias originais, manuais, tudo novinho!!
Até hoje tenho boas lembranças dessa distro que comecei a usar na versão 6 e só deixei por conta da fusão Conectiva/Mandrake :’(
Naquela época tinha que emulação SCSI/IDE para poder gravar CD`s, levantar na mão o módulo de impressão que não vinha habilitado por padrão, usar o Xconfigurator para configurar o X, o Sndconfig para configurar o áudio, configurar os malditos winmodens…
Era tudo tão difícil se comparado a hoje, mas tinha uma emoção muito grande a cada exito obtido, um esforço que valia muito a pena! :)
Ótimas lembranças me vieram com esta reportagem.
Usei muito o Red Hat 7.3, que consegui os CDs através da antiga Revista PC Master.
Me serviu para muita coisa o RH 7.3!
E a Conectiva tinha a “Assinatura Linux” que te dava direito ao CDs das diversas distribuições. Slackware, RedHat, TurboLinux, além da própria Conectiva que como comentou o @Power User acima começou como um Red Hat e seguiu um caminho próprio muito interessante. Usei (na verdade era meu tio que usava mas comecei ali, novinho ainda) o Parolin e fui até a versão 8 que foi muito problemática pois já sofreu reflexos da “crise” que estava se estabelecendo na empresa. Daí tentei o Mandrake mas acabei no Debian (e Debians-like) onde estou até hoje. Mas ainda conservo com orgulho um boné e um boton da Conectiva dos bons tempos. Ah, também assinei a Revista do Linux. Tenho saudades desta época.
10 anos atrás até que a coisa tava melhor… em 1997 eu comprei meu primeiro cd de linux pela internet, red hat 4.2 da cheapbytes… ooo saudade daquele tempo … nem existem mais o glint e elm… :(