Visite também: Currículo ·  Efetividade BR-Mac

O que é LinuxDownload LinuxApostila LinuxEnviar notícia


Espanha investiga empresa sobre uso de chips para controlar funcionários

Na interpretação que o Sindicato fez do funcionamento deste mecanismo compulsório, encontro um exemplo do que seria o oposto da ideia de liberdade digital – embora aparentemente este caso de celulares da empresa com chip de monitoramento (acelerômetro + GPS – algo que vários smartphones comertciais têm) que deve ser levado preso ao cinto durante o expediente externo se trate bem mais de uma questão trabalhista do que tecnológica.

Via g1.globo.com:

O Ministério do Trabalho da Espanha está investigando acusações de que uma empresa estaria usando microchips instalados nos celulares de seus funcionários para saber quanto tempo eles ficam parados durante o serviço.

Segundo a denúncia, apresentada por empregados da companhia de elevadores Schindler-Catalunha e pelo sindicato regional, o chip emite um sinal que dispara um alarme em uma central quando detecta falta de movimento do trabalhador por um período de dez minutos.

O microchip (…) é acoplado no celular e funciona com um sensor. O telefone deve estar em um bolso, cinto ou em qualquer parte junto ao corpo para identificar os movimentos.

Além de fazer soar um alarme após dez minutos de paralisação, o sistema também informa, graças a um GPS, onde o trabalhador se encontra em tempo real durante as horas de atividade.

(…) A assessoria de comunicação da filial espanhola informou à BBC Brasil que recorreu da ordem da Secretaria de Trabalho do Governo da Catalunha, afirmando que o sistema “é um mecanismo de proteção e não de controle aos trabalhadores”.

“O acelerômetro é um mecanismo de segurança. Se um operário de manutenção sofre um desmaio, perda de consciência ou qualquer problema, o alarme atua como grande ajuda para os técnicos”, disse o diretor de Relações Trabalhistas da Schindler-Catalunha, Juan Carlos Fernández, à imprensa espanhola.


• Publicado por Augusto Campos em 2011-11-17

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Bogo (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 1:06 pm

    “O acelerômetro é um mecanismo de segurança.”
    Besteira…. é controle e ponto final.

    Carlos Felipe (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 1:22 pm

    V, de Vish Maria… Bem que o Stallman avisou…

    Anderson Stühler (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 1:47 pm

    PQP, empresa lixo essa, na verdade numa lata de lixo pode se encontar coisa melhor do que uma empresa dessas tem a oferecer em termos de relação/confiança a seus funcionários. Não merece seus colaboradores, mesmo aquele funcionário mais passivo.

    No mais, é provável (infelizmente) que vire moda isso, não no momento, mas no decorrer do controle que estão tentando implantar, inventem uma desculpa qualquer, como terrorismo, ataque alienígena, crescimento despropocional das minhocas… e a senzala, no mesmo desenho de antigamente, porém de material mais arrojado, instala-se.

    Mario (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 1:59 pm

    Depois que meu celular corporativo pifou misteriosamente pela 3° vez em 30 dias, nunca mais me deram outro… No Brasil sempre se dá um jeitinho pra tudo…

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 2:15 pm

    Isso lembrou-me de uma pesquisa encomendada há alguns dias, para verificar se a população brasileira era favorável à ideia de fazer suas transações bancárias com “dispositivos eletrônicos instalados no corpo humano”.

    A pesquisa é citada no site MSN.

    Enrique (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 4:44 pm

    Minha primeira impressão é: normal.

    Não considero que haja qualquer tipo de abuso da empresa em querer monitorar o colaborador dentro do seu turno de trabalho.

    Vejo que há críticas, mas a realidade é outra, o pessoal costuma fazer onda sim!!

    Fora isto, ao menos aqui no Brasil, o uso deste tipo de solução deve ser bem elaborado pois, do mesmo jeito que o funcionário é monitorado, entende-se que este período de monitoramento contempla a jornada de trabalho o que, eventualmente, pode comprovar a execução de horá extra.

    Anderson Stühler (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 5:53 pm

    Trabalhei sete anos em uma organização, onde sequer “batiamos ponto”, e era inacreditável o nível de confiança entre empregador empregado, obviamente parece algo que não funciona, pois alguns ainda pensam que o ser humano deve ser mandado e não incentivado. Quando algum funcionário resolvia não mais colaborar com empresa, a pressão era feita da célula como um todo a este colaborador, então das duas uma, fica e colabora ou bye. Isso funciona, bem melhor que o velho estilo abaixe a cabeça e trabalhe porque o Big Brother ta de olho.

    Adnus (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 6:19 pm

    Um tipo de controle idêntico funcionava a uns 15 anos atrás nas estradas em caminhões e ônibus monitorados. Os caminhões eram monitorados via satélite e os motoristas levam preso ao corpo um dispositivo chamado “homem deitado” que era um rádio via satélite com um interruptor de mercúrio (na época ainda não havia celular ou ao menos não havia a estrutura de rede celular que temos hoje), se o motorista deitasse um alarme disparava na central de controle.

    Era um sistema caro mas que teve um relativo sucesso na época e nunca ninguém reclamou, os motoristas inclusive gostavam de usar porquê se sentiam mais seguros e ainda recebiam um adicional (de periculosidade acho) por viagem.

    Penso que o problema não é a ferramenta em si mas o uso que se faz dela.

    Obs: Não sou tão “experiente” assim, conheci este sistema pois meu pai deu manutenção nestes rádios a época :-)

    Jose Luis (usuário não registrado) em 17/11/2011 às 6:24 pm

    E isso é pais de primeiro mundo. É controle mesmo.

    Caio César (usuário não registrado) em 19/11/2011 às 3:56 am

    Por que a premissa da segurança não é válida? Em trens há um dispositivo chamado “homem morto”, que precisa ser acionado de tempos em tempos, caso não seja, o freio de emergência é aplicado (obviamente ele emite sons também).

    Talvez a empresa possa, digamos, mudar o dispositivo para que não dê a impressão de controle, ou seja, em caso de falta de movimento, o dispositivo emite algum som ou vibra.

    De qualquer forma, é aquilo: você está dentro da empresa e você está sendo pago para fazer o serviço. Quando eu pago alguém, quero o serviço bem feito e nada de desperdícios e de ociosidade injustificada. Será que é tão perverso assim?

    Conheço empresas que dão relativa liberdade e… e… e… não funciona! As pessoas não estão nem aí. Casos e casos.

Este post é antigo (2011-11-17) e foi arquivado. O envio de novos comentários a este post já expirou.