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BrOffice: Democracia, Liberdade e outros animais de distintas espécies

Da coluna do Cesar Brod no Dicas-L:

Este artigo é um da série “dando pitacos onde não fui chamado”. É sobre a cizânia semeada na comunidade BrOffice que, em absolutamente nada, irá afetar os usuários da suíte livre de aplicativos para escritórios que faz frente ao popular Office da Microsoft.

Eu acho que fui um dos primeiros a liderar uma implantação em grande escala do StarOffice no Brasil, em 1999, no Centro Universitário Univates. Minha equipe contou com o apoio da reitoria da instituição e montamos treinamentos para professores, funcionários e alunos, a fim de facilitar a adoção da ferramenta que, no ano seguinte, seria adquirida pela Sun Microsystems e teria seu código disponibilizado à comunidade, dando origem ao OpenOffice. Cheguei a participar da lista de desenvolvimento do OpenOffice durante o ano 2000 e só saí dela por absoluta falta de tempo em função de uma série de outros compromissos. Muitos lembram que, entre 2000 e 2003 criamos o Sagu, o Gnuteca e o projeto de empreendedorismo que deu origem à Solis.

Uma coisa que aprendi em meu trabalho com software livre é que brigas dentro de comunidades só servem para uma coisa: para os “concorrentes” em software proprietário lavarem a égua em nossa pureza e ingenuidade, para as quais eles dão nomes muito mais feios.

Sempre que alguém fala em criar uma ONG ou uma OSCIP para viabilizar projetos em software livre arrepiam-me os pelos da nuca. Sou da opinião, talvez radical demais, que projetos devem ser econômica e tecnologicamente viáveis e são empresas reais que devem ser responsáveis por eles. Estas empresas podem (…)

(…) Gosto muito de todo o pessoal do BrOffice. Conheço o Cláudio desde antes dele tornar-se o líder da comunidade. Admiro muito pessoas como o David, o Olivier e muitos outros que não vou citar para não deixar ninguém de fora. Há algumas semanas acompanho, calado, toda esta discussão que acabou descambando em um abaixo assinado rancoroso e mal redigido, mesmo que bem intencionado. Mas, de boas intenções…

Eu apenas torço para que tudo acabe bem e logo! Projetos estão acima de pessoas, de vaidades, de OSCIPs, ONGs. Brigas vão existir porque ninguém tem sangue de barata. Ainda mais na comunidade de software livre. Mas é preciso pensar no bem maior e não ficar dando munição para que aqueles que são contra o software livre possam disparar por aí mais medo, incertezas e dúvidas. (via dicas-l.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-02-23

Comentários dos leitores

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    Wancley Mucchi (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 8:05 am

    Morte ao BrOffice! Vida longa ao LibreOffice!

    Itamar (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 8:41 am

    case dono in
    sun)
    BrOffice=OpenOffice
    ;;
    oracle)
    BrOffice=LibreOffice
    ;;
    *)
    echo “Ops!”
    ;;
    esac

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 9:08 am

    “Sempre que alguém fala em criar uma ONG ou uma OSCIP para viabilizar projetos em software livre arrepiam-me os pelos da nuca. Sou da opinião, talvez radical demais, que projetos devem ser econômica e tecnologicamente viáveis e são empresas reais que devem ser responsáveis por eles.”

    É, radical de mais a opinião. A questão é se é uma ONG séria. Porque chega um momento, em que só ter código não adianta.

    Ter um órgão que sirva para fomentar eventos e manter contato com imprensa e empresas é quase essencial quando um projeto cresce.

    André Caldas (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 10:31 am

    E não havia uma empresa séria (que pode!) responsável pelo OpenOffice, e ainda assim deu no que deu? Não acho que o fator “que pode” tem alguma relevância neste caso.

    Osvaldo Santana Neto (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 10:53 am

    (postei esse comentário no site do artigo original e vou colocar aqui para quem não foi até o artigo original ler)

    Aqui no Brasil também temos a Associação Python Brasil. Na APyB (como chamamos pra abreviar) nenhum membro da diretoria recebe salário e não temos planos para fazê-lo.

    A Associação existe para fornecer uma estrutura legal que viabilize a organização do nosso evento anual (PythonBrasil) e para gerenciar o dinheiro das doações e patrocínios que os eventos geram.

    Esse dinheiro tem a função de apoiar a criação de eventos locais pagando as despesas de palestrantes convidados e no pagamento da nossa infra-estrutura de TI (hospedagem de sites e e-mails).

    A APyB não presta serviços de nenhum tipo, não promove nenhuma empresa, e não paga mão de obra para nenhum dos projetos. A única coisa que pagamos (atualmente) são despesas desses projetos.

    Mas essa é uma opção nossa. Sabemos de casos onde a remuneração dos profissionais funciona bem como no caso da Python Software Foundation, Plone Foundation, etc.

    Infelizmente, recentemente, nosso amigo e presidente da associação (Dorneles Treméa) faleceu em um acidente de carro e a diretoria remanescente da associação decidiu que deveríamos apoiar a família nesse momento complicado.

    devnull (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 10:57 am

    “E não havia uma empresa séria (que pode!) responsável pelo OpenOffice, e ainda assim deu no que deu?”

    Não tinha empresa séria, tinha a Oracle :D

    Esse texto é um festival de achismos de alguém que gosta de ditadura, decisão de cima para baixo, “canetada”, que é uma ótima maneira de afugentar os bons técnicos.

    O problema que eu vejo nessa discussão toda é: o software Libre/OpenOffice não é mantido no Brasil, apenas é feita a tradução, o dicionário e o corretor. As pessoas que fazem esse trabalho estão de parabéns pelo serviço, mas não há necessidade nenhuma de ter empresas predatórias ou entidades ou fundações ou o que seja para ficar tentando faturar em cima deles e torrando a paciência de quem quer fazer alguma coisa.

    Alexandre_Martins (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 2:49 pm

    “Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno”.

    Claro que o companheiro da Solis (ou que participou da experiência a partir da Univates) defende seu ponto de vista como empreendedor. Vou fazer ao contrário, defender como ONG ou OSCIP das quais participo em áreas de Direitos Humanos (contemplando também ações da chamada “Inclusão Digital”, com software livre por opção).

    Como citado vejam o exemplo da Oracle (ou seria Unbreakable Oracle) e pior ainda as ameaças que pairam sobre o QT. Da mesma forma como creio ser absurdo relacionar brigas de vaidades a ONG ou OSCIP (isso não acontece nas empresas?), também me parece demasiado crer que empresas que obém lucro com serviços como a Solis e outras tantas sejam a “personificação do mal”. Não há nada de errado desde que respeitadas as licenças.

    Erik Ch (usuário não registrado) em 23/02/2011 às 11:29 pm

    Galera, LIBREOFFICE ! foquem-se no LIBREOFFICE
    Broffice é um mero tradutor

    Wilkens Lenon (usuário não registrado) em 24/02/2011 às 9:00 am

    Vejo que sua crítica literária é bem “apurada”…Bem que você poderia citar, para as 819 pessoas que leram e asinaram o manifesto, onde está o rancor e má redação do texto? talvez você nos possa ensinar um pouco de sensatez e bom senso?

    Viva o Software Livre! Viva a Liberdade de expressão!
    Tempus Fugit, carpe diem!

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