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Mozilla quer que Firefox exiba uma EULA na primeira execução

O cenário, bastante familiar aos usuários de software proprietário, de um conjunto de termos de licença sendo exibido na primeira vez que um aplicativo é executado pode estar próximo dos usuários do Firefox.

Ocorre que a partir da versão 3 do navegador, a Mozilla Corp. exige que as distribuições que incluam pacotes com versões alteradas, ou especialmente compiladas, do Firefox configurem-no de forma a exibir sua EULA (“End User License Agreement”) na primeira execução do aplicativo, se quiserem usar a marca registrada ‘Firefox’.


“Exiba a EULA, senão…”

O problema já se manifestou de forma bastante concreta para o Ubuntu, que incluirá esta versão na distribuição que será lançada em outubro (Intrepid Ibex). A solução iniciada pelo Debian (distribuir o código aberto do Firefox com outro nome – no caso, IceWeasel) já está sendo considerada, e Mark Shuttleworth mencionou a adição de um metapacote denominado “abrowser” (“umnavegador”), incluindo o código completo, mas sem referências ao nome do Firefox, nos termos da licença.

Pessoalmente, não me importo de clicar em EULAs, especialmente as em outros idiomas, e provavelmente não me daria ao trabalho de instalar o abrowser, no caso de o Firefox (com EULA) ser o default da distribuição que eu usar. E nem questiono o direito de um proprietário de marcas registradas usá-las da forma que desejar, e exigir o que achar correto da parte de quem quiser usá-las ou distribui-las.

Mas acho que a medida antipática da Mozilla Corp. vem em má hora, e mesmo que o conjunto de usuários que ela irá alienar não lhe faça falta, é provável que eu vá ser um deles – pela antipatia, e não pelo exercício do seu direito. Ainda assim, o processo de auto-crítica interno na Mozilla já começou, e talvez dê algum resultado positivo a tempo, embora no primeiro momento não tenha me parecido muito promissor.

Saiba mais (tech.slashdot.org). Agradecimentos ao leitor Carlos Texeira pelo link.


• Publicado por Augusto Campos em 2008-09-16

Comentários dos leitores

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    Paulo Cesar (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:30 pm

    Po, desculpe se estou sendo chato, mas essa notícia já é velha e já até tomou outros rumos..

    Um desenvolvedor da Mozilla em um blog já até anunciou que eles reviram sua posição e mudaram de idéia…

    http://lockshot.wordpress.com/2008/09/15/firefox-eula-in-linux-distributions/

    O Pato Louco (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:32 pm

    Primeiro o debian criar um fork, agora o UBUNTU pensa na hipotese de não colocar a marca FIREFOX, o Google cria um browser.
    O que mais pode acontecer????
    Será que o Firefox tem um futuro brilhante??? Eu acho que vai depender de onde o Browser do Google chegar.
    Vamos ver o que vai acontecer.
    Conspirações a parte, vamos aos debates.

    Desculpo sim, Paulo. E esclareço 2 pontos:

    1) a notícia é nova, de ontem
    2) no link que você apresentou, o que está dito é que estão reformulando o texto da EULA que desejam exibir

    A Mozilla também divulgou que possivelmente não mais chamará de EULA este texto. Aliás, o link pra essa reavaliação interna na Mozilla consta também no texto da notícia que você criticou.

    Rapaz, que coisa, hein? Como o pessoal é resistente a esta questão de marcas. Pessoalmente, acho que a Mozilla Foundation já fez um belo trabalho peitando o IE da Microsoft. E fortalecer a marca nos ajuda muito. O código está aí para quem quiser fazer como o Debian, que fez um fork do Firefox (às vezes até penso que nem desenvolvem nada, só pegam o código pronto e compilam com outra marca). Porque não fortalecer a marca do Firefox? Nada contra existir milhares de forks, mas milhares de forks não farão frente a coisa alguma. Não acho tão insensato exigir a utilização da marca Firefox.

    Mas quem está exigindo a utilização da marca Firefox?

    Livio (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:39 pm

    Eu não sei o que é pior, a Mozilla exigir a exibição da EULA (embora eu não me importe) ou algumas pessoas dizerem que o FF não é livre por causa do Logo e do ícone proprietários.

    Até onde eu sei, os logotipos e logomarcas das distros são proprietários, e isso é necessário para ninguém sair usando, por exemplo, o nome Fedora numa distro que vem no PC popular.

    Uma EULA não vai mudar muita coisa, é só lembrar quando a EULA do Safari pra Windows não permitia instalá-lo em hardware não-Apple.

    A grande maioria dos usuários não se importa com licenças de software, pois o importante é o software ser bom, mesmo que seja livre ou proprietário.

    JDX (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:53 pm

    Quais são as razões da canonical para não querer colocar isso?
    Pessoalmente, também não me importo em clicar em EULAs.

    Marcelo (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:53 pm

    O OpenOffice pra windows tem uma EULA. O Gimp também. Já instalei outros aplicativos que mostram a GPL e pedem pra você concordar com ela. Se não tem problema concordar que aceita a GPL, qual o problema em concordar que aceita a licença do firefox?

    JDX, me parece que a Canonical vai distribuir o software sim, nas condições que os autores determinarem, JDX.

    Roberto Parente (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:27 pm

    O Firefox é tão livre que se você compilar na sua máquina não pode distribuir, pois não é o oficial da Moz. Coorp.

    Acho que a Mozilla aprendeu muito com o SL, mas ainda falta aprender a lidar com essas coisas de marcas…

    Imagina se toda distro tivesse que modificar o nome “Linux” (sim, é marca registrada)… Quando compilamos o Firefox no Gentoo aparece de vermelho bem forte >Você não pode redistribuir e bla bla bla<…

    E outra coisa, a maioria das grandes distros fazem modificações nos códigos :-)

    Por fim, a “EULA” que você lê do Gimp ou OpenOffice, não é uma eula e sim a licença GPL v2 :-)

    Paulo Cesar (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:31 pm

    Bom, então o que isso aqui quer dizer?

    The new agreement (shown below) isn’t yet in the builds, but here’s what it does:
    • Makes the license grant parallel to the MPL;
    • It has optional terms that govern services provided by Mozilla through the browser (e.g. anti-malware and anti-phishing services). A user may opt of the services and continue using the browser;
    • The license grant excludes trademark rights; and
    • The license doesn’t require explicit click through.

    kern (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:33 pm

    é… mais um passo em direção ao controle efetivo de uso…
    daqui a pouco o kernel linux vai ter licença de uso, como o vista….

    Roberto Parente (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:37 pm

    So complementar uma coisa que esqueci de comentar na minha mensagem acima…

    Quando falo de “tão” livre não é só código propriamente dito, mas sim de todo o ecossitemas do projeto e etc…

    Abração,
    Roberto Parente

    Wallacy (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:44 pm

    Não vejo muito problema em exibir a EULA.

    Tem gente que acha que é pecado mostrar EULAS, pecado maior é omiti-las. E se “eu” não concordar com ela não é? Já que varias distribuições Linux vem com o Firefox pré-instalado, e geralmente a EULA é exibida no processo de instalação, nada mais normal que “mudar” essa exibição para a primeira exibição (assim o usuário poderá concordar ou não, nada de outro concordar por mim, eu sei pensar sozinho ué).

    No Yast por exemplo, sempre que você seleciona um pacote proprietário, ou que contenha componentes proprietários é exibido uma EULA. Quando se instala a distro mesmo antes de iniciar a instalação é exibido umas 8 janelinhas com EULAS como o flashplayer, Adobe-plugin, realplay, Java, Firefox… (Na verdade não só proprietários, porém qualquer pacote com uma EULA que necessite de “aprovação” do usuário). Tem distro que omite isso, outras não…

    EdneyMatias (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:49 pm

    Olá!

    Eu não tinha prestado atenção, mas instalei uma versão pré-compilada do Firefox 3.1 (Alpha 1) no meu Gentoo. E a “EULA” me foi apresentada. Além disso, a barra de títulos ostenta o codinome desse próximo lançamento, Shiretoko.

    Apesar de ter o mesmo hábito, de parte da população, de simplesmente aceitar a “EULA”, sem ler, não vejo isso como uma boa prática. É dessa forma que a “EULA” do Windows e das suas atualizações é aceita por parte dos usuários do Windows.

    Aceitar uma GPL que é publicamente conhecida é uma coisa, agora começar a aceitar licenças pouco divulgadas, ou que não sofreram a análise necessária, é outra coisa. E se essa prática se torna moda? E se todo software livre ou open source resolve exigir a aceitação de sua licença, com as suas proteções de marcas, direitos e outras coisas mais.

    Uma coisa que parecia inofensiva, de repente pode-se virar contra os usuários, ou contra as distribuições. Não é, nem de perto, um assunto simples e merece, sim, ser questionado, investigado e avaliado por várias pessoas.

    Abraços,

    Edney.

    O kernel Linux, que não é controlado pela Mozilla, tem licença de uso (e também de redistribuição, modificação, e incluindo exclusão explícita de garantias) desde 1991, kern. E cheia de possibilidades de restrições.

    Paulo César, isso ali quer dizer, basicamente, que a EULA precisará ser exibida, mas não necessariamente cada usuário final terá que clicar para dar aceitação. O texto explica depois, com um pouco mais de detalhes, alguns casos específicos, como a exibição durante a instalação (e não no primeiro uso), a exibição como uma página HTML estática na primeira execução, ou a exibição apenas a um administrador do sistema.

    JDX (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 9:01 pm

    Bem, pelo jeito a Mozilla cedeu e vai repensar a forma de proteger a sua marca: http://tech.slashdot.org/tech/08/09/16/1736212.shtml
    Pelo que eu vi lá no post do cara da Canonical eles não querem por nenhum software que precise de uma EULA pré-instalado no Ubuntu.

    JDX, no post da chairwoman da Mozilla mencionado no Slashdot, o que ela propõe é trocar o texto da EULA por outra redação, após afirmar que eles também não gostam do conteúdo do texto incluído no Firefox corrente.

    E para mim, no texto do Shuttleworth publicado ontem na ferramenta de bugs deles, o que ficou claro é que a Canonical não gostou da obrigação da EULA, mas se dispôs a distribuir mesmo assim, embora colocando a opção do abrowser em paralelo. Creio que eu faria o mesmo, ao mesmo tempo em que protestaria – como eles também fizeram.

    André Simões (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 12:52 am

    Eu não ligo para isso. Vou desenvolver um software e a EULA vai especificar que o usuário tem que “pagar” 5 polichinelos para versão basic e 10 para a pro.

    milo (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 1:09 am

    Depois chamam o RMS de chato, ultrapassado, louco.. etc.. isso não é um flame nem sou um troll :).
    Mas certos posicionamentos me fazem refletir quanto a liberdade de uso e por isso, somente uso software que libera seu fonte baseado na GPL.

    Viva a liberdade

    []‘z

    Ninguém (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 3:04 am

    Eu só gosto do Euler.

    Mozilla tá ficando um velho gagá. Tá na hora de aposentar o monstrengo C++ e partir com uma implementação do zero em alguma linguagem moderna com gerência automática de memória (adeus a todas essas brechas de segurança idiotas por buffer overflow), sem cometer erros do passado como um COM e sistema GUI próprios dentro do navegador.

    Pra ser honesto, com todo o poder e hype do Google, eles também ainda se atrelam ao velho monstro… resultado: browser novinho em folha e já com vários problemas de segurança devido a buffer overflows do C++. Podiam ter escrito a coisa do zero em OCaml, Haskell, Common Lisp ou até, misericórdia, Java! O Google só posa de moderninho… pra ser honesto, a mais moderninha até agora é a Apple mesmo, que sugere (fortemente) Objective C para desenvolvimento em suas plataformas. Dos males o menor…

    Jack Ripoff (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 10:08 am

    Só uma dúvida: por que alguém usaria o Firefox se existem tantas opções melhores de navegador para Linux? Nem a desculpa de ser webdesigner serve, pois o SeaMonkey também usa o Gecko e renderiza as páginas exatamente como o Firefox.

    Só uma dúvida: por que alguém usaria o Firefox se existem tantas opções melhores de navegador para Linux? Nem a desculpa de ser webdesigner serve, pois o SeaMonkey também usa o Gecko e renderiza as páginas exatamente como o Firefox.

    Duas respostas: As mesmas justificativas que levam um usuário a preferir o Windows bichado à um novissimo sistema Linux cheio de novidades: A Fidelidade ao que já conhece e o medo do novo.

    Por melhor que seja o fork do firefox que pensem em fazer o nome firefox já tem o seu lugar ao sol. Quando eu falo em uma roda de bate-papo com leigos que não uso o Windows eles me olham com espanto e após tentarem imaginar um computador sem o windows uma das primeira perguntas que me fazem é: “- Como você entra na Internet?” A resposta: ” -Eu uso o Firefox” é recebida com um certo ar de conhecimento, pois qualquer jornaleco xulu desses que existem por ai à 0,50 tem uma seção de meia página e que vez ou outra menciona a rapozinha. Agora imaginem se eu falar que navego com um tal de “Iceweasel”, ou um tal de “abrowser” argh…

    cristo (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 11:56 am

    @Ninguem

    Rapaz o Firefox nem é nem de longe um simples web browser que pode ser feito usando codigo gerenciado, ele eh uma plataforma para roda codigo XUL, JavaScript, HTML e CSS. Neste caso o browser eh feito em cima desta plataforma usando a linguagem XUL e JavaScript.

    Sendo por este motivo nem de longe dar para fazer uma plataforma destas usando apenas uma linguagem moderna, alem que o motivo da escolha por C/C++ ao inves de Objetive C eh que C/C++ ainda eh mais facil de ser fazer e aprender que Objetive C/Objetive C++, quem ja tentou aprender Objetive C/Objetive C++ vai saber do que estou falando, pois a maneira que se declara uma classe um novo objeto e entre outras coisas eh muito diferente, mesmo sendo compativel com codigo C/C++ ainda assim parece coisa de outro mundo.

    O mais interessante dos Objetives da vida eh que o codigo em si eh bem mais compactado bem mais organizado e objetivo (como o proprio nome diz), contudo as formas de declaracoes acabam sendo mais confusas e para ler o codigo tambem, por exemplo para dizer que um metodo eh privado voce deve colocar um – (menos) na frente de todos os metodos que seram privados e seu retorno eh indicado com um : (dois-pontos) depois do metodo, sei que isso lembra muito o conceito da UML, mas imagina voce usar um sinal que usa geralmente para soma, atribuicao e divisao para a declaracao das classes e metodos o tempo todo, olhando de uma forma ja conhecida com toda certeza sera mais objetivo, contudo para aprender no inicio tem que joga muita coisa fora.

    cristo (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 11:56 am

    @Ninguem

    Rapaz o Firefox nem é nem de longe um simples web browser que pode ser feito usando codigo gerenciado, ele eh uma plataforma para roda codigo XUL, JavaScript, HTML e CSS. Neste caso o browser eh feito em cima desta plataforma usando a linguagem XUL e JavaScript.

    Sendo por este motivo nem de longe dar para fazer uma plataforma destas usando apenas uma linguagem moderna, alem que o motivo da escolha por C/C++ ao inves de Objetive C eh que C/C++ ainda eh mais facil de ser fazer e aprender que Objetive C/Objetive C++, quem ja tentou aprender Objetive C/Objetive C++ vai saber do que estou falando, pois a maneira que se declara uma classe um novo objeto e entre outras coisas eh muito diferente, mesmo sendo compativel com codigo C/C++ ainda assim parece coisa de outro mundo.

    O mais interessante dos Objetives da vida eh que o codigo em si eh bem mais compactado bem mais organizado e objetivo (como o proprio nome diz), contudo as formas de declaracoes acabam sendo mais confusas e para ler o codigo tambem, por exemplo para dizer que um metodo eh privado voce deve colocar um – (menos) na frente de todos os metodos que seram privados e seu retorno eh indicado com um : (dois-pontos) depois do metodo, sei que isso lembra muito o conceito da UML, mas imagina voce usar um sinal que usa geralmente para soma, atribuicao e divisao para a declaracao das classes e metodos o tempo todo, olhando de uma forma ja conhecida com toda certeza sera mais objetivo, contudo para aprender no inicio tem que joga muita coisa fora.

    Ninguém (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 3:37 pm

    @cristo
    Eu reconheço um programador C/C++ magoado quando vejo um… ;)

    Quanto ao Firefox, é isso aí: joga toda essa tranqueira de XUL e XPCOM no lixo e foca na engine HTML/XHTML/XML/SVG/CSS/XPath/DOM e na VM javascript. Ninguém usa XUL e XPCOM exceto algums poucos insanos com demos idiotas — tirando ActiveState, mas eles podem sempre usar o código antigo.

    Não deu certo, bola pra frente. Eles bem que tentaram fazer um novo Eclipse, mas é uma escolha equivocada. XUL não os salva da trabalheira de ter que portar para outros toolkits gráficos e a documentação para esse formato é antiga, esparsa e equivocada. Em suma, é um lixo geek que está atrasando o desenvolvimento do navegador.

    Douglas Augusto (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 5:10 pm

    Marcelo (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 7:53 pm

    O OpenOffice pra windows tem uma EULA. O Gimp também. Já instalei outros aplicativos que mostram a GPL e pedem pra você concordar com ela. Se não tem problema concordar que aceita a GPL, qual o problema em concordar que aceita a licença do firefox?

    Não faz nenhum sentido exibir a GNU GPL e pedir que o usuário concorde com ela. A GPL é uma licença de distribuição, não de *uso*. E se um programa GPL se recusa a funcionar se o usuário não concordar com a licença, então ele tem um bug e deveria ser corrigido.

    Faz algum sentido sim, especialmente nos casos em que as exclusões explícitas de garantia (que constam na GPL) forem relevantes.

    Douglas Augusto (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 6:49 pm

    Augusto Campos em 17/09/2008 às 5:19 pm

    Faz algum sentido sim, especialmente nos casos em que as exclusões explícitas de garantia (que constam na GPL) forem relevantes.

    Se houver alguma exceção que incida nos termos de uso (execução) então a licença fere a liberdade essencial 0.

    Tanto a GPLv2 como a GPLv3 são licenças que tratam da distribuição (c/ modificação ou não), não do uso.

    Activities other than copying, distribution and modification are not
    covered by this License; they are outside its scope. The act of
    running the Program is not restricted (…)

    GPLv2

    2. Basic Permissions.

    (…) This License explicitly affirms your unlimited permission to run the unmodified Program.

    (…)

    9. Acceptance Not Required for Having Copies.

    You are not required to accept this License in order to receive or run a copy of the Program.

    GPLv3

    Douglas Augusto (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 6:51 pm

    Wallacy (usuário não registrado) em 16/09/2008 às 8:44 pm

    Não vejo muito problema em exibir a EULA.

    Tem gente que acha que é pecado mostrar EULAS, pecado maior é omiti-las. E se eu não concordar com ela não é?

    Para *usar* (executar) um software sob uma licença livre você não deveria ser obrigado a concordar com nada, pois licenças livres garantem o uso, como bem entender, ao usuário.

    Douglas, note que não estou falando sobre limitação ou restrição de uso, e sim sobre ausência de garantia.

    Repetindo: exibir o texto da GPL ao usuário de um programa pode fazer sentido nos casos em que as exclusões de garantia, explicitamente mencionadas na licença (na GPLv2 são os itens 11 e 12, na GPLv3 são os itens 15 e 16), forem relevantes. Especialmente aqui no Brasil, com o código de defesa do consumidor que temos, e para os desenvolvedores/distribuidores incluídos no art. 8o. da Lei do Software.

    De passagem, note também que não estou falando sobre obrigar alguém a exibir a GPL, ou a aceitá-la clicando em algo (até porque a GPL parte sempre do princípio – correto, na minha opinião – de que sua aceitação é implícita por parte dos usuários e distribuidores). Estou dizendo que pode sim fazer sentido exibi-la (mesmo sem ser obrigado) e pedir que o usuário clique confirmando, e faço isso respondendo à sua afirmação que generalizou dizendo que “Não faz nenhum sentido exibir a GNU GPL e pedir que o usuário concorde com ela.”

    Douglas Augusto (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 8:18 pm

    Augusto Campos em 17/09/2008 às 7:03 pm

    Douglas, note que não estou falando sobre limitação ou restrição de uso, e sim sobre ausência de garantia.

    Repetindo: exibir o texto da GPL ao usuário de um programa pode fazer sentido nos casos em que as exclusões de garantia, explicitamente mencionadas na licença (na GPLv2 são os itens 11 e 12, na GPLv3 são os itens 15 e 16), forem relevantes. Especialmente aqui no Brasil, com o código de defesa do consumidor que temos, e para os desenvolvedores/distribuidores incluídos no art. 8o. da Lei do Software.

    Se houver prática de *comercialização* do software, seja ele livre ou proprietário, muito provavelmente uma cláusula excluindo as garantias legais do consumidor seriam julgadas nulas (tanto pelo CDC como Lei de Software); mostrá-la na tela e requerer concordância do usuário não faz sentido.

    De passagem, note também que não estou falando sobre obrigar alguém a exibir a GPL, ou a aceitá-la clicando em algo (até porque a GPL parte sempre do princípio – correto, na minha opinião – de que sua aceitação é implícita por parte dos usuários e distribuidores). Estou dizendo que pode sim fazer sentido exibi-la (mesmo sem ser obrigado) e pedir que o usuário clique confirmando, e faço isso respondendo à sua afirmação que generalizou dizendo que “Não faz nenhum sentido exibir a GNU GPL e pedir que o usuário concorde com ela.”

    Não há conflito legal em o usuário *não concordar* com a licença e ainda assim *usar* o programa; isto é, não é ilegal discordar dos termos da GPL e executar o programa. Mostrar informações, seja quais forem, pode “fazer sentido” para determinados contextos e usuários, mas condicionar o uso do software à concordância com a GPL não faz sentido.

    Tenchi (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 9:04 pm

    Se não me engano distros como fedora, mandriva, etc. colocam um texto exibindo uma licença e perguntando se o usuário concorda ou não. Se não concorda, adeus instalação.
    Só não me lembro ao certo qual o texto apresentado, já que estas distros normalmente não usam somente componentes GPL.
    Não tenho nada contra a apresentação de um EULA, pois realmente não me atrapalham em nada. Com o OpenOffice isto acontece sempre na primeira execução – caso não seja uma instalação de repositórios, pois, se não me engano, o debian e o ubuntu criam uma configuração básica da pasta do usuário com informações também básicas. Mas em outras distros a telinha é mostrada, bem como no Windows.

    Quanto à questão do uso da marca, realmente acho um desrespeito quando o camarada modifica totalmente o programa,o redistribui e continua o chamando do nome do programa original. Se modificou o código ou o desenvolvedor inicial aceitar que só tenha o nome em questão o pacote distribuído somente por ele, que mude de nome e retire do autor original qualquer “responsabilidade” sobre o programa.

    É como disse o colega lá em cima: registros de nomes são necessários, senão, por exemplo, imaginem que a Microsoft lance uma nova versão do Windows chamado Linux®? Se não houvesse um direito do autor sobre a marca Linux. Vejam no final da página do site kernel.org a seguinte mensagem: “Linux is a Registered Trademark of Linus Torvalds.”

    Ninguém (usuário não registrado) em 17/09/2008 às 9:38 pm

    Me parece que a discussão particular acerca da EULA do Firefox nada tem a ver com a GPL ou copyright, mas sim com o uso de marcas registradas.

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