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Mais 14 fabricantes de eletrônicos são processados por violação da licença GPL

A ação é contra nomes bastante conhecidos, como Samsung, Best Buy, Westinghouse e mais. Mas o criador do Busybox veio a público dizer que não está representado nessas ações, e que nenhuma das partes jamais o procurou a respeito.

Trecho inicial do longo artigo no iG Tecnologia:

O SFLC (Software Freedom Law Center), uma organização sem fins lucrativos fundada em 2005 com o objetivo de fornecer apoio legal a desenvolvedores de software livre e open source, está movendo um processo contra 14 grandes fabricantes de eletrônicos por violação da licença GPL. Mais especificamente, por se utilizar de código GPL no “firmware” de seus aparelhos sem redistribuir o código-fonte e modificações associadas, conforme exige a licença.

O software em questão é o BusyBox (www.busybox.net), um utilitário muito usado em distribuições Linux para sistemas embarcados, que de uma vez só substitui inúmeros comandos que o usuário espera encontrar em modo texto, consumindo menos espaço em disco e memória RAM. Originalmente escrito por Bruce Perens, o software atualmente é mantido por Denys Vlasenko, Erik Andersen e Rob Landley, todos conhecidos ativistas na comunidade de desenvolvedores de software livre.

O SFLC alega que o Busybox é utilizado no firmware de produtos que vão de players de Blu-Ray e TVs de alta-definição a câmeras de segurança conectadas à internet, produzidos por empresas como a Samsung, Best Buy, Westinghouse e muitas outras. Como o BusyBox é software livre, não haveria dinheiro envolvido: a única contrapartida que se espera das empresas acusadas, antes que se apele para a via judicial, é divulgar o código-fonte de seu firmware.

Segundo a organização, o processo (em nome de Erik Andersen, um dos desenvolvedores do BusyBox, e da Software Freedom Conservacy, que hospeda o projeto) só foi movido depois que as empresas ignoraram ofertas para uma solução amigável do problema. (via tecnologia.ig.com.br)

Saiba mais (tecnologia.ig.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-12-16

Comentários dos leitores

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    Samuel Mello (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 9:46 am

    Estranho o argumento deles, já que normalmente o busybox é usado no firmware sem linkar com as aplicações proprietarias.

    Me parece a mesma coisa que processar um fabricante de PCs que envie o OpenOffice pre-instalado no HD pedindo para abrir o código fonte de tudo que está no HD, só porque está na mesma imagem…

    Pablo (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 9:54 am

    Penso que o que deve ser compartilhado são as alterações que foram feitas no código do busybox, SE tiver sido feita alguma alteração. As empresas vão começar a olhar melhor ainda para o janelas desse jeito, pelo menos o bill não exige o código de tudo que rode no janelas.
    Alguma coisa deve estar mal explanada aí. Ou alguem que entende mais da GPL, explique por favor.

    Em resumo, se você distribui código GPL de forma compilada, você deve dar acesso aos fontes, sejam eles modificados ou não.
    O caso aqui é exatamente este, o busybox está vindo instalado dentro dos equipamentos mas não existe forma de ter acesso ao código fonte.

    Cleber (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 10:41 am

    eu acho que vocês entenderam errado (ou eu…)
    eles usaram o codigo fonte do busybox para fazer o firmware de seus produtos(no janelas não tem como fazer isso)

    se tivessem usado busybox sem altera os fontes acho que não teria nenhum problema

    Silveira Neto (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 10:44 am

    Infelizmente acho que aqui vale a argumentação que usam para a urna eletrônica brasileira. Não está havendo distribuição de binários, portanto não há a obrigação da divulgação do código-fonte. Na minha opinião a GPL deveria cobrir isso porque permite abusos como esse.

    Maicon Faria (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 10:50 am

    “se tivessem usado busybox sem altera os fontes acho que não teria nenhum problema”
    Mesmo não modificando eles deve publicar os fontes usados.

    henrosas (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 10:54 am

    Silveira Neto, vc por acaso adquire/compra/baixa uma urna eletronica brasileira? não? então não tem porque haver a disponibilização do codigo. Se ela fosse vendida, baixada, haveria a necessidade sim.

    Rafael A. de Almeida (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 11:08 am

    Acho que o Brasil vende ou pelo menos aluga as urnas para outros países. Uma vez já vi isso na TV, mas faz tempo.

    Pablo (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 11:24 am

    Se não houver modificação do código, serviria colocar o link para o código original em algum endereço web? Tipo o oficial?

    Pablo, como se trata de GPLv2, o que tem que ser feito é o que consta no item 3 da licença, que o GPL FAQ esclarece de forma específica quanto ao que fazer caso haja a intenção de distribuição do executável em uma mídia física e disponibilizar o código-fonte on-line (em resumo: pode, mas é preciso fazer algo mais: oferecer também o envio via mídia física, cobrando o custo disso, a quem pedir).

    Se o programa estivesse sob a GPLv3, aí a disponibilização on-line estaria especificada de forma mais explícita no próprio licenciamento – é o item 6b da GPLv3.

    Rafael, se não me engano o Brasil empresta as urnas mas, mesmo se alugasse ou vendesse, bastaria fornecer o fonte a quem alugou ou comprou.

    Tontinho (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 12:44 pm

    Respondendo mais especificamente ao Sr. Pablo, ai acima, com relação ao seu comentário aqui reproduzido:

    “As empresas vão começar a olhar melhor ainda para o janelas desse jeito, pelo menos o bill não exige o código de tudo que rode no janelas.”

    De fato o tio Bill não exige o código, ele exige somente alguns montinhos de doláres por cada equipamento que o fabricante produza usando a sua janela.

    O que torna o equipamento mais caro para o consumidor final e muitas vezes menos competitivo no mercado.

    E por fim, divulgar o código fonte não custa nada.

    Fui…

    self_liar (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 2:19 pm

    E mais o tio bill não deixa fazer nada nada nada no seu software .

    Você é obrigado a aceitar daquele jeito . E nunca vai cair em domínio publico para a reutilização.

    Webmarlin (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 4:20 pm

    Só não entendo porque a indústria de jogos não porta tudo pro Linux. A Eletronic Arts e a Konami, por exemplo… Alguém sabe dizer porque esse povo não faz pra Linux tb? Pô! Só queria jogar um Fifazinho ou um PES no Linux. Isso tá me deixando doente!

    self_liar (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 4:53 pm

    Espero que um dia isso aconteça, os driver livres estão melhorando cada vez mais , sem falhas podres dos drivers do windows ,rápidos e eficientes. O mesa está melhorando com o seu gallium.

    O driver noveau já consegue fazer boas coisas .

    Espero que logo logo que um dia o desenvolvedor tenha vontade de desenvolver para linux devido a eficiência de seus drivers.

    matheus (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 7:20 pm

    de q o o bruce perens tá reclamando? o busybox não tem código dele. ele é daqueles q não entendem o q é desenvolvimento colaborativo e pensam q são os donos do software simplesmente pq lançaram as primeiras linhas.

    e é simples: não gosta da licença q adotei pro meu software? já sabe, procure outro… ou respeite-a mesmo sem gostar.

    claudio (usuário não registrado) em 16/12/2009 às 11:08 pm

    O Brasil emprestou sim as urnas, para o Paraguai, de graça, após a oposição proibir o uso por risco de fraude, foram devolvidas as 15.000 urnas ao Brasi. Atualmente nenhum dos 50 paises que vieram pesquisar essa tecnologia brasileira adotou em seu pais.Temos um elefante branco que o eleitor brasileiro acha que é um coelhinho lindo. vejam http://www.fraudeurnaseletronicas.com.br

    Bremm (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 1:15 am

    @ Cláudio

    Nos EUA o “Bush filho” ganhou as eleições com cédulas de papel, na base de fraude. Não existe sistema 100% seguro, e como o voto é secreto, não há como coibir fraude.

    O único jeito de resolver isso é o voto identificado, porém implica em um outro problema, também de segurança. As pessoas votariam com medo, pois sofreriam pressão (eventualmente) de algum grupo ou indivíduo.

    Se de um lado a desonestidade atrapalha, do outro quem faz o papel é a covardia. E entre os processos eleitorais, o que der o resultado mais rápido é o mais interessante. Aliás, no mundo existe uma coisa chamada “manipulação de opinião”. E graças a essa, o Collor assumiu e foi deposto pouco tempo depois.

    Uma das coisas que eu defendo é o voto facultativo, pois hoje no Brasil votar não é um direito, é um dever; e caso tu não votes, complicam a tua vida.

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