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Oracle acusa HP e Intel de conspiração para manter Itanium vivo

Duas palavras me vêm à cabeça ao ler a notícia: eutanásia e zumbis. E a Oracle ajuda, ao chamar o Itanium de “produto morto que parece continuar vivo”.

Mas vale destacar que a acusação da Oracle tem um contexto: já há uma acusação prévia da HP contra a Oracle de ter violado seus contratos ao decidir em março não dar mais suporte ao (saudoso?) Itanium, e da Oracle contra a HP de ter ocultado fatos sobre a plataforma Itanium.

Mas dá uma certa nostalgia perceber que comemorei quando o suporte ao Itanium chegou ao Linux, ainda no século XX – e que já não me importava mais quando ele foi removido dos pacotes de distribuições corporativas, há alguns anos.

Via g1.globo.com:

A Oracle acusou a Hewlett-Packard de assinar um contrato “secreto” com a Intel para impedir que o microprocessador Itanium fosse tirado de produção, de acordo com documentos que a Oracle apresentou à Justiça como parte de sua longa batalha judicial contra a HP sobre a plataforma Itanium.

De acordo com os documentos, HP e Intel assumiram um “compromisso contratual” de manter o Itanium em produção por pelo menos duas gerações de microprocessadores, apesar de alegações anteriores da HP de que a decisão de manter o investimento no Itanium era responsabilidade exclusiva da Intel.

“A HP assinou um contrato secreto com a Intel para que esta continuasse a produzir Itaniums, de modo a que a HP fosse capaz de manter a aparência de que esse produto morto continua vivo”, afirmou a Oracle na acusação.
Michael Thacker, porta-voz da HP, classificou a acusação como “não mais que uma tática desesperada para embaralhar a situação e prolongar a incerteza paralisante que surgiu no mercado quando a Oracle anunciou, em março de 2011 e violando claramente seus contratos, que deixaria de oferecer assistência à plataforma HP Itanium”. A Intel não quis comentar o assunto. (…)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-11-21

Comentários dos leitores

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    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 21/11/2011 às 2:48 pm

    Ceeerto, e se o SPARC fosse retirado do mercado amanhã, sentiríamos um grande distúrbio na força, como se milhões de vozes gritassem em desespero e fossem subitamente silenciadas…

    Rael Gugelmin Cunha (usuário não registrado) em 21/11/2011 às 3:56 pm

    Puxa Augusto, é realmente uma lembrança “saudosa” da época do lançamento do Itanium… todo mundo apostava que seria o futuro.

    E agora, resta apenas um “who cares?”.

    Marcus (usuário não registrado) em 21/11/2011 às 5:17 pm

    Não entendi qual é o crime em manter seu produto vivo, se as empresas donas assim desejam.

    Marcus,
    o problema não é o tempo de vida do Itanium e sim a questão do suporte Oracle (produtos como o SGBDR) para essa plataforma.
    abraço,
    Sandro.

    Fábio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 21/11/2011 às 9:37 pm

    @Marcus

    O problema é se você, como gestor de uma empresa que faz software corporativo, investiu milhões em portar e manter código para Itanium achando que, porque a Intel estava atualizando os processadores, ele era relevante para o mercado. Afinal, a Intel não continuaria a investir em um produto que não estivesse vendendo certo? Imagine a cara dos acionistas quando você lhes diz que seus milhões foram gastos em código que ninguém vai comprar porque a Intel topou receber bola da HP?

    Se for verdade pode ter certeza que vem chumbo grosso para a HP e Intel.

    Joel Cesar Zamboni (usuário não registrado) em 21/11/2011 às 11:11 pm

    Eu não entendo porque a HP esta querendo manter uma coisa que ela mesma esta destruindo: antes foi a historia do PA para o Itanium, agora do HP-UX 11.23 para o 11.31, simplesmente sempre a geração anterior passa foraozamente a ser emulada ou virtualizada, sempre com restrições. Nesta hora eu não entendo mesmo esta atitude da HP, embora a Oracle seja muito facil de entender ;)

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 22/11/2011 às 12:27 pm

    O Itanium não deu certo basicamente por ser caro demais e por que o Windows não tinha aplicações pra IA64.

    Todos pensavam que seria uma migração transparente de x86 pra IA64. Nem de longe foi isso, o Itanium é um processador extremamente complexo e o esforço de portar a base de software já existente para ele é maior do que o resultado prático.

    Pra mim a única plataforma não-x86 que é relevante, ainda hoje em dia, é a POWER da IBM. Por que os SPARC ainda perdem em desempenho em relação a estes e a Oracle me pareceu “we don’t give a shit” para ela desde a compra da Sun. Aliás a Sun mesmo já tava mais preocupada em portar o Solaris pra x86 do que continuar o SPARC.

    Sad but true.

    Por onde ando (e andei) é mais comum encontrar Sparc que Power, mas a IBM sempre consegue vender um projeto grande que os utilize e me parece que não vai desistir nunca e a Oracle parece estar dando mole com os Sparc, portanto…

    Quanto ao Itanium, nunca tive fé nele, no lançamento me pareceu uma iniciativa de controlar o mercado por parte da Intel, com a HP querendo pegar carona, assim como tentou a IBM com seu barramento MCA, tentando substituir o então onipresente ISA. Como nós sabemos a IBM não obteve sucesso, o mercado criou alternativas concorrentes mais abertas: EISA e VESA. Já o algoz do Itanium, foi a AMD com seu x86_64, também mais aberto que o Itanium. Tudo isso confirma o que nós sabemos, “padrões abertos são melhores”.

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