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Eu acredito em GNOMEs

Trecho da minha coluna no TechTudo sobre os desafios de agradar a uma comunidade exigente e diversa.

Via techtudo.com.br:

Não é pacífica a evolução das interfaces gráficas open source. O caráter comunitário, que é sua grande força criadora e impulsionadora, também serve como um grande complicador na hora de definir rumos, com correntes conservadoras e progressistas permanentemente se engalfinhando.

Observando de fora, frequentemente parece uma situação injusta para os desenvolvedores e outros participantes diretos na criação do software, pois o desenvolvimento ocorre de forma aberta e transparente. Os novos recursos inseridos são do conhecimento de todos e atendem a solicitações da própria comunidade e, mesmo assim, na hora que uma nova versão sai do estágio beta para o de produção, uma parcela bastante visível dos usuários reclama porque a nova versão é diferente da anterior.

Sim, no parágrafo acima eu simplifiquei demais a situação, e muitas vezes os usuários em questão criticam aspectos específicos em que o ganho representado pelas mudanças é questionável. Mas isso não torna menos complicada a situação de quem gastou longas horas de trabalho implementando mudanças que, muitas vezes, surgiram também dos pedidos insistentes de outros usuários.

O ambiente gráfico GNOME é um dos que atualmente passam por essa categoria de inferno astral no que diz respeito às expectativas de parte de seu público: após uma longa lua de mel com os usuários, e anos de sucesso como o desktop default de algumas das distribuições Linux mais populares, o GNOME 2 (que foi a série corrente entre 2002 e 2011) foi sucedido pelo GNOME 3, teve seu shell substituído pelo Unity na distribuição Ubuntu, e a partir daí passou a viver um torvelinho de opiniões conflitantes.

De um lado, é claro, estão os (…)


• Publicado por Augusto Campos em 2012-03-29

Comentários dos leitores

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    Leonardo Reis (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 10:43 am

    Gostei bastante do texto da coluna.

    Acredito que usuarios que usavam o GNOME2 vao para o GNOME3 em sua maioria, bem como os usuarios de KDE3 azeitaram o KDE4 ateh se sentirem confortaveis nele (muito bom em minha opniao).

    Soh nao acredito nessa tao sintonia coletiva taoista total. Acredito que usuarios vao sempre querer coisas diferentes. Eu tenho um amigo que usa 16 areas de trabalho no KDE (sim, ele usa o computador sozinho), nao acredito que ele se acostume com o esquema desktops sob demanda do GNOME3. Jah eu nao troco meu e17 por nada que nao seja o e18!

    MAs no esforco de criar um identidade propria, acredito que KDE, GNOME, Enlightenment, XFCE e outras como o proprio Unity, tem sido cada vez mais bem sucedidas em faze-lo e tornar vao por tabela, tornando o unix-like world cada vez mais um mundo plural, no qual cabe mais gente.

    Lucas (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 10:57 am

    Eu gosto muito do Gnome 3, nem parece que ela já foi Gnome 2 algum dia. Principalmente por ser diferente e divertido, e ter muita qualidade.

    Wendell (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 11:12 am

    As mudanças e seus paradigmas. Quebrar a resistência das pessoas nunca foi algo simples. O KDE é o exemplo claro dessas decisões que mexem com a paciência dos usuários. Ninguém quer mudar. Como diz o velho ditado, “time que tá ganhando não se mexe”. Na verdade, antes do GNOME 3 existia uma insatisfação com os rumos do projeto. Lembro-me de usuários reclamando da falta de uma update significativa no GNOME 2. Pois bem, aconteceu. Agora reclamam das mudanças. É difícil agradar gregos e troianos, mas no fundo da questão, tanto o KDE, o GNOME, e até mesmo o Unity caminham num rumo certo. Estão buscando algo que diferencie o padrão existente, trazendo uma nova forma de interagir com os sistemas operacionais. No início meti o pau no Unity, hoje vejo o projeto com bons olhos. Testei o GNOME 3 e gostei, mas definitivamente não é o que eu quero em meus computadores. E é aí que está o diferencial, poder escolher o que melhor lhe agrada. Sucesso aos projetos e paciência aos usuários. Num futuro próximo vão acertar a mão e quem sabe vão agradar a todos. =)

    Vladimir (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 11:15 am

    Os sistemas operacionais parecem carros de F-1. Largam com apostas e expectativas, mas provavelmente terá mais sucesso os que se desenvolverem melhor e mais rapidamente. É bem provável que o GNOME 3 recupere espaço em menos tempo que o KDE 4, mas a fragmentação no mundo Linux é algo sem volta. Sempre haverá uma grande variedade de ambientes para as mais diversas necessidades. É bom e é ruim. E é Linux.

    Federico (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 11:39 am

    Parafraseando e invertendo uma frase famosa: “Que os gnomes existem existem, mas não acredito neles.”

    ejedelmal (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 11:45 am

    Chiaram a rodo do KDE4, chororô, “não quero mais usar”, “vou pro Gnome”…
    Agora aguenta!

    As coisas evoluem, quer queiramos ou não…

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 11:51 am

    Acho que essa percepção toda de “Gnome avançando mais rápido” é muito influenciada pelo fator impacto.

    O KDE4.0 causou insatisfação por ter chegado muito verde, graças as distros que o incluiram e promoveram embora expressamente recomendado somente para desenvolvedores de aplicativos.

    Então o Choque foi de instabilidade, nem tanto na mudança. O Gnome não, ficou com a mesma cara por anos, quando mudou, mudou e muito.

    O KDE está no meio do desenvolvimento da versão 4.9, e ao que tudo indica, as versões da série 5 vão continuar no caminho de buscar estabilidade.

    Somando-se e o fato que muito mais gente usa Gnome, fica mais fácil entender a percepção de que um anda mais rápido.

    Mas preciso testar essa versão nova, parece bem bonito mesmo.

    bala@juquinha.com.br (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 1:53 pm

    A questão do inferno astral deve-se a uma mudança profunda no que foi o gnome 2.X e o que é o 3.X.

    Já usei a interface fallback, como o cinnamon e tb o deepin e o guadalinex, onde otimizaram a interface original e obtiveram uma interface muito mais fluída.

    Ao menos na minha opinião, usa-se “cliques demais” para se fazer a mesma coisa que no 2.X

    Fico imaginando se tivessem evoluído o gnome para a interface fallback, em vez da atual, e colocassem as mudanças sob o capô do bicho… A história seria outra.

    Não questiono o mérito da mudança mas a interface tradicional não é das melhores.

    Outra coisa que achei muito estranho foi a ausência de ferramentas de configuração, sendo que os desenvolvedores “queriam manter a interface padrão”…

    Acho que algumas decisões extrapolaram o objetivo inicial, como o visual que os usuários estavam acostumados a modificar, e houve a chiadeira.

    Mas não nego: o gnome 3 está muito melhor que o 2, a evolução é mais do que natural e necessária mas a interface precisa mlehorar, e muito…

    henry (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 3:46 pm

    Pra mim, isso explica o sucesso do windão: tempo e preguiça.
    O sistema não sofre alterações com o tempo, e o usuário médio exerce a sua preguiça em aprender.
    E ao meu ver, usuários são usuários, seja qual o SO que usem, existindo também usuários médios em linux, que procurarão exercer o seu direito a preguiça mental e a manutenção garantida pela lei de direitos universais da sua zona de conforto, e eu não acho isso errado.

    Milton Ferreira da Silva (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 4:22 pm

    Tenho 2 PC 1 netebbok e 1 notebook. Meu notebbok está com Gnome Shell. Na hora de trabalhar nada melhor que o Gnome clássico. Simples fácil e objetivo.Uso Linux desde 20001. Nem toda mudança é evolução. Um exemplo de evolução são os aparelhops de tefefone. Quando trabalhava em escritório na década de 70 os parelhos tinha o disco giratório. Com o tempo foram sendo substituido pelas teclas. Muito melhor para discar. Isto é evolução. Depois apareceu o rediscar. Isto é evolução. Simplificou a vida dos usuários de telefone. O controle remoto na televisão foi uma mudança e uma evolução incrível. Agora tem gente confundindo mudança com evolução. Esta interfaces pode até ser interessantes para Tablet. No caso do Gnome Shell até serve para impressionar usuários Windows que nunca viram.

    Milton Ferreira da Silva (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 4:33 pm

    Tenho 2 PC 1 netebbok e 1 notebook. Meu notebbok está com Gnome Shell. Na hora de trabalhar nada melhor que o Gnome clássico. Simples fácil e objetivo.Uso Linux desde 20001. Nem toda mudança é evolução. Um exemplo de evolução são os aparelhops de tefefone. Quando trabalhava em escritório na década de 70 os aparelhos tinha o disco giratório. Com o tempo foram sendo substituido pelas teclas. Muito melhor para discar. Isto é evolução. Depois apareceu o rediscar e até outras funções. Isto é evolução. Simplificou a vida dos usuários. O controle remoto na televisão foi uma mudança e uma evolução incrível. Agora tem gente confundindo mudança com evolução. Estas interfaces podem até ser interessantes para Tablets. No caso do Gnome Shell achei melhor de usar que o Unity. Serve também para impressionar usuários Windows quando estou meu notebbok. Para usuários novos no Linux nada mais intuitivo que o Gnome antigo ou o XFCE que muito indicam como alternativa ao Gnome 2. Sugestão que não concordo plenamente pois na minha opnião o XFCE com todo respeito é o primo pobre do gnome.

    Eng (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 8:07 pm

    viva o Enlightenment, bonito ja por natureza…

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 29/03/2012 às 9:47 pm

    “Agora tem gente confundindo mudança com evolução.”

    Tem muito mesmo.

    “Esta interfaces pode até ser interessantes para Tablet. No caso do Gnome Shell até serve para impressionar usuários Windows que nunca viram.”

    É o clássico “efeito pra impressionar amigos”. Tu mostra, depois pronto, nunca mais usa quando precisa trabalhar mesmo.

    Furanus Alheius (usuário não registrado) em 30/03/2012 às 10:08 pm

    Cinnamon ué… fork do gnome shell com visual a lá gnome2 atualizado, tá ficando 10 o cinnamon …

    Também mudei para o Cinnamon.

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