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MEC quer tablets, mas laptops chegaram apenas a 2% dos alunos

O destaque no trecho em que o responsável afirma que a intenção do programa “Um Computador por Aluno” nunca foi levar os computadores a todos os alunos não consta no original.

Via noticias.terra.com.br:

o Ministério da Educação (MEC) vai lançar este ano um edital para que as redes de ensino possam adquirir o equipamento a custo mais baixo, como fez com os laptops do programa Um Computador por Aluno (UCA).

“Estamos definindo as características do aparelho, vai depender muito inclusive do custo. Não soltamos ainda o edital porque precisa ter uma definição clara dos pré-requisitos do equipamento. Tem que ter acessibilidade, ser resistente e rodar qualquer conteúdo”, explica o diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC.

Atualmente, cerca de 500 escolas do País contam com os laptops educacionais do UCA. O MEC calcula que 574 mil equipamentos foram adquiridos por meio do pregão do UCA, seja pelo próprio governo federal ou por prefeituras e governos estaduais – o número inclui máquinas que já foram solicitadas e estão a caminho das escolas. Considerando o total de matrículas na rede pública nos ensinos fundamental e médio, o número de estudantes que têm um computador em mãos hoje dentro da sala de aula representa menos de 2% das matrículas – se cada máquina estiver sendo utilizada individualmente, como previa o projeto original. Segundo o diretor, a intenção nunca foi universalizar o programa e levar os laptops a todos os alunos. O ministério defende que os tablets não virão para substituir os laptops, mas complementar as tecnologias existentes nas escolas.

(…) Às vésperas da chegada de uma nova tecnologia nas salas de aula das escolas brasileiras, ainda não há uma avaliação oficial dos resultados alcançados pelo UCA em termos de melhoria da qualidade do aprendizado.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-01-30

Comentários dos leitores

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    Marcelo Dalmas (usuário não registrado) em 30/01/2012 às 4:54 pm

    O MEC deveria lançar o projeto um professor bem remunerado para cada 30 alunos.

    Aposto que seria um sucesso.

    HeDC (usuário não registrado) em 30/01/2012 às 5:40 pm

    Marcelo Dalmas, um item fundamental!
    Mas como estamos no Brasil os tablets (notebooks e etc) só servirão p/ uma minoria que QUER aprender de fato independente do meio em que se encontram, o resto vai ficar em redes sociais, jogos e etc quando souberem utilizar e pior, corrupção nos PCs e Notes com “aquele” sistema “operacional” janelas virulentas. E PRINCIPALMENTE alimentar a conta dos responsáveis pelas vendas e apadrinhados.
    Alta tecnologia é ótimo, mas há tanta coisa que precisa vir ANTES!

    O problema desse processo é que ele está sendo feito mais por modismo.
    O programa UCPA que é um derivado do projeto OLPC seria um sucesso se não fosse trabalhado como modismo mas sim como parte de um conjunto de soluções educacionais.
    Mas o que tem sido visto é que estão levando notebooks (a agora tablets) para os alunos mas não se está preparando um ecosistema para o uso dessa tecnologia.
    E pensar que o programa UCPA não deslanchou por problemas de preço.
    E pior ainda é pensar que ningúem parou para avaliar o quando seria economizado se cada aluno tivesse um notebook. Só com o custo de livros didáticos e outros materiais já seria possivel pagar uma grande parte senão todo o custo dos notebooks (ou tablets).

    Marcos (usuário não registrado) em 30/01/2012 às 9:57 pm

    @The Darkness, tem muitos projetos piloto avaliando sim, esse lado. Inclusive algumas escolas públicas já tem dados mensurados dos ganhos pra poder replicar pra outras escolas.

    Só que é um processo lento e depende da estrutura de cada instituição. Em várias escolas públicas o governo está priorizando reformar a escola, em outras é a rede elétrica, outras são as cadeiras, outras é segurança, etc.

    Cada instituição tem um ritmo e é um projeto nacional gigantesco.

    Rx (usuário não registrado) em 30/01/2012 às 10:29 pm

    O hardware que escolhem montar essas máquinas não chega nem perto do que os alunos e professores precisam para trabalhar com o mínimo em sala de aula. No caso dos netbooks prometidos do ano passado e outros, o governo fez uma licitação a CCE/Digibras para montar as máquinas por um valor em torno de 550 reais:

    http://www.cceinfo.com.br/produtos/educacao/uca

    Como podem ver a configuração é fraca para trabalhar com o básico e acessar a internet. Pelo menos se fosse uma tela de 10,1″, 1 GB de memória e disco de 120 GB… É uma máquina boa para quem gostou da primeira geração de netbooks…

    Edd (usuário não registrado) em 30/01/2012 às 11:11 pm

    O MEC acha realmente que laptops, notebooks e lousas eletrônicas são mais efetivos que um bom professor motivado e com um quadro negro?
    Ou ele faz estas coisas simplesmente porque é mais barato do que estabelecer um piso descente para o magistério e ao mesmo tempo dá a impressão de estar fazendo algo pela educação?
    No fim ele está apenas beneficiando empresários escolhidos a dedo. Estes vão ganhar rios de dinheiro, alguns políticos levarão a sua parte, e devido a realidade das nossas escolas, os equipamentos serão rapidamente roubados ou quebrados. Pra quem me achou pessimista, prefiro ser chamado de realista, já que esse tipo de coisa é muito recorrente no Brasil.

    Hay (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 4:22 pm

    Esses projetos rendem mais frutos políticos aos criadores. “Valorização do professor” é um termo genérico que envolve quantias gigantescas de verbas e cargos disputados por vários grupos. É muito mais fácil criar um programa do tipo “um laptop/tablet/holobook/leitor de mentes por aluno”. Você pode prometer o mundo, há um monte de militantes idiotas que sempre elogiarão qualquer coisa que você diga que vai fazer (para conseguir mais alguns, basta patrocinar com dinheiro de estatais certos medíocres tidos como intelectuais) e você pode implementar um projeto piloto em uma escola só para poder mostrá-la na sua propaganda.

    Wagner (usuário não registrado) em 31/01/2012 às 5:25 pm

    Ano passado eu minha esposa fomos convidados a dar 3 oficinas sobre o linux educacional. Ficamos perplexos em saber que os computadores eram mais usados para entrenimento que para aulas ‘sérias ‘

    isso se deve que instalaram os computadores e não deram treinamento para eles.

    não sei se isso se aplica as demais cidades, mas acho que o mec deveria primeiro capacitar os professores

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