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Após cinco anos, Ginga ainda engatinha no Brasil

A matéria da Claudia Tozetto no iG Tecnologia é longa e informativa, e vem acompanhada de um enorme infográfico. Reproduzi apenas um pequeno trecho de ambos.

Via tecnologia.ig.com.br:

Apesar de obrigatoriedade do Ginga a partir de 2013, interatividade ainda depende da cobertura da TV digital e mais conteúdo

Grandes empresas com fábricas no Brasil, como Samsung e LG, correm contra o tempo para incluir o Ginga, sistema de interatividade para a TV digital, nos televisores até janeiro de 2013. Os projetos dos fabricantes com Ginga, que seguiam com lentidão desde 2007 quando a tecnologia foi adotada como padrão, ganharam impulso com a decisão do governo brasileiro de obrigar a instalação do Ginga em 75% das TVs fabricadas no País em 2013. O percentual aumentará para 90% em 2014.


• Publicado por Augusto Campos em 2012-04-10

Comentários dos leitores

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    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 2:04 pm

    O Zumo (q Ztop o que) fez uma matéria interessante sobre isso essa semana.

    Tinha um ar bem menos catastrófico que essa. Até com um certo otimismo, e não do tipo otimismo alienado, tão comum.

    José Garibaldi (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 2:23 pm

    Esse sistema de TV conectada não é nada demais. Eu tenho uma TV da Samsung que tem o tal de “SmartTV”. Nada mais é que um navegador WebKit e um plugin de Flash que são capazes de abrir páginas HTML instaladas na memória interna da TV. Se ele funcionasse de fato como navegador, até seria interessante, mas eles utilizam o formato de “aplicativos”, que exige que essas páginas HTML sejam empacotadas no formato padrão da Samsung e instaladas no televisor antes de serem acessadas. A instalação pode ser feita por meio de um Market do fabricante ou diretamente a partir de uma rede local, mas para instalar da rede local é preciso ativar configurações especiais de desenvolvedor na TV. Provavelmente dá para criar um “aplicativo” que funcione como navegador, mas ainda não testei. E nem sei se vale a pena. Provavelmente esse WebKit que vem na TV nunca é atualizado contra falhas de segurança.

    nops (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 2:31 pm

    Vou falar… esse Ginga não presta!
    Kkkkk

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 2:51 pm

    Abaixo o link do artigo do Zumo :

    http://ztop.com.br/2012/04/09/hands-on-ginga-para-tv-digital-2012-sim-ele-existe-e-funciona/

    Não tem tantos dados como este, mas apesar de mais curto tem crítica e opinião muito mais embasada que “ginga sucks, lol” e coisas do gênero.

    Gustavo Melo (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 4:03 pm

    Eu só quero uma TV com conectores HDMI, VideoCompoente, RCA e RF que reproduza MKV, AVI e MPEG4 via usb sem complicações, com o preço mais baixo possível.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 4:58 pm

    Gustavo Melo

    Eu imagino se deixassem de existir TVs como conhecemos, passassem a vender somente monitores, puro mesmo, sem NADA de recepção.

    Tela e conectores e deu.

    E daí só caixinhas com receptores e decodificadores.

    Tudo com preço bem melhor, mais modularidade e menos sobreposição de funções.

    Mas é utópico, nunca que os fabricantes iriam se colocar assim num papel de muito menor importância.

    Rombo (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 4:59 pm

    é difícil integrar uma tecnologia internacional a um monte de aparelhos internacionais.

    Governo brasileiro adora essa idéia de reserva de mercado nacional, como por exemplo criando padrões de tomada elétrica diferentes dos usados lá fora, só para fomentar uma pequena indústria do oba-oba criando adaptadores.

    Do que adianta um padrão de TV nacional quando não fabricamos TVs? Brasil só fabrica banana, ladrão e buta!

    Rombo (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 5:16 pm

    errata: “tecnologia nacional”, claro!

    Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 5:41 pm

    Maravilha, maravilha… usamos celulares com padrão europeu, adotamos padrão de tv digital japonês, mas com obrigação de sistema interativo desenvolvido aqui.

    Não é preciso ir longe pra explicar porque podemos contar em uma mão celulares com TV digital.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 6:07 pm

    As tomadas não foram feitas visando um padrão nacional de segurança?

    Semelhante não é a iniciativa do Ginga, um padrão conforme as nossas necessidades ?

    Claro que ter algo diferente complica, mas pelo visto não é algo tão de outro mundo para implementar. TVs são fabricadas aqui faz só uns 50/60 anos.

    A China vem fazendo um esforço para estabelecer padrões que interessem aos chineses, assim não ficam comprometidos com tecnologias de países que são até possíveis inimigos no futuro.

    Claro, a China tem preocupações maiores, e talvez um senso de devoção pelos EUA menor(ou inexistente).

    Se o Brasil vai crescer tem sim de aprender a valorizar o mercado interno.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 6:11 pm

    Para os desavisados: O Ginga é um padrão promovido pela União Internacional de Telecomunicações ;)

    Guaranil (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 7:28 pm

    “o, ganharam impulso com a decisão do governo brasileiro de obrigar a instalação do Ginga em 75% das TVs fabricadas no País em 2013″

    isso mesmo, tentem jogar goela abaixo do povo.. vão ver se funciona..

    Gustavo (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 8:50 pm

    Coloca um Android padrao nelas e deixa a gente instalar o que quiser. Muito mais barato e muito mais util.

    erico (usuário não registrado) em 10/04/2012 às 10:34 pm

    um dia será possível entender a recusa porque setores de tecnologia, do desenvolvimento a entusiastas, tem pelo ginga. Um software aberto, em que se instala o que quer, se muda o que se quer, roda java, lua e o que mais se quer, já chegou a um continente inteiro….mas claro ameaça a “liberdade de escolha” do consumidor, é de má qualidade, coisa do governo, é muito caro…

    para o “consumidor” de software livre, aquele que só usa porque é de grátis, o ginga é um esfinge mesmo, afinal ele ainda está pensando em como fazer uma app pro facebook…..

    Zer0 (usuário não registrado) em 11/04/2012 às 2:06 am

    Cara, de boa, Ginga não vai pra frente por vários fatores:

    1 – Quando iniciaram o projeto colocaram um bando de engenheiro e ninguém de marketing, ou negócio no meio. E quem é de engenharia, como eu, sabe que não sabemos negociar e nem vender produtos (de modo geral). O que aconteceu? Chegaram para os diretores das emissoras, como o da globo, pra vender a bagaça e se quebraram com uma única pergunta, feita por quase todos os diretores, “muito bonito, mas como eu ganho dinhiero com isso?” Vocês já devem saber a resposta, ninguém sabia o que dizer, agora podem até saber, mas na época não =P

    2 – O pessoal demorou muito para fazer a especificação básica, se iria ser cabo coaxial, o protocolo de comunicação, além da própria especificação do midware. O que aconteceu? Gastou-se muito dinheiro, que diga a Totivs, que investiu uma fortuna em uma implementação do midware antes de sair a especificação final, e depois descobriram que a sua implementação não batia com a especificação, ou seja, o departamento responsável faliu e fechou.

    3 – O modelo de transmissão foi praticamente determinado pela globo, você têm vários canais, mas só pode transmitir um programa por vêz, como já ocorre hoje na TV aberta, não podemos ter uma mesma emissora colocando vários conteúdos simultâneos.

    4 – Depois do último suspiro da criança, onde o governo exigiu a obrigatoriedade do Ginga até 2013, “descobriram” nas entre linhas do contrato firmado entre a falida Sun e o governo brasileiro, que este deveria pagar uma quantia, não lembro o valor e nem o modelo de negócio, tão alta que inviabilza o uso do Ginga. Até onde eu pude ver, eles estavam tentando negociar esta parte do contrato com a dona atual do Java, a Oracle, não sei em que fim deu isso.

    Em fim, é uma criança que já nasceu morta. E com a chegada das TVs com internet e empresas como netfilx, a coisa fica ainda mais complicada.

    Alguém (usuário não registrado) em 11/04/2012 às 8:00 am

    Zer0

    1 – “[...] Chegaram para os diretores das emissoras, como o da globo, pra vender a bagaça e se quebraram com uma única pergunta, feita por quase todos os diretores, “muito bonito, mas como eu ganho dinhiero com isso?” Vocês já devem saber a resposta, ninguém sabia o que dizer, agora podem até saber, mas na época não =P [...]”

    Esta eu faço questão de responder: os diretores é que devem saber ganhar dinheiro com o que lhes é apresentado. Claro que: quem apresenta deve ter ideias, mas, provalmente, não serão as únicas possíveis.

    jeferson dos Santos (usuário não registrado) em 11/04/2012 às 2:35 pm

    Alguém

    Esta eu faço questão de responder: os diretores é que devem saber ganhar dinheiro com o que lhes é apresentado. Claro que: quem apresenta deve ter ideias, mas, provalmente, não serão as únicas possíveis.

    Você vai chegar no cliente dizendo: “eu tenho uma solução pra vc q faz X, Y e Z, mas vc q tem q se virar pra descobrir como isso vai lhe ser util”?
    O mercado nao funciona assim. As emissoras ainda estao digerindo a tv digital q as vez investir fortunas, com melhorias de cenarios e tantas outras coisas q passavam batidas. Acham mesmo q vão querer algo q não tenha ideia formada sobre como pode fazer dinheiro? Nenhum acionista vai querer jogar o dinheiro dele no lixo assim, às cegas.

    Zer0 (usuário não registrado) em 11/04/2012 às 3:21 pm

    jeferson dos Santos,

    Exatamente, nem tive o esforço de tentar responder =)

    Alguém (usuário não registrado) em 11/04/2012 às 7:07 pm

    Por favor, Zer0 e Jeferson dos Santos, leiam minha última frase: “Claro que: quem apresenta deve ter ideias, mas, provalmente, não serão as únicas possíveis”. Dez segundos para entender: quem apresenta tem suas ideias para o que apresenta, não significa dizer que são as únicas. Sim, meus caros, os diretores devem pensar em outras formas de ganhar dinheiro.

    Pois, meus caros, o mercado é amplo e se uma ideia de produto joga em muitos campos, ela pode ser mais lucrativa. Riscos. Devem ser demitidos os diretores que não se didicam a fazer de uma ideia algo mais lucrativo.

    E, por favor, o “mercado é assim”. O mercado é muitas coisas. E nem todas as empresas tem acionistas. O mercado é muitas coisas.

    Jeferson dos Santos. Sobre sua frase: “Acham mesmo q vão querer algo q não tenha ideia formada sobre como pode fazer dinheiro?” Se alguém, um desses diretores, tivesse encontrado uma forma de fazer dinheiro sua empresa poderia estar em posição privilegiada. O mercado funciona assim também, com empresas surpreendendo outras.

    Bom, desculpe ter fugido do assunto da matéria.

    Zer0 (usuário não registrado) em 13/04/2012 às 2:10 am

    Alguém,

    Por favor leia o meu primeiro comentário e leia a matéria (contexto).
    Sabemos que dado uma tecnologia, muitas pessoas podem ter idéias sobre ela. A questão aqui é, quando foi apresentado o ginga, as empresas de TV já tinham uma forma de ganhar dinheiro muito bem definida, e todos sabemos que elas ganham muito (globo no horário das novelas) Ao se apresentar o ginga ninguém tinha isso em mente.
    Se um modelo de negócio já está dando certo, ou melhor muito certo, porque eu me daria ao trabalho de investir (gasto imediato) em algo que aparentemente não me agrega nada?
    Tanto é verdade, que o modelo de transmissão adotado no final é igual ao modelo que temos hoje, uma emissora só pode trasmitir um conteúdo por vez.

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