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Oracle deseja o melhor para o LibreOffice, mas não vai participar diretamente

Em uma postura bem diferente da adotada com a turma do OpenSolaris, que esteve em posição similar, a Oracle mandou seu departamento de relações públicas avisar publicamente que acredita que o seu OpenOffice é a implementação mais avançada e completa, e convidou a comunidade que recentemente anunciou que estava se bandeando para o novo LibreOffice a contribuir diretamente com a versão mantida pela Oracle.

Mas o anúncio não foi do tipo que é feito com punhos fechados: a Oracle também avisou que a possibilidade de fazer forks faz parte da beleza do código aberto, e que se a Document Foundation vai ajudar a fazer avançar o OpenOffice e o ODF, a empresa deseja a elas o melhor.

Assim acabam as dúvidas sobre quem ficaria com a marca OpenOffice (spoiler: será a Oracle), e também começa a aparecer ainda mais inevitável que o fork irá começar a divergir, em código e recursos, em relação ao OpenOffice. (via h-online.com)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-10-06

Comentários dos leitores

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    Lucas Timm (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 9:16 am

    LibreOffice ou OpenOffice, se agora funcionar, pra mim tá valendo.

    Se nem um repositório de código aberto à comunidade (svn, git, etc.), a Oracle não mantém (da mesma forma que a Sun fazia), mantendo todo o desenvolvimento do OpenOffice fechado, como ela quer que desenvolvedores externos contribuam?

    O open source da Sun e agora da Oracle é: nós desenvolvemos o código internamente. “Quando acharmos que está pronto, disponibilizamos”. Isso é um tiro no pé. E não me lembro de algum software desenvolvido pela Sun que não fosse assim.

    Pessoalmente espero um progresso maior vindo do LibreOffice. E, pelo amor de Thor, mudem este nome! :-)

    Baixei aqui o código do LibreOffice e acreditem: o negócio é bagunçado pra caramba :-) O pessoal vai ter um trabalho danado pra mudar a coisa.

    Frank (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 10:36 am

    A postura diferente da Oracle com o LibreOffice em relação ao OpenIndiana se deve ao fato de que o OpenOffice.org tem o apoio de grandes, e o OpenSolaris, não. O que eles querem é evitar uma debandada geral para o novo projeto, o que, na minha opinião, será inevitável. Só lhes restará manter a marca OpenOffice.org que, pelo visto, não será doada à fundação LibreOffice. Aqui no Brasil nada deve mudar, já que a marca BrOffice não pertence à Oracle.

    Quanto à bagunça no código, talvez agora a coisa se arrume, já que o projeto não será mais tão restritivo como antes. Vai dar trabalho, mas dá pra chegar lá. Além disso, acho que num futuro não muito distante o LibreOffice terá mais funcionalidades que o OpenOffice.org, e elas surgirão com uma frequência muito maior e em maior número.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 10:44 am

    Concordo com o Frank. Essa mudança de postura deve se dar mesmo ao fato do OpenOffice depender de parceiros. Também a Oracle pode ter mudado a postura por causa da repercussão de outras iniciativas.

    Quanto a bagunça do código, não tenho muita esperança, não. Para consertar, seria preciso divergir muito do original. E daí é um caminho sem volta.

    Acredito que vão se basear no código da Oracle, mudar um pouco e reportar bugs para Oracle. Funcionarão como uma espécie de salva guarda, caso a Oracle resolva fechar ainda mais ou encerrar o projeto.

    Também não tenho grandes esperanças sobre a reescrita do código. A justificativa sempre foi que a equipe era pequena, mesmo com os engenheiros renumerados da Sun, imagina agora que a equipe vai ficar praticamente dividida entre OO e LibreOffice…

    Douglas (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:14 am

    “I wish you well and hope you find
    Whatever you’re looking for”

    revol (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:15 am

    Para minha pessoa está até parecendo que eles estão fazendo isso de proposito para dar um freio em três grandes aplicações livres que estavam quase com vida própria, OpenSolaris, OpenOffice e MySQL.

    Eu digo estavam quase com vida própria pois todos estão vendo o que a Oracle fez (ou melhor, não fez).

    Está claro que a Oracle é inimiga da HP, ops, do Software Livre.

    Bremm (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:24 am

    @ Tenchi

    “Libre” em francês é “livre”, e “livre” é “libra”.

    Em português também deveria ser, pois se somos livres, não deveríamos ter liberdade e sim “liverdade/livredade”.

    Deixa os caras usarem o nome que bem quiserem. ;-)

    Cromm (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:34 am

    “Livre” em francês também quer dizer livro.

    Valdomiro (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:43 am

    O que eu gostaria de ver mesmo seria uma implementação, seja no Open ou no Libre, que aproveitasse as laterais das atuais telas widescreen. É muito espaço desperdiçado.
    Quem usou a versão 1 do OpenOffice, lembra que ele tinha uma barra de menu principal na lateral. Com as atuais telas de computador isso poderia ser bem melhorado.

    Leandro (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 11:50 am

    Por que a galera do KDE e Gnome mais as grandes distros não se juntam para fazer um grande desenvolvimento do Libreoffice?

    Seria muito bom para todos os usuários, juntar forças sempre é bom, melhor do que hoje com vários projetos de offices tendo cada um algumas deficiências e virtudes.

    Seria interessante! Aí o pessoal dos aplicativos on-line poderia se juntar ao pessoal dos SGBDs para fazer um grande desenvolvimento do GNOME e KDE! E o pessoal dos compiladores poderia se juntar ao dos navegadores para fazer um grande desenvolvimento das distribuições! Todo mundo ganha!

    ;-)

    devnull (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 12:19 pm

    LibreOffice é realmente um nome muito ruim, mas parece que isso é uma espécie de tradição :)

    Allan Taborda dos Santos (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 12:30 pm

    Não é muito ruim.

    Maikon (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 12:32 pm

    Não tenho preconceito contra Espanhol não, mas esse nome é… Se continuar Broffice no brasil me dou por satisfeito. Sei que o mais importante é o código mas, temos que começar uma lista pra mudar esse nome logo antes que saia a primeira versão… kkkk

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 12:42 pm

    Só sei que essa fragmentação de nomes pode atrapalhar o crescimento da suíte, gerando confusão com o usuário: “você tem o OpenOffice instalado?” “Não, tenho só o LibreOffice”, “E eu tenho o StarOffice”.

    @Marcos Alexandre

    E quem tem o Staroffice hoje em dia???

    E sobre fragmentação… Normalmente os usuários não sabem o nome da suite office de qualquer forma.

    Fora o fato de que no Brasil vai ficar BROffice.

    robson (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 1:27 pm

    Eu sonho em um dia que o Libre/Open seja tão leve e rápido para iniciar como os Offices da vida….I have a dream!
    O nome não importa…funcionando pode ser até KillerOffice!

    Eu gostei do nome.

    Mas importante do que o nome é o padrão (ODF) adotado.
    Não importa se é libreoffice ou openoffice.

    Marcos (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 2:53 pm

    @bitjesse, o ODF não abre direito entre o OO, Google Docs, KOffice, Abiword, nem imagino o que vai acontecer se essas variantes do OO também apresentarem incompatibilidades com o “padrão”.

    devnull (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 2:59 pm

    “O nome não importa…funcionando pode ser até KillerOffice!”

    Esse sim é um nome legal. Para matar o office!

    @Valdomiro, o Koffice foi para este lado e até hoje não ficou muito legal. As ferramentas dele estão dispostas basicamente nas laterais, mas como nosso método de escrita na maioria dos países é em linhas horizontais (há exceções, como o japonês, que é vertical), as coisas tendem mais a ocupar espaços laterais do que verticais, daí a dificuldade em aproveitar estes espaços.

    @Leandro, não é, ao meu ver, papel do KDE intervir no OpenOffice, até porque o KDE já possui sua própria suíte, o Koffice. Penso que nem o GNOME, que “possui” sua “suíte” própria (Abiword, gnumeric, etc).

    O que eles podem fazer é auxiliar na integração ambiente-aplicação, e coisas do tipo. E, é claro, nada impede que os programadores ajudem em ambos os postos, mas isso é mais uma decisão individual do que das respectivas organizações.

    @Marcos, engano seu os documentos do Office serem mais padronizados. Acontece que vemos menos problemas com eles por eles serem quase sempre utilizados na mesma suíte (Office). O odf ainda tem alguns probleminhas entre as suítes que o suportam por padrão (principalmente pela diferença entre o odf 1.1 e o 1.2), mas estes problemas são muito menores que os relativos aos formatos proprietários. Vc falou do Koffice e OpenOffice, mas o Koffice nem suporta os formatos do Office ainda (na versão 2.x), mas está melhorando cada vez mais o suporte ao odf.

    Acontece que de MS Office para MS Office a diferença será mínima ou não existente. Mas quando se usa um mesmo od[stp] em softwares de diferentes desenvolvedores, as diferenças ficarão sim visíveis.

    ShadowMga (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 4:09 pm

    @robson,

    mas isso é simples de fazer, embora não seja prático. É só fazer no linux como no windows e deixar o office pré-carregado. O problema é o gasto de recursos inutil se vc não usar o office :)

    Peao (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 10:01 pm

    Minha sugestão: OfficeNator…

    psicoppardo (usuário não registrado) em 6/10/2010 às 10:30 pm

    Aí poderia ser SwiteLIBRE.

    @Marcos, esse é a magia da coisa, várias swites, agora também acho que tens razão em afirmar que há incompatibilidade no formato, talves por versões, ou por algumas swites implementarem algo ao formato. Minha sugestão e a implementação de uma opção tipo ODF ansi, que seria padrão em todas as swites e que não poderia ser emplementado recursos a esse padrão ODF ansi de uma determinada swite, pois assim seria formatada igual em todos os programas que usassem o padrão.

    @psicoppardo, mas já existe isso :-) O ODF 1.1 é o aprovado pela ISO, mas o OpenOffice, por exemplo, usa uma versão que ainda está em processo de aprovação neste órgão, a 1.2. É claro que no OpenOffice é possível habilitar o uso da versão 1.1, que apresenta menos recursos e algumas falhas (como a questão das fórmulas nas planilhas).

    A questão de estar formatada igualmente em todas as suítes é complicada… Imagine, por exemplo, sua apresentação de slides. O programa A tem um estilo de transição que faz a tela piscar e rodopiar duas vezes ao mesmo tempo. Este programa grava a apresentação no arquivo a.ods. Então o programa B abre esta apresentação, mas ele não tem o efeito de transição citado. Ele vai fazer de tudo para que a apresentação seja exibida, mas não vai possuir o efeito em questão.

    Culpa do formato de documento? Ou então embutir todas as transições possíveis no padrão? Assim não seria possível criar novos efeitos (dados), por causa do padrão engessado?

    Por isso os padrões de documento normalmente dizem respeito somente à persistência dos dados e o que eles representam “no mundo real”, e não como estes dados são exibidos na aplicação em questão. Soma-se isso à documentos mal-criados, onde só pq com a fonte ABC que existe no computador A o texto alinha-se corretamente quando a fonte é tamanho 50, mas no computador B, que não possui a fonte ABC, o texto não alinha de acordo.

    Um documento bem criado tem uma tendência muito maior a ser interoperável.

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