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Hélio Costa: “Ministro não sabe o que fará com Eletronet”

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje (16) que o governo vai investir para melhorar as redes de fibra ótica herdadas da massa falida da Eletronet.

Ele disse que o governo ainda não decidiu o que fará com essas redes e não quis se pronunciar sobre o assunto para evitar “especulações” a respeito da reativação da Telebrás.

“O mais importante é que o governo está de posse e, estando de posse, ele tem segurança para investir. Por que de que adianta eu ter essas linhas se não puder investir nelas? Então agora eu estou ciente de que eu posso investir, isso é um bom caminho”, afirmou Costa.

Na época em que foi divulgada a criação de um Plano Nacional de Banda Larga, cogitou-se a possibilidade de criação de uma nova estatal para concorrer com as empresas privadas, na tentativa de baratear os custos do acesso à internet de alta velocidade. A ideia não é aprovada pelo ministro nem pelos empresários do setor que querem que o governo disponibilize sua infraestrutura de fibras óticas para que elas possam ofertar o serviço em locais menos interessantes economicamente. (via info.abril.com.br)

Saiba mais (info.abril.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-12-17

Comentários dos leitores

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    Ezequiel (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:19 am

    Me parece que a proposta do governo federal era reunir várias redes de dados estatais (como Furnas, Serpro e outras) para melhor servir ao estado. Pelas pesquisa realizadas, a economia para o governo seria de milhoẽs.
    Outro ponto a considerar é que sistemas de comunicação não devem estar totalmente na mão de empresas privadas, para não fazerem o governo de refém (assim como o de energia)…

    ah! pára ô" (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:31 am

    “Outro ponto a considerar é que sistemas de comunicação não devem estar totalmente na mão de empresas privadas, para não fazerem o governo de refém (assim como o de energia)…”
    Se o povo pudesse entrar nessa também seria uma boa. :)

    A minha sugestão para o ministro é: FTTH.

    FTTH é sem dúvida uma boa (eles adotam isso no Japão, Coréia ñ?), mas imagino que o custo pra esse tipo de rede seja altissimo :), e ai, o que o governo faz hehe? Os caras pensam em economizar, e duvido que seja a longo prazo.

    fabiano (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:41 am

    As empresas não estão nem aí. Nem onde elas tem infraestrutura elas fornecem serviços quando a região não é economicamente interessante. A pior decisão que poderia ser tomada seria a de fornecer essa infraestrutura para as grandes empresas de telecomunicações.

    Mas achei maravilhosa a proposta que vi em outro artigo sobre o assunto de o governo oferecer essa infraestrutra para pequenas empresas ou cooperativas, pequenos ISPs locais, que fariam o last mile. Isso sim traria inclusão digital para a população, porque a própria população local poderia investir no seu próprio serviço de Internet, como já ocorre em muitas cidades (porém com infraestrutura precária).

    Wallacy (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:58 am

    Também acredito que tal estatal seria interessante, concorrência é sempre bom, mesmo que seja a concorrência de uma estatal.

    Dilmo (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:05 am

    Eu acho que o nosso querido ministro não sabe o que fazer com muita coisa e a muito tempo…

    Daniel Stolf (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:14 am

    todo mundo sabe que isso vai virar cabide de emprego e entulho daqui no máximo 10 anos.

    @magic (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:14 am

    Para fazer uma reclamação depois, sera preciso mandar o protocolo em duas vias autenticadas em igual teor e forma e com duas testemunhas, e comprovante de estar em dia com o imposto de renda.

    Saudades do ministro Sérgio Motta!!!

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:19 am

    Um backbone de fibra óptica na mão do GOVERNO? Lembrando que a Cicarelli já bloqueou o Youtube com as empresas privadas, acho um PERIGO a existência de um backbone de fibra na mão de quem não tem culhões de governar o país. Pra mim é meio caminho andado pra censura da Internet já no Brasil. Sim Azeredo, estou olhando pra você.

    olh (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:27 am

    Acho que o título era pra ser “Hélio Costa: “Governo não sabe o que fará com Eletronet””, não?

    çichárpi (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:29 am

    @Timm, a minha preocupação é outra. Tudo isso nas mãos de uma estatal? Quem, em sã consciência, imagina que os provedores serão todos pequenos, coitadinhos, sem nenhuma ligação política?

    segurança (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:42 am

    O problema da estatal é que se torna uma empresa de custo alto e baixa produtividade na maioria das vezes, alem das questoes politicas e relação de empregos mencionada acima.
    Muito investimento para baixo retorno.

    Diego (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:45 am

    A realidade é outra. Nunca teremos uma internet de qualidade em todo o território nacional (ou na grande maioria dele). Sempre existirão empresas grandes que vão “calar a boca” do governo e guardar esses projetos na gaveta, ou, mudar os projetos para beneficiar as empresas grandes.

    ejedelmal (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 11:51 am

    Pra mim o Hélio “filial da Globo” Costa devia fazer só uma coisinha bem simples: VAZAR.

    A verdade é que acabou a era das teles. Tudo (não) funciona atrelado a lei do Audiovisual, como se internet fosse televisão. Se o governo não mete a mão, seremos humilhados na copa de 2014 (se bem que o mundo acaba em 2012).

    César Albertone (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 12:41 pm

    Eu não vejo problema algum em se criar a estatal para concorrer com as empresas já existentes. Quem vê problema nisto é o empresariado. Ao contrário de alguns comentários aqui, o governo pode sim ter capacidade de criar uma estatal de qualidade e é isto que o empresariado tem medo, pois reduziria-se os seus absurdos lucros, sendo a banda larga do Brasil uma das mais caras do mundo e uma das piores em qulaidade.
    Para não virar simplesmente um cabide de emprego a primeira coisa que deverá ser feita é concurso público e segunda que se faça igual o Banco do Brasil e a Petrobrás, Sociedade de Economia mista, onde 50% + 1 do capital é do Governo e o restante são dos acionistas.
    Sendo assim haveria pressão dos acionistas para que a empresa fosse “cobrada” na questão de qualidade e lucros diminuindo assim sua suposta ineficiência, participando dos conselhos fiscais e de administração.
    Um dos motivos principais para que se cream empresas públicas é justamente regular o mercado por parte do Estado, para que haja concorrência e fornecimento de serviços de boa qualidade.

    César Albertone (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 12:43 pm

    Só corrigindo:
    * (…) uma das piores em qualidade.
    * (…) para que se criem empresas (…)

    Hever Costa Rocha (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 1:46 pm

    Engraçado as coisas no Brasil. Outro dia, uma “especialista” afirmou que a parte mais cara da infra estrutura é a última milha. Por que nenhuma das teles tem interesse em compartilhar sua infra estrutura com outras empresas, para que essas possam fornecer a “last mile” ?

    A GVT por exemplo, usa uma rede de dados própria para entregar a última milha para seus clientes que utilizam ADSL, enquanto seria muito mas econômico a mesma usar a estrutura de cabeamento existente.

    Alias parece que não é só no Brasil que as grandes companhias preferem subsídios do que compartilhar suas redes…

    http://tech.slashdot.org/story/09/11/23/1651218/Telcos-Want-Big-Subsidies-Not-Line-Sharing?from=rss

    Hever Costa Rocha (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 1:56 pm

    Somente eu que vi maldade na foto da fibra e no título da notícia?

    Wilson (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 2:27 pm

    Quem não sabe o que fazer com a Eletronet é o Hélio Costa mesmo e não o Governo, pois, o Ministério do Planejamento tem planos muito bons para essa infraestrutura. Esse Hélio Costa está interessado em defender os interesses das Grandes Teles e não tá nem aí pro consumidor final. Deem uma olhada no projeto que o Ministério do Planejamento está fazendo para a área de Banda Larga. É um projeto muito melhor e mais vantajoso para o consumidor do que o apresentado pelo Ministério das Telecomunicações que é comandado por esse Hélio Costa e que só defende os interesses das Teles. Lembrem-se que ele será candidato ao Governo de Minas Gerais e está interessado nas doações das Teles. Tudo que ele quer é barrar os planos do Ministério do Planejamento para agradar as Teles e consequentemente garantir suas doações.

    Amazônida (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 2:32 pm

    Tenho acompanhado as notícias referente ao assunto diariamente. Um site muito bom para isso é o Convergência Digital. E tenho notado que o ministro das comunicações tem sido um bom defensor dos interesses das teles. Há vozes dissonantes dentro do governo. Cézar Alvarez é uma delas.

    O Lula chamou para si a responsabilidade de dar a palavra final sobre o assunto. Antes da última reunião com o presidente, o ministro Hélio Costa divulgou, sem o aval do presidente, o Plano Nacional de Banda Larga do Minicom, que claramente defendia os interesses das teles. Nem teve oportunidade de apresentá-lo ao presidente, pois este estava mais interessado em considerar a possibiliade de reestruturar a Telebrás, que seria a gestora da Eletronet.

    As idéias do Alvarez são boas, e o presidente está mais propenso a considerá-las do que as do Costa. Acho bom. Quando houve a licitação da 3G, houve um lenga-lenga de que as cidades do interior, as pequenas cidades pouco atrativas às teles, seriam beneficiadas. Eu moro no interior do Pará, pago R$ 119,00 mensais à Vivo por um plano de dados e mal consigo atingir durante a madrugada a velocidade de uma linha discada normal.

    E não adianta reclamar. No Brasil banda larga não é como o serviço de voz. Não é serviço público como já é na Espanha. Ou seja, não tem como exigir metas de qualidade e disponibilidade do serviço. Fica complicado. E aí, quando alguém não menos que o presidente quer botar a coisa noutro nível, vem o próprio ministro dele, o Hélio Costa, defender um modelo que não tem funcionado. Tem que mudar mesmo. Se vai dar certo não sei, mas o modelo em que se espera que as teles serão boazinhas, deixarão o filé (as grandes cidades) e pegarão o osso (as cidades pequenas) é ilusório. Conta outra.

    fabiano (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 3:14 pm

    Engraçado as coisas no Brasil. Outro dia, uma “especialista” afirmou que a parte mais cara da infra estrutura é a última milha. Por que nenhuma das teles tem interesse em compartilhar sua infra estrutura com outras empresas, para que essas possam fornecer a “last mile” ?

    O last mile pode ser o mais caro em São Paulo (capital), Rio de Janeiro (capital), Belo Horizonte, e outras grandes cidades, mas na maior parte do Brasil não chega conectividade decente. Não tem fibra, ou se tem, Telemar, Embratel e outras grandes não querem comercializar porque não dá o lucro megalomaníaco que eles querem.

    Roberto (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 3:18 pm

    Nunca vi um ministro como Hélio Costa trabalhando tanto contra o povo brasileiro. Canais de TV um inferno, Banda Larga um saco, TV Digital brasileiro caro e único no mundo, Anatel morreu, Celular uma piada.

    Amazônida (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 3:49 pm

    Complementando o que disse acima, ainda há o fato de que, a exemplo do que acontece aqui em minha região, em que a Eletronorte tem fibra ótica instalada em toda a região, as elétricas não podem oferecer banda larga para o usuário final, pois a legislação não permite.

    Tem que mudar a legislação ou equacionar a questão para além das teles.

    Li em sites que a capacidade ociosa em minha cidade e região chega a mais de 20 Gigabits/s . O Governo do Pará inclusive tem convênio para usar parte da capacidade ociosa da fibra ótica da Eletronorte. O governo dá o nome de “Navegapará”. Funciona aqui em alguns locais da cidade, não é estável, mas funciona gratuitamente. Eis uma solução.

    Então é preciso usar a capacidade ociosa da Eletronet, e parece que o Lula está mais propenso a isso, se o ministro Hélio não botar areia no plano.

    Irá ocorrer uma reunião com o presidente em janeiro. Vamos aguardar o próximo capítulo.

    Veja como o ministro não está com esta bola toda com o presidente. Olhe os dois últimos parágrafos da notícia.

    carlos gomes (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 8:03 pm

    Pelo visto, tá na hora de enviar uma missiva pedindo a demissão do Hélio Costa.

    ocorrência (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:06 pm

    Somente eu que vi maldade na foto da fibra e no título da notícia?
    Maldade?? Do tipo pegar esse cabo e enfiar na porta atrás do switch??? kkkkkkkkkkkkk

    Marcos (usuário não registrado) em 17/12/2009 às 10:53 pm

    Bom a discussão é boa, mas é verdade que o ministro só defende o interesse das teles, mas a idéia de estatal ao modo Petrobrás de ser é o melhor remédio.

    Mas a solução para nossos problemas é sem dúvida o FTTH ou FTTP, iria forçar as teles a implantar backbones de altíssimas velocidades pra poder concorrer com as fibras, mas aqui caberiam também a desoneração em vários níveis pra que isso pudesse ser posto em prática.

    Outra coisa também seria dar incentivos a outras teles operarem onde há monopólio, pois não há dúvidas que a NET está fazendo alta concorrência com a telefônica e oi, ainda oferecendo tv por preços se comparados aos concorrente são bem mais vantajosos e velocidades maiores…

    Uma das soluções seria acabar com os incompetentes que legislam aqui neste país, proibir as elétricas de prover banda larga foi uma atitude estupida de que nada adianta pra baixar os preços pois outras empresas teriam que alugar a rede elétrica, e o custo disto seria passado ao consumidor, deixando até mais caro…fora outras inúmeras atrocidades de leis que eles criam.
    Também falta total autonomia pra Anatel que ja seria muito bom na fiscalização e cobrança das teles;

    A rede 3G pode esquecer, todas são muito ruims…
    Quem sabe a estatal não preste telefonia móvel também, ja chegando trazendo 4G LTE ja seria um golpe e tanto nas teles móveis…

    Um site bom pra acompanhar estes assuntos além do ja citado acima é o http://www.teletime.com.br

    ah! pára ô" (usuário não registrado) em 18/12/2009 às 3:56 am

    @Amazônida

    Esse teu problema com seu provedor se resolve da seguinte maneira: Abra um chamado no seu provedor, relate todos os problemas, anote o número dos chamados. Não deu em nada. Liga pra ANATEL explicando toda a merda. Com a ANATEL intermediando seu problema a coisa muda de patamar.

    Meu colega teve problemas na linha dele e a Telemar resolveu fazer corpo mole para resolver, quando a ANATEL entrou na jogada eles passaram a levar multa por reincidência diária da reclamação. Em menos de uma senama tudo foi resolvido.

    @Hever Costa Rocha
    :) Essa foto diz tudo.

    Marcio Torres (usuário não registrado) em 18/12/2009 às 6:55 am

    “Hélio Costa: “Ministro não sabe o que fará com Eletronet””

    Em um pais que existem lugares que nunca se ouviu falar em internet ou até mesmo em regiões como o nordeste e norte que míseros 300kbps são empurrados por R$ 159,00, não daria idéia do que se pode fazer com ela ?

    Amazonida (usuário não registrado) em 18/12/2009 às 8:51 am

    R$ 159,00 por 300,00 kbps aqui no interior do PA seria o paraiso -:)

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 19/12/2009 às 2:13 pm

    Eu li muito pouco a respeito da polêmica de recriar a telebrás.

    Mas agora que sei que o Helio Costa é contra, ao lado das empresas como sempre, tenho certeza que a Telebrás seria algo muito bom para o consumidor.

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 19/12/2009 às 9:56 pm

    Outro ponto a considerar é que sistemas de comunicação não devem estar totalmente na mão de empresas privadas, para não fazerem o governo de refém (assim como o de energia

    O único problema ao meu ver, é o estado. O estado é gordo e ineficiente. Sua função deve ser de ditar regras e prover infra-estrutura, e não deter qualquer fatia dos sistemas de comunicação. As regras são claras: Proibir a formação de cartéis, monopólios e garantir a concorrência saudável para o consumidor final.

    Jaime Balbino (usuário não registrado) em 21/12/2009 às 10:13 pm

    Estou surpreso com a profundidade dos comentários neste tópico. Vocês estão de parabéns! De fato há vantagens e desvantagens tanto no modelo privatista como no modelo estatal.

    A diferença principal ao meu ver é que o modelo privatista já mostrou para que veio e o resultado é o baixíssimo índice de penetração tanto da banda-larga quanto da telefonia no país.

    O modelo estatal com certeza pode resolver o problema de universalização em prazo muito menor porque trabalha com a lógica do cidadão e não do acionista.

    Aquela “lenda” que todos conhecemos sobre o antigo e ineficiente Sistema Telebrás é coisa de um passado em que o modelo estatal era “sabotado” para ser ineficiente.

    Modelos estatais “mais modernos”, como o da Petrobrás, não dependem exclusivamente de verba pública e nem totalmente dos processos de licitação e fiscalização do Estado, isso significa que podem usar procedimentos de Mercado e serem competitivos e cumpridores de metas reais.

    As empresas privadas sabem da força do modelo estatal no Brasil e temem realmente que o filão

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