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Compilador C/C++ EKOPath 4 agora também é livre – veja um comparativo com o GCC

Mais compiladores livres são sempre bem-vindos, ainda mais quando trazem consideráveis ganhos de desempenho em relação às demais alternativas existentes para as plataformas mais populares.

A Pathscale anunciou na segunda-feira que o EKOPath 4 está disponível sob licenças livres em versões para download gratuito já prontas para Linux, FreeBSD e Solaris, trazendo compilador, debugger, assembler, runtimes e bibliotecas padrão.

O compilador, que esteve disponível apenas em forma proprietária a preços iniciando em US$ 1795 até recentemente, foi disponibilizado sob a GPLv3, e o debugger está sob uma licença livre permissiva. Já há trabalhos em andamento para permitir que seja possível compilar grandes projetos open source (como o KDE, o GNOME e o kernel Linux) com ele.

O Phoronix anunciou que está preparando benchmarks completos comparando o EKOPath 4 a outras alternativas, mas já adiantou resultados de 4 testes diferentes comparando o EKOPath 4 ao GCC 4.5.2 na configuração que vem com o Ubuntu, e o EKOPath levou vantagem em todos os 4: 40% mais rápido no primeiro (gráfico acima), 2,7x mais rápido no segundo, 8% mais rápido no terceiro e 80% mais rápido no quarto.

Enquanto não saem os demais benchmarks do Phoronix, caso alguém tenha feito seus próprios comparativos de desempenho rodando em ambientes livres, será bem-vindo para compartilhar o link do relatório nos comentários! (via softlibre.barrapunto.com)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-06-15

Comentários dos leitores

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    Filipe Saraiva (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 9:25 am

    Caramba, tudo isso?
    Muito bom, parabéns à equipe de desenvolvimento.

    Odair (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 10:31 am

    Tem que botar isso pra funcionar no Gentoo urgente…

    Frank (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 10:56 am

    Maneiro! Vou ver se arrumo um tempo pra tentar montar um Gentoo usando esse compilador!

    Illidan (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 11:09 am

    Realmente muito interessante montar um Gentoo com esse compilador. Alguns reclamam do método Gentoo e tal, mas se você tiver um tempinho disponível para queimar com a distro, verá que é muito legal e com certeza a experiência te ajudará um dia.

    Unix wars, editor wars, browser wars e agora compiler wars?

    Juca (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 12:21 pm

    Daqui a pouco vai ter até war wars!

    Walter (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 12:46 pm

    Tem algo estranho nesta informação.

    O texto diz que o programa está sob GPLv3, mas verificando no site ele continua pago (por US$1795,00 – ver http://www.pathscale.com/ekopath-compiler-suite). Será que eles não atualizaram o site na Pathscale?

    alves (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 12:52 pm

    Tentei baixar as fontes, tive de fazer um registro e ainda não as localizei…

    O anúncio está na página da PathScale, sobre esta mudança na licença para a GPL v3 (http://www.pathscale.com/ekopath4-open-source-announcement), embora não tenha encontrado um link desta notícia na página principal…

    Tenho interesse, principalmente no Fortran, para aplicação em sistemas Físicos.

    henry (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 1:01 pm

    está de acordo com a gpl. O software tem que ser livre, não necessariamente GRATIS.

    alves (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 1:43 pm

    E quem falou de GRÁTIS!!! Quero acesso ao código!

    Frank (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 1:50 pm

    Nesta página há um nightly build download do EKOPath. Será esse? Aqui no trabalho não tenho como testar.

    Os links para os githubs do compilador e do debugger constam no meu post! A página do produto no site do fabricante ainda não foi atualizada para refletir a disponibilização gratuita, livre e de código aberto.

    alves (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 2:11 pm

    Não havia percebido Augusto. Vou testar…

    alves (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 9:31 pm

    Tive alguns problemas na compilação e em torno de 90% do processo compilou sem problemas. Com isto dei uma olhada no código por curiosidade e percebi que existem vários arquivos do gcc da GNU na árvore do EKOPath 4. Não conhecia o projeto e o seu histórico, mas apenas por curiosidade segue uma contagem dos arquivos:

    Total de arquivos: 4803

    Arquivos com a frase ‘GCC is free software’: 591 (12%)

    Arquivos com a frase ‘This file is part of GCC.’: 588 (12%)

    Arquivos com a palavra ‘GCC’: 723 (15%)

    Este último não significa muito. Bom, aparentemente, ao menos 12% do projeto é código do gcc, embora alguns são apenas programas de teste.

    @alves

    Isso então dá a entender que os caras vendiam um compilador proprietário e fechado que incluía uns 12% de código sob GPL??

    Depende da contagem que for usada para compor o percentual do código, né? Pelo que foi relatado, são 12% dos arquivos, mas usualmente tenho visto percentuais de licenças serem analisados pelo número de linhas de código, e não pelo número de arquivos. Tem que ver se são arquivões ou arquivinhos…

    Mas a questão é interessante para evidenciar alguns detalhes sobre licenciamento e o que é (ou não é) violar uma licença copyleft, que sempre interessam ao pessoal, portanto vamos a ela.

    Não acho que vocês pensaram diferente, mas creio que vale destacar, antes de começar, que 591 arquivos correspondem a um percentual muito pequeno da árvore do GCC – não é como se o Ekopath fosse baseado no GCC, ou algo assim. Comparar com base no número de arquivos é meio pobre mas, só para evitar um erro de interpretação, destaco que o tar do GCC 4.5.3 tem 70.146 arquivos – ou seja, o número de arquivos do GCC reproduzidos no pacote do EKOPath corresponde a menos de 1% dos arquivos do GCC.

    De qualquer forma, a presença de trechos do GCC em outros compiladores não é surpresa nenhuma, nem um fato negativo. A compatibilidade do Ekopath com o GNU e com a toolchain do GCC era até mesmo anunciada como ponto positivo (ainda consta na página do Ekopath, inclusive), e é de se esperar que trechos do GCC estejam presentes nele para oferecer essa compatibilidade com o GNU e a toolchain – oferecer isso sem ter de reimplementar é uma grande vantagem do software livre, afinal de contas.

    O que seria de surpreender seria se a licença GPL destes arquivos estivesse sendo violada – por exemplo, se eles estivessem sendo linkados a código proprietário, ou se os seus executáveis estivessem sendo distribuídos sem o código-fonte correspondente, mas não parece ter sido o caso.

    Vale destacar, inclusive, que estes arquivos mencionados não estão escondidos – eles estão corretamente identificados e, além disso, dos 591 arquivos que vieram do GCC e constam no pacote, 581 estão reunidos nos diretórios /GCC e /gcc_incl, fora do diretório /src do EKOPath.

    As 10 exceções são um arquivo de teste (test.c) e 9 arquivos de headers (.h), com as definições que permitem a compatibilidade com as funções do GCC, mas que (por sua própria natureza) não incluem o código das funções em si.

    O arquivo de teste é para ser compilado separadamente (para testar o compilador, inclusive a compatibilidade com o GCC, suponho), e sobre os 9 headers, vale o esclarecimento do Dr. Stallman sobre o fato de que o uso de headers NÃO é suficiente (o grifo com caps é dele, e não meu) para constituir uma obra derivada – ou seja, ainda que o executável resultante fosse proprietário, isso não significaria que teríamos aí uma violação de licença.

    Marcos (usuário não registrado) em 15/06/2011 às 10:57 pm

    Lembrando que software livre é diferente de grátis. Eles poderiam vender o compilador com os fontes, autorizando que você o redistribuísse sob os termos da GPL 3.

    Pois é, nem sei quais são os tipos dos arquivos e nem se eles já estavam lá antes da “abertura”. Pode não ser nada disso.
    E também acho que a empresa pode – e até deve mesmo – vender o pacote pelo preço que quiser, sendo GPL ou não.
    O que acho curioso é pensar nessa possibilidade de que trechos de código sob GPL (e logo de um projeto do rms) terem estado lá dentro quando o pacote era proprietário, já que não haveria como alguém saber. Mas acho difícil que seja o caso, pois se fosse já teria “estourado” por aí, né?

    alves (usuário não registrado) em 16/06/2011 às 9:34 am

    Não acho que seja um caso de violação, apenas achei curioso e depois os arquivos se encontram em diretórios bem identificados, como o Augusto comentou. E de fato, a maioria são headers.

    Mas obviamente isto chama a atenção.

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