Patentes de software: Google adquire mais 217 patentes da IBM
Em uma transação registrada ao apagar das luzes de 2011, o Google adquiriu da IBM 217 patentes adicionais para o seu estoque, incluindo várias de implementações em software. Primariamente relacionadas a celulares, navegadores móveis e buscas por voz, elas incluem invenções como um “telefone computador”, um método para redimensionar websites em dispositivos móveis, e uma forma de fazer pesquisas por voz baseadas em palavras-chave.
Elas se juntam a uma coleção já bem suprida, incluindo as 17.000 patentes que vieram junto na compra da Motorola Mobility e outras 1023 patentes compradas anteriormente da IBM.
Como sabemos, a coleção poderia incluir também as patentes da Nortel (de conexões sem fio, conexões sem fio de quarta geração, redes de dados, redes óticas, voz, internet, semicondutores, entre outros) e mais 882 patentes da Novell que foram a leilão, mas os lances do Google nas tentativas de comprá-las nestas ocasiões não foram os vencedores, e no segundo caso a empresa não aceitou o convite para participar do consórcio que deu o lance final. (via electronista.com – “Google gets 217 IBM phone, browser patents in defense | Electronista”)
Nota: atualizado às 18h42 para remover o equívoco confundindo Nortel e Novell.
@brlinuxblog
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Não tenho nenhuma referência de que a Google foi convidada a fazer parte do consórcio Nortel. A informação que tenho é que o Google deu o lance inicial (900 milhões de doletas) e os integrantes do consórcio, sem poder ou querer montante para cobrir a oferta, se juntaram somando recursos em um acordo de não agressão mútua.
Ou seja, o consórcio parece ter sido criado para cobrir a oferta inicial. Parece estranha a idéia de que a empresa que deu a primeira oferta tenha sido convidada a fazer parte do consórcio.
De fato confundi Nortel com Novell. O Google participou e perdeu em ambos os casos, mas foi no segundo que ele rejeitou o convite para participar no consórcio vencedor. Vou corrigir, obrigado.
Como esse pessoal adora as “Patents Wars” então que a Google e os vários fabricantes de smarts phones dêem AQUELA TREMENDA revidada contra certa “empresa” de software (das famosas janelas virulentas bugadonas) que tantos problemas causa no mundo da informática.
O ideal (infelizmente impossível) que essa maldita “empresa” fosse extinta da face da Terra, logicamente com as suas tralhas de softwares.
Está faltando ver alguém trollando a MS.
A última notícia relacionada com a MS e ao assunto patentes, é que ela venceu uma ação contra a Motorola. Resta ver quando a ação em sentido contrário será julgada.
É um absurdo que empresas como International Business fazem.Aproveitam da monstruosidade que são para lucrar até com ideias abstratas que nunca foram implementadas na prática.
Soh uma coisa, como a rede eh baseada em luz e nao em som, a rede eh oPtica.
Eu acho mais revoltante é ver o Google pular na dança, quando podia ter usado seu capital e força para acabar com tudo isso.
Eu vejo diferente…Com a tímida, porém constante, popularização do Windows Phone, Google pode dá o troco na guerra de patentes, abrindo processos contra a Microsoft. Assim obriga-a a devolver parte do que lucrou com os esquemas de extorsão sobre aparelhos Android. Essas patentes podem sim ser utilizadas para processos contra a Redmond.
@bebeto_maya, essas patentes contra as patentes da Microsoft não dão nem pro começo. As patentes da Nortel eram muito melhores e incluem tecnologias que vão fazer falta pro Android no futuro.
Ainda falta muito pro Google poder se dizer uma potência nessa área. Ele está, quando muito, armando uma defesa tênue.
De fato com a compra da Motorola a Google ganhou algumas patentes “desimportantes”, como parte ou todo o próprio conceito de telefone celular (que eu me lembre, essas patentes estavam divididas entre a Motorola e a Qualcomm).
A patente do “telefone-computador” eu também acredito que seja “irrelevante”.
Em tempo: como se não bastasse o comércio indiscriminado de patentes (elas não foram feitas para proteger os inventores? Porque permitir que sejam transferíveis?), ainda existem empresas com a desfaçatez de criar consórcios para compra de patentes.
A tarefa de reformar ou não o sistema de patentes cabe ao governo de cada país. Não se pode esperar que o regulado venha a agir como regulador.
Porfírio
“Em tempo: como se não bastasse o comércio indiscriminado de patentes…”
O outro é absurdo é o escritório de patentes continuar liberando patentes óbvias que certamente vão ser usadas para esse tipo de coisa.
@Weber, concordo com você. Mesmo com a bagunça que é por aqui, taí uma coisa que no Brasil nós não faríamos.
@Augusto, disponha.
Gostaria de comentar também a referência que vc. fez à aquisição das patentes da Novell.
Criação de consórcios (quadrilhas) para a compra de patentes é abusar das regras do jogo e geralmente é feita para atentar contra a livre concorrência (prejudicando empresas que não entraram no bolo).
A imprensa especializada tenta passar a imagem de “não quis entrar no bolo, agora chora”, enquanto para mim esse tipo de recusa é bastante ética e digna de elogio. Existem limites aos quais não é certo cruzar, apenas para “ganhar o jogo”.
Por mim, eu elogiarei toda vez que uma empresa se recusar a entrar nesse tipo de esquema.
Porfírio
‘A imprensa especializada tenta passar a imagem de “não quis entrar no bolo, agora chora”’
PARTE dela. E um desses sites grandões que vi falando isso foi o mesmo que vi criticando o Google por ter reclamado quando descobriu o esquema do Bing usar o próprio Google.
Disseram que era reclamação de quem “se vê ameaçado”.
Coisa linda, vítima culpada pelo crime.
“quando descobriu o esquema do Bing usar o próprio Google”
CRUZES! Que coisa sem-vergonha! Eu tinha perdido essa.
Mas cá entre nós… Será que o famoso Siri não usa o Google tb? O serviço é hoje a maior base de Web Semântica que existe.
@Porfirio, quando o Google desconfiou que o bing estava kibando os resultados, conseguiu demonstrar plantando uma busca falsa no seu próprio engine. ‘Por coincidência’, o bing passou a trazer a mesma busca falsa. heheheh
E a Siri quando não entende o que a pessoa quer, já traz uma busca do Google. Muito inteligente a Apple juntar o reconhecimento de voz que existe há décadas com a interação de linguagem natural, que existe desde os anos 70 e encontrou uma utilidade prática comandando funções de um smartphone.
@Marcos, acho que a única “inovação” foi o Smartphone. Bots já existem faz tempo, como vc. bem observou.
Eu estou querendo ver os bots (aka Alfred) rodando com o reconhecimento de voz just-in-time do ICS, deve ser interessante. Mesmo assim, eu me sinto meio estranho usando a interface de voz, as pessoas sempre acham que eu estou falando com alguém, ou o que é pior, falando com elas!
Se a Google começar a licenciar de forma diferente o uso remoto do seu serviço de busca (uma base indexada com mais de uma década de idade), muitos “concorrentes” teriam de colocar sua barbas de molho. Devem ter muitos serviços parasitas, inimigos da empresa, pendurados nele.
Esse caso do Bing parece bem engraçado. Vou procurar saber mais. Alguma referência?