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A favor da pluralidade de distribuições

“Na discussão que nunca acaba se é bom ou ruim termos tantas distribuições pequenas uma argumentação a favor da existência delas.

Trecho: “A comunidade brasileira de software livre é um tanto fichada (talvez até grosseira) quando aparece uma nova distribuição. Se essa distribuição for um reempacotamento então é quase melhor deixar de divulgar e portanto deixar de receber tantas críticas ferozes. Se depender dos comentários que lemos pela internet, seria melhor se houvesse no máximo dez distros grandes e as pequenas simplesmente não fossem criadas.
Particularmente acho essa postura infantil, e argumento por argumento quero explicar esse ponto de vista.(…)”"”

Enviado por cochise (cochisepoetaΘgmail·com) – referência (descritor.blogspot.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-06

Comentários dos leitores

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    Paul (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:05 am

    O ruim não é ter N distribuições. O ruim é não haver um padrão forte. O Linux Standard Base é ignorado por várias distros, até pelo próprio Torvalds.

    Acho que se ele ajudasse à definir um padrão para coisas como diretórios e formato de pacotes seria algo que não prejudicaria ninguém.

    TRM (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:15 am

    Bom eu sempre fui o defensor de que a pessoa é livre para fazer o q quiser. Provavelmente se ela tem a capacidade de manter uma distro, ela é bem espertinha para saber o que deve e o que não deve fazer. Posso dar ate conselhos mas nunca vou agredir intelectualmente a pessoa.
    Muita gente poderia falar que o esforço seria bem mais gasto fazendo algo por grandes distribuições. Mas ja pararam para pensar o quanto é dificil ter algum patch ou pequena modificação aceita e implantada. Provavelmente vai desistir assim q as primeiras forem recusadas com certeza.

    Rodrigo (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:22 am

    Nós vamos conseguir, “uma distribuição por criança” ;)

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:26 am

    “Nós vamos conseguir, “uma distribuição por criança” ;)”

    hehe Está caminhando pra isso mesmo. Daí nenhuma distribuição vai ter um público grande o suficiente pra gerar lucro, nenhum pacote vai ser compatível com o outro, daí os desenvolvedores vão cada vez mais fugir da plataforma, as distribuições vão morrendo por inanição e vamos perder os 0,8% do mercado que pelejamos pra conquistar.

    A falta de padrão, distribuições ruins que nascem bem intencionadas mas com nenhuma chance de serem atualizadas (inclusive atualizações segurança) contribuem contra o Linux e não o contrário.

    Otávio Souza (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:42 am

    Programadores não querem seguir padrões, isso é fato, Linus não ia ser a excessão :P

    juninter (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 9:53 am

    No estágio atual eu até concordo que as distros venham a prejudicar o desenvolvimento como um todo.
    Enquanto as grandes distros e autoridades do mundo Linux não começarem a pensar juntas e apoiarem um método interoperável a coisa vai ficar cada vez mais difícil…
    Mas acredito que o futuro da interoperabilidade entre as distribuições está na “Virtualização de Aplicações”, e é exatamente o que o projeto “Klik2″ pretende fazer, dar a capacidade de interoperar sem ter que sacrificar o sistema atual de empacotamento das distribuições (deb, rpm e etc…) mas o projeto precisa de divulgação, de desenvolvedores e que as autoridades olhem para algumas questões que o projeto levanta, pois além da interoperabilidade traz uma série de facilidades para o usuário.

    Para quem nunca ouviu falar e não sabe do que se trata, ta aqui a apresentação e o Screencast do projeto:

    Apresentação:
    http://klik.atekon.de/presentation/

    Screencast:
    http://klik.atekon.de/screencast/

    Site Oficial:
    http://klik.atekon.de/

    Henrique Lechner (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 10:03 am

    evitar criar mais distribuições não é possivel por mais que para alguns pareça essencial.

    a solução seria criar um certificado de uma instituição grande.tendo requisitos rigidos estipulado. nesses requisitos como suporte,ou alguma outra coisa.
    não iria sobrar tantas distribuições,invez de dizer “tem 1.254.475 distros escolha uma”,você poderia dizer “escolha uma das distros com certificado tal,que seriam poucas.

    enquanto isso as outras continuariam funcionando normalmente,só não teriam o certificado.do resto tariam normalmente.

    sei como sempre que qualquer idéia sobre esse assunto gera muito war,muita gente vai chegar me chingando,mas antes disso seja mais sensato não faça flames.

    é só uma opinião sem agredir ninguém ok?

    dasj (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 10:24 am

    Henrique Lechner ,

    a melhor ideia do ANO!
    uma iso12345 para distros linux, sensata e eficaZ sua solução.
    Acho que o caminho é por ai.

    Grobsch (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 10:29 am

    O problema do LSB é que ele a cada dia se modifica. O Slackware usa um padrão mais próximo do Unix e antigo, então temos outras distros que usam Sysvinit, e o Ubuntu inventou um outro padrão de boot, bem como o Fedora. Canonical e RedHat são as que mais ignoram os padrões da LSB.

    O padrão LSB se não me engano é RPM, o Patrick (Slackware) ameaçou adotá-lo e foi questinado contra a mudança… Imagino que o padrão de boot seja Sysvinit, não é também o padrão do Slackware, apesar dele já vir instalado e poder ser usado. O padrão LSB é abandonar o FSTAB, algumas distros ainda usam o arquivo.

    Não existem padrões se a cada dia as maiores incorporações inventarem moda. As menores acabam seguindo os padrões espalhados mundo afora.

    Mas a culpa de existirem tantas distribuições não é da falta de um padrão, e sim porque a maioria não cumpre as normas da GPL.

    Sou favorável da multiplicidade de distros. O usuário que escolha a que preferir.

    Pessoal,

    Qual é o problema da existência de 1 bilhão de distribuições linux?

    Não foi essa pluralidade que permitiu o surgimento do Kurumin, do BigLinux, do Ubuntu, ahhh do Coyote também?

    Não foi essa pluralidade que fez do Linux uma das sensações em sistemas embarcados?

    O Mandriva se baseou na RedHat assim como a Conectiva
    O Ubuntu se baseou no Debian
    O Kurumin se baseou no Debian
    [ alguém pode aumentar essa lista? ]

    O bacana da pluralidade é que nesse processo, podem surgir ideias ótimas.

    Falei do Coyote. ótima distribuição para fazer um roteador!!!

    Viva a pluralidade e a democracia!!!

    Esse assunto de existirem muitas distribuições é coisa que já está ficando meio passada.
    Já existe uma separação entre grandes e pequenas distros.
    As empresas quando pensam em usar Linux nunca vão recorrer a distros pequenas, vão escolher sempre uma entre as grandes. Não por elas serem melhores ou coisa do genero, simplesmente porque empresas não podem fazer apostas no escuro, elas precisam ter confiança naquilo em que estão investindo.
    As distros pequenas sempre terão o papel de permitir o desenvolvimento de novas idéias, e esse é um dos principais motivadores para as pessoas que se lançam a fazer uma “nova” distro.
    Nenhma pessoa sozinha ou grupo pequeno é capaz de suportar a carga de trabalho que é manter uma distribuição (salvo alguns grandes heróis), mas para testar idéias novas é preciso fazer diferente do que está por aí. Se a idéia for realmente boa ela vai ser reconhecida e vai acabar sendo usada por outros e vai contribuir para a melhoria geral das coisas.
    Eu sempre acho que as minhas idéias são as melhores, mas sou suficientemente sábio para aceitar quando outras pessoas pensam diferente e fico na minha quando percebo que não tenho como convence-las.

    Paul (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 11:01 am

    Errado Otávio Souza: os programadores (principalmente os ruins) gostam se seguir apenas seus próprios padrões. Nunca pensam em usar algo já pronto, sempre vão reinventar a roda.

    De modo geral, exceto quanto a determinadas questões essenciais de estrutura (como o FHS), o padrão LSB exige presença e suporte a uma série de recursos, mas nem sempre a adoção destes recursos como o default.

    Exemplificando com a situação do RPM como “padrão LSB”: o que se exige de uma distribuição, para atender ao padrão, é que ela conte com os utilitários e bibliotecas (API, ABI) do RPM, compatíveis com uma versão específica, e que assim os programas criados por terceiros para rodar em sistemas operacionais LSB possam ter acesso às funções do RPM.

    Assim, as distribuiçÕes poderiam adequar-se à exigência sem ter de mudar seu próprio sistema de empacotamento, bastando ter suporte (funcional) ao rpm, com os nomes, símbolos e versões corretos, à disposição dos programas de terceiros.

    Isso funciona melhor na teoria do que na prática, mas mesmo assim é bem diferente de imaginar que o Slackware ou o Debian teriam que adotar o RPM para seu próprio empacotamento se quisessem ser compatíveis com o LSB.

    Grobsch (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 11:27 am

    O que eu menos gosto na falta de um padrão – e isso vale principalmente para o Debian e é um dos motivos que eu jamais gostei dessa distro – e multiplicação de distros, é o modo que modificam o padrão do código fonte na hora de distribuir binários e pacotes. Não sei se a LSB fala algo sobre isso, mas na minha opinião deveríamos pegar o código fonte, compilá-lo e distribuí-lo, do modo pensado pelos desenvolvedores daquele programa. Eu ODEIO o que fazem certas distros em pegarem o código fonte e desmembrarem em montes de pacotes.

    O KDE é um bom exemplo, ele não é modular, dividir um código fonte em 300 pequeninos pacotes é péssimo para mim.

    Henrique Lechner (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 11:32 am

    só deixar claro para que as pessoas não confundam. o que esta sendo discutido sobre padrões e totalmente diferente do que eu estava falando em certificado

    certificado é diferente de padrão.

    no caso mencionado por mim,diferente de um padrão.o certificado não estaria para definir quais softwares deveriam usar,como usar.mas outros requisitos,como suporte ao sistema.e outros requisitos que a instituição iria definir.

    só escrevi para que não haja confusão sobre o que eu escrevi anteriormente

    sblsks (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 11:34 am

    A liberdade de escolha

    Eu na verdade gosto de ter muitas distros para eu poder escolher ou apenas experimentar as vezes. Concordo com o autor que muitas distros não seja tão ruim assim, desde que estas distros tenham uma idéia nova a apresentar, uma maneira de fazer as coisas diferentes, uma maneira de aprendizado,… e, que o objetivo da existência desta distro não seja apenas alimentar o ego ou auto-promoção do mantenedor através de uma remasterização, porque sendo assim a distro apenas se torna algo repetitivo e desnecessário. (Um exemplo de novas idéias que aprovei foi a Gobolinux que usa uma maneira nova de organizar a árvore de diretórios raiz, porém ainda compatível com o resto do mundo Linux. É um projeto realmente interessante, e quem sabe, a partir dele criem uma ferramenta que possa fazer essa conversão (da arvore de diretórios raiz simplificado) para qualquer distro, e quem sabe ainda mais a frente, chutando alto, esta possível ferramenta (que nasceu de uma distro independente e pequena) possa contribuir de alguma forma para padronizar os diretórios raízes de diversas distros, já que cada uma apresenta alguma diferença em sua organizações na árvore de diretório.)
    (Não tenho nada contra remaster’s, por exemplo, gostei do Ubuntu Mint porque traz praticidade com um conjunto mais elaborado de pacotes. O problema é o remater com objetivo não nobre, ou seja, não com o objetivo de ajudar, facilitar as coisas, mas de autopromover-se sem trazer nada disso)

    A liberdade de escolha e ação pode gerar novas idéias, idéias podem gerar projetos novos, novos projetos podem enriquecer ainda mais o mundo open-source.

    Roger Lovato (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 11:45 am

    Como eu não consegui comentar no site do autor, comentarei aqui no br-linux.

    Esse assunto é muito polêmico. Acho que deva ter sim quantas distribuições que quiserem. É assim que o projeto se movimenta e fez com que o Linux chegasse onde está.

    Mas das várias visões existentes, existem duas que foram esquecidas pelo autor:

    * Acadêmica
    * Negócios (talvez não seja a melhor palavra)

    A acadêmica na minha opinião é a que temos hoje. Várias distribuições e as pessoas se aventurando instalando qualquer uma, fazendo seus testes e até mesmo criando uma distro nova para o seu aperfeiçoamento.

    Já na parte de negócios, temos o restante dos usuários que hoje em sua maioria usam o windows ou o Mac OS X.

    Quando me perguntam qual distro devem usar, eu sempre oriento esses usuários analisarem a que tem uma comunidade maior de usuários para que caso precise de suporte, ter pessoas para ajudarem.

    Para os usuários mais leigos, não adianta em tutoriais escreverem por exemplo: esse manual foi feito para a distro X mas pode ser feito em outras distros com pequenas alterações.

    Só a frase acima para um usuário novo, já desestimula a utilização do sistema operacional.

    Acho que falta um padrão forte de mercado onde os distribuidores possam fazer algumas pequenas customizações como papel de parede e outras coisas, mas mantendo uma “IDENTIDADE LINUX” para o usuário final.

    Acho que não podemos misturar os dois caminhos. Que continuem criando novas distros, isso é saudável, mas não para usuário leigo que são a maioria.

    Abraços,

    Roger

    Pessoal,

    A LSB também emite certificações. Quem tiver curiosidade sobre as distros certificadas:

    http://www.linuxfoundation.org/lsb-cert/productdir.php?by_prod

    A LSB também emite certificações. Quem tiver curiosidade sobre as distros certificadas:

    http://www.linuxfoundation.org/lsb-cert/productdir.php?by_prod

    “Prices for certification run between $400 and $3,000.”

    Exato, a certificação da LSB se destaca, entre as certificações de padronização de sistemas operacionais, pelos seus preços bastante em conta.

    devnull (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 2:32 pm

    Acho que falta entender que:

    - Certificações e padrões não colam com quem foge delas (no caso, os desenvolvedores).

    - Ter várias distribuições é ruim (como qualquer ruído é), mas o pior mesmo é que isso não acrescenta o que deveria, pois falta inovação, no geral é mais do mesmo, gente copiando os outros em busca de fama fácil e sem preocupação com continuidade.

    - Esse problema não tem solução, portanto não adianta fingir que o problema não é problema (caso do autor) e nem ficar ficar inventando soluções inviáveis.

    Grobsch (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 3:25 pm

    Pessoal, o que desenvolvimento tem a ver com manter uma distribuição?

    Acredito que 99% dos mantenedores e criadores de distribuições não são desenvolvedores. Distribuição GNU/Linux é um conjunto de aplicativos e bibliotecas rodando sobre um kernel. Desenvolvedores trabalham para os projetos e distribuições. Mantenedor de distribuição é manter o conjunto que foi criado.

    A HP lançou um netbook bem interessante, ela pegou o Ubuntu Netbook Remix, fez algumas modificações, criou algumas interfaces e lançou, mas 96% do conteúdo continua sendo Ubuntu. Ubuntu é mantido pela Canonical, acho que no Ubuntu cerca de 8% das coisas possam ser feitas, mantidas ou ajudadas pela Canonical, o resto é feito por terceiros.

    Isso é Linux, uma equipe faz o GIMP, mas se ninguém colocar o GIMP mais gtk+2, mais glib2, mais X11, mais libpng e outras, o GIMP não é usado.

    Distribuição vem de distribuir. Juntar as peças do melhor modo possível, contribuir quando possível, ajudar o usuário sempre, distribuir o código fonte, distribuir scripts, em resumo, DISTRIBUIR…

    Jack Ripoff (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 6:03 pm

    Eu não considero a pluralidade de distribuições um problema. Acho sim muito vantajoso, pois tenho à minha disponibilidade uma boa variedade de sistemas adaptados para diversas ocasiões. E diversidade é um dos pilares da evolução, não é?

    O que realmente é prejudicial, do ponto de vista de um desenvolvedor, é a falta de padronização entre todos os Unices. Claro que algumas diferenças são por bons motivos (e.g. recursos novos), mas outras são perigosas porque causam problemas de portabilidade de software. Recomendo a página do Daniel J. Bernstein para mais detalhes sobre o assunto:

    http://cr.yp.to/docs/unixport.html
    http://cr.yp.to/compatibility.html

    Em primeiro lugar, peço desculpas pelo problema com o layout que não permitia comentários. Já foi resolvido. Em segundo lugar, pela ausência mais cedo, mas a internet caiu e não pude participar da discussão mais cedo.
    Em terceiro lugar, permitam-me desmistificar uma coisa.
    Uma distribuição pequena, principalmente uma derivada de outra não quebra padrões em si. O problema dos padrões desencontraos não é causado pelas pequenas distros, mas pelas grandes. Todas as distros debian based usam sysvinit, todas as derivadas de ubuntu usam upstart e agora as derivadas de fedora usam plymounth.
    Quem quebra os padrões são as grandes, não as pequenas. As pequenas seguem o padrão de uma grande e adicionam as suas pequenas alterações. Só isso.
    Se um dia debian, fedora, ubuntu, suse e mandriva resolverem padronizar alguma coisa, quase todas as pequenas vão estar padronizadas no próximo release.

    Grobsch (usuário não registrado) em 6/02/2009 às 8:57 pm

    Falou tudo o cochise, e como disse, quem quebra padrão em grande escala são RedHat e Canonical… Usplash, Upstart, Pulseaudio, Plymounth, etc… mas como eu também sempre digo, certas vezes é melhor reescrever algo que tentar melhorar outro, mas então não peçam por padrões.

    Fabio (usuário não registrado) em 7/02/2009 às 7:18 pm

    Sou à favor de uma distribuição única e ponto.

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