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Kubuntu: Canonical corta investimento, e distribuição terá que encontrar novo rumo

Via Filipe Saraiva chega a referência à mensagem do desenvolvedor Jonathan Ridell compartilhando seu desapontamento ao saber que a Canonical não vai dar continuidade ao custeio das atividades de desenvolvimento da distribuição Kubuntu, que assim – logo após o lançamento da versão 12.04 – passa ao mesmo status das distribuições Edubuntu, Lubuntu e Xubuntu, que recebem infraestrutura da empresa mas cuja manutenção depende diretamente dos esforços das comunidades interessadas.

Mas ele explica que considera racional a decisão da empresa em cortar o investimento no desenvolvimento e suporte comerciais a esta distribuição alternativa que não se converteu em um sucesso de mercado mesmo após 7 anos tentando (apesar de ter algumas vitórias no currículo).

Ele lança a questão: o mundo precisa do Kubuntu? Em caso positivo, agora caberá aos seus entusiastas assumir as tarefas de manter a distribuição ou mesmo de repensar os processos e o produto. (via blogs.kde.org – “Kubuntu Status | blogs.kde.org”)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-02-07

Comentários dos leitores

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    Jorge Ramalhete (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:10 pm

    “Olha, nós nunca nos dedicamos realmente a esse negócio, sempre levamos nas coxas mas esperávamos que seria o maior sucesso! Como não foi, então ao invés de começar a nos dedicar para produzir algo decente, decidimos puxar o plugue.”

    Muito bom, a Canonical está no caminho certo do sucesso!
    </sarcasmo>

    Se eu fosse um acionista, tiraria meu dinheiro da Canonical…

    Filipe Saraiva (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:14 pm

    Os que tem interesse sobre o futuro do Kubuntu, esse post da Lydia, que é da comunidade tanto do Kubuntu quanto do KDE, http://blog.lydiapintscher.de/2012/02/07/changes-in-kubuntu/ faz um chamado para discussões sobre o que fazer agora.

    Luis Knob (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:15 pm

    @Jorge, discordo totalmente do seu pensamento.. A Canonical quer crescer como empresa, e isso só irá acontecer unificando todo esforço em uma única versão do Ubuntu, o resto a comunidade que se vire.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:21 pm

    A decisão comercial eu entendo, faz sentido, mas o que foi dito na mensagem é absurdo.

    E nos comentários lá já mataram a questão: Torna o Kubuntu o “Ubuntu default” e daí sim avalia.

    Que ia fazer mais sucesso que o Unity ia, mas aí é covardia.

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:29 pm

    Não entendo a manutenção do Kubuntu, porque poderia simplesmente ser um KDE para o Ubuntu, oferecido como meta pacote. Para mim, é uma forma de gerar mais fragmentação.

    joaocep (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:31 pm

    Acho válido, se querem padronização do Linux, que usem 1 única interface.

    Nós os usuários que primamos pela aparência, empresas querem o botão Start/Iniciar no canto inferior esquerdo para não ter que treinar usuário.

    um abraço.

    André Machado (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:38 pm

    Agora ou as refisefiquis baseadas em Kubuntu como BigLinux se diferenciam e crescem ou então vão ficar a ver navios.

    ♪ A mão pra cima, cintura solta
    Da meia volta, instala Kubuntu ♪

    Caio Tiago Oliveira (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:39 pm

    Fui usuário do Kubuntu por anos, mas antes mesmo dessa decisão já tinha o abandonado.
    Não é somente o fato do KDE não ser o padrão. O suporte a KDE do Ubuntu é horrível. Depois de sair do Kubuntu testei outras distros, como Debian, Fedora, OpenSUSE, Arch, Sabayon… todas essas apresentavam uma integração muito superior e um número absurdamente menor de bugs no KDE que o Ubuntu.

    O Ubuntu nunca fez nada pra equiparar a experiência de usuário do KDE com a do GNOME (não comparo aqui o Unity com o gnome-session, mas toda a suíte de programas do GNOME, comparada com a do KDE, que é a mesma para Unity e gnome-session, só mudando esse aplicativo em si). Eles tem pacote de aplicativos padrão para MIME para o GNOME, porém o mesmo não existe para KDE.
    Aí o sujeito usa o KDE, mas em qualquer aplicação que não seja nativa do KDE, como por exemplo o Firefox, os aplicativos lançados eram os do GNOME, ignorando a preferência do usuário.
    Pra conviver com isso eu tive que alterar os arquivos de mime manualmente, trocando referências a nautilus por dolphin, etc.

    Nas outras distros, simplesmente funciona.
    Se alguém gostar muito de Ubuntu, ótimo, pode se esforçar pra auxiliar o projeto. Porém experimente os LiveCDs das outas distros, podem se surpreender positivamente.

    Exceto o Debian, todas as outras que mencionei acima possuem LiveCD oficial com KDE para download.

    Fábio Lima (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:41 pm

    Tá, já apareceram a turma do mimimi, do choro e do ranger de dentes.

    Sabe o que vai mudar agora? Absolutamente nada! Vai continuar tudo como era antes. O (único) funcionário da canonical que dedicava algum tempo com o kubuntu vai focar em questões mais amplas relacionadas ao kde e ao qt no âmbito do ubuntu.

    O kde nunca foi a atividade fim do ubuntu. O ubuntu é seu environment gnome-centrico. Vocês chorando até parece que a canonical tem alguma obrigação moral com o KDE. Não tem. Isso é software livre ou não é? Cada um dedica seu tempo e suas forças no que quiser. E a canonical acredita que pode ser mais útil e fazer algo melhor em outra área.

    Ademais, os pacotes do kde continuarão disponíveis como sempre estiveram e continuaremos tendo as iso’s como sempre tivemos. Afinal, estamos voltando à situação que sempre foi. Canonical mantendo o kuntu é coisa de pouco tempo pra cá.

    ubuntuholic (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:48 pm

    @joaocep, se vc não sabe o botão iniciar do Win 8 vai desaparecer, sim , a MS terá seu Unity.

    Márcio Carneiro (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 1:54 pm

    A decisão faz total sentido quando é colocado ao lado do abandono do Gnome para o uso do (péssimo) Unity.
    Para que manter uma distro “oficial” com outra interface se o foco atual da Canonical é fortalecer o unity?

    E como comentaram por ai, na pratica o kubuntu irá continuar existindo assim como existem outras centenas de flavors do ubuntu com outras interfaces, apenas perdendo o status de distro.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:01 pm

    Prevejo que se o KDE for retirado dos repositórios do Ubuntu, as refisefuquis brasileiras morrerão!

    No mais, a Canonical tem que manter seu foco. A Mandriva já fez isto, não existe mais Gnome nem nos repositórios do Mandriva Linux, pois o foco é o KDE.

    Não adianta tentar manter trocentos ambientes gráficos, basta um único! Se a comunidade desejar algum outro, que a comunidade trabalhe para disponibilizar.

    joaocep (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:06 pm

    não uso windows ;)

    Jorge Ramalhete (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:08 pm

    @Luis, isso aí não é crescer, é permanecer estagnado. Crescer é criar novas soluções e alcançar novos mercados. É abranger mais. E isso não acontece criando projetos meia-boca e os cancelando quando eles fatalmente dão errado porque você não se dedicou apropriadamente a eles. Não é razoável imaginar que um projeto vá ser bem sucedido se você não se dedica a ele!

    ubuntuholic (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:12 pm

    @joaocep, o que quis dizer é que existe uma tendência à unificação de interface em todos os principais sistemas operacionais, o Mac também.
    Também não uso Win, nem Mac.

    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:17 pm

    Uso kubuntu e estou mto feliz :)

    lapis (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:25 pm

    Acredito que foi a decisão correta .Tem distribuições demais .É melhor alguém focar na instalação do kde no ubuntu padrão do que recriar um distro só por causa do kde como padrão.

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:35 pm

    “a comunidade que se vire”

    Em algum lugar do passado, a liberdade da comunidade em “se virar” era considerada o motivo e a razão de ser do software livre.

    Em algum ponto, misteriosamente, isso mudou. Hoje a comunidade acha que as empresas que trabalham com algum projeto livre ou aberto tem a obrigação de suportar o produto de sua preferência para todo o sempre.

    E alguns indivíduos tem a desfaçatez de sugerir que se a Canonical não se gerencia do jeito que eles acham “correto”, ela não merece sucesso.

    Hoje em dia o usuário Linux se tornou até mais preguiçoso que o do Windows. Preferem reclamar do Unity do que fazer um apt-get e instalar a UI de sua preferência. Ao invés de customizar o sistema ao seu gosto, espera por uma distro pronta “de caixa”.

    Acho que é necessário relembrar a esse pessoal o conceito de LIBERDADE. E lembrar também de que ela vale pra todo mundo. Empresas também.

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:36 pm

    @Caio Tiago Oliveira

    Eu discordo de você. O Firefox por exemplo está totalmente integrado ao KDE. Até o menu de salvar arquivos é o padrão do KDE, não do Gnome.Tem algumas coisas do KDE atual que foram feita a partir do Kubuntu, como por exemplo painel de Configuração do Sistema do KDE 4.

    Muita gente usou o Kubuntu no passado e acha que a distro permaneceu estagnada, mas isso não é verdade. Eu vejo muitas críticas infundadas à ele, como por exemplo a falta de personalização. Eu não vejo isso como um defeito, mas como uma qualidade, já que pode-se desfrutar do KDE puro sem enfeites espalhafatosos e de mau gosto adotadas por outras distribuições.

    Embora muita gente critique, o Kubuntu é a distro de preferência de muitos desenvolvedores do KDE, e uma das poucas que o apresenta de forma pura, sem enfeites juvenis.

    Eu uso o Kubuntu porque ele une a interface gráfica que mais gosto (KDE) com o fantástico repositório disponível que é o Ubuntu. Enquanto estas duas coisas estiverem disponíveis, continuarei utilizando ele.

    Kurt (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 3:11 pm

    Depois de um tempo a Canonical vai chegar a conclusão de que o Ubuntu também foi um fracasso e vai viver só de serviços na nuvem :)
    A Canonical é uma empresa (não se esqueçam).

    Luiz (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 3:57 pm

    Acredito que seja uma escolha racional e justificada do ponto de vista do aperfeiçoamento. Afinal, outras distribuições também optam por uma ou outra interface, como é o caso da Mandriva (KDE).

    Fellype (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 4:20 pm

    Se eu ainda usasse o Ubuntu e se o KDE fosse mantido nos repositórios, as coisas não mudariam nada pra mim com essa decisão. Pois eu sempre achei melhor instalar o Ubuntu “padrão” e depois instalar o KDE, inclusive mantendo o GDM como gerenciador de sessão. Mas isso faz taaaaanto tempo…

    Rombo (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 4:31 pm

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 2:35 pm:
    ‘Em algum lugar do passado, a liberdade da comunidade em “se virar” era considerada o motivo e a razão de ser do software livre.

    Em algum ponto, misteriosamente, isso mudou.’

    falou tudo. Software livre era “faça você mesmo”. Como sempre, preguiça típica da (desg)raça humana falou mais alto e hoje é “faça pra mim de graça que eu não contribuo mais reclamações”

    linuxer (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 4:35 pm

    A ironia é que a Canonical faz isso logo agora, quando está recebendo críticas pela “empurração” do Unity como interface do Ubuntu.

    O KDE, mesmo o KDE 4, é muito mais familiar para a maioria das pessoas leigas do que o unity e mesmo o Gnome 3. Pelo menos o Gnome 2 não alterava radicalmente o paradigma da GUI.

    lapis (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 4:52 pm

    Não é que seja necessário ter uma empresa para achar o software livre legal,mas sim a questão de que temos que otimizar recursos,sinceramente.Estamos atrasados demais com o crescimento do linux no desktop.

    Maurício (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 5:03 pm

    É o fim do Big Linux.

    Bruno Bonegi (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 5:12 pm

    A choradeira tá geral, não só aqui, mas em todo site que noticiou o fato. Nem a Canonical aguentou o KDE… lol

    sergio josé dias (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 5:27 pm

    A Canonical vem nos surpreendendo há algum tempo. Primeiro foi o Unity, empurrado pela goela da comunidade, uma experiência, que francamente, parece não está dando certo. O Kubuntu, que estou usando atualmente tem demonstrado ser uma distrô muito boa. Talvez, a disposição, de muitos usuários, de trocar o Ubuntu pelo Kubuntu esteja no cerne desta infeliz decisão.

    Maurício (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 6:22 pm

    Provavelmente será o fim do BigLinux.

    Game Over.

    Porfírio (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 6:30 pm

    Eu particularmente sempre achei a divisão ubuntu/kubuntu um tanto estúpida.

    O sistema é um só e assim deve ser tratado. Se o usuário quer usar outra UI no lugar da default, ele é livre pra fazer isso: substitua a UI pelo KDE, por exemplo e deixe de usar os aplicativos GTK e passe a usar os baseados no Qt (esse segundo passo nem é tão necessário, só se vc. fizer questão de economizar uma boa dose de RAM e ter um “look and feel” coerente).

    Se isso fizer realmente diferença pra muitos usuários, pode ser resolvido com alguém montando um pacote (cheio das dependências cruzadas) para isso. Vc. instala ele no seu Ubuntu com Unity, ele adiciona uma pá de coisas, remove uma pá de coisas, então vc. reinicia a UI e… Shazam!!! Benvindo ao KDE no seu Ubuntu!!!

    Não dá pra ficar sustentando duas distribuições simultâneas só por causa disso.

    Zandre Bran (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 7:11 pm

    Ôlas Navegantes e Entusiastas. Não estou entendo :| O Kubuntu vai continuar existindo como sempre foi: com o trabalho da comunidade. Onde está escrito que o Ubuntu KDE acabou? Devemos então, colocar o todo trabalho para um? Antes de falarem qualquer outra sobre; por favor leiam:

    http://www.nixternal.com/kubuntu-is-not-dead/

    Joaquim Mariano (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 7:15 pm

    Porfírio, concordo plenamente. Também acho sem sentido essa divisão.

    E quanto àqueles que afirmam que o Unity não está agradando, que não está sendo usado e que está afugentando usuários do Ubuntu, gostaria de dados fáticos. Até agora não vi nenhuma pesquisa de uso realmente válida. Só achismos e opiniões pessoais.

    Alguns detalhes: o Windows não terá o seu Unity, apesar da mudança na interface. Haverá a opção de retornar ao desktop tradicional. O Gnome existe sim nos repositórios do Mandriva, apesar de não ser o 3. Assim como existe o E17, o WindowMaker, Openbox, dentre outros. O tema original que não permite alteração de ambiente gráfico pode ser modificado facilmente nas configurações do KDE, que conta com outros temas gráficos tradicionais. E ainda pode-se baixar outros temas.
    Não estou tão triste com a falta de suporte ao Kubuntu. Mas a Canonical com certeza manterá o KDE atualizado em seus repositórios. Disso não tenho dúvidas. Então, para quem gosta, basta instalar o Ubuntu e baixar o KDE, tornando-o o desktop principal, sem problemas. Não é necessário se acostumar ao Unity. Mas para quem já acostumou, não fará muita diferença ter ou não o KDE ou Gnome, mesmo.

    Arpoador (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 8:17 pm

    Acredito que concentrando esforços no Unity a Canonical vai aperfeiçoá-lo. O Ubuntu nunca apoiou o KDE como se gostaria, apesar de não ter a obrigação, como muitos pensam. Vai ser bom para os dois. O Unity será prioridade e terá mais investimentos e o KDE será mantido por quem realmente gosta dele. É um projeto tão bom que vai conseguir caminhar sem “muletas”(Canonical).

    Bruno Cabral (usuário não registrado) em 7/02/2012 às 8:25 pm

    Uma grande tragedia.

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