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Gizmodo: “Caso Skyhook escancara a mão pesada do Google em relação ao Android”

Trechão do Gizmodo, a partir de link enviado por Guilherm Moser (moserguilhermeΘgmail·com):

“A relação entre Google, fabricantes e operadoras sempre foi algo nebuloso. Quem decide quais apps serão pré-instalados em um aparelho? Ou melhor, quem decide se um aparelho vai ser mesmo lançado? A tendência é acreditar que a decisão final será da fabricante. Mas o processo envolvendo o Google a empresa Skyhook mostra que a gigante das buscas tem poder absoluto sobre tudo que envolva o Android.

O processo entre Google e Skyhook teve novo capítulo na última semana, quando a corte negou o pedido de julgamento sumário do Google. Assim, um processo de 750 páginas foi revelado e dissecado na espetacular matéria de Nilay Patel no This Is My Next. A Skyhook, empresa de serviços de localização, fechou acordos com Motorola e Samsung para ter seu serviço nos Androids da empresa, substituindo a API do Google de localização. O pessoal de Mountain View ficou sabendo da história pela imprensa e não gostou nem um pouco do que ficou sabendo. E a história revela a pesada mão da empresa em seu sistema operacional considerado aberto.

(…) E o que tudo isso significa? Com a palavra, Nilay Patel:

“No mínimo, fica muito claro que o Google é o ator principal quando o assunto é o desenvolvimento de aparelhos com Android, a ponto de o próprio Andy Rubin aprovar e negar pedidos das fabricantes. Também fica claro que o Google dá um enorme valor à coleta de dados de localização. (…) Um dos chefes do Google disse sumariamente que o ‘Skyhook não tem o direito de acabar com o direito contratual que o Google tem de coletar dados de localização de aparelhos da Motorola’. Não poderia ser mais direto do que isso. E o Google não hesita em usar sua força para tirar o que quer das fabricantes.”

Outra questão fica clara em todo o processo: a Open Handset Alliance, que em tese é uma união entre operadoras, fabricantes e Google para discutir e colaborar com o Android, não manda em nada. Ela não é citada uma mísera vez nas 750 páginas do processo. Parece claro que a cobrança por parte de usuários e imprensa — por atualizações, menor fragmentação e correção de falhas — deve ser maior em cima do Google, e não pelas fabricantes, que aceitam as escolhas do Google de mãos atadas (mas que ainda têm muito o que explica quando o assunto são as malditas skins). Se ele tem tanto poder, ele mesmo tem de responder pela busca de uma experiência mais coesa no Android, desde seu princípio. (…)” [referência: gizmodo.com.br]


• Publicado por Augusto Campos em 2011-05-13

Comentários dos leitores

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    Rodrigo PInheiro Matias (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 9:18 am

    Não sei então como a Claro conseguiu tirar do Galaxy S os aplicativos do Google, não tem como nem instalar pelo market

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 9:50 am

    Não diretamente ligado ao caso, mas a notícia então me faz perguntar:

    Se tem tanto controle, então deveria ter usado antes esse poder para impedir tanta bandalheira de fabricantes com versões velhas e sem atualização.

    Se for assim, baita mancada do Google.

    Mauro (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 11:05 am

    @Weber Jr.:

    Agora vamos esperar o desfile dos droidboys com seus campos de distorção da realidade ligados no máximo e suas rotineiras ‘explicações inexplicáveis’. Qu quem sabe uma sincera e saudável surpresa ?

    Esperneiem o quanto quizerem, se não é gnu não é confiável.

    Hugo do Prado (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 11:35 am

    O Android é aberto e permite modificaçoes, mas a partir de certo ponto, essas modificações podem o transformar num produto que já nao é mais android.

    Vimos um caso similar com o firefox, que vc pode alterar o codigo da mozilla, mas nao pode distribuir chamando de firefox.

    Vamos aguardar mais noticias… talvez as empresas envolvidas, agora que a noticia vazou, tenham alguma declaraçao a respeito

    Guilherm_ (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 11:46 am

    o caso é: o google não quiz que as fabrincantes, colocasse um programa de mapas de terceiros no lugar do google maps, nada mais que monopolio. Assim como a microsoft atrela até a alma o IE, eles querem com o maps, gmail, e afins… o que prova que o android é apenas a extenção do dominio do google ao mundo mobile. O que é errado é impedir que outros desenvolvedores concoram com o google nos setores que eles tem seu produto como principal, é como se a microsoft madnase atualizações que impedisem alguem de instalar o firefox, ou diminuisse a performace dele, ou então empresas venderem o chrome como default do windows ( a google paga em alguns paises para isso, e a ms nao proibe)

    Hugo do Prado (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 12:06 pm

    Vai entender o google:
    http://wiki.cyanogenmod.com/index.php?title=What_is_CyanogenMod
    Sessao Licensing Controversy

    Eles não querem que os fabricantes tirem as apps que o google colocou no android, mas também nao querem que as custom rom, como o cyanogen mod, tenham as apps deles…

    Open, pero no mucho…

    Mauro (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 12:08 pm

    O Android é aberto e permite modificaçoes, mas a partir de certo ponto, essas modificações podem o transformar num produto que já nao é mais android.

    Vimos um caso similar com o firefox, que vc pode alterar o codigo da mozilla, mas nao pode distribuir chamando de firefox.

    Isso é comum na comunidade gnu: qualquer um pode submeter alterações a uma aplicação a seus mantenedores, que podem aceitar ou não sua inclusão. Neste caso esta alteração é uma contribuição, e a pessoa, grupo ou empresa que a submeteu é um cloaborador.

    Também pode ocorrer de uma pessoa, grupo ou empresa fazer um fork, ou seja, criar uma derivação do produto, se tornando mantenedora do mesmo. É necessário que o nome da derivação não seja o mesmo do produto original. Foi isso o que aconteceu com o (extinto?) OpenOffice e LibreOffice.

    Mas isso é parcialmente offtopic; a questão que a matéria traz é são as provas de um controle tirânico que o Google exerce sobre o Android e suas aplicações. O Android pode até ser _meio_ livre, mas suas aplicações mais importantes não. E os fabricantes se submetem dócilmente ao Google por saber de seu titânico (tirânico ?) poder de propaganda e divulgação, entre outros.

    Esse episódio pode, inclusive, atrair a atenção de congressistas de várias nações sobre a escala de tais poderes, e das possibilidades de seu mau uso, o que parece estar acontecendo. A AT&T e a MS, cada uma por suas razões, já passaram por isso. Talvez seja a vez do Google.

    Para nós isso serve de alerta: se não é gnu, não é confiável.

    Arllen Victor (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 1:29 pm

    Um dos motivos do sucesso do iPhone e do iPad. de fato, é devido ao HARDWARE SER FEITO SOB MEDIDA PARA O SOFTWARE, e não ao contrário. Desenvolvem o software primeiro, e depois montam o hardware em cima dos recursos lógicos. Resultado: tudo roda “quase” perfeito, pois nada é 100% perfeito.
    Talvez a google esteja querendo isso. Haverão menos patches, menos adaptações, menos armengues se o hardware desenvolvido pelas fabricantes saírem do forno sob medida para o Android.
    Pode ser algo interessante para o usuário final que terá um software 100% funcional e padronizado, com cara de Android, funcionando como Android.
    Já vi vários fabricantes modificarem TANTO que tiraram a graça, a qualidade e os recursos que muito nos agradam. Quem se interessar por modificações que o faça baixando apps.

    André Moraes (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 1:42 pm

    Toda essa questão envolvendo o que pode ou o que não pode no Android têm relação com a Marca Android.

    O que a Google não quer e está completamente no direito dela, é mistrar a marca Android com coisas que ela não julga ser digna de usar a marca Android.

    Se a Motorola fizer um celular e colocar um monte de coisa lá e basear no Android, mas não anunciar em momento algum que é um celular Android, acredito que a Google não ira reclamar (nesse caso nem poderia, pois a Apache License permite isso).

    No caso do Cyanogen é a mesma coisa, ela não queria vincular os aplicativos dela com uma plataforma que ela não confia. Pois caso ocorresse algum problema todo mundo iria falar que a google é que a culpada mesmo se não fosse de fato a real culpada.

    Quanto a ser open, vendo o Google I/O ontem, eles lançaram um SDK (hardware e software) para você desenvolver aparelhos que podem ser comunicar com o Android (no exemplo um lâmpada inteligente e uma bicicleta ergométrica).

    Quanto ao controle tirânico, não é bem assim, o que não pode é querer vender um produto não homologado como sendo um produto oficial Android.

    @Mauro, se não é gnu, não é confiável.
    Realmente, porém eu trocaria GNU por GPL.

    Amarok (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 2:57 pm

    @Arllen Victor

    Esse papo de que a Apple faz o hardware depois do hardware e sob medida para ele é exagero de fan boy da apple. Na realidade, todo projeto hoje em dia, com tanta competição e pressão por tempo de lançamento, requer que os projetos de hardware e software sejam feitos quase que simultaneamente.

    AApple logicamente tem mais facilidade porque as 2 equipes (de software e de hardware) trabalham na mesma empresa, o que facilita a comunicação, interação entre equipes e a existência de algumas pessoas que darão o voto minerva nas decisões que os 2 times terão que fazer.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 3:16 pm

    Gostaria q muito dos q postam aqui sobre o google conseguissem ler a si proprios imaginando falar isto de outra companhia…

    Qual a diferenca do android atual pra um windows? Vc tem um produto sem source (pro 3.n+), que nao pode modificar oficialmente, q se modificar nao pode legalmente usar a store oficial (market store/windows update), nao pode nem mesmo usar os binarios “livres” por questao de licenca em uma customrom por nao ter como hologar junto com um aparelho, que tem sdks abertos e free para vc usar varios recursos do sistema.
    A unica diferenca eh sobre ser pago ou nao e se a unica coisa q os q defendem fielmente opensource tao levando em conta para abrir concessao em relacao ao google eh isto nao digo mais nada.

    Eu nao sou contra oq o google fez, acho correto do ponto de vista comercial, ele tem q se preocupar com crescimento saudavel do android e abrir totalmente pode fazer ela perder a corrida contra o iOS e ate ser ameacada pelo WP7 no futuro por comecar a ter prb de qualidade. Forcar pelo menos os fabricantes de nome a terem um nivel de padrao eh algo q as distro linux nunca conseguiram.

    Uma coisa q sou contra eh o fanboysmo, onde tem gente q acaba se contradizendo com uma suposta opniao do passado soh para nao falar mal do seu preferido. O pior, ao invez de falar coisas q realmente importam para defender a sua opniao, ficam insistindo em 0s a esqueda para falar mal do concorrente, falar bem do seu produto. Ao inves disto fale realmente as coisas boas, significante, para um 3o o qual poderia tentar propagar sua opniao…

    Desculpe Mauro, falando francamente, quotes como “se não é gnu, não é confiável” mais prejudicam do q ajudam.. pra quem ja eh pro-gnu não tem efeito, pra quem não é, na pior das hipoteses, causa ate aversão por ser uma postura de carater meio arrogante.

    Mauro (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 3:18 pm

    @André Moraes:

    O ambiente conhecido como GNU é composto por aplicações sob licença GPL (e alguns alienígenas que surgem, e mais cedo ou mais tarde, desaparecem). Não citei – e não pretendo citar – GPL porque não tomo por confiável nada gerido ou financiado por empresas que criam ou adotam aplicações GPL (ou mesmo ambientes gnu inteiros) como meios para se atingir fins que não são as próprias aplicações GPL (ou ambientes GNU inteiros).

    Um exemplo é o MeeGo – um ambiente gnu inteiro: É uma maravilha – para Atom. Tentei rodar num Celeron e não foi. Tive que reativar um desktop antigo com Atom para poder rodar o MeeGo. Sem surpresas, porque sei que a Nokia abandonou o MeeGo e agora ele é ‘propriedade’ da Intel, cujo objetivo principal no momento é otimizar seus Atoms para consumirem menos e entrar na briga de processadores móveis (e chips periféricos e de memória). Mas se emplacarem tablets e smartphones com Android, Mee Go to hell. Para quem tem compromissos com clientes que envolvem indicações de plataformas, é MUITO arriscado.

    Já o Linaro, mesmo sendo bancado por empresas ligadas a processadores ARM, é promissor por duas causas: a proposta é de fornecer uma base para iniciativas como a do Ubuntu/ARM, é é financiada principalmente por empresas que concorrem entre sí. Mesmo que desapareça a Canonical consegue prosseguir.

    Quanto ao controle tirânico, não é bem assim, o que não pode é querer vender um produto não homologado como sendo um produto oficial Android.

    Mas o que está acontecendo é um controle tirânico:

    Fundamentally, this entire case is about whether Google uses Android compatibility testing to manipulate OEMs like Motorola and Samsung. And this email from Google’s Dan Morrill seems to indicate that Google does exactly that: he says that it’s “obvious to the OEMs that we are using compatibility as a club to make them do what we want.”

    June 23 was a busy, busy day: Skyhook sent Motorola a “notice of dispute” and pointed out that Motorola’s Android code including Skyhook had passed the Android compatibility tests before the Skyhook relationship was made public, and that XPS was being deemed incompatible “based solely on the interpretation of the word ‘satellites’” and not for any technical or performance reason. Skyhook also claimed it was not shown any documentation from Google saying that XPS was not compliant with the Android compatibility document.

    On August 17, Motorola sent Skyhook a letter saying the contract for XPS was terminated because Skyhook had made unauthorized statements to the press, and — most damningly — “failed to deliver a functioning product that can be loaded on Motorola Android-based products.” This is a major about-face, considering that Motorola and Samsung had both passed Android builds containing Skyhook XPS through the Android compatibility test just a few months prior.

    Dá prá chamar de outra coisa ? Acho que sim, que dá até para ser muito mais específico, mas aí não passa em censura nenhuma.

    Mauro (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 3:30 pm

    @Rodrigo:

    Sim, eu me imagino falando de qualquer empresa. Até da minha. Sem medo nem hesitação. Enquanto for a verdade, ou mesmo uma opinião incorreta mas de boa fé. Aprendemos quando nos corrigem.

    Quanto ao “se não é gnu, não é confiável”, não imaginei que pudesse ter qualquer conotação arrogante, devido a ser uma verdade que o tempo sempre comprovou. Mas, aceito seu conselho. Grato pelo mesmo.

    É, ao poucos a verdade vai aparecendo. É bom para aqueles que torcem pelo monopólio do Android tomem consciência da encrenca que vai ser se isso se concretizar.
    E enquanto isso, lá no topo da página, mais um tablet Android no mercado. Hardware e software defasados, mas com o preço lá em cima. Como convém a um verdadeiro Android.

    Filipe (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 5:05 pm

    A discussão não é, neste post, se o Android é opensource ou não. O problema é o Google usar práticas desleais para inviabilizar o uso de um software concorrente do Maps dentro do Android.
    Isso só me faz lembrar do caso do Internet Explorer no final dos anos 90. E, quando o Google começa a se parecer com a Microsoft, eu vejo com bons olhos a Apple, que não engana ninguém ao dizer que o sistema só funciona como eles querem e pronto.

    Steve Jobs olhando essa história toda do alto de sua masmorra hight-tech: HA-HA-HA-HA-HA Tolos Saíram de minhas garras para caírem nas garras de outro!

    E Richard Stallman de sua humilde cabana no meio da Floresta Velha: Eles não podem falar que eu não avisei…

    tuxmind (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 6:05 pm

    @André Moraes

    Você falou tudo amigo.

    Tem gente que ainda não entende (ou não quer entender ;) ) que uma coisa é o código fonte do projeto android. O código que já foi liberado é 100% open source.
    Outra coisa é a marca Android que NÃO é “open”. É uma marca registada propriedade do Google.
    Quem fizer modificações profundas no sistema não pode redistribuir novamente com o nome de Android, e ainda fica obrigado a remover todos os ícones e imagens que identificam a marca registada Android.

    E não confundam as coisas! O sistema operacional é open source, os aplicativos não! Todas as apps do Google assim como a grande maioria das apps que estão no Market são de código fechado, e não podem ser redistribuídas sem a autorização dos proprietários das mesmas.

    A licença apache também permite ao Google fechar novamente o código para desenvolver uma nova versão, e só liberam o código fonte novamente quando acharem que é a altura ideal. Foi o que aconteceu com o HoneyComb. A Google não liberou ainda código fonte porque segundo eles as implementações da API, ainda estão a sofrer profundas alterações. Mas também acho que foi uma medida para travar alguns abusos.

    A única coisa que eles são obrigados a disponibilizar é o código fonte do kernel Linux, que como sabem usa uma licença GPL. http://android.git.kernel.org/

    Marcio Torres (usuário não registrado) em 13/05/2011 às 6:12 pm

    “Esperneiem o quanto quizerem, se não é gnu não é confiável.”

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…

    Livio Ribeiro (usuário não registrado) em 14/05/2011 às 4:23 pm

    A questão não é se o Android é opensorce, pois o código do android não foi modificado. O que aconteceu foi que um aplicativo foi substituído por outro e a Google não gostou. Se os termos do Android disserem que ninguém pode substitur os aplicativos da Google por aplicativos de concorrentes, então cabe um processo semelhante ao que a Microsoft sofreu.

    E lemrem-se, don’t be evil

    Cleverson (usuário não registrado) em 14/05/2011 às 5:52 pm

    @Tuxmind, Andre Moraes

    Legal saber que ainda existem pessoas com bom senso.

    Mauro (usuário não registrado) em 15/05/2011 às 8:51 am

    Interessante ter gente que ainda não entendeu: O Google está impedindo uma aplicação concorrente a uma das suas de uma forma ainda pior do que a MS costuma fazer.

    Toda essa questão envolvendo o que pode ou o que não pode no Android têm relação com a Marca Android.

    O que a Google não quer e está completamente no direito dela, é mistrar a marca Android com coisas que ela não julga ser digna de usar a marca Android.

    Legal saber que ainda existem pessoas com bom senso.

    Não. O problema não envolve o uso da marca Android. Nunca envolveu.

    O problema é um concorrente que desenvolveu uma tecnologia de geolocalização usando WiFi, que funciona dentro de prédios e em núcleos urbanos nos quais o GPS deixa de funcionar. Antes do pessoal do Google pensar nisso, a XPS desenvolveu a aplicação, submeteu e foi aprovado no teste de aceitação do Google e depois foi barrado por manipulação envolvendo ameaças veladas. E outras nem tão veladas.

    Sigam os links, leiam, pensem. Quem não faz isso antes de se pronunciar não está apresentando bom senso.

    Cleverson (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 1:43 am

    @Mauro:

    Você pode me dizer o que impede a Motorola de usar o código-fonte do Android, chamá-lo de outra coisa, e instalar qualquer aplicação por padrão?

    No caso da Microsoft acho que não era possível um fabricante instalar uma versão do Windows modificada sem o IE pré-instalado.

    Muitas vezes a fragmentação é aqui apontada como um dos principais problemas dos softwares livres. O Google está simplesmente tentando lidar com isso da maneira que pode. Aliar controle com esse modelo de desenvolvimento é uma tarefa ingrata.

    Mas não se engane, o Android continua livre, e qualquer pessoa pode colocá-lo em um dispositivo sem qualquer autorização do Google.

    Filipe (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 6:29 am

    Cleverson, pelo que deu a entender na matéria, o Google está fazendo exatamente o que você descreveu no segundo parágrafo: impedir que dois fabricantes vendam celulares Android sem o Google Maps instalado. E jogando sujo para tal. O que a diferencia da Microsoft, neste caso?

    Não se trata da questão opensource nem de fragmentação.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 8:11 am

    Cléverson:

    E o que é que o que vc disse tem alguma coisa a ver com a matéria, ou a truculência do Google ? Vc. seguiu os links ? Interpretou as ações do Google ? Por que é disso que a matéria trata.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 8:37 am

    @Cleverson:

    Você pode me dizer o que impede a Motorola de usar o código-fonte do Android, chamá-lo de outra coisa, e instalar qualquer aplicação por padrão?

    O imenso poder de propaganda do Google. Eu já fui suporte de TI de um jornal por 3 anos: omissão ou redução de importância de notícias boas ou anúncios, destaque excessivo em reclamações ou notícias ruins, e por aí afora. No caso do Google, é poder suficiente para por ou tirar empresas grandes do mercado.

    Mas não se engane, o Android continua livre, e qualquer pessoa pode colocá-lo em um dispositivo sem qualquer autorização do Google.

    Sim: eu, vc., um fabricante xing-ling, e por aí afora. Se o Google segura os fontes por ‘questões de compatibilidade’, não precisamos da última versão nem das aplicações que não são livres. Mas se é uma Samsung, uma Motorola, uma LG, a situação muda. Grande.

    Pelo menos esse episódio deixou muito claro _porque_ nem toda licença FOSS é realmente livre. Brechas que podem ser exploradas acabam sendo exploradas, mais cedo ou mais tarde. Com maior ou menor intensidade. Nesse caso foi mais cedo e com muita, muita intensidade.

    Por favor, não entendam como arrogância, mas como uma nova constatação de uma verdade já estabelecida: se não é gnu, não é confiável.

    Eloi Freitas (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 9:05 am

    Que enorme desserviço à causa do software livre, e às contribuições de tantos outros projetos, é prestado por quem vem querer fazer campanha pra dizer que só existe uma fonte confiável de software livre.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 9:29 am

    @Eloi Freitas:

    Só estou tentando abrir os olhos das pessoas. E faço isso fundamentando o que digo. Seu discurso é curto e grandioso, mas qual é a fundamentação dele ?

    Eloi Freitas (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 10:06 am

    Eu me dirigi aos demais. Nunca tive dúvida de q vc acha esse seu desserviço fundamentado. Nem acho que vc vá mudar de idéia, afinal quem chega a uma posição tão extrema dificilmente sabe o caminho de volta.

    Não vale a pena bater boca em situações assim, a sua posição é ideológica e tenho certeza q não será revertida.

    Aos demais, convido a fazerem bom uso do seu poder de análise (e de moderação, pq não?) pra evitar mais essa investida de fundamentalismo querendo dividir uma comunidade q já é pequena. Nem o fundador do GNU chama todo o restante do software livre de não-confiável.

    É importante valorizar a diversidade (incluindo projetos de software livre de origens variadas, demonstrando há décadas sua confiabilidade). Para conhecer bons exemplos, sugiro consultar o diretório de softwares livres q é mantido pela FSF, em http://directory.fsf.org/ para conhecer melhor a variedade de origens e licenças de softwares livres q tem por lá.

    André Moraes (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 10:37 am

    @Mauro
    Pelo menos esse episódio deixou muito claro _porque_ nem toda licença FOSS é realmente livre. Brechas que podem ser exploradas acabam sendo exploradas, mais cedo ou mais tarde. Com maior ou menor intensidade. Nesse caso foi mais cedo e com muita, muita intensidade.

    Por isso citei a GPL no lugar da GNU. Apesar de concordar que nem todo software GPL seja “realmente” livre. Talvez só com AGPL mas a AGPL eu já acho meio exagerada (opinião pessoal).

    E ninguém deve achar que foi “enganado” pois se aceitou a Apache 2.0 como a licensa já sabia que esse tipo de coisa podia acontecer.

    Mas novamente, não concordo que seja um controle tirânico, se a motorola não usasse a marca android e assumisse esses riscos ela poderia instalar o software que quisesse.

    Ela preferiu ficar na aba do Google, ai quando achou que podia lucrar em cima sem ter custo praticamente nenhum, ela foi correndo a concorrência. Nesse caso a Motorolla tentou dar uma de “joão sem braço” e acabou levando a pior.

    Porém não defendo que tudo que a Google está fazendo está correto. Tenho a convicção que com o Google Music e a venda de livros/filmes pelo Android Market estão imbutindo um monte de DRM no dispositivo do usuário.

    André Moraes (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 10:39 am

    Correção,
    … embutindo um monte de DRM no dispositivo do usuário.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 11:21 am

    Ah, finalmente um argumento fundamentado ! Não era mais uma ‘sabedoria do achômetro’ nem um droidboy com seu campo de distorção de realidade ligado, afinal.

    Sim, existem essas outras licenças. Sim, elas são boas. O problema é que algumas delas permitem manipulação por parte das empresas, como é comprovadamente o caso da matéria em discussão.

    Na verdade, até a GPL permite manipulação, porém menos, e com resultados menos severos. Citemos o MeeGo: quem financia (e assim sendo é o dono) é a Intel, mas esta já está trabalhando no porte do Android para Atom, e quando conseguir o destino do MeeGo, até pouco tempo atrás se tornaria incerto. Junto com tudo que for feito para ele. Mas não:

    http://www.via.com.tw/en/resources/pressroom/pressrelease.jsp?press_release_no=5467

    e

    http://www.via.com.tw/en/resources/pressroom/pressrelease.jsp?press_release_no=5507

    (continua)

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 11:22 am

    Já a AMD não está sendo tão feliz na parte de processamento x consumo:

    http://www.tomshardware.com/reviews/amd-power-cpu,1925.html

    Mas mostra que está indo atrás:

    http://www.neoseeker.com/news/5748-amd-unveils-low-power-cpu-roadmap

    Como os fontes tem que ser disponibilizados juntamente com os binários, pelo menos esse final de ano os Atoms vão ter concorrência em appliances não (tão) móveis e embarcadas. Mas a VIA e AMD vão ter que mostrar seus fontes junto com seus binários, também. Provávelmente na forma de colaborações. Resultado: é confiável indicar e desenvolver para dispositivos que rodem o MeeGo. Não vai mais estar amarrado em um único fornecedor, seja de hardware, seja de software.

    “Peraí, mas dentro desse tal ‘ambiente gnu’ não tem muitas aplicações que não são gpl ?” – Sim, mas a pluralidade e oportunidade de escolha funcionam como uma proteção contra monopólio e manipulação. Dentro do ambiente gnu, todas as licenças FOSS são confiáveis.

    Os problemas podem surgir fora do ambiente gnu. Como é o caso.

    Quanto a questão de eu ser um radical ? Acho que sim.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 11:58 am

    Parabéns pela moderação.

    Demonstrou o quanto vcs. estão abertos a diálogo.

    Mas não se enganem, essa moderação aponta um dedo, sim. Mas não para mim, que nunca moderei negativamente.

    Mauro (usuário não registrado) em 16/05/2011 às 12:12 pm

    E bastou para mim. Sintam-se alegres por não ter mais aquele velho chato perguntando quem é que vai por o sino no gato.

    Que gracinha esses defensores do Android, insistindo em chamar o sistema de livre, quando os fatos mostram o contrário. Não é mais questão de opinião, os fatos mostram que o Android não é livre. Podem espernear à vontade, mas essa é a realidade.
    E além de não ser livre, agora sequer é aberto. Mesmo assim não falta quem queira que a “comunidade” apóie esse sistema e que vá contra outros realmente livres. Só podem estar de brincadeira.

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