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Intel entra na Justiça norte-americana para usar livremente termo netbook

Assim como outras fabricantes, Intel é ameaçada pela Psion, que registrou termo em 2000, e entra na Justiça para “liberar” seu uso.

A Intel afirmou nesta quarta-feira (25/02) que se juntou a empresas como a Dell em uma tentativa de “liberar” o termo “netbook” da fabricante Psion Teklogix.

Em ação iniciada no começo do mês, a Intel pede à Justiça que cancele o registro do nome “netbook”, atualmente em posse da Psion. O termo não deve ser uma marca, mas sim algo usado para descrever uma nova categoria de laptops, alega a Intel.

A Psion conseguiu o registro do termo em 2000. A companhia enviou ameaças legais para fabricantes de PCs, blogueiros e varejistas para que parassem de usar o termo para descrever seus produtos, diz o documento enviado pela Intel à corte.

Adicionalmente, a Intel está pedindo permissão legal para usar o termo. A fabricante já usou muitas vezes “netbook” na divulgação da plataforma Atom, desenvolvida e comercializada para esse novo tipo de laptop.

“Nossa visão é que o termo ‘netbook’ é amplamente genérico e deve ser usado para descrever uma classe de aparelhos de computação mais acessíveis, como já acontece com ‘notebook’ ou ‘ultramobile PC’”, afirma um porta-voz da Intel em comunicado.
(via idgnow.uol.com.br)

Saiba mais (idgnow.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-27

Comentários dos leitores

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    MaxRaven (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 6:56 pm

    Estou vendo que este mercado de hyper-mega-ultramobile PC’s ainda vai dar muito pano para a manga. Ainda bem que nunca me mandaram uma carta cobrando pelo uso do hyperlink.

    tenchi (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 8:05 pm

    Faltou dizer que a empresa tinha registrado “netbook” como uma marca de supositório…

    Tá virando brincadeira esse negócio, não? É nego querendo processar todo mundo… Até eu ando com medo de ser processado…

    carlos (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 9:27 pm

    Se “netbook” é marca de supositório, “windows” é marca de papel higienico….
    :)

    Daqui a pouco uma dessas empresas pegar alguns clichês de tecnologia, pega todas as permutações e registra todas elas. Depois é só viver de processar os outros. Aliás, acho que muita gente anda fazendo isso.

    CarlosCaldas (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 10:05 pm

    Vou dar uma de advogado do diabo… :-)
    Em 2000 ninguem comentava a expressão Netbook. A empresa Psion foi lá e registrou em 2000 (nove anos atras) como a Lei permite. Depois disso (recentemente) os fabricantes começam a usar o termo netbook quando na verdade poderiam utilizar qualquer outro.
    Concordo totalmente com a Psion levando em consideração o sistema legal vigente e que o termo foi registrado bem antes da expressão netbook virar moda.
    Se tem alguem “errado” nessa historia ou é a lei de registros ou é a intel (e demais fabricantes)

    VonNaturAustreVe (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 10:52 pm

    O CarlosCaldas está claramente certo,afinal de contas o termo netbook só foi adotado recentemente,as empresas que começaram a adotar o uso desse termo para designar o produto,deveriam ter verificado se o nome estava registrado.

    []‘s

    Marcelo (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 11:49 pm

    Será que se fosse o contrário, a Intel liberaria o uso de alguma de suas marcas? (Pentium, Xeon, etc?)

    Fico do lado da Psion

    Não sei ao certo co funciona a lei, mas existe varias empresas/produtos registradas com nomes comuns ex: sol, janela, abril…blablabla(em inglês). É proibido usar o nome apenas neste segmento..
    No caso de produtos funciona da mesma forma, basta provar que esta palavra eh de uso comum.

    tux (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 9:51 am

    Registrei meu nome. José da Silva Santos.. Agora quem usar me pagará royalties.

    []´s

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 10:34 am

    Isso me lembrou aquele caso da marca “Open Office” aqui no Brasil, que acabou forçando a Sun a inventar um novo nome pro OO.org nessas terras.

    De resto, faço minhas as palavras do CarlosCaldas.

    Tarcísio (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 11:34 am

    Também concordo com o Carlos Calda, que coisa mais genérica que o nome Windows? O é interessante é isso partir da Intel, porque, então, eles não liberal o uso de nomes que patentiaram como Pentium, Atom etc.?

    Luis (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 1:41 pm

    Mas dae entramos no caso do Windows… Seria certo a microsoft processar um vendedor de Janelas, que tem num dos produtos a palavra Window? Se o termo vira uma designação de produtos nada mais justo que o termo possa ser usado para representar o todo… Mas se lançassem um produto com o nome Netbook, daí eu estaria do lado da Psion. Mas como a idéia é de usar o termo como uma generalizaçã, estou do lado da Dell e da Intel.

    Ricardo (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 2:02 pm

    Mas as janelas ja existiam bem antes do MS Windows. O caso dessa noticia é o contrário. De acordo com o que eu entendi, a marca da Psion foi criada antes de se tornar um nome “generico”. Portanto, concordo com os que “estão do lado” da psion. Minha opinião: Intel e cia vão ganhar o direito de usar o termo…

    MaxRaven (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 2:33 pm

    Vocês só estão esquecendo de um detalhe, não foi a Intel ou as outras empresas que fabricam este tipo de dispositivo que colocaram este nome nos bichinos, para ela ou era um UMPC ou MID (dependendo do tipo/tamanho), mas a imprensa, consumidores, palpiteiros, todo mundo passou a chamar de netbook, ai já era, entra praticamente naquele mesmo caso da pirataria.

    Pod (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 4:28 pm

    O pior é que netbook nem é uma boa palavra pra essa categoria de dispositivo. Alguém precisa aparecer com um nome melhor mesmo. Talves se a Psion ganhar… (ela parece ter razão de qualquer forma).

    Pod (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 4:29 pm

    s/talves/talvez

    Credo!

    Fake (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 4:32 pm

    Podiam acabar com a gripe no mundo…

    Patentiariam a expressão “atchim”, e ninguém mais poderia espirrar… :P

    Isso não é patente, é registro de marca. E não adianta contra a gripe: a marca “Atchim” já é registrada no Brasil desde o final da década de 1980, pela Brinquedos Mimo S.A. (processo 814850340 do INPI), entre outros. E todos continuamos a espirrar livremente.

    Eu realmente acho que todo o emaranhado de leis que chamam hoje de “IP” precisa ser revisto, rediscutido e retalhado.

    Misturaram um monte de coisas diferentes para confundir público e governos, e com isso garantir poderes e lucros cada vez maiores em detrimento dos direitos das pessoas; acho que estas coisas diferentes devem ser tratadas separadamente.

    Porém, neste caso em particular, apesar de atualmente descontinuado, a PSION realmente lançou e comercializou uma linha de produtos com o nome “Psion NETBOOK® PRO” (aqui), tendo registrado a marca ‘NETBOOK’ 4 anos antes do lançamento do produto.

    Desta forma, mesmo com a vulgarização do termo por parte da mídia, a razão está com a PSION; pessoalmente, acho que a liberação do termo depende de uma renúncia voluntária por parte da PSION ou a compra da marca (para posterior liberação) pelas empresas interessadas.

    Mas acho que nenhuma das duas opções irá ocorrer antes que “as galinhas criem dentes”.

    Evandro Guglielmeli

    Pod (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 6:05 pm

    @toko:

    Mais ou menos… as leis são até claras. A confusão vem de jornalistas que não fazem a lição de casa e saem falando besteira por aí. Até aqui no br-linux já vi gente confundir patente e direito autoral (não o Augusto, mas comentadores), e, supostamente, o povo aqui should know better.

    Até acho as leis de PI razoáveis, no geral. Os únicos problemas sérios que eu vejo são a excessiva duração do direito autoral (e cada vez mais longo, infelizmente) e, no caso dos EUA e de alguns outros poucos países, as patentes de software (algoritmos, a meu ver, são matemática e, assim sendo, não patenteáveis.

    Mas, enfim, concordo que as coisas precisam de uma revisão. O que me incomoda é que, normalmente, vemos só aqueles que defendem a abolição completa desse forma de propriedade e aqueles que defendem a ampliação desses direitos. Nesse ponto, fico no meio termo mesmo.

    Podem usar o termo minibook, acabei de criar mas coloco nos termos GPL.

    Claudio (usuário não registrado) em 1/03/2009 às 9:47 am

    Sugiro a Intel usar o termo webbook, mas primeiro vou pantentear pra descolar uma graninha! :-)

    Fabio (Falcon_Dark) Luiz (usuário não registrado) em 1/03/2009 às 11:43 am

    Nossa visão é que o termo ‘netbook’ é amplamente genérico

    Amplamente genérico como Core talvez?

    Acho interessante como as grandes empresas de TI sentem-se revoltadas quando provam um pouco de seus próprios remédios. A própria Intel tem dezenas de processos contra outras empresas, de TI ou não, por usarem suas marcas em outros produtos. Mas quando ela deseja usar a marca de outra empresa o “termo deve ser usado para descrever uma classe de aparelhos”. Consigo pensar a mesma coisa para o termo x86… quem sabe a Intel não deseja abrir mão de seus direitos sobre esse nome… ou sobre o próprio termo Core, que a Intel transformou em marca. Acho que não.

    Isso me soa como o Steve Ballmer reclamando que a plataforma do iPhone é fechada e que deveria ser mais aberta aberta. Ou como o mesmo Ballmer reclamando que a luta da MS contra o Google é Davi contra Golias.

    Se a farinha é pouca… meu pirão primeiro.

    Também sou a favor da Psion. Marca é uma coisa justa de se patentear, senão eu lanço um SO, chamo de Marc’OS, ponho um símbolo de abacaxi mordido e vou vender bastante, aproveitando a analogia.

    Mas como a Intel é muito mais poderosa que a Psion, provavelmente ela vai sair ganhando ou então o acordo vai ser resolvido extra judicialmente com a Intel pagando um valor que a Psion considere justo.

    Tércio Martins (usuário não registrado) em 1/03/2009 às 10:40 pm

    @marcosalex

    Se a Intel fizer este acordo extra-judicial com a Psion, os outros fabricantes de netbooks continuarão com a possibilidade de serem processados (ou de fazerem mais acordos extra-judiciais).

    É como falaram num tópico sobre a parceria entre a Novell e a Microsoft: uma empresa pode jogar sujo para conseguir mercado, mas não somos obrigados a aceitar isso dela. Uma empresa não pode agir com menos ética do que uma pessoa, e ética nas empresas é algo que está muito relativo ultimamente.

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