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EUA: 90% dos apps baixados por usuários Android são gratuitos

A pesquisa da Strategy Analytics trouxe várias informações interessantes para a estratégia dos desenvolvedores interessados no mercado mobile internacional, ainda mais no momento em que o número bruto de downloads do Market começa a superar o da maior rival em vários mercados importantes – mas se for o seu caso, não deixe de considerar também o desempenho da Amazon App Store.

Via idgnow.uol.com.br:

Um novo estudo divulgado pela Strategy Analytics revelou que 89% das aplicações móveis baixadas por usuários norte-americanos (92% na Europa Ocidental) eram gratuitas. Em contraste, aplicativos grátis representaram apenas 73% dos baixados por donos de iPhone nos EUA e 72% na Europa. Enquanto isso, usuários do BlackBerry em ambos os lados do Atlântico informaram que 80% dos aplicativos que baixaram são grátis.

(…) O analista da Strategy Analytics, Chris Dodge, diz que o principal motivo é maior disponibilidade de aplicativos gratuitos no Market, em comparação com a Apple App Store e a BlackBerry App World. Ele também argumenta que os usuários da Apple pagam mais por seus dispositivos móveis que os usuários do Android e, portanto, são mais dispostos a gastar dinheiro em apps.

(…) Curiosamente, ter maior acesso a mais softwares gratuitos não significa que os usuários do Android baixem mais que os do iPhone. A Strategy descobriu que os norte-americanos de Android instalam uma média de 31,9 aplicações (38 na Europa). Os usuários do iPhone nos EUA, pelo contrário, baixam em média 48,4 apps – o número chega a 64,4 na Europa.

A pesquisa da Analytics acrescenta mais contexto em relação ao recente relatório da IHS mostrando que tanto a App Store quanto a BlackBerry World geram mais receita do que a Android Market, apesar de haver muito mais apps nesta no que na loja da RIM.

Em 2011, a App Store gerou 1,78 bilhão de dólares em receitas, superando em muito os 165 milhões de dólares da App World e os 102 milhões de dólares da Android Market.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-02-24

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Porfírio (usuário não registrado) em 24/02/2012 às 4:38 pm

    Há de se convir o seguinte detalhe: o termo “Gratuito” para a grande maioria das apps assim descritas no Android não se aplica de verdade.

    Por observação de usuário (e algumas pesquisas), as apps que vc. não compra diretamente (i.e. com seu crédito em dinheiro) podem ser classificadas assim:

    a) Gratuitas mesmo: não exigem absolutamente nada da parte do usuário. Várias dessas apps são também Open Source, os desenvolvedores variam entre o pessoal do XDA, programadores em treinamento, professores, entusiastas, etc.

    b) Gratuitas, mas que servem para fazer propaganda de outras aplicações do mesmo desenvolvedor. Marketing pessoal.

    c) Com Ads: o usuário não paga para baixar a app, mas ela faz propaganda dirigida e esta financia o desenvolvedor.

    d) Demo: A app é uma versão “lite” da aplicação de verdade (obviamente fazendo propaganda desta). Um demo costuma ser pouco útil, um uso mais recompensador exige a versão paga. Muitos demos também tem Ads.

    e) “Freemium”: O usuário não paga imediatamente pela app, mas ela é uma verdadeira loja de coisas que o usuário pode comprar dentro do contexto dela. Expediente muito usado em jogos, mas se a gente parar pra pensar o AndroidMarket em si é um grande “freemium”.

    f) “Gossip” (o termo é meu, porque não achei nenhum nome oficial que servisse :-D ): A app é gratuita, mas em troca da app o usuário permite que ela colete informações, normalmente anônimas, que são usadas para outros fins. Boa parte das redes sociais e os próprios serviços da Google estão nessa categoria.

    Então isso nos leva a três conclusões:

    1 – Quase sempre, mesmo que a app não seja paga diretamente pelo usuário, a grana flui. Os desenvolvedores ganham dinheiro com ela. A quantidade dele depende da sua sabedoria na hora de escolher qual método é melhor para cada app. O Angry Birds é um dos jogos que mais fatura no Android (milhões…) e ele é “gratuito”.

    2 – É importante que o usuário se conscientize de que quase não existe cerveja grátis, que ele sempre dá algo em troca (ainda que para ele possa parecer algo sem importância, ou talvez seja mesmo) e que ele deve sempre saber o que é.

    3 – Não “pagar” a aplicação “grátis” com aquilo que ela pede do usuário é tão imoral e anti-ético como a pirataria.

    Cromm (usuário não registrado) em 24/02/2012 às 5:51 pm

    3 – Não “pagar” a aplicação “grátis” com aquilo que ela pede do usuário é tão imoral e anti-ético como a pirataria.

    Quer dizer então que é errado eu desabilitar Wi-Fi e 3G do meu smartphone com Android antes de jogar Angry Birds afim de evitar aqueles ads chatos que tomam parte importante da tela atrapalhando a jogabilidade e ainda por cima deixando o processo mais lento?

    Luiz Flavio (usuário não registrado) em 24/02/2012 às 6:42 pm

    “Em 2011, a App Store gerou 1,78 bilhão de dólares em receitas, superando em muito os 165 milhões de dólares da App World e os 102 milhões de dólares da Android Market.”

    Com certeza vou desenvolver para iOS e não quero nem saber de Android.

    Android Market fatura menos até que a App World.

    Marcos (usuário não registrado) em 24/02/2012 às 7:50 pm

    O Porfirio disse tudo. Muitos dos aplicativos ‘gratuitos’ são na verdade patrocinados. E os aplicativos do tipo freemium sempre foram os mais lucrativos pra desenvolvedores, podendo ser liberados não só na Android Market, mas em qualquer outra loja pra Android e eles ainda vão estar ganhando.

    A Apple ganha mais com aplicativos vendidos porque o iAd que ela lançou foi um verdadeiro fracasso, tanto que já mudaram as regras e valores três vezes pra ver se decola. E o pior é que colocaram a culpa no Steve Jobs estar doente, como se pra trabalhar nos outros produtos ele estivesse bom. hehehehe

    Então a moral da história é ver qual modelo de negócio o vendedor prefere: venda de licença, ads, freemium, etc… E escolher a loja que seja mais adequada a ele. E deixa os haters espernearem…

    Certamente em todas as plataformas mencionadas os apps cujo download ocorreu gratuitamente por seus usuários podem gerar os mais variados outros benefícios (inclusive faturamento direto e indireto a partir do uso, dependendo do caso) para seus desenvolvedores também. Ou não.

    O que a pesquisa de hoje apresentou, entretanto, é outra coisa: a proporção entre downloads gratuitos e downloads pagos, que – e isso pode interessar diretamente a quem está planejando seu alvo e modelo de distribuição – é diferente entre as 3 plataformas mencionadas.

    Outro dado interessante – tanto pra desenvolvedores que vão oferecer download pago quanto gratuito – apontado pela pesquisa é o quanto varia entre as plataformas o número total de apps dos quais os usuários fazem download (somando os gratuitos e os pagos).

    Porfirio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 8:18 am

    @Luiz, só pq a AppStore em si fatura mais, talvez seja ingênuo de sua parte achar que vc também vai ganhar mais. São conceitos diferentes. Com certeza as grandes empresas, principalmente parceiras da Apple, lucram bastante por lá. Mas, para ser justo, não tenho dados sobre as pequenas empresas ou desenvolvedores independentes

    Se vc. tiver uma idéia original que ninguém jamais pensou antes, boa sorte. Mas eu pessoalmente acho que se vc. entrar no nicho de uma empresa maior, não prevejo um grande futuro pra você. Principalmente porque a prática da Apple é não fornecer outra app para a mesma solução, ainda que a segunda opção possa agradar mais aos usuários. E se vc. concorrer com um serviço da própria Apple, esqueça: procure o Facebook no Lyon pra entender do que eu estou falando.

    Eu pessoalmente acho que se a dona do mercado se reserva no direito de intervir no que pode ou não ser vendido nele (com a exceção de conteúdo impróprio, abusos , pirataria e malware), pra mim já não vale muito a pena.

    Porfirio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 8:40 am

    @Augusto, lembrei de que falta um dado a considerar: a receita dos ads gerenciados por outras companhia que não a Google, assim como os itens “fremium” vendidos por fora do android market (algumas empresas como a Gameloft fazem isso).

    Essa receita a Google não tem como contabilizar. Será esse montante significativo ou apenas marginal? Sei lá…

    Quanto ao número total de apps baixadas, vc. disse muito bem. Mas isso já é esperado, na minha opinião. Apesar do crescimento do Android ser muito rápido, o mercado da Apple deu a largada primeiro, ainda sendo o maior em quantidade de apps disponíveis. Oferta maior, procura maior também.

    Mas eu aponto outro dado importante da pesquisa (ou melhor, a falta dele): os EUA, a Europa e a Ásia são os três maiores mercados e a pesquisa enfoca apenas um e meio: a Ásia e Europa Oriental ficaram de fora. Ainda que não haja Android Market na China comunista, o que sobra ainda é um mercado muito grande, onde a Apple não tem uma penetração tão grande quanto no resto do mundo.

    Gimp (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 9:04 am

    Até o Google já reconheceu que o Android não está dando o lucro esperado (li a entrevista com um dos diretores da Google, não to achando o link), nem os Ads, nem a Android Market, apesar dos números monstruosos de ativações e downloads. Confirmando os baixos números citados na notícia.

    Resumindo,
    Vejo mais futuro na plataforma da Microsoft
    http://www.electronista.com/articles/12/02/15/dev.demos.desktop.version.of.mobile.game/

    Patola (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 11:33 am

    Porfírio,

    “Imorais” e “anti-éticas” são as leis de copyright e patentes atuais, assim como usar de uma palavra carregada para tentar vilificar um ponto de vista diferente do seu – estou falando de “pirataria”. Para mim, fazer cópia não-autorizada de trabalhos sob direitos autorais é um modo perfeitamente legítimo de desobediência civil a leis injustas.

    De qualquer jeito, fora deste tema, o dispositivo (o celular) é seu, e você pode fazer o que quiser com ele, inclusive deixá-lo offline ao rodar uma aplicação. Não importa se a aplicação “pressupõe” que precisa estar online para exibir propagandas que são sua fonte de renda – não é problema seu. Se você não quer gastar sua banda e ver propagandas, é prerrogativa e liberdade sua, não havendo qualquer obrigação sua implícita nisto. Do mesmo modo, se eu não quero ficar entrando codigozinhos chatos em um jogo que comprei, é perfeitamente legítimo eu usar um crack, afinal o computador/tablet/celular é meu.

    E você acha o quê? Que só porque o desenvolvedor de tal software fez algo de forma X, você tem que usar o software dele do modo que ele pensou, senão não rola? É isso que as grandes corporações querem que façamos…

    Sim, concordo que conhecendo o histórico a procura maior no concorrente já era esperada, embora ver qual o tamanho da diferença seja um aspecto interessante aqui, e tenha me surpreendido por ser bem maior do que eu imaginava: 19 p.p. no mercado dos EUA, por exemplo.

    E também concordo que na formulação de qualquer estratégia ou plano de negócios existem muitos outros dados a considerar além dos que são apontados por qualquer pesquisa isoladamente. Cada desenvolvedor precisa formar sua análise a partir de várias fontes e de acordo com seus objetivos.

    porfirio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 2:33 pm

    Patola,

    Nós dois fazemos parte de uma cultura de colaboração. Mas acho eu que você está esquecendo de uma coisa que eu aprendi com a minha avó: o direito de cada um termina quando começa o direito do vizinho. Você gostaria de não receber seu 13o. Salário porque seu empregador está praticando desobediência civil contra uma lei que ele considera injusta? Agora cada um de nós obedecemos apenas aos acordos que consideramos justos e simplesmente pegamos o que queremos em caso contrário? Você gostaria de fazer um acordo com alguém, honrar a sua parte e não receber a reciproca? O que você faria nesse caso? Nunca mais faria o mesmo tipo de acordo?

    Eu não sei como as regras normalmente utilizadas poderiam ser injustas… Vc quer a minha app? Ok, pague por ela. Não quer pagar? Ok, vamos fazer um acordo então: me dê algo barato pra você:

    porfirio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 2:36 pm

    Cliquei sem querer no botão de enviar.

    O que vc sugere, @Patola, não é a cultura de colaboração. É a cultura do free beer, da malandragem, do ganho unilateral, da injustiça. E com ela eu não posso concordar, me desculpe.

    porfirio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 2:39 pm

    @Augusto, concordo com vc em ambas as afirmativas.

    lapis (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 2:52 pm

    Certas pessoas pensam mal do android vender menos que a loja da apple.Ao contrário,isso demonstra a eficiencia do produto de oferecer mais aplicativos com um custo menor.Onde na apple ,voce tem que pagar por tudo trivial.

    Luiz Flavio (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 3:58 pm

    @Patola,
    Não confunda a licença de software que se adquire com propriedade sobre o mesmo.
    Somos o dono do computador, mas não do software, a não ser que seja sob licença BSD, pois essa é a única que te dá total direito sobre o mesmo.
    Do mesmo jeito que licenças GPL tem suas restrições, mesmo sendo de código aberto, os comerciais e de código fechado muito mais.

    José Drama (usuário não registrado) em 25/02/2012 às 10:31 pm

    Imaginei um belo comercial (daqueles no estilo ufanista), após a leitura da notícia e dos comentários:

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
    Sim ainda há tempo para você desenvolvedor!

    Você que “perdeu” muito tempo da sua vida programando para Linux e softwares livres, sem ganhar nada, vai cometer o mesmo “erro” programando pra Android?

    No mundo do robozinho verde só a Google ganha.

    Errar é humano, persistir no erro…

    Venha para o maravilhoso mundo Apple e seja um vencedor, afinal essa já provou que sabe como ganhar dinheiro! Dinheiro… Dinheiro.

    No mundo da maçã todos ganham, inclusive você! E ainda é Unix!
    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

    porfirio (usuário não registrado) em 26/02/2012 às 12:42 am

    @Jose Drama, LoL! Obrigado, sua criação foi divertida.

    Mas não é verdade. Eu convivo com o ambiente academico todos os dias e conheço muitos colegas que já embarcaram nessa onde de desenvolver apps e eu vejo de tudo. Tem gente ganhando bem até com apps pagas pra Android (não me peça referencias, não ponho esse tipo de informação online) e tenho colegas que programam em Objective-c que não “decolaram” até hoje.

    Eu devo entrar nessa também, brevemente (estou estudando) e pra mim não interessa tanto o resultado de todo o mercado em geral. Eu vou interessar com os MEUS resultados. E o que o pessoal do Angry birds fez e houveram varias empresas que preferiram sair da AppStore e ficar so com o AndroidMarket em fremium onde eles ganhavam mais (ex.: Pocket Legends).

    Vc. fez um legítimo comercial incitando FUD (medo, incerteza e dúvida). Mas pessoas inteligentes (e os desenvolvedores, ao menos os que eu conheço, são pessoas inteligentes) não seriam enganados por ele. Se esse for o seu objetivo, seja mais convincente, quem sabe um infográfico?

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