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MySQL: Ensaio de Richard Stallman sobre a “venda de exceções à GPL”

O Dr. Richard Stallman, que recentemente se manifestou à Comissao Europeia pedindo para não deixarem a Oracle ficar com a faca, o queijo e o MySQL nas mãos (em um posicionamento que diverge daquele do seu fiel escudeiro do SFLC, que acha que a GPL é forte o suficiente para garantir o que interessa a ele), agora detalhou um pouco mais sua opinião a respeito, na forma de um ensaio.

O tema é a “venda de exceções à GPL”, como a que ocorre no modelo de licenciamento dual do MySQL, e que agora sabemos que o bom Doutor não condena (embora tenha sentimentos ambíguos a respeito). No ensaio ele diferencia isso de outras coisas que ele continua condenando, justifica o posicionamento adotado, e ainda aproveita para deixar claro que discorda da proposta (de Monty Widenius, criador do MySQL) de que o programa vendido à Sun (e agora em vias de ser adquirido pela Oracle) seja migrado para uma licença sem copyleft, como a X11.

E o mais interessante, sob uma perspectiva curiosa (para quem acompanha os éditos stallmanianos sobre ética na computação): ele conclui que o programador de software livre que oferece seu software (livre) sob uma exceção que permitirá a um terceiro inclui-lo em um software proprietário não está praticando um ato anti-ético. Mas quem aceita a oferta deste programador está.

Saiba mais (lwn.net).


• Publicado por Augusto Campos em 2010-01-12

Comentários dos leitores

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    Weber Jr . (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 10:38 am

    Nessa aí realmente o RMS se perdeu.

    Li o artigo esperando ao menos uma explicação e ele nem tentou.

    Ficou estranho principalmente depois de desenvolver o tema de diferenciar licenciamento dual de uma licença mais permissiva.

    O mais estranho é afirmar que as vezes é do interesse final a FSF liberar sobre uma licença mis permissiva, imagino que a LGPL. Mas que não vende de jeito nenhum exceções.

    Se afirma isso, deveria ser coerente dizendo que os outros também não devem fazer. Não que eu concorde, mas para fins de coerência.

    zer0c00l (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 10:54 am

    Amém pessoal?

    mauro (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 12:31 pm

    Sou seguidor do (como diz o Augusto) Bom Doutor. Mas dessa vez a impressão que tive foi de que ou ele não soube explicar o que pensa, ou que não tem como alguém conseguir explicar isso, porque não existe meio de conciliar dois opostos.

    No que creio é que todo novo conhecimento é atingido através do aprendizado do conhecimento existente. E sendo assim, nenhum conhecimento pode ter dono: todo conhecimento é patrimônio da humanidade. Tudo feito pelo homem envolve conhecimento aplicado, mas nada como software. O que me faz apreciar a GPL, e rotular todo software proprietário como antiético.

    Sou desenvolvedor a mais de 30 anos, e NUNCA vendi uma aplicação sem os fontes. Nunca achei isso correto. Mesmo antes de conhecer GPL, Stallman e cia. E sempre viví de desenvolvimento e manutenção de software. Dignamente. Éticamente.

    Agora vejo o Bom Doutor tentando justificar tais concessões…

    Não entendí. E não quero entender.

    devnull (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 2:13 pm

    Amem! Concordo com o RMS :)

    Patola (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 2:17 pm

    Eu fui o único que achou o que o Stallman disse muito bem explicado? Ele falou que a GPL com exceções fica parecendo a licença X11 – em outros termos, uma licença estilo BSD, que permite que o código seja ‘proprietarizado’. E o Stallman não era contra a licença BSD, ele já a defendeu para alguns casos em que achava que a GPL ou LGPL não eram o melhor (se não me engano, ele falou isso para a licença do ogg vorbis, por exemplo).

    Como ele disse no texto: “há alguns casos onde, por razões específicas de estratégia, decidimos que usar uma licença mais permissiva em um programa é melhor pela causa da liberdade”.

    Acho ainda que, pra variar, o Augusto representou, sabe-se lá se de pura e espontânea vontade ou por engano, erradamente o ponto de vista do Stallman quando falou que “quem vende exceções à GPL está correto, mas quem compra não”. O parágrafo é esse:

    When I first heard of the practice of selling exceptions, I asked myself whether the practice is ethical. If someone buys an exception to embed a program in a larger proprietary program, he’s doing something wrong (namely, making proprietary software). Does it follow that the developer that sold the exception is doing something wrong too?

    Traduzindo:

    “Quando eu ouvi pela primeira vez a prática de vender exceções, eu me perguntei se era ética. Se alguém compra uma exceção para embutir um programa em um programa proprietário maior, ele está fazendo algo errado (nominalmente, fazendo software proprietário). Por acaso se segue que o desenvolvedor que vendeu a exceção está fazendo algo errado também?”

    Há surpresa aqui? Não há, é o mesmo de sempre. Na ótica do software livre, sempre foi assim: quem faz software proprietário está errado. Na ótica do software livre, também, quem usa licença permissiva como a BSD não está errado (moralmente), embora possa até ter cometido um erro de estratégia.

    Então o que há de mais em passar o mesmo raciocínio para a GPL com exceções? Pois no fundo é como se ela fosse uma licença BSD que “escolhe” que desenvolvedor proprietário pode embuti-la em seus programas sem devolver o código.

    Eu acho que essa campanha de difamação (ironia do “bom doutor”) e de deturpação das palavras do Stallman que o Augusto faz já passou dos limites há muito tempo. A gente lê um texto em que o Stallman está bastante moderado e o Augusto faz o quê? Procura pêlo em casca de ovo, pra tentar continuar sua retratação do Stallman como um louco sem noção de sociedade. E como ele primeiro apresenta o ponto de vista dele – pra depois os outros lerem o texto do Stallman – claro que já vão entendê-lo com a interpretação do Augusto na cabeça.

    E assim a sujeira se espalha…

    Patola, não sei se você foi o único ou não. Pessoalmente, achei muito bem explicado e coerente com o que eu espero do Dr. Stallman em anos recentes.

    Mas o que eu escrevi sobre a conclusão que achei curiosa reflete exatamente o que entendi do texto, e não diz que alguém está correto ou não: o que eu disse foi que o bom doutor “conclui que o programador de software livre que oferece seu software (livre) sob uma exceção que permitirá a um terceiro inclui-lo em um software proprietário não está praticando um ato anti-ético. Mas quem aceita a oferta deste programador está.”

    Acredito que esta minha exposição está correta, e o fato de eu achar curiosa e interessante esta afirmação do hirsuto guru não é algo que você possa mudar.

    De todo modo, há um ponto muito meritório na sua tantas vezes repetida campanha contra a minha cobertura, para a qual sempre permaneço disponibilizando espaço e palanque a você: quem tem interesse em ver alguma cobertura sobre os atos e éditos do bom doutor, mas que não seja sob a minha perspectiva, deveria procurar isso em outro blog, que não o meu.

    Seria interessante se houvesse um blog com a cobertura stallmaniana sob a perspectiva patolística, eu o indicaria com o maior prazer sempre que percebesse que, no momento em que eu postasse alguma novidade a respeito dos posicionamentos e atitudes do emérito fundador do projeto GNU, você também já tivesse postado algo a respeito.

    No mínimo seria um interessante entretenimento.

    elias (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 3:12 pm

    :)

    vender um software que eh gpl adicionando excecoes eh, na pior das hipoteses, bsd/mit a um grupo especifico. as vezes nao chega nem a tanto. excecoes a gpl facilitam, algumas vezes, o desenvolvimento de software livre. excecoes a gpl tb facilitam, algumas vezes, o desenvolvimento de software proprietario.

    o programador que oferece excecoes a gpl esta oferecendo, na pior das hipoteses, bsd. em outras palavras, esta vendendo mais liberdade, nao menos. quem aproveita essa liberdade adicional pra fechar um programa esta sendo anti-etico, na visao de stallman. isso pq quem fecha um programa cometeu algo anti-etico em si.

    quem ofertou uma excecao nao esta fechando o programa. no maximo, esta sendo conivente e facilitador, e se de fato esta ciente de que a intencao da compra sera mesmo fecha-lo, possivelmente esta sendo anti-etico – mas nao segundo stallman.

    eh importante lembrar que diversas vezes o stallman cometeu confusoes eticas. ele mesmo as reconhece como tal, no site do gnu. por exemplo, no manifesto gnu ele cometeu a confusao de livre vs. gratis que hoje ele tanto condena. eh possivel que, diante da circunstancia clara de que sem determinada oferta de excecao a gpl, um projeto fechado nao se concretizaria, e diante da total ciencia do ofertante a esse fato e as suas consequencias, ele mudasse de ideia, e achasse que essa oferta tenha sido anti-etica.

    elias (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 3:17 pm

    um comentario no lwn que eu achei apropriado: ‘Extreme positions might have been poor wording on my side. What I mean is “extremely consequent”. RMS would never compromise his ideals for convenience or working solutions. Most of us do. I find that pretty extreme, not necessarily a bad thing though.’

    E a resposta: ‘Right. If anything is extreme about him, it is that he is entirely self-consistent and the vast majority of people aren’t.’

    ele nao eh completamente auto-consistente; no meu ponto de vista, ninguem eh. mas ele tenta ao maximo ser, e provavelmente eh mais fiel aos seus ideais que nos, simple mortais. (sem sarcasmo nenhum, eu, ao menos, nao consigo praticar as coisas que acredito. por exemplo, nao tenho conseguido mudar meus habitos alimentares para algo mais proximo do veganismo, por exemplo)

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 3:27 pm

    Patola,

    Você, por frequentar o BR-Linux, pode ter percebido já que constantemente concordo com o Stallman. Mesmo estando “na moda” falar mal com muitos nem mesmo sabendo a opinião completa dele.

    Mas no caso eu não consegui ver coerência.

    Se alguém oferece um software “dual licensed” e outra entidade aceita comprar na MINHA opinião, quem compra é quem menos pode ser responsabilizado.

    Mas essa minha opinião, seguindo a lógica do argumento do RMS, considero incoerência ele achar que só o comprador estaria errado.

    Na linha de raciocínio dele, eu até iria esperar ele julgar quem oferece a licença dual como maior responsável.

    Afinal, quem tem o poder de impedir que exista a alternativa é o desenvolvedor/vendedor.

    Rodrigo Robles (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 6:54 pm

    Hoje a imprensa coloca o Stallman como um excêntrico radical (e talvez ele se encaixe bem nesta definição). Por outro lado, a imprensa passa sempre uma análise superficial dos fatos.
    Acho que a exposição do Augusto foi bastante neutra e técnica, como é do feitio dele.
    Entretanto outros sites publicam textos muito superficiais, escritos por pessoas que não sabem o que é Software Livre. Estas pessoas interpretam Stallman como um louco e não entendem porquê ele recebe tanta atenção.
    Acho triste ver vários jovens comentando notícias sobre o Stallman como se ele fosse um louco varrido.
    Quando ouço um jovem fazer algum comentário destes pergunto: “E você sabe quem é esse tal de Stallman?”
    Ao que a pessoa responde “Um louco que fala umas besteiras.”
    E eu respondo “Não. Esse é o cara que criou o conceito de software livre, a GPL, e programou ele mesmo o emacs, gcc e o gdb. O Software Livre existe hoje por causa dele. Se alguém acha que ele falou alguma besteira, é porquê esse cara está a frente demais para ser compreendido por qualquer um.”

    André Luis Pereira (usuário não registrado) em 12/01/2010 às 8:12 pm

    O RMS está fazendo neste ensaio o mesmo que o Monty vem tentando com o MySQL: ingerência sobre as decisões alheias e ainda apontando elas como erradas.

    Isso porque, a meu ver, quando A vende para B um software BSD e B fechou este código em sua aplicação, ninguém está sendo anti-ético. Afinal A criou ou mantinha/ajudava a manter um software BSD e conhecia essa licença.

    B também conhecia essa licença e fez uso dela, dentro do que a licença prega. Ninguém infringiu nenhuma regra e a meu ver, como todas as partes concordaram, ninguém foi anti-ético com ninguém.

    Ai aparece RMS dizendo que B é anti-ético. Horas bolas: ele exerceu o direito que a licença lhe dava.

    Ai virá alguém aqui comentar que a sacanagem não foi com A mas foi com os outros que ajudaram a desenvolver o software junto com ele.

    Ocorre que OS OUTROS ajudaram a desenvolver um software BSD e concordaram em trabalhar nele. Portanto, ninguém é inocente nessa tal história de apontar os anti-éticos. Portanto, ninguém é culpado de nada!

    Só o RMS que tropeçou nessa, em meu ponto de vista. Ele e o Monty que quer também dar pitaco em software que ele mesmo vendeu e que não lhe pertence mais.

    Ai virá alguém dizendo que esse caso é diferente. o MySQL é GPL também.

    Para mim, é mais um motivo pra ninguém pentelhar a Oracle, já que GPL não se fecha e pode ser mantido por outro, caso haja interesse.

    elias (usuário não registrado) em 13/01/2010 às 11:09 am

    andré, para stallman, produzir software fechado é anti-social, imoral, e anti-ético, em quaisquer circunstancias, mesmo quando a pessoa que produz de fato tem direito de faze-lo (como é usualmente o caso)

    ele uma vez escreveu falando que achava que isso era um ‘crime contra humanidade’.

    e, bom, não deveria ser surpresa: ele pensa (e divulga essas idéias) exatamente isso desde 1983 ou antes..

    self_liar (usuário não registrado) em 13/01/2010 às 11:32 am

    Elias

    Acredito que não seja assim .

    Você pode fazer o que quiser com sua liberdade ,até mesmo fazer um software proprietário para você mesmo e não deixar ninguém acessa-lo.

    Agora quando vocÊ doa e/ou vende um software proprietário para alguém ,você está tirando a liberdade da pessoa de usar o soft proprietário como quiser . Você na realidade está pedindo para o outro perder suas liberdades e seguir as suas regras .Coisa errada que está previsto em lei.

    elias (usuário não registrado) em 13/01/2010 às 1:54 pm

    self_liar, software “proprietario” privado na verdade não é proprietario, na visão de richard stallman. isso pq todas as pessoas com acesso ao software possuem tambem acesso aos direitos que ele prega. a defesa do software livre não é a mesma coisa que a defesa do acesso universal a todo software que é produzido.

    a ideologia do rms não condena o software privado, e o rms em si não é contrario ao desenvolvimento de software que não é distribuído publicamente. eu também não sou, e pelo visto você também não é..

    (ps: acho que houve confusão por eu ter usado o termo ‘fechado’, que não é o termo usual. eu quis dizer software que é distribuído para alguém sob forma fechada (i.e., proprietário), não software desenvolvido ‘às escondidas’.)

    (pps: estamos aqui discutindo a visão de rms, certo?)

    “Coisa errada que está previsto em lei.”

    desenvolver software proprietario não é um crime previsto em lei, não.

    André Luis Pereira (usuário não registrado) em 13/01/2010 às 2:51 pm

    @self_liar

    Qual é o crime previsto em lei???

    self_liar (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 10:40 am

    O de perder a liberdade .Não se pode tirar a liberdade de ninguém .A escravidão é proibida no país.

    Bremm (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 11:55 am

    @self_liar

    Mas a pessoa pode usar outro software ou contratar alguém que faça um que atenda, caso não saiba como programar. Quem depende dos outros é nada mais que escravo da ignorância.

    André Luis Pereira (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 2:25 pm

    @self_liar

    Perder a liberdade não é crime nenhum. Perde a liberdade quem quer. (a não ser se for condenado e preso)

    Perder a liberdade é exercer a liberdade de escolha. Cada um faz o que quiser.

    @Bremm

    Concordo plenamente.

    E ser escravo da ignorância, não é crime nem aqui, nem na China…

    É direito, inclusive.

    elias (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 8:30 pm

    self_liar, o desenvolvimento de software proprietário não implica em uma relação de trabalho entre o desenvolvedor e quem por ventura usá-lo. portanto o argumento sobre escravidão não se aplica, na legislação brasileira.

    além disso, as pessoas continuam livres para se abster de usar este software.

    mas, se optarem por usa-lo, não estão sujeitas à escravidão ou condição análoga a escravidão. um link sobre a legislação brasileira relevante ao assunto, http://reporterbrasil.com.br/conteudo.php?id=55

    “No Brasil, o trabalho escravo resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade.”

    dito isso (voltando ao assunto), o stallman (assim como você) considera que ter liberdade de fazer algo que poderá tirar sua liberdade não te deixa significativamente mais livre. por exemplo, numa notícia recente aqui no br-linux, o stallman falou que uma solução pra evitar o fenomeno do usuario que compra o pc com gnu/linux e tira pra botar windows é fabricar pcs que não funcionam com windows.

    e aliás, essa opinião do stallman me deixa curioso a respeito da opinião dele sobre drogas e eutanásia, dentre outras coisas..

    eu não acho que as pessoas deveriam escrever software proprietário; e não acho que a lei de direitos autorais no brasil deveria impedir individuos de usar, copiar e reutilizar obras intelectuais. eu acho que muito mais importante que tentar impedir que pessoas produzam software proprietário, é limitar o alcance dos direitos autorais em si.

    self_liar (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 9:07 pm

    Andre

    A liberdade não pode ser perdida nunca,mesmo se o individuo quiser .Se uma corporação comprar todo o mundo ,você ainda tem liberdade.

    Acredito que existem duas diferenças .No hardware você é obrigado a comprar o hardware do jeito que está .Então se é justo comprar hardware mesmo que só rode linux .

    Depois de comprado ,você pode fazer o que quiser com o hardware .

    Agora com o software você é obrigado durante toda o tempo que utilizar seguir regras que o dono do software criou.

    André Luis Pereira (usuário não registrado) em 14/01/2010 às 9:36 pm

    @self_liar

    No software fechado que alguém compre, a liberdade foi exercida assim que este software foi escolhido. As regras eram conhecidas antes.
    Ai o indivíduo ponderou e exerceu sua liberdade, neste caso de comprá-lo, sabendo já que a liberdade delegada à ele não inclui alterar este software.

    Liberdade, nem sempre é total. As regras, existem. Quem exerceu sua liberdade de escolha por estas regras, é livre.

    Ná há liberdade somente se o indivíduo é OBRIGADO a adquirir o software X. Esse caso, vale inclusive para software livre.

    Se a pessoa for obrigada a usar Linux, essa pessoa não teve liberdade de escolha do sistema operacional. Software livre, não garante liberdade de escolha e por tabela não garante liberdade em sentido amplo (só liberdade de alteração e de distribuição).

    Vários softwares, fechados ou livres, é que garantem a liberdade de escolha.

    E liberdade de escolha, é liberdade. (estou contrariando o RMS nessa)

    Não atenha-se somente a liberdade de mudar o código e de distribuição. Essas liberdades são só algumas das liberdades possíveis.

    Liberdade de escolha sempre deve ser considerada. Aliás, para o usuário médio, liberdade de escolha é muito mais importante do que a liberdade de re-compilar um software.

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